Waldemar Spilman E Sua Orquestra – Dancando Com Waldemar Spilman E Sua Orquestra (1956) 

Há discos que na hora da escolha para postagem, eu as vezes o faço apenas pela capa, pela estampa. Me chamam a atenção, me pedem para ilustrar o nosso Toque Musical. É mais ou menos o caso deste disco aqui. Capa só em duas cores, mas que dá um show em termos de uma composição em artes gráficas. Acho linda e faz o nosso espaço ficar ainda mais bonito, não acham? 
Pois bem, temos aqui Waldemar Szpilman, músico polonês que veio para o Brasil em 1925. Conforme já nos descreveu sobre ele, nosso saudoso amigo Samuca, em outro disco que já postamos aqui, Spilman tinha uma sólida carreira musical como violonista e também tocava saxofone e clarineta. Era compositor e também foi regente de orquestra. Atuou em casas noturnas e também em bailes, onde era muito requisitado. Também integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira e foi programador da Rádio MEC. Segundo contam, era primo do pianista Wladyslaw Szpilman, retratado no filme “O pianista”, de Roman Polaski. Em 1956 a Continental lançava seu primeiro disco, uma bolacha de 78 rpm contendo  as músicas “Penthouse mambo” e “Samba em fantasia”. No mesmo ano sairia então este lp, de 10 polegadas com mais seis músicas, completando assim este disco dançante, com samba, fox, bolero e mambo. 
 
laura
samba em fantasia
sax-cantabile
vamos com calma
dancing in the dark
penthouse mambo
speak low
tenderly
 
 

Waldemar Spilman E Sua Orquestra – Baile De Reveillon (1960)

Hoje o Toque Musical apresenta mais um álbum de música dançante. É “Baile de Reveillon”, lançado em 1960 pelo extinto selo Internacional, reunindo uma seleção de sucessos a cargo da orquestra de Waldemar Szpilman, nascido em Owtroviec, Polônia, em 1905, e falecido em 2003, no Rio de Janeiro, aos 98 anos. De sólida carreira musical como violonista, saxofonista, clarinetista, líder de orquestra e compositor, era primo do pianista Wladyslaw Szpilman, retratado no filme “O pianista”, de Roman Polanski, e pai do músico Marcos Szpilman, criador da Rio Jazz Orchestra. Veio para o Brasil com seus irmãos Moisés e Samuel, em 1925 e, algum tempo depois, naturalizou-se brasileiro. Szpilman integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira e foi programador da Rádio MEC. Em 1945, criou sua própria orquestra, com a qual animou os bailes cariocas por mais de vinte anos.  Em novembro-dezembro de 1956, a Continental lançava seu disco de estreia, um 78 rpm com “Penthouse mambo”, de Bebo Valdez, e “Samba em fantasia”, do próprio Szpilman em parceria com Astor Silva. Mais tarde, era lançado o primeiro LP da orquestra, o ‘dez polegadas’ “Dançando com Waldemar Szpilman e sua Orquestra”. Em 1959, veio o segundo LP, “O primeiro baile”, pela mesma Internacional que, no ano seguinte, lançou o terceiro, “Baile de Reveillon”, exatamente o álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. No repertório, a curiosidade fica por conta da inclusão de “Unchained melody”, que voltaria a fazer sucesso em 1990, incluída no filme “Ghost – Do outro lado da vida”. Também se destaca a participação de Paulo Moura no sax-alto, na faixa “Have lips, will kiss in the tunnel of love” (o famoso “Túnel do amor”). Tudo isso e muito mais, fazendo deste “Baile de Reveillon” uma autêntica preciosidade para ouvir e dançar o ano inteiro. Que comece a festa!

pra fazer nosso samba
samba
derniere reverie
expression
unchained melody
the tender trap
have lips will kiss in the tunnel of love
baby face
voando para new york
na cadência do samba
who
my heart belongs to daddy



*Texto de Samuel Machado Filho