Intelligence (1986)

Mais uma banda de rock para o nosso toque musical. Desta vez, temos o Intelligence, um grupo de hard rock que nasceu nos States, liderado pelo guitarrista Claudio Celso. O grupo estava em São Paulo para fazer um show de apresentação para um produtor da RCA Victor, buscando o lançamento de um lp. Até então o grupo era formado por Cláudio Celso, o baixista Pedro Infantozzi, seu irmão Albino Infantozzi e um vocalista americano. Mas foi na passagem de som, onde por acaso estava no comando o vocalista do Tutti-Frutti, o versátil Simbas, que a coisa tomou outro rumo. Simbas, no ajuste do som, cantou algumas coisas com o grupo o que acabou impressionando o produtor. Este, por sua vez, condicionou a produção do disco, desde que Simbas assumisse os vocais. E assim acabou acontecendo. Em 1986 era lançado então o Intelligence. Um disco bem produzido, um quarteto afinado e sob os cuidados de uma grande gravadora. Conseguiram emplacar pelo menos um sucesso, a excelente, “Manhê”, um hard empolgante que hoje em dia já se tornou um clássico. Excelente banda, mas que infelizmente ficou apenas neste disco.
 
mahê
quero ficar na cidade
homem do fogo
você está sempre em mim
707
explode alegria
saudades de você
pode ter certeza
radio
sonho louco
 
 
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Black Future – Eu Sou O Rio (1988)

Na colcha de retalhos que já demonstra ser setembro, temos para hoje este disco da banda de rock carioca Black Future. Foi o disco de estréia deste grupo carioca que fazia uma mistura de elementos do pós punk com rock experimental e até samba. “Eu sou o Rio” foi um lp produzido por Thoma Pappon, da banda Fellini, que também participa em algumas faixas. Da mesma forma, tem também as participações especiais de figurinhas de peso do rock/pop nacional como Edgar Scandurra, Paulo Miklos, Chacal, Edu K e outros… É, sem dúvida, um disco da melhor qualidade, das coisas boas produzidas no rock/pop nacional nos anos 80.
 
dança da chuva (introdução)
interrupção
no nights
sinfonia para um morto
reflexo
piada
eu sou o rio
teatro do horror
cartas do absurdo
bem depois
thor e loki
 
 
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Luiz Gonzaga – A História do Nordeste Na Voz De Luiz Gonzaga (1957)

Fechando nosso mês de agosto com o grande Luiz Gonzaga neste lp de 10 polegadas, lançado pela RCA Victor, em 1957. Um pequeno, mas rico mostruário da música nordestina através de seu mais legítimo representante. São oito temas clássicos, quase todos de sua autoria com Humberto Teixeira e Zé Dantas. 
 
paraíba
respeita januário
xote das meninas
saudades de pernambuco
abc do sertão
acauã
algodão
asa branca
 
 
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Trio Nagô (1957)

Hoje e mais uma vez temos o prazer de apresentar Trio Nagô, grupo vocal vindo do Ceará, formado por Evaldo Gouveia, Epaminondas de Souza e Mário Alves e quem fez muito sucesso nos anos 50, nas rádios e casas noturnas onde se apresentavam. Também excursionaram  pela America do Sul e Europa. Gravaram diversos discos, sendo este o primeiro lp pelo selo da RCA Victor. As músicas contidas neste álbum foram também lançadas em discos de 78 rpm. Neste disco temos uma seleção muito boa, com temas de sucessos que agradam em cheio…

 
concieção
saudades da bahia
lei do tempo
quero-te assim
laura
jezebel
dô de cotovelo
ave maria no morro
 
 
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Zé Maria, Seu Orgão E Seu Conjunto – Nova Onda (1965)

Não faz nem um mês que postamos aqui um disco do Zé Maria e seu conjunto. A coisa é tão boa de se ouvir que tivemos que pedir mais uma dose. E desta vez vamos com o lp, lançado pela RCA Victor, em 1965, um trabalho deliciosamente interessante com muito samba. balanço e suingue. Olha só o repertório…
 
nova onda
meu veneno
neste mundo só você
um brasileiro nos states
neurastênico
nêga quatrocentão
nova onda do strip tease
na batucada do zé
valente morre mais cedo
catolé
mamãe ele olhou pra mim
perpetuum
 
 
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Erlon Chaves – Em Tempo De Samba (1961) 

