Steve Bernard – E Sua Arte (1954)

Mais uma vez, marcando presença em nosso Toque Musical, temos o músico romeno Steve Bernard que chegou no Brasil no início dos anos 50, fugindo da guerra e acabou conquistando o público brasileiro, em especial, o público requintado que frequentava boates luxuosas e famosas como a lendária Vogue, no Rio de Janeiro. Ele era pianista e também organista. Neste lp, que acredito ser seu primeiro disco, ele toca seu Hammond acompanhado pelos músicos, Nestor Campos (guitarra); Hanestaldo Américo (bateria; Raul Gagliardi (contrabaixo) e Sylvio Vianna (vibrafone e maracas). O repertório inclui músicas nacionais e internacionais que já faziam sucesso naquela época.
 
blue canry
teus olhos entendem os meus
apanhei-te cavaquinho
stranger in paradise
corruira saltitante
la petite valse
eu desejo
tic tac
 
 
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Steve Bernard – No Tempo do Onça (1958)

Olha aí mais um compactozinho das antigas. Este sim, um dos primeiros, ainda no padrão internacional de 45 rpm e com o furo central adaptável para jukebox e radiolas. Outra curiosidade deste compacto é que ele faz aqui o papel de um lp de 10 polegadas. Creio que era um momento onde dois formatos se consagram, o lp de 12 polegadas e o disco compacto, de 7. A produção das bolachas de 78 rpm já sendo reduzida. No caso aqui, temos um compacto pensado para jukebox, para momentos dançantes, privilegiando um estilo, o ‘charleston’ (musica de cabaré americano, se é que se pode dizer assim). E no caso aqui o que temos é uma seleção de uns 15 minutos de cada lado, um ‘medley’ com uma seleção de 12 temas da música americana.
Steve Bernard nós já o apresentamos aqui no Toque Musical algumas vezes, organista romeno que veio para o Brasil na década de 50. Tocou nas famosas boates do Rio e São Paulo. Acompanhou conjuntos, orquestras e cantores. Lançou um dezena de discos pela Sinter, RCA, Victor, Polydor, Continental e Odeon.
 
charleston
sweet georgia brown
margie
i can’t give you anything but love
whispering
ain’t she sheet
dardanella
dinah
fascinating rhythm
black botton
i had to be you
charleston
 
 
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Steve Bernard – Interpretações De Steve Bernard (1958)

Boa noite a todos amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com o organista Steve Bernard, figura que já esteve presente aqui em coletâneas da Odeon, onde este artista gravou seus primeiros discos no Brasil. Steve Bernard era um músico romeno que fugindo da guerra na Europa, veio parar por aqui, onde acabou se tornando conhecido como músico, tocando em rádios, televisão e também fazendo apresentações em algumas casas noturnas. Steve Bernard acompanhou Edith Piaf, Yves Montand e outros grandes nomes da música internacional. Seu instrumento era o orgão Hammond e aqui neste pequeno lp de dez polegadas temos ele acompanhado por um conjunto, numa seleção musical dançante, mista, com temas famosos, nacionais e internacionais. Sinceramente, me atraiu mais pela capa, mas isso é uma questão pessoal. Posso dizer que boa parte do que postei até hoje no Toque Musical, necessariamente, não é o meu gosto pessoal. Ou por outra, eu diria, tudo em sua hora. O que não pode faltar é qualidade ou algo de especial ou diferente, que valha estar aqui em nosso Toque Musical. E nesse sentido, este lp não foge a regra. Confiram no GTM…
 
love is a many splendored
moriat
stardust
lisboa antiga
ninguém me ama
nosso adeus
só pode ser você
corcovado
 
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Vários – Dance Com Os Ases (1959)

