Metal Rock (1985)

Por hora, vamos invernar um pouco nesse tal de ‘rock’n’roll tupiniquim’. Hoje, abrimos a semana com esta coletânea, um ‘split’ com cinco bandas de Sampa lançado pela RGE, em 1985. Na seleção temos a veterana Made In Brazil e bandas então recentes da cena rock paulista, Máscara de Ferro, Di Castro e Sangue da Cidade, Eclipse e Atack. Em outros tempos a gravadora teria lançado essas bandas em discos compactos, o que poderia dar a elas mais visbilidade, mas já nos anos 80 a ordem era as coletâneas em disco de 12 polegadas. Nessa hora, fica até dificil dar um nome para o disco. Mas depois de ouvir fica claro  o porque de “Metal Rock”, ao invés de “Rock Metal”. Curiosidade que vale a pena conhecer, inclusive porque boa parte dessas gravações só estão neste lp. Confiram…
 
 
quente e gostosa – made in brazil
força da imaginação – eclipse
um cara legal – atack
pra bem longe daqui – máscara de ferro
vizinho roqueiro – di castro
ela era menor – di castro
jornada – eclipse
kamikaze do rock – made in brazil
quanto você quer – atack
máquinas no comando – máscara de ferro
 
 
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Pap’s Modern Sound (1970)

Aqui um disco que também vale a pena conhecer e ouvir. Uma produção da RGE Discos lançada em 1970. Pap’s Modern Sound é um super conjunto instrumental liderado pelo lendário pistonista Papudinho. Um time de feras formado por músicos de estúdio: José Lídio (o Papudinho), Cido Bianchi, Roberto de Azevedo (o Capacete), Carlos Alberto de Alcantra, Valério Costa (o Alemão), Dirceu Medeiros e os ritmistas Ney de Castro e Paulinho. Juntos, esses craques dão uma outra roupagem a temas de sucessos, nacionais e internacionais daquele momento. Disco bacana que desperta atenção de muito gringo colecionador e por consequencia, os poucos exemplares que ainda existem vão ficando cada vez mais caro…
 
vou me pirulitar
aquarius
you’ve got your troubles
país tropical
custe o que custar
looky looky
som tropical
que maravilha
day after day
de vera
hare krishna
gostei de ver
 
 
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Ubirajara – Solamente Sucessos (1964)

Nosso encontro de hoje é com Ubirajara Silva, músico gaúcho que iniciou sua carreira tocando na Argentina. Atuou em casas noturnas deste país por muitos anos. Nunca chegou a gravar lá fora, ainda mais se tratando de um instrumentista brasileiro de bandoneon. Seus primeiros discos foram lançados nos anos 50, o solovox entrou em seguida, fazendo parte de discos lançados, já nos anos 60.
Neste lp, o quarto da série “Solovox de Ouro”, temos uma seleção de sucessos internacionais. Ubirajara vem acompanhado de orquestra sob a regência e os arranjos do maestro Hector Lagna Fietta.
A propósito, só por curiosidade, Ubirajara era o pai de Taiguara.
 
hhythm of the rain
la bamba
dominique
blue star
cara de pau
bigorrilho
maria helena
encadenados
vola colomba
sabra dios
mona lisa
io che amo solo te
 
 
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Festival Da Bossa (1965)

Aqui um disco que vale o toque musical de hoje. “Festival de Bossa” é uma coletânea com artistas e músicas que não se encontra fácil por aí. Boa parte dos discos de artistas apresentados nesta seleção, hoje são raridades e muitos nem chegaram a ser relançados. Na contracapa do lp temos um texto da Vera Brasil apresentando cada um dos artistas. Disco bem conhecido do público, mas não custa nada ouvir de novo. Ou melhor, aqui no Toque Musical. Confira no GTM…
 
sambalanço trio – samblues
alaide costa – terra de niguém
sansa trio – primavera
geraldo vandré – canção nordestina
elenco de arena contra zumbi – eu vivo num tempo de guerra
walter santos – samba só
os intocáveis – garota de ipanema
sambrasa trio -aleluia
os bossais – marcha de quarta feira de cinzas
quarteto de sabá – pra que chorar
geraldo cunha – rancho dos namorados
trio seleno – azul contente
maricene costa – bossa na praia
andré pedanzzi – arrastão
 
 
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Dick Farney E Brook Pittman – Jam Session (1961)

