Zé Maria Seu Orgão E Seu Conjunto – Bossa & Balanço SA (1966) 

Hoje, passei a tarde ouvido este disco, Zé Maria, Seu Orgão (seu orgão é otimo!) e Seu Conjunto, em “Bossa & Balanço S/A”. Um discaço que, por certo, muita gente desconhece. Aliás, não somente este lps, mas tudo que conheço desse músico e seu conjunto. Música brasileira tipo exportação e isso é inegável, pois estilos como este são os mais visados por jd’s e colecionadores gringos. Muito balanço que faz a alegria em qualquer festa. Curiosamente, ainda é possível encontrar discos do Zé Maria em sebos e vendedores no Mercado Livre. Discoteca básica para qualquer colecionador ‘de responsa’…
 
satanás
susana perereca
bom mesmo é o papai
balanço do ganso
bossa triste
tudo balança
metade de um beijo 
nêgo velho
diz que foi por aí
show de balanço
samba do relógio
pra que tanta pressa
 
 

K-Ximbinho E Seu Conjunto – O Samba De Cartola (1958)

“O Samba de Cartola”, eis aí um disco que a primeira vista, pelo título, pode nos enganar. Tem gente que há de pensar que é um disco com músicas do sambista Cartola. Outros, talvez, dirão o que o texto de contracapa nos fala, achar que se trata de um lp de sambas, mas com uma roupagem mais apropriada para agradar os pequenos burgueses em seus salões de festas. Aqui eles negam, mas, sem dúvida a intensão foi sofisticar o samba a partir de arranjos jazzisticos feitos pelo mestre K-Ximbinho. Nada contra, enquanto uma modernização da harmonia e dos arranjos, inclusive demonstra a versatilidade do samba e a genialidade de músicos como o K-Ximbinho. Mas não há como negar que o samba para chegar , por exemplo, no lendário Vougue, teve antes que se vestir a caráter e colocar a cartola. Mas isso é outra história.  O certo, aqui, é que temos um disco musicalmente e instrumentalmente diferente do comum. Uma seleção de sambas clássicos com fortes influências da música americana daquela época, uma pegada jazzística que se por um lado causa espanto, por outro, uma grande surpresa que agrada facilmente o ouvido ‘culto’e estrangeiro. Um disco, acima de tudo, da melhor qualidade.
 
viva meu samba
agora é cinza
chove lá fora
aquarela do brasil
e eu sem maria
a voz do morro
onde o céu é amis azul
se você jurar
sucedeu assim
joão valentão
ai que saudades da amélia
falsa baiana
 
 
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Dalila – Sensação (1964)

No mês de aniversário do nosso Toque Musical vamos buscando trazer alguns discos realmente interessantes. Aqui, mais uma raridade que você, colecionador não pode perder e que por certo irá encontrar na Acervos, uma excelente loja de discos de Belo Horizonte (Acervos, da Savassi, ok?), Dalila, uma excelente cantora gaúcha que surgiu nos anos 60 a partir de um programa da TV Record, de São Paulo, chamado “Um cantor por um milhão”, no qual ela, merecidamente, foi escolhida como melhor intérprete. Como prêmio, ela ganhou um milhão de cruzeiros e a gravação de um lp, no caso, este que agora apresentamos. Foi assim o começo de uma grande carreira que mais tarde a levaria a um plano ainda mais alto, como artista internacional. Durante os anos 60 ela gravou outros discos, participou ao lado de outros grandes artistas em diferentes projetos, carnavais e festivais. Em 65 gravou outro ótimo lp pela Polydor. Já nos anos 70 viajou para a Europa representando a música brasileira, o samba, em diversos espetáculos de sucesso e por lá ficou. Mudou-se para a Suécia se tornando uma artista mais conhecida por lá do que aqui, no Brasil. Infelizmente, em 2004 ela veio a falecer, encerrando de vez uma gloriosa carreira, sendo enterrada na Suécia. A propósito, seu nome verdadeiro era Glória.
Quanto a este disco, não é preciso nem falar, uma beleza, assim como a própria capa. Discaço! Imperdível, diga-se de passagem…
 
devagar com a louça
eu quero um samba
samba no chuveiro
o apito na escola de samba
samba encabulado
tchau mesmo
crioulo bem
samba rasgado
todo dia é dia de chorar
ponta e placê
é o fim
desafinado
 
 
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Stellinha Egg – O Brasil Canta Com Stellinha Egg (1958)