Hoje temos “Em Tempo de Samba”, lp de estréia de Erlon Chaves na RCA Victor. Disco dos mais bacanas, recheado de clássicos e uma orquestra que parece um festival, explosiva e ao mesmo tempo na medida. Erlon Chaves era mesmo fenomenal…
 
é fácil dize adeus
o menino desce o morro
água de beber
o nosso olhar
tema oriental
murmúrio
dindi
só vou de mulher
descendo o morro
duas contas
barquinho
a fuga do samba
 
 
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Rosinha De Valença – Apresenta O Ipanema Beat (1970)

Nesses dias de aniversário do Toque Musical, quem faz a trilha aqui são as mulheres e não só cantoras, compositoras e intérpretes, também as instrumentistas. E nesta, vamos hoje trazendo a maravilhosa Rosinha de Valença em um disco que soa até um pouco diferente entre outros que ela gravou. “Ipanema Beat” tem suas singularidades… Ao contrário dos demais, aqui ela deixou de lado o violão acústico e abraçou a “Belinha”, sua guitarra elétrica Gibson. Se reuniu com outros músicos internacionais formando o grupo Ipanema Beat e gravou em Johnnesburg, na Africa do Sul. O disco foi lançado no Brasil em 1970 e traz um repertório, por certo, também internacional com uma pegada bem jazzistica, uma sonoridade bem sessentista onde se destaca os teclados do músico  Ducan Mackay, a la Brian Auger. Instrumental gostoso de se ouvir da primeira a última faixa. Bão demais, eu garanto! 🙂
 
sitting
isole natale
je t’aime moi non plus
mercy mercy
rosinha’s mood
a whiter shade of pale
sunshine superman
t bone steak
forever yet forever
 
 

Luiza (1964)

Depois de uma Luisa portuguesa, que tal uma Luiza brasileira? Por certo, não há o que comparar, até mesmo porque uma é com S e outra é com Z. Na verdade, são coisas bem distintas, gêneros diferentes, cada uma em seu lugar. Aproveitamos mesmo foi só para dar ter um gancho…
Esta é Luiza, cantora mineira e se não estamos enganados, de Belo Horizonte… Há pouco tempo atrás publicamos aqui um outro disco dela, um compacto. E agora vamos com o lp, também mencionado na postagem anterior. Replicando… Luiza, que surgiu nos anos 60 como uma revelação da Bossa Nova. Gravou em 64 este seu primeiro e único lp, um disco hoje consagrado, raro e que só a alguns anos atrás recebeu uma reedição em cd. O que fez o disco ser especial, além de sua belíssima voz e estampa foi o fato de ter sido nele que aparece uma primeira parceria de Dori Caummi e Edu Lobo. O disco é recheado de compositores bossanovistas e dele participam vários, entre esses, Milton Nascimento e Wagner Tiso, em início de carreira. Para dourar mais a coisa, temos também a participação, arranjos e regências do maestro Moacir Santos. Daí se vê que Luiza estava com a bola toda. Embora vivendo intensamente as transformações musicais da época, tendo seu apartamento sempre bem frequentado por outros artistas, assim como Nara Leão, em seu apartamento, Luiza acabou seguindo carreira no magistério, se tornando professora, casou e foi ser dona de casa…
 
abandono
sem ter por que
você
passa por mim
deus brasileiro
manhã sem você
meu caminho
meu comportamento
pensa
olhando estrelas no céu
mar amar
 
 

Vanusa – Prá Nunca Mais Chorar (1967)

Hoje, vamos de compacto. Um disquinho importante na carreira da cantora Vanusa. Este foi o seu primeiro disco, lançado pela RCA Victor, em 1967, período que a cantora e compositora se revelou no movimento da Jovem Guarda. Aqui temos ela com seu primeiro sucesso, “Pra nunca mais chorar”, música de Carlos Imperial e Eduardo Araújo. Eis aí um compacto bem raro, que não aparece nem mesmo em algumas de suas discografias.
 
prá nunca mais chorar
o geghege
 
 
 

Zaccarias E Seu Quarteto Excelsior – Coquetel Dancante Vol. 4 (1961)

Aqui temos o maestro Zaccarias e seu Quarteto Excelsior, formado por Fats Elpídio (piano), Luiz Marinho (contrabaixo), Plínio (bateria) e Maurílio (piston), no quarto volume da série “Coquetel Dançante”. Disco lançado pela RCA Victor no início dos anos 60, trazendo num repertório dançante com temas nacionais e internacionais. Sucessos da época com predominância para sambas e boleros.
 