Diquinho interessante este que postamos hoje. “Jam Sesseion”, um lp da RGE trazendo Dick Farney Trio e Brook Pittman. Embora isso não fique claro nas informações do álbum, Dick Farney não toca ou canta ao lado do americano Book Pitman. São dois momentos distintos. O lado que abre o disco é de Dick Farney e seu conjunto, gravado, por certo, em estúdio, diferente do lado B com Brook Pittman, cuja a gravação é ao vivo no Auditório do Jornal Folha de São Paulo..
 
the man i love
velhos tempos
i want to be happy
gone with the wind
am i blues
saint louis blues
sweet georgia brown
cheese
tiger rag
 
 
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Julio Cesar (1978)

Que tal mais um brega romântico? Hehehe.. Desta vez temos o Júlio Cesar que fez sucesso com versões populares internacionais. Neste compacto de 1978 ele nos ‘brinda’ com duas das canções que entrariam no seu primeiro lp cuja a capa é a mesma do compacto. A balada romântica “Tu” foi lançada inicialmente em 1976. Ainda hoje é sucesso e um clássico do brega romântico…
 
tu
eu agora vou sorrir
 
 
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Nana Caymmi (1967)

Uma das grandes cantoras brasileiras, para mim, está entre as cinco primeiras de sua geração. Mas gosto mais por conta do seu timbre, sua voz, sempre cai bem. E isso se deve muito ao repertório, seleto, sempre muito bem escolhido por ela, Nana Caymmi. Este raro compacto da antiga RGE nos traz quatro momentos da cantora interpretando músicas que ela defendeu no III Festival da Música Popular Brasileira. Uma joinha que vale a pena ter na coleção.
 
bom dia
o cantador
alegria alegria
o penúltimo cordão
 
 
 

Pocho E Sua Orquestra – Quadra De Azes (1960)

Mais uma curiosidade que nos interessa, aqui no Toque Musical. Desta vez temos Pocho e sua orquestra, neste compacto de 45 rpm, ou seja, mais um dos primeiros lançamentos nesse formato de 7 polegadas. Como já dissemos, os primeiros compactos brasileiros seguiam o padrão americano e europeu, com gravações em velocidade de 45 rpm, além do buracão no centro, que era comum para as radiolinhas e ‘jukebox’. Aqui no Brasil usava-se os adaptadores.
Temos assim, Pocho, apelido para maestro uruguaio Rubens Perez que atuou no Brasil nos anos 50 e 60, contratado pela RGE. Já postamos dele outros discos por aqui e agora vamos com este raro compacto duplo onde ele com sua orquestra nos trazem quatro diferentes temas da época…
 
witch doctor
cachito
não vou pra brasília
26 miles
 
 
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Raul Moreno Caco Velho E Mara Silva – Na Gafieira É Assim (1958)

Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Somente aqui, no Toque Musical e numa terça feira, vocês teriam o prazer de curtir uma boa gafieira. E aqui está ela, ou melhor, aqui está um lp que traduz bem o clima, um raro álbum da RGE, um de seus primeiros 12 polegadas, apresentando doze sambas de gafieira, ou sobre essa democrática e popular casa noturna que só se abria nas quintas e sábados, segundo o texto de contracapa. Aqui temos três representantes, Raul Moreno, Caco Velho e Mara Silva, três intérpretes desta seleção musical de sambas dançantes que hoje em dia são verdadeiros clássicos. O lp é na verdade uma coletânea do gênero, cabendo também algumas faixas com o trombonista Eugène D’Hellemmes e a orquesta RGE. Confiram no GTM…
 
quero um samba
estatuto da gafieira
gadu namorando
pano legal
samba maestro
você vê aí
música maestro
quem é o dono do baile
saliente
falso bailarino
galã de gafieira
aquela dama
 
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Nanai E A Turma Do Sereno – Zé Carioca E Seu Conjunto – Personalidades (1956)

Bom dia, boa hora… amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos e arquivos que recebo, eis aqui um bem interessante, disquinho raro, dos poucos da RGE em 10 polegadas que a gente vê por ai. Não menos raros são os dois artistas que fazem parte deste lp, Nanai e Zé Carioca, dois artistas pouco conhecidos, como o próprio texto de apresentação na contracapa nos fala. Isso por conta de, já naquela época, eram artistas internacionais, ou seja, atuavam fora do Brasil. Nanai foi um artista que se apresentava por países da América do Sul. Zé Carioca, por sua vez, vivia nos Estados Unidos. Dois excelentes artistas os quais a RGE teve a oportunidade de gravar e lançar, em 1956.
Ontem eu estava ouvindo o disco e por uma feliz coincidência, uma das oito faixas se chama “Dois de junho”, interpretada por Zé Carioca e seu conjunto. Perfeito para a postagem de hoje! E como já disse, não irei me estender nas apresentações quando o disco já trouxer as informações na contracapa ou encartes. Isso toma tempo e tempo é coisa curta por aqui. Então, corram atrás… o link já está no GTM, ok?
 