Fim de semana preguiçoso… Cá estou eu aproveitando a gaveta do S para buscar mais um disco para postarmos. E nesta, eis que encontro este arquivo pronto da cantora, atriz e pesquisadora do folclore brasileiro, Stellinha Egg. Certamente recolhido de algum dos excelentes blogs de música brasileira que passaram pela internet. Para nossa felicidade, já veio praticamente pronto, incluindo um texto de apresentação da cantora, o qual segue a baixo:
Cantora. Compositora. Atriz. Cresceu recebendo a influência do ambiente musical existente em sua família. Com cinco anos, começou a cantar em festas da Igreja Evangélica. Foi casada com o maestro Lindolfo Gaya. Sua carreira profissional se iniciou na Rádio Clube Paranaense, em Curitiba (PR). Venceu um concurso de melhor intérprete do folclore brasileiro e foi contratada a partir daí pela Rádio Tupi de São Paulo, para onde transferiu-se logo depois. Na capital paulista trabalhou nas Rádios São Paulo e Cultura. No início dos anos 1940, transferiu-se para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde apresentou-se ao lado de Dorival Caymmi e Sílvio Caldas. Em 1944, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Continental, interpretando a toada “Uma lua no céu… outra lua no mar”, de Jorge Tavares e Alaíde Tavares e o coco “Tapioquinha de coco”, de Jorge Tavares e Amirton Valim. No ano de 1945, casou-se com o maestro Lindolfo Gaia, que a partir daí trabalharia nos arranjos de suas músicas, e de quem gravou, entre outras músicas, o samba “Não consigo esquecer você”, a toada “Mais ninguém”, parceria com Eme de Assis e o samba canção “Um amor para amar”. Em 1949, gravou de Ary Barroso o samba-canção “Terra seca”. Em 1950, gravou o baião “Catolé”, de Humberto Teixeira e Lauro Maia. No mesmo ano, foi eleita no Congresso Internacional de Folclore, em Araxá, Minas Gerais, como a Melhor Cantora Folclórica. Em 1952, gravou a rancheira “Toca sanfoneiro”, dela e Luiz Gonzaga e a canção “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense. Em 1953, gravou de Dorival Caymmi as canções “O mar” e “O vento”. Gravou também do mesmo autor o samba canção “Nunca mais”. Em 1954, gravou ainda de Caymmi os batuques “Noite de temporal” e “A lenda do Abaeté”. Entre 1955 e 1956 excursionou à Europa, apresentando-se na URSS, França, Polônia, Finlândia, Itália e Portugal acompanhada do maestro Lindolfo Gaia. Em 1956, gravou o xote “O torrado”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e o clássico baião “Fiz a cama na varanda”, grande sucesso de Dilu Mello. Em 1960, gravou na Odeon cantando com o Trio Irakitan a limpa-banco “Entrevero no jacá”, de Barbosa Lessa e Danilo Vital. Dedicada ao estudo e pesquisa do folclore brasileiro, gravou diversas composições de domínio público e folclóricas, tais como a toada “Garoto da lenha de Angico”, a toada “Boi Barroso”, “Samba lelê”, “A moda da carranquinha”, “Cantigas do meu Brasil” e outras. Gravou o LP “Luar do sertão”, com composições de Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazaré e Anacleto de Medeiros. Gravou diversos LPs dedicados a distintos aspectos da música popular e folclórica, entre os quais: “Modas e modinhas”, com modas de viola e modinhas antigas e modernas; “Vamos todos cirandar”, com canções de roda; e “Músicas do nosso Brasil”, com canções tradicionais brasileiras.
Sobre este lp, apenas uma observação. O disco foi lançado, verdadeiramente, em 1958, sendo um dos primeiros long play da Polydor de 12 polegadas. No mais, olha aí… a contracapa já diz tudo 😉
 
cantares da minha terra
pregão da ostra
joão valentão
garoto da lenha de angico
pescador da barca bela
dansa negra
seca
pregão
côcos
soldadinhos de chumbo
canto de yara
boi barroso
 
 
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Tito Romero – Sucessos Brasileiros Em Ritmo De Tango (1959)

Mais uma boa curiosidade musical… “Sucessos brasileiros em ritmo de tango” Neste lp da Polydor, de 1959, temos Tito Romero, um pseudônimo para o sempre atuante, Britinho em um trabalho voltado para o tango. Conforme se lê pelo título, são sucessos da música brasileira interpretados em ritmo de tango. Assim, temos Britinho/Tito Moreno com orquestra típica, numa série com 12 músicas brasileiras, sucessos da época em ritmo de tango.
 
vai ver que é
sombras
luar de paquetá
incerteza
hey de querer-te sempre
um tango, uma saudade
vem me buscar
aperta-me em teus braços
mentindo
teu juramento
foi mentira
 
 
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Musika Jovem (1968)

Hoje temos aqui um disco de coletânea de gravadora, ou seja, uma seleção com artistas de seu ‘cast’. Discos como este serviam para promover seus artistas. Ao invés de criar um compacto para cada artista, fazia-se esse tipo de seleção. O interessante é que nessas costumavam vir artistas ainda inéditos, que muitas vezes nem chegaram a gravar algum disco, era a oportunidade. E oportunidade é também para nós, ainda encontrar um lp como este da Polydor, lançado em 1968 e trazendo um pouco de seus artistas, em especial aqueles que agradavam a um público mais jovem. Temos aqui, como se pode ver logo a baixo na listagem, artistas consagrados, entre outros que não tiveram a mesma sorte, seja de público ou mesmo no disco. Isso faz com que “Musika Jovem” se torne um lp curioso, de interesse de muita gente. 🙂
 
mundo vazio – marico greyck
onocê ono konô – the candies
o barqueiro – the brazillian bitles
as luzes se apagaram – hamilton
eu voltei pra te falar – waner nascimento
passarinho feliz – beatriz
a minha menina – mutantes
ele tem você – ronnie von
pra não lembrar nosso amor – dino meira
vem sorrindo – edson gray
cha-la-la – ottavil klemane
parole – conjunto norberto baldauf
 
