Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Nosso 13 de setembro está hoje com cara de rock dos anos 80. Como já manifestei aqui, poucos foram os grupos de pop/rock que me animaram nos anos 80. Embora eu já tenha postado no Toque Musical um dezena, ou mais, do pop nacional dessa década, alguns, para mim, se destacam, seja pela sonoridade, pela qualidade ou pela criatividade. Nem entro no mérito da originalidade, pois nada nos anos 80 foi verdadeiramente original. Enfim, faz parte e dessa parte tenho alguns grupos que respeito. Aqui um bom exemplo, é este disco do grupo paulista Metrô, “A mão de Mao”, lançado em 1987, através da CBS e seu selo Epic. Por certo este foi, comercialmente, o grande fracasso do Metrô, um disco que não vendeu. E isso se deve ao fato de que, naquele momento, a banda já não era a mesma e sua proposta musical passou a ser outra, saíram do ‘pop de rádio’ para um som mais sofisticado, com nuances experimentais e de rock, até progressivo. A vocalista de voz doce, Virginie Boutaud, foi trocada pelo músico português Pedro Parq que chegou incrementando a banda com novos elementos musicais e letras mais elaboradas. O grande erro da banda foi ter aceitado as condições da gravadora, que embora tenha lhes dado uma super produção, com um álbum luxuoso, com encartes coloridos e até um falso Obi (filipeta usada em discos japoneses), não permitiu que a banda mudasse de nome, no caso para “Tristes Tigres”, nomezinho ruim, sem dúvida, mas como Metrô estavam fadados a um estranhamento, principalmente dos fãs. E não deu outra, o disco foi um fracasso de vendas que acabou culminando no encerramento das atividades. Uma pena, pois imagino que se tivessem usado um outro nome, talvez tivessem conquistado um novo público e garantido a permanência. Infelizmente, quando se trabalha com grandes selos/gravadoras estamos sujeitos a imposições comerciais. A arte nessa hora é o que conta menos, afinal a indústria fonográfica estava mais interessada em lucros do que em arte. Normal… Mas nada como o tempo para fazer a gente apurar as coisas devidamente. E no meu entendimento e gosto pessoal, “A mão de Mao” foi o melhor disco da banda. Algo que nos faz lembrar a proposta inicial dessa turma, quando então se chamavam “A Gota Suspensa”, lá pelo final da década de 70. mas isso é uma outra história… Quem não conhece “A mão de Mao”, mas conhece a fama de uma banda ‘new wave’, pode se surpreender. Para mim, este foi um dos melhores discos do rock nacional lançado nos anos 80. E quem duvida, que confira no GTM…
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