teus olhinhos – nanai
september song – nanai
lula boba – nanai
morro mas não entrego – nanai
três estrelinhas – zé carioca
dois brasileiros em tokyo – zé carioca
dois de junho – zé carioca
desilusão – zé carioca
 
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Paolo Mazzaroma – Amorosamente (1958)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Iniciamos o mês de abril trazendo mais uma vez o maestro e violinista italiano Paolo Mazzaroma, aqui também chamado de Paulo Mazzaroma. Ele atuou no Brasil nos anos 50 e 60. Era amigo de infância de outro maestro famoso, o Simonetti, que também teve uma temporada aqui no país. Disco bacana, com um repertório misto, romântico e orquestral. Confiram no GTM…
 
amorosamente
an affair to remember
abismo
insonia
eu sem você
se você voltar
fascination
fracassos de amor
tema da meia noite
felicidade infeliz
viver sem você
relembrando
 
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Maysa – Convite Para Ouvir Maysa (1956)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nosso Grupo do Toque Musical, o GTM, onde são colocados os links referentes as postagens feitas aqui, hoje tem uma filiação de quase 5 mil associados. É um número grande de pessoas que tem acesso ao nosso conteúdo. Infelizmente, há aqueles associados que ainda teimam em mexer nas configurações do grupo, no sentido de receberem diretamente em seus e-mails os links, coisa que não aprovamos. Nossa regra é bem simples, o associado precisa ir ao GTM buscar o link. Quando acontece alguma modificação nessa configuração, o associado é sumariamente banido e não pode voltar ao grupo com aquele endereço de e-mail. Toda semana o GTM passa por uma varredura, exatamente para limpar, eliminar qualquer configuração fora de seu padrão. Daí, fica de novo a orientação: NÃO ALTERE NADA NO SEU PERFIL NO GTM PARA NÃO SER BANIDO!
Como vemos, hoje o nosso encontro é com a cantora Maysa. Este é mais um disco dela que não poderia faltar aqui no nosso espaço. Este foi o primeiro disco gravado por ela, quando ainda nem era uma cantora profissional. No texto da contracapa vocês poderão ler como tudo começou, como do acaso surgiu essa grande cantora e compositora. Um disco, por certo, já conhecido por muitos, mas que aqui também encontra seu lugar. Confiram o áudio no GTM…
 
marcada
não vou querer
agonia
quando vem a saudade
tarde triste
resposta
rindo de mim
adeus
 
 
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Jards Macalé – Só Morto (Burning Night) (1970)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nada como ser independente, não estar atrelado a regras e poder seguir livremente fazendo as coisas do jeito que a gente quer. Me refiro, por certo, ao próprio blog Toque Musical, esse ‘arremedo informativo fonomusical’ que está na ativa já há quase quinze anos. Sabemos o quanto somos menosprezados pela turma dos expertise da música, gente graduada que escreve em jornais e revistas, publicam livros e coisa e tal, mas torcem o nariz para o nosso blog. Eu até entendo, principalmente por conta de uma certa vaidade e orgulho, ter seu nome associado ao TM pode  por em descrédito o profissionalismo. E isso se dá pelo fato de não termos normas, por ser um blog que compartilha no assunto da música o fundamental, a própria música. Ainda hoje somos associados a pirataria, como se tivéssemos mesmo interessados em fazer dinheiro. Estamos há 15 anos por aqui e ao contrário do que possa parecer, nunca ganhamos nada além da satisfação de apresentar diariamente uma produção fonográfica, coisa que, modéstia a parte nós, os blogs musicais, ajudamos a resgatar. Sinceramente, acho mesmo até bom que não tenhamos nos vinculado a parceiros robustos. Por certo, numa dessas já teríamos fechado as portas, como fizeram tantos outros blogs, seja pela pretensão ou pela falta mesmo de estímulos (melhor um incompetente animado do que um competente limitado). É ótimo trabalhar assim, sem amarras, sem uma ordem que nos imponha limite. É bom contar com parceiros que se unem ao TM apenas pelo prazer em cooperar. E se ainda estamos no jogo, isso se deve ao fato de somos exatamente isso o que queremos ser, um blog de caráter pessoal, que posta e compartilha em seu grupo privado, o GTM, o conteúdo de suas publicações. Alguns, por certo, irão questionar o fato de pedirmos doação, coisa que fazemos somente e mediante a solicitação para postagens antigas cujo os links já tenham caducado. Consideramos isso como uma contrapartida, um valor simbólico que nos ajuda a manter a hospedagem da versão WordPress e sua manutenção, nada a mais. Nosso ganho é apenas o prazer de fazermos novas amizades e nesse sentido, temos os melhores amigos cultos e ocultos do mundo, que são vocês…
Mas, deixemos esse assunto para um próximo momento, vamos dando sequencia às nossas postagens que hoje está trazendo o genial Jards Macalé. Já o apresentamos aqui em outros trabalhos, mas como estamos na onda dos discos de sete polegadas, vamos aproveitar a oportunidade para postarmos dele este disquinho que foi seu filho primogênito, um compacto duplo lançado pela RGE, em 1970. “Só morto (burning night)” foi um trabalho produzido pelo próprio Macalé e por Carlos Eduardo Machado, contou com a participação de um time de primeira linha, como se pode ver na ficha da contracapa. Trazia o grupo de rock carioca Soma, Zé Rodrix no piano e orgão e Naná Vasconcelos na percussão. As quatro músicas que compõe o compacto são todas de Macalé em parcerias, sendo uma com Capinan e as outras três com Duda (Carlos Eduardo Machado). Nas quatro faixas Macalé é o responsável pelos arranjos e é quem toca o violão. Neste primeiro disco temos, por exemplo, a música “Sem essa”, que voltaria a ser regravada por ele em seu disco de 1977. Embora seja uma joinha, o disquinho tem uma qualidade de som que ficou a desejar e foi nesse desejo que décadas depois ele mereceu uma segunda edição, feita com maestria pela Discobertas, transformando aquele compacto duplo em um lp/cd e no qual trazia mais dez faixas bônus que são gravações também antigas, feitas ao vivo. Esta versão vocês ainda encontram com facilidade para comprar. Já o compacto original, esse já virou artigo de especulação no Mercado Livre e Discogs. Confiram no GTM…
 