samba triste
ninguém é de ninguém
it’s now or never
mulher de trinta
devaneio
la pachanga
que samba bom
dans mon ile
fantoche
gostar de alguém
ninguém chora por mim
near you
 
 
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Dalva Barbosa – É Samba (1962)

Hoje nosso encontro é com Dalva Barbosa, uma excelente cantora de samba canção que atuou no final dos anos 50 e início dos anos 60. Foi descoberta pelo compositor Airton Montenegro cantando em Ipanema, em apresentações no Ankito’s Bar, uma boate de propriedade do inesquecível humorista Ankito. Ela também atuava em outras casas como o Arpège, Pigalle, Au Bon Gourmet e outras. Gravou em 1961 seu primeiro disco, um compacto triplo (com três musicas de cada lado), pelo obscuro selo Ritmos, onde interpreta não apenas sambas, mas também bolero e rumba. Depois foi contratada pela RCA Victor onde ganhou mais projeção. Este foi seu primeiro lp, um trabalho totalmente voltado para o samba, assim como os outros poucos discos que viria ainda a gravar tanto na RCA quanto na Polydor. Estranhamente, não há na internet quase nenhuma informação sobre esta artista. Existem apenas algumas referências a ela que no juntar de tudo foi só isso que encontramos, infelizmente. “É Samba” é mesmo um disco com suas qualidades, autêntico, em ritmo sincopado, ao estilo Miltinho. A gente escuta com prazer ‘de cabo a rabo’. Confiram no GTM…
 
só vale a pena
skindô
lama no asfalto
coisa pouca
gamação
piada
teleco-teco nº6
samba de branco
tristeza nunca mais
dilema
 
 
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The Selvis – É Hora De Rock’N’Roll (1959) 

Mais uma curiosidade musical para o nosso costumeiro toque 🙂 Temos desta vez um lp lançado no final dos anos 50 pela RCA Victor, “É hora de rock’n’roll”. The Selvis é o nome do suposto grupo que na verdade era um conjunto de estúdio da gravadora e segundo contam trazia o saxofonista Bolão. A RCA Victor chegou a lançar mais um ou dois discos de rock usando este nome, o sugestivo The Selvis.  
Aqui desfilam doze grandes sucesso dos primeiros rock’n’roll em uma brilhante e empolgante interpretação do The Selvis 
 
jailhouse rock
personality
long tail sally
love me tender
i need your love tonight
oh carol
stupid cupid
tutti frutti
ready teddy
a big hunk o love
king creole
i go ape
 
 
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Luizinho E Seus Dinamites – Choque Que Queima (1964) 

Este é um disco que já postamos aqui em outras eras, porém vale a pena uma reprise, até porque as informações não estavam lá muito corretas. Luizinho e Seus Dinamites foi um dos mais ‘quentes’ grupos de rock brasileiro. Seu líder foi um dos guitarristas pioneiros do rock nacional que embalou muitos bailes no Rio de Janeiro. Os Dinamites era formado, além de Luizinho (guitarra e vocalista), por Jair (guitarra base), José Antônio (baixo) e Carlinhos (bateria) e Euclides (que também tocou com The Pop’s). Originalmente, o lp foi lançado em 1964 pela RCA Victor, mas para a felicidade do fãs e colecionadores, foi relançado em edição limitada por uma loja de disco de São Paulo, a Bruno Discos, merecendo inclusive uma logomarca encima da arte da RCA Victor. Raridade pura que muita gente ainda não conhece e que já não se encontra mais por aí. Interessou? Confira no GTM, completo! 
 
dinamite
choque que quima
driving guitars
eu vou a lua
as estações
apache
a raposa e o corvo
carango
bongo blues
uma voz na solidão
lâmpada do amor
guitar twist
 
 

Titulares Do Ritmo – Titulares No Samba (1961) 

Já tivemos aqui no nosso Toque Musical, por várias vezes, o excelente grupo vocal Titulares do Ritmo. Conjunto que iniciou sua trajetória ainda nos anos 40, em Belo Horizonte. Era um sexteto de músicos cantores cegos que se conheceram e se formaram no Instituto São Rafael. Ganharam destaque logo que começaram a se apresentar em emissoras de rádio da cidade. Logo já estariam ecoando nos grandes centros e sendo contratados para atuarem em São Paulo. De lá ganharam o Brasil inteiro por conta da qualidade de seus arranjos vocais. Gravaram diversos discos ainda no tempo das bolachas de 78 rpm. Depois, esses mesmos sucessos foram relançados em lps de 10 e 12 polegadas e também vieram outros discos e trabalhos lançados por outras gravadoras. Aqui, temos eles em um disco dedicado ao samba, lançado em 1961 pela RCA Victor, acompanhados pela Orquestra e arranjos do maestro Francisco Moraes. Um belo trabalho que vale a pena redescobri. Confiram no GTM.
 