Que tal iniciar 2021 dançando? Pois é esta a proposta do álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. O disco chama-se “Dance com os ases”, foi lançado pela Odeon em 1959, e reúne doze músicos, à frente de suas orquestras e conjuntos (Gaya, Luiz Arruda Paes, Oswaldo Borba, Astor Silva, Mário Gennari Filho, Luiz Arruda Paes etc.), executando um repertório variado, de músicas nacionais e internacionais. O cardápio deste disco nos oferece, sem dúvida alguma, o melhor do que havia em música de dança na época: samba, samba-canção, bolero, fox, mambolero (no caso, “Singapura”, composto por Quincas e executado por ele e Os Copacabana) e até mesmo um maxixe, “Ao pé da letra”, concebido e executado pelo acordeonista Mário Gennari Filho. Como se pode observar, é um disco de excelente qualidade técnica e artística, reunindo ases diversos, sendo, por isso, mais um digno merecedor de nosso Toque Musical. E aí, dá-me o prazer desta contradança?
 
l’ederai  –  oswaldo borba e sua orquestra
la goualante du pauvre jean  –  gaya e sua orquestra
sábado em copacabana – astor e sua orquestra
my special angel – hector lagna fietta e sua orquestra
maria – luiz arruda paes e sua orquestra
singapura – quincas e os copacabana
o relógio do vovô – conjunto melвdico norberto baldauf
eclipse – irany e seu conjunto
blue moon – orlando silveira e seu conjunto
o paito no samba – steve bernard e seu conjunto
dora me disse – sexteto rex
ao pé da letra – mаrio gennari filho e seu conjunto
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho

Vamos Dançar? – Vol. 1 (1957)

Olá a todos! Hoje eu estou trazendo um disco bem interessante, um lp dos mais raros entre os raros postados aqui. Trata-se de uma coletânea da Sinter reunindo oito de seus artistas em gravações originalmente lançadas em 78 rpm. O lp do qual eu extraí as gemas, infelizmente não estava lá grandes coisas, precisei de paciência para limpa-lo, ‘na unha’. Acho que agora está um pouco mais aceitável. Por outra, a qualidade desse microssulco é também questionável. Este é um raro exemplo entre os primeiros lp de 12 polegadas onde podemos encontrar mais do que 12 faixas. Eles aqui aproveitaram ao máximo o espaço do vinil para colocarem 16 músicas, ou seja, 8 bolachas num só lp. Ficou tão apertadinho que mal se percebe a pausa entre uma faixa e outra.. Suponho que entre os sulcos também, o que, no meu entendimento, prejudicou uma melhor captação do som pela agulha. Mesmo apesar disso, achei de posta-lo para que os amigos possam conhecer, ou reconhecer. Há aqui alguns fonogramas raros, como é o caso do primeiro disco gravado por Johnny Alf, trazendo as duas faixas: “De cigarro em cigarro”, de Luiz Bonfá e “Falseta”, de sua própria autoria. No álbum não há muitas informações, inclusive a data de lançamento, que eu acredito que seja de 1957 ou 58. Apenas no selo, de forma confusa, é que podemos identificar música e artista. Entre essas há uma que não consta o intérprete, o choro “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga (faixa 7). Suponho que seja a música do outro lado do 78 onde tem a faixa “Zulu”, com Irany Pinto. Nesta, só quem pode nos ajudar é o nosso pesquisador Samuel Machado Filho. Aliás, dar um geral em todas, hehehe… Fala aí Samuca!

fuchico – os copacabana

tenderly – donato e seu conjunto

eu vou partir – jamelão

teus olhos entendem os meus – steve bernard

maria candela – carioca e sua orquestra

de cigarro em cigarro – johnny alf

atraente – os copacabana

eu quero um samba – os namorados

mambo do turfe – carioca e sua orquestra

falseta – johnny alf

zulú – irany pinto

mora no assunto – Jamelão

invitation – donato e seu conjunto

três ave maria – namorados

blue canary – steve bernardes

perereca – os copacabana

PS.: Através de nosso amigo Salvador identificamos o intérprete da 7ª faixa, “Atraente”. Trata-se do conjunto Os Copacabana. Esta gravação foi relançada no disco “Quincas E Os Copacabana”, em 1958, pelo selo Odeon (e pode ser encontrado no Vinyl Maniac).