soluços
o crime
só morto (burning night)
sem essa
 
 
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Dick Farney E Sua Orquestra – Compacto (1963)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Um artista que sempre gostamos de ver (e ouvir) no Toque Musical é o Dick Farney. E aqui está ele novamente, marcando presença com sua orquestra, neste disquinho de 7 polegadas, lançado em 1963 pelo selo RGE. Como podemos ver logo na contracapa, aqui temos uma seleção de ouro para este compacto duplo, com quatro sambas clássicos, a ver e ouvir com prazer…
 
ser ou não ser
ninguém na rua
teresa da praia
meditação
 
 
 
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Carinhoso – Temas Musicais Da Novela (1973)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Definitivamente, eu não estou conseguindo manter nossas postagens diárias, mas também não quero deixá-las espaçadas, considerando apenas os dias em que realmente faço as publicações. Por isso elas seguem, embora com atrasos, sempre na sequencia dos dias.
Hoje tenho para vocês este disquinho lançado pela RGE/Fermata, em 1973. Nele temos quatro temas que fizeram parte da novela “Carinhoso”, da Rede Globo. Nesta época, embora a Globo já tivesse seu editorial para trilhas e o selo Som Livre, era muito comum se pegar carona no sucesso deles e aqui temos um bom exemplo disso. A RGE. aproveitando desse sucesso, produziu um disco com temas musicais da novela, no caso, versões geradas certamente por músicos de estúdio da gravadora que aqui aparecem como grupos: Thad Sunshine, Nuvens e Clouds. A direção artística é de Toninho Paladinho e os arranjos e solos de sintetizador é do mestre Renato Mendes, que dá uma outra roupagem as músicas. Disquinho curioso, que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
 
music and me
carinhoso
amar sofrer e sonhar
manhattan
 
 
 
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Toquinho E Vinícius (1972)

Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Aqui para vocês, um compacto de uma dupla inesquecível, não é nada de raro, no sentido de restrito, mas é raro sim na qualidade. Este sete polegadas lançado em 1972pela RGE, é uma amostra do álbum “São demais os perigos desta vida”, terceiro disco da dupla. Neste disquinho temos dois sucessos…
 