chorou chorou
banca de mamãe
baianinha
o aumento não vem
bela rosa
ideias erradas
rosa morena
sozinha não
maria da penha
faceira
não tem problema
aprendi a lição
 
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Sissi (1968)

Olha aí, mais obscuro objeto de desejo dos colecionadores e apaixonados pela Jovem Guarda. Aqui temos Sissi, artista que eu também não me recordo e ao ouvir o disquinho tive a impressão que fosse a cantora Silvinha, mas em nenhum momento há referencias sobre isso na biografia da cantora. Por outra, não achei nenhuma informação sobre esta cantora, Sissi. Mais um mistério do nosso mundinho fonográfico, aqui no Toque Musical. Enquanto não aparece mais informações, vamos pelo menos ouvir o que a garota tem para a gente ouvir…
 
estou triste com você
meu ídolo, meu amor
 
 
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Tom & Jerry (1967)

Olha aí mais um disquinho de sete polegadas para conhecer, reconhecer e relembrar. Entre os mais diversos grupos de música jovem daqueles anos 60, aqui temos mais um, eternizado neste compacto que agora apresentamos. Tom & Jerry, dupla que pelo que visto e ouvido, só gravou este disquinho, pela RCA Victor. Com produção de Ramalho Neto e direção artística de Fred Jorge, a dupla se destaca entre outras do gênero, mas também como essas, não passaram das ‘jukebox’ daqueles tempos. Na contracapa, como se pode ver, há um texto de apresentação da dupla. Disquinho legal, podem conferir…
 
décimo andar (ten story high)
eu preciso encontrar
 
 
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Wagner – Compacto (1968)

Mais uma curiosidade em compactos para a alegria de vocês. Como sabemos, esses disquinhos de 7 polegadas foram criados para lançarem pelas gravadoras um determinado artista, uma pequena amostra musical do que poderia vir a ser um ‘long play’. Conforme a aceitação das músicas no compacto, este viria a se tornar um lp. Muitos artistas e projetos acabaram ficando mesmo, apenas no compacto. Isso, óbvio, me refiro a indústria fonográfica musical, as grandes gravadoras e selos. Os discos compactos também atenderiam a outras funções de áudio, num tempo em que esse mundo ainda era analógico (cursos de línguas, poesias, propagandas, experimentos sonoros alternativos, registros pessoais e inclusive produções musicais independentes)
Aqui, por exemplo, temos este compacto simples lançado pela RCA Victor, em 1968, trazendo Wagner, um cantor romântico da Jovem Guarda, ao estilo de Wanderley Cardoso. Até procuramos informações sobre o artista, mas apenas por este nome tão genérico, ou mesmo associando ao nome das músicas, não foram suficiente… Daí, só nos resta postar e aguardar alguém que saiba quem foi este Wagner. Por hora, vamos apenas ouvir…
 
novo amor
voltei sorrindo
 
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Jacob do Bandolim – Jacob Revive Sambas Para Você Cantar (1963)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Eis aqui um disquinho gostoso de se ouvir e mais ainda, convida a gente a cantar. Não é exatamente um disco de ‘karaokê’, ou um playback para acompanhar, embora o título seja bem sugestivo. O que temos aqui é uma seleção de sambas, no qual o grande Jacob do Bandolim nos presenteia, trazendo músicas que naquele início dos anos 60 já eram clássicos do samba. Aqui, esta seleção de sambas aparecem em forma de pot pourri. Achei por bem manter sem separar, fazendo isso apenas nas pausas longas e dessa maneira temos então apenas três faixas, ok? Disco realmente maravilhoso e raro entre o que se encontra desse grande instrumentista brasileiro. Confiram no GTM…
 
tenha pena de mim
chora cavaquinho
agora é cinza
pois é…
adeus
ai que saudades da amélia
até amanhã
sei que é covardia, mas…
não tenho lágrimas
foi ela
deixa essa mulher chorar
o orvalho vem caindo
palpite infeliz
leva meu samba
chega de saudade
praça onze
está chegando a hora
 