 
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Codó – Alma Do Mar (1964)

Para o nosso encontro de hoje temos o baiano Clodoaldo Brito, violonista e compositor, mais conhecido como Codó. Um artista dos mais interessante e que curiosamente, até hoje, só havíamos postado um disco, seu álbum de 1970, o “Vim Pra Ficar”. Creio que não postamos outros porque há até algum tempo atrás havia um site/blog dedicado inteiramente ao Codó, trazendo toda a sua discografia. Pena que eu já não me lembro mais, pois também gostaria de baixar esse tesouro.
Não vou aqui tomar tempo, a contracapa do lp que apresentamos já traz toda a informação necessária. Fiquem a vontade para se deleitar com essa postagem cujo o conteúdo vocês já sabem onde encontrar, ou seja, no nosso GTM (Grupo do Toque Musical). Não conhece ainda? Então, dá uma passada de olho nos textos laterais e de aba do nosso site principal (www.toque-musicall.com). Solicite a sua participação e boas colheitas 😉
 
tahiti
noite ao luar
fantasia em prelúdio
adormecida
tim dom dom
seu gosto assim
alma do mar
oxumaré
baianinho
delírio
um abraço no baden
motivo espanhol
 
 
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Edil Pachedo – Pedras Afiadas (1977)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Segue aqui hoje este lp que tem sido muito badalado ultimamente no mundo dos colecionadores e especuladores de vinil.  Por certo, é um daqueles discos que ainda não haviam figurando em blogs, como o nosso Toque Musical e também por ser relativamente raro, até então. Temos aqui o primeiro lp do cantor, compositor e instrumentista baiano Edimilson de Jesus Pacheco, mais conhecido como Edil Pacheco. Um excelente disco de samba lançado em 1977 pelo selo Polydor. Vale a pena dar uma conferida…
 
mais um dia
abra a gaiola
me achei de novo
pedras afiadas
coração vadio
lua menina – siriê
ouro em pó
há muito tempo
nau dos aflitos
de passo em passo
tributo a batatinha
pranto natural
alô madrugada – tristeza
 
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Rock Baby Rock – Super Stereo Discotheque (1971)

Bom dia para vocês, amigos cultos e ocultos! No início dos anos 70 o selo Polydor lançou no Brasil uma série chamada “Super Stereo Discotheque”. Uma seleção de intuito promocional, como era de praxe comercial entre editoras e gravadoras. Criavam coletâneas, box com vários discos e também séries como esta, onde reuniam títulos e artistas de seu ‘cast’ no sentido de promover a vendas de seus discos. A série Super Stereo Discotheque foi lançada em 1971, voltada para o público jovem da época, foi editada em doze volumes, cada um trazendo um estilo pop, ou pelo menos procurando fazê-lo a partir de alguns gêneros de sua lista. Nestes foram colocados tanto a ala nacional quanto a internacional, quer dizer, nesta série SSD temos um pouquinho de tudo que a Polydor lançou naquele inicio de década. Desses discos, um dos que trazem artistas nacionais (embora boa parte cantando em inglês) é este chamado “Rock Baby Rock”. Acredito que ainda há poucos ‘colecionadores e catadores de raridades que conhecem realmente esta coleção e em especial este lp. Aqui temos um disco onde foram reunidas várias músicas e artistas em um só bloco, ou dois blocos, considerando lados A e B. Em cada lado, temos uma seleção musical mixada, ou seja, com fusão entre uma música e outra, tal qual se faz em uma sequencia de discoteca, onde não há pausa ou faixas separadas. Dessa forma, virou uma programação musical, sendo o lado A dedicado a diferentes conjuntos da época, todos ‘made in brazil’ (Music Machine, Mutantes, Youngsters e Novos Baianos). No lado B temos outra curiosidade, a obscura Banda (de estúdio, suponho) de 7 Léguas, a qual eu mesmo nunca tinha ouvido falar e nem sei quem eram seus componentes. Neste lado temos uma sequencia em ‘cover’ de diversos sucessos do chamado ‘pop rock’ dos anos 60. Aqui são apresentados também em fusão, mas utilizando para isso a vibração de um público entre as músicas, sugerindo ser uma gravação ao vivo. Outro detalhe interessante diz respeito a capa, ou as ilustrações das capas dessa série que foram feitas pelo artista gráfico Alain Voss.
Sem dúvida, um disco bem interessante e que por certo, depois daqui, passa a ter um novo ‘status’ para vendas no Mercado Livre e Discogs. Não deixem de conferir, no GTM, claro! 🙂
 
oh oh la la la
sticky sticky
ando meio desligado
route 66
i’ll  be there
top top
gimme gimme good lovin
knock three times
bat macumba
hawai five-o
my sweet lord
minha menina
mah-ná mah-ná
você me dá um disco
je t’aime moi non plus
my pledge of love
california dreamin
evil ways
hey jude
rock and roll music
the house of the rising sun
sugar sugar
she love you
monday monday
acabou minha mesada
by the time i get the phoenix
raindrops keep fallin’ on my head
 