regra de três
valsa para uma menininha
 
 
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Denise Emmer – Canto Lunar (1982)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Não é de hoje que eu venho querendo postar aqui algum disco dessa maravilhosa artista chamada Denise Emmer. Acho que até então não o fiz por conta de seus discos já estarem bem divulgados em blogs. Parece que essa moçada mais nova andou descobrindo o talento desta grande artista e seus discos. Hoje, seus lps sumiram da praça, os poucos que encontramos são ditados pelo famigerado Mercado Livre, onde o que vale é a especulação. E depois que se atinge uma cifra por lá, torna-se objeto de desejo de compulsivos e vaidosos colecionadores. Porém, contudo, está aqui uma obra e uma artista que merecem mesmo grande atenção e interesse. Denise Emmer, para quem não sabe, é uma artista de alto nível. Cantora, compositora, poetisa, escritora, violonista e violoncelista. E não por acaso, é filha de dois grandes escritores, Janete Clair e Dias Gomes. Denise começou cedo na vida artística, fazendo suas composições quando ainda era criança. Também estudou piano clássico e se formou em Física. Como violoncelista, faz parte da Orquestra Rio Camerata e do Quarteto de Cordas Legatto. Como escritora tem uma dezena de livros, poesias e contos. Sempre muito atuante, uma escritora também premiada. No campo da música popular tem também vários discos gravados, sendo este “Canto Lunar” seu terceiro lp, lançado pela RGE, em 1982. Eu queria ter postado incialmente aqui o primeiro disco, o “Pelos Caminhos da América”, de 81, mas o meu lp está com a capa bem judiada, meu amigo Fáres até me mandou as capas novas, mas procurando aqui não encontrei. Daí, achei melhor ficarmos com o “Canto Lunar” que também é tão lindo quanto o primeiro. Denise Emmer faz um tipo de música rara, ou seja, de qualidades excepcionais, pois tem poesia, um sentimento que muitos artistas compositores não possuem, além de um refinado gosto musical. Sua música tem influências latino-americanas, somado a uma sonoridade, também, que nos lembra a música medieval. Diversos artistas já gravaram suas músicas. “Canto Lunar” é como os demais discos que ela gravou, impecável! Disco para se ter na coleção, músicas para se ter no coração. Não deixem de conferir…
 
canto lunar
luzes da cidade
voa coração
moça de la mancha
grande amor
o amor é leve
o sol
canção de acender a noite
estrela no mar, peixe no céu
cama na calçada
 
 
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Jogral 70 – Ao Vivo (1970)

Olá, amigos cultos e ocultos! Como já informei, os links para download no GTM agora são apenas pelo Depositfiles. Infelizmente, pelo Mediafire já não temos mais espaço. Pensei em renovar nossa conta, mas o que temos recebido de doaçõe$ não paga a manutenção. Além do mais, poucos são aqueles amigos que se comprometem verdadeiramente a nos ajudar. A maioria nos dá o cano na hora da contrapartida, essa é a verdade. Mas, faz parte…
Hoje eu tenho para vocês este lp que é dos mais interessantes, “Jogral 70, Gravado ao Vivo”. Um disco que procura registrar um pouco a atmosfera musical deste lendário bar paulista, criado pelo compositor Luiz Carlos Paraná em 1965. Ficou muito famoso por conta de seus shows e de ilustres figuras da mpb que por lá passavam. Pode-se dizer que foi lá que nasceu a ideia da  gravadora Marcus Pereira e inclusive, o primeiro disco produzido teve o selo Jogral. Já postamos ele aqui, se não me engano… Mas, enfim, Jogral 70 é um registro feito ao vivo no qual temos as apresentações de artistas da casa, como Adauto Santos, Ana Maria Brandão, Geraldo Cunha, Osinette Marinho, Fritz e Pedro Miguel. Vale a pena conferir essa festa 😉
 
pede passagem
josé
tanto faz tanto fez
o mandachuva
labareda
laço de fogo
coqueiro alto
irene
só pra dois
sei lá, mangueira
nosso amor é bem melhor
perfil de são paulo
domingas
pressentimento
não me diga adeus
vida da minha vida
falta de mim
quem samba fica
 
 
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Maysa (1957)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com a cantora e compositora Maysa, um nome que por aqui dispensa maiores apresentações, visto que já postamos dela vários outros discos. Porém, Maysa é uma artista que a gente sempre gosta de revisitar, de ouvir e aqui temos dela o segundo lp, ainda de dez polegadas, lançado pelo selo RGE, em 1957. Um disco clássico, sem dúvida, trazendo oito canções que marcaram, com destaque para “Se todos fossem iguais a você”, de Tom e Vinícius e “Ouça”, música de sua autoria e um de seus maiores sucessos. Confiram no GTM…
 
se todos fossem iguais a você
ouça
escuta noel
to the end of the earth
o que
franquesa
segredo
un jour tu verras
 
