Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje nós vamos de poesia! Sim, poesia é coisa muito boa e mais ainda quando a temática é política e social, poesia de protesto. Os fascistas detestam, mas a gente canta…
Aqui temos o ator e dramaturgo Juca de Oliveira, ainda em seus melhores dias e num momento nobre. Nobre no sentido de grandeza humana, pois essa acompanha a todo homem que se sensibiliza com as questões e dramas sociais. Gravar um disco com poesias de protestos é, sem dúvida, uma demonstração de sensibilidade e empatia com as lutas políticas e sociais na América Latina. Pena que em um determinado momento Juca de Oliveira se iludiu com ‘falsos profetas’, com a hipocrisia do Lavajato, dando apoio ao dublê de juiz, Sergio Moro e sua gangue. Bom, mas isso não vem ao caso e cada vinho envelhece como merece. Juca de Oliveira é sem dúvida um grande artista e sabe como poucos cantar/interpretar uma poesia. Neste lp, que inicialmente foi censurado pelo então governo militar, temos um apanhado de poemas/textos de cunho político, de diferentes poetas latino-americanos. Um belo trabalho que infelizmente, hoje em dia anda meio esquecido. Mas é justamente nessas horas que a lembrança do disco, da poesia e do seu conteúdo se faz mais necessário. Como já cantava o poeta Thiago de Mello: ‘faz escuro, mas eu canto”. Confiram no GTM…
a carta no caminho (parte 1) – pablo neruda
no caminho com maiacowski – eduardo alves da costa
segregação nº 1 – carlos german beli
pedidos – juan gelman
inventário de cicatrizes – alex polari de alverga
cemitério pernambucano – joão cabral de melo neto
cemitério de sertão – dom pedro casaldáliga
o comandante – gonzalo rojas
a carta no caminho (parte 2) – pablo neruda
a carta no caminho (parte 3) – pablo neruda
não te salves – mario benedetti
não há ventura para mim fora de ti – ernesto cardenal
a flor e náusea – carlos drummond de andrade
podes? – nicolas guillen
12.207 – alex polari alverga
o vidente – castro alves
epitáfio do desterrado – ernesto cardenal
a carta no caminho (parte 4) – pablo neruda
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