 
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Extra 4 Músicas do VI FIC (1971)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos. Segue nesta postagem um compacto do VI Festival Internacional da Canção, de 1971 e conforme já se vê pela capinha, foi um festival com participação de cantores/músicas de outros países, realizado no Maracanãzinho e patrocinado pela Rede Globo, com promoção da Secretaria de Turismo da (então) Guanabara. A capa do compacto sugere com estampa uma folha de telex (telegrama), onde constam as informações, porém sem apresentar a lista das quatro faixas que fazem parte deste compacto. Aqui estão reunidas, segundo a Polydor, as quatro músicas favoritas do festival…
 
love is on my mind – rocky sharan (paquistão)
kiriê – silvia maria (brasil)
y despues del amor – lucho gatica (mexico)
piango perchi – fausto leali (itália)
 
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Rita Lee – Comapcto (1970)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Nosso disquinho deste domingo vai ser este aqui da Rita Lee. Lançado em 1970, trazia dois grandes sucesso de seu primeiro disco solo, o “Build Up”: “José”, uma versão adaptada de Nara Leão para “Joseph”, de George Moustaki e rock “Eu vou me salvar”, de sua autoria e Elcio Decário. Compacto de pré-lançamento do álbum, o qual nós já apresentamos aqui. Vale a lembrança. Bem legalzinho 🙂
 
josé (joseph)
eu vou me salvar
 
 
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Márcio & Márcia (1963)

Caros amigos cultos e ocultos, aqui seguimos em nossas postagens até o fim do ano trazendo alguns disquinhos de 7 polegadas, os charmosos discos compactos. E para hoje temos um exemplar raríssimo da dupla Márcio & Márcia, em um compacto duplo, ou seja, com quatro faixas. Lançado pela Polydor, em 1963, este disquinho foi o filho único deste par de cantores que eram na verdade, Márcio Ivens, um jovem talento descoberto por Luiz Bonfá e Márcia, um pseudônimo para Selma Rayol, irmã de Agnaldo Rayol. Os dois só gravaram este compacto que foi produzido por Bonfá, que também, segundo contam, participa do disco. É mesmo um belo disquinho todo pautado na Bossa Nova, inclusive duas das músicas, “Samba de roda” e “Poema de alguém”, são de autoria de Luiz Bonfá e sua esposa, a cantora Rosana Toledo. Imperdível, sem dúvida! Confiram no GTM…
 
cirandinha moderna
samba de roda
encontro no sábado
poema de alguém
 
 

Dupla Ouro E Prata – Lágrimas De Barracão (1961)

Boa hora para todos, amigos cultos e ocultos! Ontem, revendo alguns arquivos do nosso ‘banco fonomusical’, estive ouvindo o disquinho que hoje apresento a vocês. Este, por sinal, veio de outra fonte. Disco baixado em algum outro blog, com certeza. Sei que tenho este disco, mas visto que temos um arquivo aqui já completo e no capricho, melhor aproveitá-lo, não é mesmo?
Então, temos aqui um dez polegadas, lançado em 1961 pelo selo Polydor. Trata-se da Dupla Ouro e Prata, um grupo vocal surgido nos anos 40. Conforme o texto de contracapa, a dupla foi organizada por Miguel Angelo Roggieri, que ao longo da existência do grupo formou a dupla com Rubião de Oliveira e depois com Oswaldo Cruz. Fizeram muito sucesso no rádio, televisão e cinema até 1963, quando então a dupla acabou por conta da morte de Miguel Angelo. No arquivo deste disco há mais informações sobre a Dupla Ouro e Prata. O repertório é bem interessante, com sambas e batuques autorais.
 
adeus marapé
capote de pobre é cachaça
cacarecos
linda mocinha
lágrimas de barracão
seu relógio
o drama do chofer
boi bumbá
 
 
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Orquestra Som-Bateau – Top Hits (1966)

Olá amigos cultos e ocultos! Boa hora a todos! No embalo da nossa festa, trago hoje a Orquestra Som Bateau em mais um disco da série criada pela Polydor, que começa nos anos 60 e segue pelos anos 70. Por aqui nós já postamos alguns deles e sempre fazendo muito sucesso. Os tempos são outros, mas a saga continua… Desta vez temos o que foi o primeiro disco, o primeiro lançamento feito em 1966. Ainda neste ano sairia o segundo volume, o qual nós também já apresentamos aqui. Ao que contam, essa orquestra ganhou este nome por conta de uma boate que havia no Rio de Janeiro. Não sei ao certo se tem a ver com os hits que por lá tocavam, ou se era por serem os mesmos músicos que lá tocavam. O que se sabe é que por essa orquestra passaram muitos músicos famosos.  Assim, segue neste lp de estreia a Orquestra Som-Bateau uma seleção de hits de sucessos daquele momento. E como podemos ver pelo repertório, o que domina é a música estrangeira, em especial, a música francesa. Coube espaço apenas para um sucesso nacional, “A pescaria”, de Erasmo Carlos. Mas no geral, o disco é ótimo, vale a pena conferir…
 
les cornichons
les marionnettes
monseieur cannibale
whipped cream
i only want to be with you
capri c’est fini
mirza
ça serait beau
on est si bien
taste of honey
a pescaria
j’ai envie
 