 
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Laila Curi – Mil E Uma Noites (1959)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Saindo um pouco dos ritmos latinos, mas ainda mantendo a linha do 10-12 polegadas, hoje eu quero mostrar a vocês este curioso lp lançado no final dos anos 50 pela RGE, trazendo a cantora Laila Curi. Já tivemos a oportunidade de apresentar aqui um outro disco dela, na verdade, o seu primeiro lp pela RGE. Esta cantora, de origem libanesa, surgiu em São Paulo nos anos 50, fez parte do ‘cast’ da RGE em sua fase de ouro. Gravou inicialmente dois discos de 78 rpm com temas folclóricos nacionais e também árabes. Laila foi vista e ouvida também no rádio e televisão, principalmente na capital paulista. 
Aqui, temos o seu segundo disco, um lp voltado para a comunidade árabe aqui no Brasil. Todas as músicas são de origem e também cantadas em árabe. Conforme podemos ver na foto de contracapa, Laila Curi vem acompanhada pelo maestro Rubens Perez (o Pocho) e a orquestra da RGE. Um disco bem curioso e que cabe aqui no nosso Toque Musical como uma luva. Afinal, o que mais gostamos é de ouvir música com outros olhos, não é mesmo? Então, vamos conferir no GTM…
 
canção dos meus vinhedos
soraya
amor de laura
carícia de amor
minha terra
ya hala ya hala
moça bonita
minha mãe
meditação
visita
olhar fascinante
ya habibe
 
 
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Orquestra E Coro Dos Jardineiros Românticos – Rancho Das Flores (1961)

Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Temos hoje aqui um disco que vai soar muito bem para este nosso sábado (e também em qualquer dia ou qualquer hora, com certeza). “Rancho das Flores”, com o côro dos “Jardineiros Românticos” e orquestra, sob a regência e arranjos do maestro Antônio Arruda. Aqui temos, como o próprio título anuncia, um estilo e um gênero musical que ficou conhecido como ‘marcha rancho”. Conforme define bem, o compositor Juracy Rago, no texto de contracapa deste lp, a macha-rancho é um subgênero da marcha. Está entre a marchinha brejeira e a militar, tendo um lugar certo e definido no cancioneiro popular. Neste lp encontramos um repertório dos mais interessantes, com músicas clássicas do nosso repertório popular, que se encaixaram com perfeição ao proposto, tendo entre essas, inclusive composições modernas para a época como as duas bossanovistas , “A Felicidade” e “Eu não existo sem você”, de Jobim e Vinícius. Disco muito bacana que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM
 
rancho da flores
estrela do mar
mal-me-quer
não sabemos
carinho e amor
cachopa de branco
cadê mimi – linda mimi
a noite do meu bem
convitea lua
a felicidade
eu não existo sem você
a dama das camélias
 
 

Kleiton Ramil – Sim (1991)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não ficarmos apenas rodando em 10 polegadas, vamos também para os de 12. Aqui, um sortido, puxado no acaso, Kleiton Ramil e seu disco solo ‘Sim”, lançado em 1991 pelo selo RGE. Trabalho muito bonito deste artista gaúcho, que aqui se aventura sem o irmão, Kledir, com quem formou uma das mais importantes duplas da mpb. Este disco foi gravado em 1990, nos Estados Unidos e ao que parece com músicos estrangeiros. Traz um repertório praticamente todo autoral e bem interessante. Vale uma conferida…
 
sim
porto é meu porto
un deus trois
mesmo que
nunca diga nunca
voltar na primavera
animais
couvert artístico
phaneron
sombra fresca e rock no quintal
 
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Helena De Lima – Compacto (1964)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com a cantora Helena de Lima neste compacto do disco “Uma noite no Cangaceiro”, lp lançado em 1964. Aqui, neste resumo, um compacto simples, vamos encontrar um ‘pot-pourri’ de sambas que fazem parte da faixa de abertura do lp e também “Sinfonia do Carnaval”, composição da cantora (que também era compositora) em parceria com Concessa Lacerda. Este registro foi gravado ao vivo na lendária boate Cangaceiro. E como até hoje eu não postei o lp, vamos, pelo menos, com o seu compacto. Confiram no GTM…
 
seleção de sambas:
na cadência do samba
diz que fui por aí
o sol nascerá
a fonte secou
mora na filosofia
sinfonia do carnaval
 
 
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Mário Lúcio (1983)

