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Manezinho Araujo – Cuma É O Nome Dele? (1974)
Digam lá, amigos cultos e ocultos! Em meio a pandemia e dentro de casa, porque nós temos juízo, vamos aproveitar o tempo desfrutando das raridades deste nosso Toque Musical. Hoje e mais uma vez temos aqui a felicidade de trazer o Manezinho Araújo, o Rei da Embolada. Um artista em duplo sentido, tanto na música quanto nas artes plásticas, mais exatamente na pintura. Manuel Pereira de Araújo, o Manezinho Araújo foi um cantor, compositor, jornalista e pintor. Dedicou-se a música até os anos 50. Gravou entre os anos 30 e 50 dezenas de discos e suas composições foram também gravadas por diversos artistas. Na década seguinte começou uma nova carreira, se entregando de corpo e alma a pintura. Nessa área também se destacou, sendo considerado um artista/pintor no estilo Arte Naïf, um termo francês cujo significado é ingênuo, ou seja, artistas geralmente auto-didatas, sem formação acadêmica, cujo os trabalhos são chamados de ‘Primitivo’. Manezinho Araújo se tornou um mestre, consagrado internacionalmente como pintor brasileiro, assim como Heitor dos Prazes e Sidney da Conceição.
O álbum que trazemos de Manezinho, creio eu, foi seu último registro musical. Lançado pela RCA/Camden em 1974, foi um retorno em disco, onde ele regravou alguns de seus maiores sucessos. Disco bacana e realmente imperdível. Vale conferir no GTM…
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Manezinho Araujo – Pra Onde Vai Valente? (1986)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Aqui vamos nos com a postagem do domingo. Queria ter apresentado este disco hoje, logo cedo. O dia estava ótimo e me inspirou a tal postagem. Infelizmente, acabei envolvido como outras tarefas de fim de semana. Só agora é que liberei…
Temos assim o Manezinho Araújo, mais um grande artista, vindo lá de Pernambuco. Um nordestino da melhor qualidade, talvez o primeiro com quem eu ouvi uma embolada. Cantor, compositor e pintor. Veio para o Rio de Janeiro nos anos 30. Gravou de 1933 a 56 diversos discos de embolada, e também frevos, côcos e sambas. Durante esse período lançou com sucesso músicas de sua autoria como “Quando eu vejo a Margarida”; “Cuma é o nome dele?”; “Pra onde vai Valente?” e outras mais… Gravou também e com sucesso outros autores nordestinos. Ficou conhecido como o “Rei da Embolada”. Ainda nos anos 50 decidiu abandonar a carreira de cantor. Segundo contam, seu show de despedida tinha quase 10 mil pessoas! Passou a se dedicar á culinária, abrindo um restaurante de comidas típicas nordestinas. Depois se enveredou para as artes plásticas, se transformando num pintor. Conseguiu também projeção e renome neste campo, tendo seus trabalhos expostos em dezenas de exposições e constando em catálogo das mais diversas galerias e museus, inclusive internacionais.
Este álbum, lançado em 1986, reúne alguns de seus maiores sucessos, todas as músicas sendo de sua autoria. Uma delícia que cairia bem no domingo, mas pode também se estender pela semana. Alegre e divertido. Quer conferir?