 
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Luiza Felix – Viaja Pelo América Latina (1957)

Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Seguimos em nossa mostra 10-12 polegadas, alternando entre um e outro. E hoje, na vez de apreciarmos um disco de polegadas, estou trazendo um disco bem raro e praticamente desconhecido, até mesmo em pesquisas pelo Google. Eu mesmo, confesso, nunca tinha visto este disco antes e muito menos conhecia a artista. Saí então em busca de informações, qual nada… Pouco foi o que eu encontrei sobre ela. Luzia Felix foi uma pianista, possivelmente, gaúcha. Atuou na noite, nos anos 50, em sua lendária boate flutuante, que funcionava numa balsa atracada no rio Guaíba. Consta que ela também viajava por outros países fazendo apresentações. Este parece ter sido seu único disco, lançado em 1957 pelo selo Polydor. Conforme o titulo, podemos entender o repertório, uma seleção musical onde ela passeia por temas consagrados, músicas e gêneros latinos, tango, rumba, afrocubanos e também incluindo toada, choro e temas folclóricos brasileiros. Luzia Felix é aqui uma pianista talentosa que eu convido vocês para também conhecerem…
 
menino de braçanã
meu limão, meu limoeiro
fiz a cama na varanda
prenda minha
babalu
la canción de buenos ayres
ave maria
ave maria no morro
cubanakan
south border
pedacinhos do céu
el huracan
 
 

Banda Polydor – Retreta Domingueira (1958)

Boa noite, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Esta postagem era para ser publicada num domingo, para combinar ainda mais com o toque musical. Temos aqui um disquinho de 10 polegadas lançado pela Polydor, em 1958, trazendo um gênero musical bastante apreciado, principalmente pelo público interiorano, das pequenas cidades que tem na praça um coreto. E se tem um coreto, com certeza tem uma banda. E é dessa tradição, das liras, das retretas, das bandinhas que este disco fala. Certamente, seguindo o sucesso, na época, de discos como os da Lira do Xopotó, a Polydor recrutou alguns de seus músicos de estúdio e um repertório bem apropriado para lançar este “Retreta Domingueira”. Afinal, era nos domingos que as bandas desfilavam, “tocando coisas de amor”. Confiram no GTM…
 
jura
cidade maravilhosa
treze listas
são paulo quatrocentão
ta-hi
centenário de botucatu
presidente altino
ponto chic
 
 
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Solistas Em Hi-Fi (1959)

Amigos cultos e ocultos, bom dia! Seguimos com mais um lp da série ‘descartes do vizinho’. Desta vez com um álbum dos mais interessantes, “Solistas em Hi-Fi”. Olha que bacana, temos aqui seis solistas, em seus diferentes instrumentos. Rosário de Cária, flauta; Walter Bianchi, clarineta; Omar Izar, gaita; Walrigo Patucchi, violoncelo, Paulo Mezzaroma, violino e Mario de Azevedo, assobio. Todos sob regência e orquestração de Waldemiro Lemke. Disco lançado pela Polydor, em 1959. Mais um para o nosso acervo! Vamos conferir?
 
carinhoso
quem sabe
o vôo do besouro
não tenho você
brasileirinho
hora staccato
vassourinhas
estrellita
3 de abril
pra que saber
valsa do adeus
 
 
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Eugene D’Hellemmes E Sua Orquestra – Requebrando (1957)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Não posso deixar de expressar aqui os meus sentimentos por tanta tragédia que vemos acontecer pelo mundo e em especial aqui no nosso Brasil, por conta dessa maldita pandemia. Digo maldita por ter já me levando embora tantos amigos, parentes e pessoas que admiro. Tudo isso é muito triste e o que mais incomoda é a forma como nosso governo lidou com a coisa. Lamentável, lastimável… revoltante. Só mesmo quem não tem consciência da gravidade do problema é capaz de concordar com as medidas (ou falta delas) catastróficas de um governo genocida que busca salvar a sua economia às custas das vidas de seu próprio povo. É revoltante o que este (des)governo tem feito com seu povo, tratando-o como gado, como rebanho… Gente, isso é muito sério! Como não se revoltar? Como tampar os olhos para um tamanho absurdo desses?? Pior, perceber que muitos brasileiros ainda apoiam essa figura canalha, que não respeita seu povo. Um idiota que deu voz a uma legião de outros idiotas. Não bastasse tanta sujeira por debaixo do tapete, com corrupção, milícias, desmatamento, desmonte da máquina pública, da saúde, da educação… Somos tratados como rebanho, gado, onde os mais fracos vão virando boi de piranha. Mas, pelo jeito não são apenas os fracos que estão sucumbindo nessa pandemia. A coisa já tomou outra proporção, até mesmo quem tem ‘perfil de atleta’ está morrendo. Infelizmente, para uma parcela desse ‘rebanho’ a ficha só vai cair quando sentirem na pele, quando perderem um ente querido, ou mesmo quando já não puderem voltar… 
Amigos, desculpem o desabafo, mas a coisa está feia e a razão pela qual eu inicio este texto para pelos dramas que tenho vivido. Somente nesta semana vim a saber que nosso amigo e colaborador, o Samuca, está internado por conta do Covid e pelo que soube ele também perdeu a irmã. Uma tragédia sem tamanho que se repete a cada dia. Daí a razão pela qual ele sumiu de nossos encontros. Eu, como sempre, envio para ele alguns discos para resenhas, inclusive este que hoje apresento. Seria para ele e por sinal uma dor de cabeça, pois encontrar alguma coisa sobre este maestro, Eugene d’Hellemmes é como procura agulha num palheiro. Realmente, informações sobre o artista e disco não existe e aqui me limito a apenas apresentá-lo a vocês. Eis nessa obscuridade que o tempo criou um disco bem bacaninha, feito para dançar e em ritmos bem brasileiros. Uma seleção muito boa que fica ainda melhor com esta orquestra de alto nível. Só mesmo conferindo…
E fica aqui a nossa força, pensamento positivo para que logo o nosso amigo Samuel Machado Filho se recupere e volte a colaborar com o nosso Toque Musical. 
 
