Arquivo da tag: Selo Musidisc
Bob Fleming – Latino (1967)
Convite Para Dançar Vol. 1 (1956)
Ubirajara Silva – Dançando O Baião (1955)
Trio Ternura (1968)
Trio Ternura (1967)
No Mundo Do Baião Vol. 1 (1956)
Baião Nº 3 (1953)
Nanai E Seu Conjunto – Noite De Samba No Nanai (1965)
Leal Brito – Rítimos Do Brasil Nº 1 (1953)
Orquestra Sinfônica Românticos De Cuba – Marcha Nupcial (1969)
Bob Fleming – Interpreta Boleros (1960)
Trio Surdina – Ouvindo O Trio Surdinha Vol. 3 (1956)
Los Latinos – Cha Cha Cha Boleros (1956)
Trio Surdina – Aquarela Do Brasil (1955)
Don Pablo De Havana (1960)
Os Violinos Mágicos (1959)
As Três Marias, Leal Brito e Catulo de Paula – Baião Nº2 (1953)
Dilermando Pinheiro E Seu Famoso Chapéu De Paula – Sambas Do Passado Vol. 2 (1956)
Turma Da Bossa – Sambas De Brasília (1961)
El Gaucho E Seu Conjunto – Ao Compasso Do Baião (1956)
Bandinha Musidisc – A Bandinha No Cinema (1963)
Kuntz Negle – Midnight Dance (1957)
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje apresentamos o álbum “Midnight dance”, ao que parece o único trabalho-solo do clarinetista e saxofonista Kuntz Negle à frente de sua orquestra, lançado pela Musidisc de Nilo Sérgio em 1957, já no formato-padrão de doze polegadas. Quase nada se sabe a respeito desse músico, a não ser que ele fez parte dos grupos Os Copacabana, Sambossa 5 e Copa Combo, além de ter possuído conjunto próprio. No repertório deste disco, por sinal muito bem gravado para os padrões da época, uma seleção de clássicos da música popular norte-americana, com exceção de duas faixas, a mexicana “Caramelito” e a espanhola “La macareña“. É um trabalho muito interessante e de qualidade, que, embora já tenha feito parte do blog Parallel Realities, merece também o nosso Toque Musical. A conferir no GTM sem falta.
somenthing gotta give
the night has a thousand eyes
tenderly
ebb tide
caramelito
dancing in the dark
la macareña
i’ll see you in my dreams
luluby of birdland
love me or leave me
because of you
artistry in rhythm
*Texto de Samuel Machado Filho
Ed Lincoln – Aquarela (1961)
Olá amigos cultos e ocultos! Para variar, estou novamente atrasado… Aqui temos para hoje mais um disco do grande Ed Lincoln. Este lp foi lançado originalmente em 1961, pela Musidisc, de Nilo Sérgio. Nos anos 80 ele voltou a ser relançado pelo selo Sigla. “Aquarela” é um disco de muitas cores, cujo o repertório mescla diferentes ritmos, nacionais e internacionais. Disco bem agradável que vale a pena buscar no GTM. Confiram…
aquarela do brasil
locomotion
seleção de can can
ai mourrir pour toi
mulher de trinta
sentimental jorney
arrasta a sandália – não poe a mão
teleco teco nº2
hey there
o amor e a rosa
that old black magic
vivendo e aprendendo
.
Nestor Campos E Seu Conjunto – Musica Da Noite (1956)
Marilia Baptista – Samba E Outras Coisas (1956)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Não sei se vocês perceberam, mas estamos agora com duas opções para download, pelo Depositfiles e pelo Mediafire. Isso, por certo, irá facilitar a vida de muitos por aqui que as vezes encontram dificuldades em baixar pelo Depositfiles.
Trio Surdina – Em Bossa Nova (1963)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vocês que acompanham as postagens sabem o quanto gostamos do Trio Surdina por aqui. Já postamos vários discos desse trio, que ao longo de sua existência teve em sua formação diferentes instrumentistas. Neste disco de 63, após um hiato, eles marcam um retorno com uma tremenda escalação: Waltel Branco no violão, Patané no violino e Chiquinho do Acordeon, membro da formação original (que antes era Fafá Lemos, Chiquinho e Garoto). Desta vez o Trio Surdina vai de Bossa Nova e para engrossar o caldo contam ainda com Rubens Bassini, na percussão, Plínio, na bateria e Ary Carvalhaes, no contrabaixo. O repertório é fino, com arranjos sofisticados do mestre Waltel Branco. Não bastasse, trata-se de uma produção da Musidisc. Gravação impecável em um dos primeiros discos estéreo fabricados no Brasil. Confiram essa joinha no GTM.