Olá, amigos cultos e ocultos! Dando prosseguimento à sua mostra de compactos, o TM apresenta hoje um disco de Mário Lúcio de Freitas, produtor musical, cantor, compositor, apresentador, dublador, músico de conjunto e ator. Enfim, um artista bastante versátil. Nascido em São Paulo no dia 22 de dezembro de 1948, Mário Lúcio participou de várias bandas como músico (Os Iguais, Os Incríveis, Jet Blacks, The Beatnicks, etc.). Usando o pseudônimo de Robert Thames, ele emplacou a música “Tenderness” na trilha sonora da novela global “Vamp” e no seriado mexicano “Chaves”. Criou várias vinhetas de abertura conhecidas de programas de televisão, como as de “Chaves”, “Cavaleiros do Zodíaco”, “Punky, a levada da breca”, “Jem e as Hologramas”, do “TJ Brasil”, “Hebe”, “Programa livre”, das novelas “Os ricos também choram”, “Chispita” etc. Foi um dos donos do estúdio de dublagem Marshmallow , e proprietário de outra empresa dubladora, a Gota Mágica, no qual foram gravados vários sucessos, como “CDZ”, “Bananas de Pijamas”, “Dragon Ball” etc. No presente compacto simples, lançado pela RGE em 1993, Mário Lúcio interpreta duas composições de sua autoria: “Pecado de amor” (que foi tema de abertura da novela de mesmo nome, exibida pelo SBT) e “Duende”.  E também assina os arranjos e regências, prova inconteste de sua versatilidade. Não deixem de conferir no GTM.


pecado de amor

duende

*Texto de Samuel Machado Filho

Juca Chaves – As Duas Faces De Juca Chaves (1960)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Embora muitas vezes já tenhamos postado aqui um disco inteiro, é sempre curioso conhecer o seu compacto, saber que ele existiu. Compactos são sempre uma grande surpresa e aqui temos outro que vale a pena mostrar e por acaso de um disco do Juca Chaves que não chegamos ainda a postar. Aqui, um compacto simples, lançado pela RGE, em 1960, mesmo ano de lançamento do lp. Aqui temos dois de seus sucessos…
 
nasal sensual
por quem sonha ana maria
 
 
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Miltinho – Palhaçada (1962)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Depois do Carequinha, que tal mais uma palhaçada? E essa é da boa! Aqui um compacto também da antigas, de 45 rpm, lançado pela RGE em 1962, trazendo o anasalado Miltinho, um cantor, para mim, dos mais interessantes. Miltinho vem trazendo neste compacto duplo quatro sambas, o grande sucesso que também dá nome ao disco, “Palhaçada”, música de Haroldo Barbosa e Luis Reis. Tem ainda “Perdoa Coração”, “Poema do Adeus” e “Estrada do Amor”. Miltinho vem acompanhado da Orquestra RGE. Não deixem de conferir…
 
palhaçada
perdoa coração
poema do adeus
estrada do amor
 
 
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João Carlos Martins – Interpretando Cravo Bem Temperado (1994)

Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com a música clássica, mais exatamente com o barroco de Johann Sebastian Bach na interpretação do grande pianista e maestro João Carlos Martins. Como podemos ver pela capa, temos aqui dez dos mais conhecidos prelúdios do genial compositor. Mas o foco maior aqui é para o nosso pianista, um artista exemplar cuja carreira foi sempre cheia de adversidades. Sua história virou roteiro de filme. Paulista, filho de um, também pianista, o português José Eduardo Martins. Seu pai infelizmente sofreu um acidente, perdendo o polegar, o que acabou desfazendo o sonho de seguir carreira como pianista. Mas o piano continuaria presente na família, pois tanto João Carlos quanto seu irmão José Eduardo Martins seguiriam como pianistas. João Carlos começou a tocar piano ainda na infância, tendo inicialmente como professor o próprio pai. Aos treze anos já era um concertista e aos 18 um virtuoso do piano e já se apresentando pelo mundo a fora como um dos mais aclamados artistas da música erudita. Se tornou o melhor intérprete da obra de Bach de sua geração, tendo gravado deste toda a sua obra para piano. Em 1965 ele sofreu um acidente, uma queda boba lhe causou uma perfuração no cotovelo que atingiu um nervo, lhe provocando atrofia em três dedos da mão. A recuperação demorou muito tempo fazendo com que ele tivesse dificuldade para se recuperar. Mas mesmo assim ele ainda continuou tocando até novamente surgir outro problema, os distúrbios osteomusculares, o que lhe afastou por um tempo do piano, voltando a tocar de 1979 a 85. Em 1995, mais uma vez lá estava o nosso pianista numa situação difícil, vítima de um assalto, o maestro foi golpeado na cabeça com uma barra de ferro, o que comprometeu seriamente o seu braço direito, sendo necessária uma cirurgia que cortou a ligação entre o cérebro e o braço, lhe tirando assim todos os movimentos da mão. Apesar de tudo, João Carlos não desistiu, viria novamente a gravar usando apenas a mão esquerda. Impossibilitado de continuar como pianista, se tornou maestro. Formou a Bachiana Filarmônica e se apresentou novamente em grandes palcos pelo mundo. Sua história, de roteiro virou filme em 2018, “João, O Maestro” e também peça de teatro, “Concerto para João”.
 