a chuva caiu
a festa da dorinha
nizei
gadú namorando
rio é amor
leva saudade
insensato coração
elegante
 
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Don Pablito E Sua Orquestra – Rumbas Inolvidables Vol 3 (1964)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não dizer que não falei de Rumba, olha ela aí… Aqui um disquinho bacana com Don Pablito e Sua Orquestra, um pseudônimo, certamente para algum de nossos grandes maestros. Pena eu não ter aqui a mão aquele trabalho do Mauro Loronix sobre os pseudônimos adotados pelos músicos. Enfim, no momento aqui isso é irrelevante, até porque eu estou publicando este post através do celular, daí, já viu, né? Tenho que ser curto e grosso. Temos então um repertório recheado de clássicos para dançar e lembrar… Viva Cuba! Para espantar bolsominions, com certeza! 😉
 
el cumbanchero
danza lucumi
japanese rumba
rumba rumba rumba
el galito kiki riki
los hijos de buda
la mucura
llegô el carnaval
la mulata rumbera
jungle drums (canto karabali)
el baile del sapo
lengua mala
 
 
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Herman Torres (1980)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Estamos trazendo hoje o cantor e compositor Herman Torres, um nome talvez pouco lembrando, quando não, associado ao grupo pop Gang 90 e As Absurdettes do qual fez parte. Aqui temos dele o primeiro álbum solo, lançado pela Polydor em 1980. Disco produzido por Jairo Pires, arranjos de Lincoln Olivetti e Gilson Peranzetta. Herman Torres ainda conta com um time bacana de músicos que dão trabalho a garantia de um trabalho realmente interessante. Podem conferir…
 
terra firme
saudade
trapaça
lama das canções
peleja
fruta no pé
cobaia
noites de cetim
revoando
fera ferida
 
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Don Pacheco E Sua Orquestra – Hoje É Dia De Rock (1960)

Olá, amiguíssimos cultos e ocultos! Mais um ‘Don’ aqui para vocês… Naquele período , final dos anos 50 e início dos 60 parece que era muito comum se usar o ‘Don’ a frente de um nome para lhe dar um caráter mais nobre, talvez de artista internacional, sei lá… Mas uma coisa é certa, geralmente eram pseudônimos. Neste lp temos Don Pacheco, que nada mais é que o maestro Pachequinho, numa nova investida, o rock, então um novo estilo que por aqui estava nascendo. “Hoje é Dia de Rock” é uma festa, com doze temas internacionais dos primórdios de um dos gêneros mais populares e de sucesso que é o tal rock’n’roll. Disco bacana, vale muito conferir…
 
tootsie
oh boy
rock around the rhine
dreamy melody
upturn
right now
el rancho rock
hope in my jalop
rockin’in
white silver sands
i never felt like this
wake up little susie
 
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Vinícius De Moraes – Compacto (197…)

oa tarde a todos os meus amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós oferecendo a todos um ‘deguste’ para esta a série de compactos, que teremos em março. Hoje vamos com o velho e bom Vinícius de Moraes, em um compacto duplo, lançado em Portugal e Angola, no início dos anos 70. Nele, como podemos ver, temos quatro músicas suas, em parceria com Toquinho e também o italiano Sérgio Endrigo. Nada de novo por aqui, mas essencial para nossa lista. Quem ainda não conhece, chega lá no GTM….
 
o pato pateta
valsa para uma menininha
a casa
o céu é meu chão
 
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Índio – Um Cavaquinho No Choro (1958)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com o choro e em especial com o cavaquinista Edinaldo Vieira Lima, mais conhecido como Índio do Cavaquinho. Instrumentista alagoano, iniciou sua carreira como músico ainda adolescente, fazendo parte de diversos grupos. Tocou ao lado dos maiores nomes da nossa música popular. Trabalhou por muitos anos na Rádio Nacional. Gravou com seu conjunto alguns discos, entre eles este que aqui apresentamos, lançado em 1958 pela Polydor e cujo o repertório é todo de choro, acompanhado por um grupo de músicos também de primeira linha.  O texto na contracapa já dá o recado, por isso não iremos nos estender… Melhor conferir no GTM…
 
passarinho da noite
um chorinho pra aniversário
na glória
comigo é assim
benzinho
gingando
fazendo visagem
numa seresta
macaquinho
sugestivo
uma noite em são borja
convidativo
 
