Tony De Matos – Foi Em Lisboa (1962)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Há tempos eu coloquei aqui que não mais estaria atendendo a pedidos, pois isso se torna um compromisso e a cobrança não fica por menos. Como promessa é dívida, melhor não prometer. Estou dizendo isso porque num outro momento postei aqui um disco deste cantor português, Tony de Matos, que esteve no Brasil durante as décadas de 50 e 60, onde morou e chegou a gravar alguns lps. Recebi na época da postagem alguns e-mails pedindo que postasse mais disco dele. Mais recentemente os e-mails voltaram com novos pedidos e justamente para este disco que agora estou postando aqui. Foi mesmo muita sorte e coincidência pois o disco acabou aparecendo por aqui. Então, para não dizer que não falei de flores, segue aqui mais um disco do lusitano cantor. Lp gravado pela Continental em 1962. Creio que foi o último que Tony de Matos gravou por aqui. Uma seleção de fados, repertório essencialmente português, para a alegria daqueles que por este tanto esperavam. Confiram no GTM…
 
foi em lisboa
o namorado da rita
nostalgia no fado
fado xuxu
o meu alentejo
toiro he toiro
vocês sabem lá
histórias de uma chinela 
menina feia
campino apaixonado
já faz umano
éh pa do fado
 
 
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Tony De Matos – Lado A lado (1961)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Eis uma postagem com toque bem lusitano. É um disco do cantor Tony de Matos (pseudônimo de Antônio Maria de Matos), “Lado a lado”, editado pela Copacabana em 1961. “O cantor romântico da canção portuguesa”, como era conhecido, nasceu no Porto, no bairro das Fontainhas, em 28 de setembro de 1924, e faleceu em Lisboa, em 8 de junho de 1989. Desde a infância tomou contato com o mundo artístico, pois seus pais eram atores. Aos 20 anos, começou a participar em espetáculos de variedades, assinando também seu primeiro contrato como cantor, com o Café Luso, na época considerado “a catedral do fado”. Gravou seu primeiro disco em 1950, “Cartas de amor”, grande sucesso em Portugal.  Outros êxitos viriam em seguida, tais como “Trovador”, “Ao menos uma vez” e “Lenda das águas”. Teve atuações esporádicas no teatro, cinema e televisão. Em 1953, vem pela primeira vez ao Brasil, cumprindo temporada em São Paulo. E para o Brasil voltaria em 1957, ficando seis anos e abrindo um restaurante típico, O Fado, situado no bairro carioca de Copacabana. Em 1963, regressa a Portugal e continua a atuar em teatro e gravar discos. Em 1974, após a Revolução dos Cravos, teve de fixar residência nos EUA, onde ficou por oito anos, uma vez que sua música era associada ao antigo regime. Quando voltou definitivamente a Portugal, teve oportunidade de participar em diversas revistas teatrais e fez um espetáculo, em 1985, no Coliseu dos Recreios. Durante a carreira, recebeu dois prêmios Imprensa, um como cançonetista e outro como fadista. Neste LP, gravado no Brasil, Tony de Matos está no auge de sua carreira, e o repertório inclui uma música brasileira, “Ternura antiga”, de José Ribamar e Dolores Duran. No mais, um disco de primeira, prato cheio para os fãs da canção lusitana, que inclui o clássico “Só nós dois”. Não deixem de conferir no GTM, ora, pois, pois!

lado a lado

vieste para mim

ternura antiga

só nós dois

coitado do zé maria

vou trocar de coração

poema do fim

tu sabes lá

gente maldosa

hás de pagar

não dissemos adeus

não me perguntes

 

*Texto de Samuel Machado Filho