prelúdio e fuga nº 1 em  dó maior
prelúdio e fuga nº 5 em ré maior
preludio e fuga nº 8  em mi bemol maior
prelúdio e fuga nº 13 em fá sustenido maior
preludio e fuga nº 21 em si bemol maior
prelúdio e fuga nº 3 em dó sustenido maior
preludio e fuga nº 6 em ré menor
prelúdio e fuga nº 9 em mi maior
preludio e fuga nº 15 em sol maior
prelúdio e fuga nº 24 em si menor
 
 
 

 

Lagna Fieta E Orquestra – Natal Dançante (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! E então é Natal, é noite de Natal. Um Natal diferente, mais triste, porque não haverá a confraternização tradicional. Essa pandemia melou nossas pretensões natalinas, ou eu diria os encontros e a festa. Nesta noite, quem tem realmente consciência da situação, não vai se arriscar. Vamos todos ficar quietos em nossas casas. Celebremos o Natal dentro de nós, pois isso é o que realmente importa. Para a nossa sorte, podemos encontrar nossos queridos de forma virtual, podemos vê-los e também lhe mandar mensagem. Eu sei, não é muito, mas é o que temos por agora. Vamos ficar em nossas casas. E aproveitando, vamos ouvir música para alegrar o nosso espirito e lavar a alma.
Para esta noite, tenho o lp “Natal Dançante”, de 1959, um disco lançado pela RGE, trazendo um repertório que eu diria, mais com clima natalino do que propriamente temas de Natal. Esses, na verdade, se limitaram a duas ou três faixas, mas o disco tem seus encantos. A frente temos a orquestra do maestro argentino Hector Lagna Fieta, radicado no Brasil, esteve muito atuante em rádios e gravadoras, sendo parte do ‘cast’ de músicos e maestros de estúdio. Lagna Fieta era também compositor. Foi ele o responsável pela composição e arranjos de todas as trilhas sonoras dos filmes de Mazzaropi, ao lado de Elpídio dos Santos que fazia as letras. Maestro que fez parte da época de ouro das gravadoras.
Enfim, temos aqui nossa trilha de Natal. Desejamos a todos os amigos uma noite iluminada, com muito amor e paz. Quero desejar aqui também, em especial, os meus votos natalinos aos amigos Samuel Machado Filho, Edu Pampani e ao Fares Darwiche pela colaboração, foça e amizade. Um abraço a todos. Feliz Natal!
 
jingle bells
quem é
lobo bobo
una mujer
maria boa
valentina my valentina
white christmas
o apito no samba
túnel do amor
conversa
margarida
castigo – balada triste – mais brilho nas estrelas
 
 
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Paulinho Nogueira (1967)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Um dos artistas muito querido aqui no nosso Toque Musical é, sem dúvida Paulinho Nogueira, violonista, compositor, cantor e também professor de violão, músico dono de um estilo próprio. Outro detalhe que também não me lembro se comentamos aqui, Paulinho Nogueira é também o inventor da craviola, um instrumento de doze cordas de aço cuja sonoridade se diferencia de outros instrumentos de corda na família do violão. A craviola se tornou um instrumento conhecido e tocado não apenas no Brasil. Para se ter uma ideia, dizem que até o guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page usou n agravação da música “Tangerine”. Paulinho também foi o autor do “Método para violão e outros instrumentos de harmonia”, uma das mais importantes publicações para o ensino do violão. Foi um músico sempre muito atuante, gravou dezenas de discos e também participou de tantos outros, teve muitas parceiras importantes. Aqui neste lp, lançado pela RGE em 1967 temos mais o intérprete, um solista de violão para um repertório de sambas, bossas e até um momento para uma das mais populares peças de Bach, “Jesus Alegria dos Homens” e também “Bachianinha Nº 1”, música de sua autoria, hoje um clássico que todo violonista de respeito precisa saber tocar. Enfim, temos aqui um disco excepcional, imperdível, que vocês poderão conferir no nosso GTM….
 
menino das laranjas
inútil paisagem
aleluia
minha namorada
bachianinha nº 1
só tinha de ser com você
jesus a alegria dos homens
arrastão
você
opinião
samba bom
manhã de carnaval
 
 
 
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