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Manoel Da Conceição – Seu Violão E Muito Samba (1963)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós, sempre com uma nova surpresa a cada dia e para hoje temos este raro lp, lançado pela Polydor em 1963, trazendo o guitarrista e violonista autodidata Manoel da Conceição, também conhecido como “Mão de Vaca”. Começou a atuar profissionalmente na música a partir dos anos 50. Fez parte da orquestra de Rui Rey e Radamés Gnatalli,  acompanhou as cantoras Ângela Maria e Elizeth Cardoso e também teve seu conjunto. Fez várias apresentações fora do Brasil e também trabalhou com Chico Anysio. Atuou nas rádios, Nacional nos anos 60 e 70 e depois na rádio MEC, onde tinha um programa.
Neste lp vamos encontrar o violonista desfilando em doze seletos sambas ao lado da orquestra e coro de Severino Filho. Disco bem bacana que os amigos aqui não poderão perder. Confiram no GTM…
 
só danço samba
é a tua vez de sorrir
não vou me afobar
cartão de visitas
na cadência do samba
influência do jazz
samba enganador
pandorga, papagaio pipa
gostoso é sambar
gamação
quero ficar só
 
 
 
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Alberto Mota E Seu Conjunto – Top-Set (1966)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Mais um disquinho aqui para fechar o ano. Aliás, discão! Um excelente lp do instrumentista e compositor Alberto Mota e seu conjunto, “Top-Set, lançado em 1966 pelo selo Polydor. Este conjunto surgiu em Belém do Pará na década de 50 tendo Alberto Mota a frente com seu piano e solovox. No início dos anos 60 eles já estavam fazendo muito sucesso e acabaram sendo contratados pela Polydor e lançando o primeiro disco em 1961. Nesta época, era um dos mais famosos grupos de baile atuando no Norte e Nordeste. Alberto Mota Gravou mais três discos pela Polydor ao longo dos anos 60, sendo este “Top-Set” o último, um disco com um repertório cheio de sucessos da época, nacionais internacionais, cabendo inclusive a Exaltação à Belém do Pará, música de J. Macedo. 
Alberto Mota e seu grupo atuou até o início dos anos 70, quando então foi aos poucos se limitando a apresentações locais. Hoje só nos restam seus discos, coisa também rara de encontrar. Mas felizmente, na internet, através dos blogs de música ele foi muito divulgado e agora se eterniza aqui no nosso Toque Musical 🙂 Confiram no GTM…
 
a casa do sol nascente
arrastão
você
rosas vermelhas para uma dama triste
hello dolly
brincando gostei
pot pourri de sambas:
vamos balançar
tem que balançar
palpite infeliz
sinfonia do carnaval
na onda do berimbau
samba de verão
exaltação a belém do pará
extase total
garota de ipanema
moscou contra 007
 
 
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K-Ximbinho E Seus Playboys Musicais (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical tem o prazer de apresentar a vocês mais um disco de Sebastião de Barros, o K-Ximbinho, notável músico que marcou época na MPB. Desta vez, oferecemos “K-Ximbinho e seus Playboys Musicais”, lançado pela Polydor em 1959. O repertório, como de hábito em qualquer álbum do gênero dançante, mistura sucessos nacionais e internacionais da ocasião, inclusive um choro do próprio K-Ximbinho, “Eu quero é sossego”, aliás bastante conhecido até hoje. Tem ainda “Chega de saudade”, “Convite ao samba”, o standard norte-americano “I’ve got you under my skin” (que K-Ximbinho também gravou com seu quinteto para o disco “Em ritmo de dança – volume 3”, já oferecido pelo TM, e aqui está em versão cantada), “Convite ao samba” e “Exaltação à Mangueira”, entre outras. Em suma, um disco ótimo para relembrar bons momentos e curtir músicas como não se fazem mais nos dias de hoje. É ir ao GTM e conferir.
 
deixa por minha conta
de corazon a corazon
exaltação a mangueira
eu quero é sossego
i’ve got you under my skin
carioca 1954
convite ao samba
em meus braços
mistura fina
the song is you
chega de saudade
a woman in love
 