Os Melhores Do Ano (1962)
Olá, amigos cultos e ocultos! Que tal este lp, do selo Musidisc, trazendo os seus melhores do ano? Do ano de 1963! Que fique claro, hehehe… Pois é isso mesmo… Aqui uma seleção promocional do selo/gravadora comandado por Nilo Sérgio, a Musidisc. Nessa época, uma das melhores etiquetas fonográficas, cujo os lançamentos eram de altíssima qualidade a começar logo pela capa, sempre material e arte de primeira, coisa que nem todas as outras gravadoras se preocupavam. Neste disco, cujo sentido é mais promover seus artistas e lançamentos, temos três grandes nomes: Ed Lincoln, Marília Batista e Pedrinho Rodrigues numa seleção musical extraída de seus discos originais. Confiram essa amostragem no GTM.
As Três Marias Com Leal Brito E Orquestra – Baião Vol. 1 (1953)
Ritmo popular especialmente no Nordeste do Brasil, o baião ou baiano provém de uma das modalidades do lundu – estilo musical gerado pelo retumbar dos batuques africanos produzidos pelos escravos bantos de Angola, trazidos à força para o Brasil. Foi em outubro de 1946 que o Brasil inteiro tomou conhecimento desse ritmo nordestino, quando foi lançada, na interpretação dos Quatro Ases e um Coringa, a primeira música do gênero de que se tem notícia: exatamente intitulada “Baião”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Assumindo nova tonalidade, com a incorporação um tanto inconsciente das características do samba e da conga cubana, o baião disseminou-se por todo o país e até alcançou êxito internacional. Além de Luiz Gonzaga, o “rei do baião”, vários outros cantores obtiveram sucesso no gênero, tais como Marlene, Emilinha Borba, Ivon Cúri, Ademilde Fonseca e Dalva de Oliveira (que gravou em Londres o clássico “Kalu”, de Humberto Teixeira). Carmélia Alves era a “rainha do baião”, Claudette Soares, “a princesinha”, e Luiz Vieira, o “príncipe”. O sucesso do baião até popularizou o acordeom, um dos instrumentos musicais utilizados em sua execução. Merece também ser lembrado Waldyr Azevedo, mestre do cavaquinho, que em 1950 lançou o baião instrumental “Delicado”, êxito em todo o mundo. Depois de um período de relativo esquecimento, no decorrer dos anos 1960, o interesse pelo baião renasceu a partir do advento da Tropicália, com Gil e Caetano à frente, e marcante influência nos trabalhos de músicos nordestinos desde então. Até mesmo Raul Seixas, o maior astro do rock brasileiro em toda a sua história, criou o que chamava de “baioque”, mistura de baião e rock. Em 1953, quando o baião ainda estava no auge da popularidade, a Musidisc de Nilo Sérgio decidiu lançar uma série de LPs (naquele tempo, de dez polegadas) dedicados ao ritmo nordestino, com o título de “Baião”. É justamente o primeiro desses álbuns (depois vieram mais três) que o TM oferecer hoje a seus amigos cultos e ocultos. A interpretação coube ao grupo feminino As Três Marias, na época formado por Hedinar Martins (irmã de Herivelto), Consuelo Sierra e Maria Tereza, com acompanhamento da orquestra de Leal Brito, isto é, Britinho. Em suas oito faixas (duas músicas em cada uma delas!), reúnem-se alguns dos baiões de maior sucesso, tipo “Paraíba”, o já citado “Delicado”, “Esta noite serenou”, “Pé de manacá”, “Saia de bico”, “Baião de dois”, “Ê boi”, “Adeus, adeus, morena”, o pioneiro “Baião”, assinados pelos mais expressivos compositores do gênero, como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira e Hervê Cordovil. Com direito até a uma composição do próprio Britinho, “Marilu”, e outras três músicas transformadas em baião, “Maringá” e o clássico carnavalesco “Taí”, ambas de Joubert de Carvalho, mais o motivo folclórico mineiro “Peixe vivo”, canção predileta do então futuro presidente da República, Juscelino Kubitschek. Tudo isso faz deste “Baião número 1” um verdadeiro documento histórico, merecedor, com todas as honras, da postagem de hoje do TM. Confiram…
paraiba – delicado
baião vai baião vem – maringá
esta noite serenou – chuva miudinha
pé de manacá – ta-hi
eh boi – adeus adeus morena
marilu – macapá
saia de bico – baião
peixe vivo – baião de dois
*Texto de Samuel Machado Filho