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Luiz Gonzaga – São João Na Roça (1958)

Olá, amigos cultos e ocultos! Pra não dizer que não falei de São João, olha só o que temos para hoje. Por certo, ainda seguimos com a fogueira acesa, então o melhor é mesmo aproveitar… Temos aqui São João na Roça, lp de 10 polegadas, do grande Luiz Gonzaga, imperdível. E mais uma vez, com as devidas informações na contracapa. Confiram tudo….
 
são joão na roça
olha pro céu
noites brasileira
são joão antigo
a dança da moda
lenda de são joão
maná e zabé
são joão do carneirinho
 
 
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Zaccarias E Sua Orquestra – Sambas Em Desfile (1955)

Olá, amigos cultos e ocultos! Seguimos já quase finalizando o mês de maio, temos para hoje e mais uma vez, aqui no Toque Musical, o grande maestro Zaccarias e sua orquestra, em disco lançado pela RCA Victor, em 1955. Este é, sem dúvida, um dos discos dele, em dez polegadas, que eu mais aprecio. E isso se deve ao fato de ser um disco de samba. Oito pérolas orquestradas que fariam ainda hoje ambientação e entretenimento em qualquer reunião, seja em casa ou em algum barzinho. Não sei porque, me remeteu as agitações dos bares e cafés no Mercado Novo, de Belo Horizonte. Com certeza é o tipo de música que cairia bem nesse ambiente, tanto pelas manhãs de domingo, quanto nas noites de quinta, sexta e sábado. Quem conhece o local sabe do que eu estou falando…
 
está chegando a hora
madalena
pra seu governo
meu consolo é vocÊ
não tenho lágrimas
palpite infeliz
maria boa
é bom parar
 
 
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Wilson Miranda – Todos Os Meus Passos (1971)

Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Temos hoje aqui em nosso toque musical o cantor Wilson Miranda, um artista paulista que se destacou nas décadas de 60 e 70. Iniciou ainda nos anos 50, como ‘crooner’ em conjuntos e orquestras, gravando vários discos de 78 rpm. Seu repertório passeia por diferentes estilos e gêneros, indo da baladas, do rock’n’nroll, dos ritmos caribenhos, ao samba, à bossa e também ao pop da Jovem Guarda. Entre um disco aqui e outro ali, a partir dos anos 70 passa também a trabalhar como produtor para os mais diferentes artistas. Aqui temos dele, “Todos os meus passos”, disco lançado em 1971 pela RCA Victor. Um trabalho que define bem as qualidades deste artista e seus caminhos pela música. Repertório variado feito para agradar gregos e troianos 🙂

é só isso que há?
eu amo meu pé
todos os meus passos
meu passado está presente
seu carinho
canta que passa
diga tudo enfim
o ensaio
ninguém para responder
black is beautiful
adeus
 
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Helio Matheus – Matheus Segundo Matheus (1975)

Fala ae… amigos cultos e ocultos! Depois do carnaval, me perdi completamente com tantos outros afazeres. É aquela velha história da falta de tempo. Sim, estou sem tempo até para ouvir música. Mas não posso deixar a coisa se acumular, assim, o jeito é recorrer aos velhos ‘arquivos de gaveta’, aquilo que recebo de vocês e guardo exatamente para esses momentos.
Então, temos aqui o Hélio Matheus, cantor e compositor carioca em seu primeiro lp, “Matheus Segundo Matheus”, que pelo título tem-se a impressão de que este foi seu segundo disco, mas creio que isso se deve ao fato de que antes ele já havia lançado um compacto, em 1969. Hélio Matheus começou a carreira tocando em boates do Rio e São Paulo. Sua música foi gravada por diversos artistas e inicialmente por Vanusa que defendeu no FIC, de 1969, seu primeiro sucesso, “Comunicação”, também gravada por Elis Regina. Ao longo de sua carreira gravou apenas três discos, mas sempre se dedicou a compor para diferentes artistas da MPB. 
Em “Matheus segundo Matheus ele veio muito bem assessorado, tendo um time de músicos de peso, como a turma do Azymuth e Zé Rodrix. Teve neste disco músicas usadas como temas de novelas da Globo, o que lhe garantiu um certo sucesso. Sua música tem muita semelhança com a de outros artistas do chamado ‘samba-rock’, o swing de Luis Wagner, Wando e porque não dizer, até Jorge Ben. Faleceu em 2017, por conta de uma pneumonia. Vítima do alcoolismo, passou seus últimos anos de vida em albergues e no Retiro dos Artistas.
 
