Bom dia, amigos cultos e ocultos! Conforme eu havia comentado, neste mês estarei trazendo também alguns discos e artistas internacionais, os quais eu acredito, também tem muito em comum com a nossa música e porque não dizer, com a nossa curiosidade musical, aqui no TM. E para começar, aqui vai um pouco de música cubana, ou melhor dizendo, de ritmos cubanos. Temos aqui um disquinho dos mais interessantes, Don Marino Barreto Jr e sua Orquestra Cubana, lp de 10 polegadas lançado no Brasil em 1955. Don Marino Barreto Jr. foi um artista cubano que fez sucesso na década de 50, principalmente na Europa, na Itália e Espanha, onde teve a sua formação musical como contrabaixista e construiu a sua carreira como músico e artista cubano. Gravou muitos discos, mas o que eu escolhi para o nosso toque musical tem tudo a ver com a nossa música, pois em seu repertório com nove músicas, temos umas quatro que são de compositores brasileiros. Sambas e choros que aqui se transformam em ruma e mambo. Temos “Delicado”, de Waldir Azevedo, “Quero ver-te sambar”, de Durval Ferreira, “Baião sim, baião não”, de Hervé Cordovil “Mulher rendeira”, que segundo Câmara Cascudo, essa música foi composta por Lampião e curiosamente, no selo deste disco consta como sendo de “Os Demônios”, por certo referência ao grupo vocal Demônios da Garoa que, assim como Vanja Orico, gravaram e fizeram sucesso internacional com esta canção. Como podemos ver, a música brasileira sempre teve destaque internacional. Não é atoa que, segundo contam, Aloysio de Oliveira dizia que só existem três tipos de música boa, a americana, a cubana e a brasileira. Acho que estou com ele, mas só até o final dos anos 50, hehehe…