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 

Tito Romero (Britinho) – Boleros Maravilhosos (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje, mais um disco entre os muitos gravados pelo maestro e pianista João Adelino Leal Brito, o Britinho, com sua orquestra, aqui com o pseudônimo de Tito Romero. Trata-se de “Boleros inesquecíveis”, lançado em 1959 pela Polydor, reunindo doze faixas realmente inesquecíveis. Uma delas, o clássico “A voz do violão”, foi transformada em bolero, mas nesta faixa há amplo destaque ao violão, como não poderia deixar de ser. As demais onze faixas são boleros consagrados, tais como “Que será?”, “Se a saudade falasse”, “Por que brilham os teus olhos” e “Falas de amor outra vez”. A respeito de Britinho, ou Tito Romero, pouco se sabe. Era gaúcho de Pelotas, nascido em 5 de maio de 1917 e falecido em ano que não se sabe ao certo (entre 1964 e 1966). Sempre ligado à música, começou a estudar violino aos dez anos, e aprofundou seus conhecimentos musicais, por influência dos tios, no Conservatório de sua Pelotas natal. Mais tarde, foi para Porto Alegre, a fim de substituir o pianista Paulo Coelho na Rádio Farroupilha, e em 1939 mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na boate Tabu. Dois anos mais tarde, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde são encontrados os maiores registros de sua obra. Aliás, muitos pesquisadores de MPB fazem confusão entre Britinho e seu irmão, Rubens, também pianista na mesma época. O curioso, conforme relata o jornalista e escritor Ruy Castro em seu livro “Chega de saudade”, é que Britinho atua como pianista no primeiro disco de João Gilberto, lançado pela Copacabana em agosto de 1952, trazendo os sambas-canções “Quando ela sai” e “Meia luz”. Outro grande nome da MPB que nutria grande respeito e admiração por João Leal Brito – e por seu irmão, Rubens – era Dorival Caymmi, que o considerava um dos melhores pianistas do Brasil. Portanto, este “Boleros inesquecíveis” é mais um trabalho digno de nosso Toque Musical. É só ir ao GTM e conferir.

vai ver que é
sombras
luar de paquetá
incerteza
hei de querer-te sempre
um tango… uma saudade
vem me buscar
aperta-me em teus braços
mentido
divagando
teu juramento
foi mentira



*Texto de Samuel Machado Filho 

Márcio Greyck (1967)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como uma coisa sempre leva a outra, saímos do romântico Agnaldo Rayol e vamos para o romântico moderninho Márcio Greyck. De uma certa forma todos os dois também orbitavam pela, então em voga, Jovem Guarda. Tempos de modernidades românticas, por certo!
Aqui temos o cantor mineiro Márcio Greyck em seu primeiro disco, lançado pela Polydor, em 1967, na efervescência a música jovem e em especial, dos Beatles, onde ele se apoia em versões que por aqui chegaram a fazer mais sucesso do que os originais. Convenhamos, muita gente conheceu Beatles foi através de versões. Mas aqui o Márcio Greyck não fica só nos sucessos dos rapazes de Liverpool, tem também outras versões de hits internacionais e também composição própria, autoral. Este disco abriu as portas para o cantor. Além do mais, era um tipo boa pinta, olhos claros, bem ao gosto do padrão comercial. Garantiu desde então seu espaço nessa onda musical. Ao longo de quatro décadas ele esteve sempre muito atuante. Acredito que ainda hoje continue colhendo frutos de seus trabalhos. Pelo que sei, ele atualmente mora em Belo Horizonte. Confiram no GTM…

ela me deixou chorando
se você quiser o meu amor
ela não vem mais
venha sorrido
quero ser livre
gosto de você e você de mim também
minha menina
só sei olhar pra você
sempre vou te amar
como um dia a nascer
penny lane

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Elizabeth – Olhos Da Noite (1978)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vamos hoje com mais uma cantora romântica do selo Polydor. Trago para vocês a cantora e compositora Elizabeth, que no Toque Musical só apareceu em umas duas coletâneas. Seu primeiro trabalho em disco foi como cantora de samba, apadrinhada por Braguinha. Mas logo estaria fazendo parte da Jovem Guarda, onde emplacaria seu maior sucesso, “Sou louca por você”. Como compositora, foi gravada por outros grandes artistas, tais como Agnaldo Timóteo, Dóris Monteiro, Erasmo Carlos, José Roberto, Jerry Adriani e muitos outros. Ao longo da carreira gravou uma dezena de lps. Seus discos também fizeram sucesso em Portugal, no México e em outros países de língua latina.
Temos aqui seu lp de 1978, um disco totalmente autoral. Uma fase mais madura, mas com músicas sempre apaixonadas. Alegria para os amantes. Confira mais esse toque musical no GTM.

de vez em quando
quem dera
meu bar
em partes iguais
portões fechados
teia de aranha
a mulher (segundo as três marias)
covarde e violento
olha mãe
altos e baixos
dez a dez
tolices
 
 
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Diana (1976)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje e mais uma vez temos um lp da cantora Diana. Quem acompanha o Toque Musical sabe, há pouco mais de dois anos, postamos aqui seu lp, de 75, “Uma Nova Vida”, com a sempre brilhante apresentação textual do amigo colaborador, Samuel Machado Filho. Desta vez, trago seu disco de 76, também um lp muito bem produzido, com praticamente quase todas as músicas autorais. Chamo a atenção para os arranjos e o time de músicos. Aliás, mais que um time, um batalhão de feras, entre essas algumas mais conhecidas, tal com, Antonio Adolfo, Luiz Carlos Ramos, Arthur Verocai, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro. Deu até vontade de ouvir, né? Pois é, vale a pena… Chega junto lá no GTM. O link tem prazo limitado, ok? 😉

sem barulho
sanguinasis
balanço manuêh
tesouro escondido
hoje que você disse adeus
fato consumado
estado de graça
medo
quebra cabeça
deixe o sol entrar em casa
evolução
tudo vai dar certo



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