marraio
mais kriola
cidadezinha
meu diário
comunicação/camisa 10
briguenta
meu mundo de monstros e fantasias
você se foi
meu segredo
ausência
 
 
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Monturil – Os Maribondos De Fogo (1987)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Dentro do nosso espírito de curiosidades, estou trazendo hoje para vocês um disco que talvez poucos conheçam. Eu também, só vim a conhecer há pouco mais de um ano, quando este lp chegou em minhas mãos e mais exatamente, no meu toca discos. Trata-se do maranhense, Antenor Monturil, um nome mais conhecido em rodas de choro e pagode no norte e centro oeste do país, nos anos 70 e 80. Monturil foi um violonista e compositor maranhense. Gravou apenas este disco, em 1987 pelo selo RCA Victor. 
Envolto em um misterioso desaparecimento há 26 anos, em Goiânia, seu corpo nunca foi encontrado. Era também advogado, amigo de políticos e militares. Frequentava a Granja do Torto, onde tocava para militares, na época do general Figueiredo. Também era amigo de José Sarney, de quem musicou o poema “Marimbondos de Fogo” e deu nome a este disco. Por aí, a gente  já tem uma ideia… Como dizia o velho ditado, “diga-me com quem andas e te direi quem és”. Mas, Monturil, além de advogado, tinha seu lado artístico, uma sensibilidade musical que atraia também os artistas e isso se vê pelos envolvidos nessa sua primeira e única produção. Participam do disco diversos artistas, como se pode ver acentuado na capa, nomes nacionalmente conhecidos como o mestre Baden Powell, os cantores Francisco Carlos “El Broto” e Renato Castelo e as cantoras Márcia e Marília Barbosa. A ilustração da capa é uma pintura do artista plástico goiano, Siron Franco e na contracapa Monturil é muito bem apresentando em textos pelo Sarney, então Presidente da República e também pelos acadêmicos Herberto Sales e Joaquim Campelo Marques. Vale a pena conhecer…
 
os maribondos de fogo
mastigando jiló
pra que saudade
saudade ceará saudade
meu feitiço é maior
sapatinho de princesa
chorinho de repente
voltei pra avenida
rancho da primavera
cantiga nordestina
 
 
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Maria Creuza – Poético (1982)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Novamente, marcando presença em nosso Toque Musical, temos hoje o “Poético”, disco da cantora Maria Creuza, lançado pela RCA Victor em 1982. Está aí um disco que vale a pena ouvir com carinho, pois, além de termos uma grande intérprete, uma cantora excepcional, temos também um repertório que é mesmo uma poesia, ou melhor dizendo, várias poesias… Neste álbum, Maria Creuza retoma sua história com as composições do grande poeta, Vinícius de Moraes e seus parceiros. Temos aqui um repertório maravilhoso, que por certo todos nós já conhecemos e que mais uma vez nos encanta na voz dessa baiana. Confiram no GTM…
 
chora coração
tarde em itapoã
água de beber
lamento
rancho das namoradas
valsinha
canção do amor ausente
marcha da quarta-feira de cinzas
berimbau
samba de orly
 
 
 
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Orlando Silva – Relíquias Brasileiras Vol. 1 (1985) 

Bom dia, boa hora…, caros amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje a presença do grande Orlando Silva em um relançamento dos anos 80, o disco “Relíquias Brasileiras – Vol. 1”, produzido pela Rádio América, de Belo Horizonte. Nessa época, a emissora mineira apresentava um programa com este nome, “Relíquias Brasileiras”, no qual trazia semanalmente uma série de músicas e artistas da época em que os discos eram ainda de 78 rpm, grandes destaques que marcaram a chamada “Era de Ouro do Rádio no Brasil”, nos anos 30, 40 e 50. Acredito que o programa ainda continue no ar, pois até 2019 ele era apresentado aos sábados a noite, com reprise no domingo, também a noite.
“Relíquias Brasileiras” acabou gerando um apanhado de boa parte da discografia de Orlando Silva, sendo lançados vários volumes na sequência deste. A produção inicial foi bem modesta e para tanto, neste primeiro volume, saiu com o selo da RCA Victor, pois os fonogramas eram todos dessa gravadora. Creio que esta foi a primeira reedição em discos de 12 polegadas, reunindo as primeiras gravações do cantor. A partir dessa época outras produtoras e editoras passaram a reeditar esse tipo de material, como foi o caso da Revivendo Músicas, que gerou um dos maiores catálogos nessa linha.
Neste volume 1, temos uma série de gravações, discos de Orlando Silva lançados ainda em sua primeira fase, ou seja, os anos 30. São doze músicas, entre sambas, valsas e marcha. Muitas dessas músicas, inclusive que já foram a presentadas aqui em nossa série exclusiva, a coleção Grand Record Brazil para discos em 78 rpm, pelo nosso saudoso Samuca (Samuel Machado Filho). De quebra e como bônus, incluímos também nesses arquivos um raro jingle comercial da Brahma, com o nosso “cantor das multidões”. Confiram, no GTM…
 
no quilometro 2
para deus somos iguais
lágrimas
já é de madrugada
não é proceder
tristeza
deusa do cassino
foi você
caprichos do destino
amigo leal
viva a liberdade
se a orgia acabar
chopp brahma (bônus)
 
 

50 Sucessos Inesquecíveis – Meio Século De Música Sertaneja (1979)

Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Eis aqui um outro disco que teria servido perfeitamente como uma homenagem a minha mãe, no último dia 5, quando então ela fazia aniversário. Ela tinha um gosto eclético para música e também gostava muito da autêntica música sertaneja. No álbum que apresento hoje temos uma série de músicas que faziam parte do seu repertório, músicas que conheci e aprendi com ela. Eita, saudade!
Aqui temos uma coletânea de peso, uma seleção com 50 músicas sertanejas de sucesso. Gravações originais extraídas de discos lançados pela própria gravadora, a RCA Victor, ao longo de toda a sua história no Brasil. A Victor foi uma das primeiras e grandes gravadoras a investir no gênero da música rural e isso a gente já viu aqui, inclusive na série Suplementos (discos de divulgação), dos quais chegamos até a postar alguns. “Meio Século de Música Sertaneja” é um condensado dos mais interessantes, onde se pode ouvir músicas e artistas que hoje são difíceis de encontrar, principalmente porque muitos deles só chegaram a ser lançados até então em discos de 78 rpm. Por certo, não se trata de uma seleção definitiva da autêntica música sertaneja, bem porque não foi apenas a RCA quem a muito divulgou. Mas temos aqui verdadeiras pérolas, que não podem ser jamais esquecidas. Pena que agora o ‘agro’ é pop e de sertanejo o que se tem hoje é apenas saudade. Mas este álbum duplo aqui a gente não pode deixar passar batido. Confiram no GTM…
 
cabocla teresa – raul torres e florêncio
o menino da porteira – luizinho e limeira
saudade de matão – mariano da silva e serrinha
canta moçada – tonico e tinoco
boneca cobiçada – palmeira e biá
não beba mais não – duo ciriema
divino espírito santo – torrinha e canhotinho
vinte anos – nenete e dorinho
saudades de ouro preto – alvarenga e ranchinho
festa na roça -mario zan
saudade da minha terra – belmote e amaraí
o milagre do ladrão – zilo e zalo
passarinho de peito amarelo – tibagi e miltinho
flor do cafezal – cascatinha e inhana
mágoa de boiadeiro – pedro bento e zé da estrada
apartamento 37 – leo canhoto e robertinho
nossa união – caçula e marinheiro
chitãozinho e xororó – zé do rancho e zé do pinho
beijinho doce – brazão e brazãozinho
coração apaixonado – silveira e barrinha
não me abandones – irmãs galvão
meu fracasso – tião carreiro e carreirinho
rio de lágrimas – tavares e zé negrão
chico mulato – raul torres e florencio
promessa do batistinha – sulino e marrueiro
pingo d’agua – raul torres e florencio
pombinha mensageira – belmonte e amaraí
mais uma lição – duo ciriema
disco voador – palmeira e biá
viola cabocla – tonico e tinoco
noite fria – tibagi e miltinho
chalana – mari zan
conselho de amigo – nenete e dorinho
meu velho pai – leo canhoto e robertinho
tchau amor – zé tapera e teodoro
no colo da noite – zé do rancho e zé do pinho
joão de barro – brazão e brazãozinho
mula preta – raul torres e florêncio
amanheci em teu s braços – pedro bento e zé da estrada
o menino e o circo – cascatinha e inhana
canoeiro – tavares e zé negrão
paraná do norte – flor da serra e santiago
resposta da mariquinha -zé do rancho e mariazinha
meu passarinho – campanha e cuiabano
cantando – duo irmãs celeste
meu irmão da roça – leo canhoto e robertinho
lágrimas da alma – belmonte e amaraí
colcha de retalhos – duo ciriema
caminheiro – zilo e zalo
couro de boi – palmeira e biá
 
 
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Diana Pequeno – Sinal De Amor (1981)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Fevereiro está aí e vamos que vamos… Hoje e mais uma vez, nosso encontro é com essa beleza de morena, a baiana, Diana Pequeno, uma cantora e compositora que dispensa apresentações, pelo menos no Toque Musical, onde já postamos dela uns três discos. E quando falo em beleza, por certo também me refiro a beleza de sua arte, do seu canto e de seus repertórios. Seu legado está aí, sempre atual. O tempo passou, mas seus discos continuam muito atuais e se por sorte vocês ainda encontram os lps por um preço barato, pois, pelo jeito, só deve ter ficado na memória do povo aquilo que insistentemente se tocava no rádio. E no caso de “Sinal de Amor”, lançado em 1981, temos várias músicas bem divulgadas na mídia rádio-televisiva, além de terem sido também gravadas por outros artistas. Nesta época, a cantora estava vivendo seu melhor momento, participando de shows por todo o Brasil, dividindo palco com o Mestre Sivuca no Projeto Pixinguinha e também no Festival de Águas Claras. Enfim, a moça estava, merecidamente, com tudo. Hoje, vivemos um outro momento onde a informação, a mídia, se diluiu, se fragmentou em tanto pedaços que mesmo um artista dos mais conhecidos, acaba também diluído. Aliás, essa é a nova ordem mundial, não se ouve a obra de um artista, mas sim a música, o hit do momento em alguma plataforma digital. E passa logo… Mas aqui, no Toque Musical, as coisas passam devagar, com o retardo necessário que cabe a toda boa lembrança. E vamos a ela… 😉
 
sinal de amor e de perigo
regina
vagando
laura
estrelas nil
trem do pantanal
busca-pé
berço de todos os azuis
as flores deste jardim
barca de noé
recolher
 
 
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A Voz Da RCA Victor – Suplemento Nº 24 Novembro (1959)

Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Entramos, enfim, em fevereiro e aqui vamos nós na nossa peleja fonomusical. Para começar, vamos com mais um disco da série, “A voz da RCA Victor” desta vez trazendo o suplemento de lançamentos dos seus discos de 78 rpm para o mês de novembro, de 1959. Esta série é mesmo muito rara e poucos são os colecionadores que possuem esse material. Infelizmente, nós só tínhamos seis deles e este é o último que apresentamos por aqui. Se acaso aparecerem outros, sem dúvida, iremos trazer para vocês. Neste suplemento de número 24, todos os lançamentos são de artistas nacionais. São 24 trechos iniciais das músicas, que mesmo cortadas valem a pena serem ouvidas. Aqui temos…
 
vinheta de abertura
mariposa / argumento – nelson gonçalves
petite fleur / la chanson d’orphée – guylaine guy
fuba / velhos tempos – jacob do bandolim
la strada del amore / refugio – neusa maria
meu castigo / um pouco de nós mesmo – fernando barreto
prece a chuva / sonho desfeito – ivete siqueira
vem / molengo da morena – jair alves
juvita / aracati – ary lobo
madalena / arrependida – tião careira e carreirinho
resposta da saudade/mariquinha – silveria e barrinha
nossa verdade / passado de boêmio – marreco e marrequinho
vinheta final
 
 
 
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Francisco Alves Com Orquestra – Foi Ela (1960)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o Chico Viola. Aqui temos um raro exemplar de um compacto, provavelmente lançado no final dos anos 50, talvez até em 1960, quando os disquinhos de sete polegadas começaram a se popularizar por aqui. E sendo um dos primeiros, ele ainda era lançado em 45 rpm e trazia no selo aquele furo tipo estrela que permitia eliminar furinho para se usar o furão, típico dos discos compactos importados. Este disco compacto duplo traz quatro canções que originalmente foram gravadas por Francisco Alves ainda nos anos 30 e voltariam a serem regravadas por ele na RCA Victor, em 1952, três dias antes do acidente que tiraria a sua vida. Portando, podemos considerar essas a suas últimas gravações e assim sendo, foram parar neste disquinho. Confiram no GTM…
 
foi ela
a mulher que ficou na taça
é bom parar
serra da boa esperança
 
 
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