Uma boa raridade é este compacto duplo de 45 rpm, primeira geração dos disquinhos de 7 polegadas, lançado pela Odeon e trazendo três grandes gaitistas/harmonicistas brasileiros: Omar Izar, Clayber de Souza e Raymundo Paiva, Os Harmonicistas. Disco imperdível para os amantes da gaita 🙂
Hoje, vamos de compacto. Um disquinho importante na carreira da cantora Vanusa. Este foi o seu primeiro disco, lançado pela RCA Victor, em 1967, período que a cantora e compositora se revelou no movimento da Jovem Guarda. Aqui temos ela com seu primeiro sucesso, “Pra nunca mais chorar”, música de Carlos Imperial e Eduardo Araújo. Eis aí um compacto bem raro, que não aparece nem mesmo em algumas de suas discografias.
Que tal mais um brega romântico? Hehehe.. Desta vez temos o Júlio Cesar que fez sucesso com versões populares internacionais. Neste compacto de 1978 ele nos ‘brinda’ com duas das canções que entrariam no seu primeiro lp cuja a capa é a mesma do compacto. A balada romântica “Tu” foi lançada inicialmente em 1976. Ainda hoje é sucesso e um clássico do brega romântico…
A vez do brega… do popular… E aqui, porque não dizer, da curiosidade. Afinal, como entender o brega sem realmente conhecê-lo? Então, temos nesta postagem um compacto do Ismael Carlos, figura que eu só vi uma vez, no programa do Bolinha 🙂 mas sei que ele fez sucesso na década de 80 e lançou alguns discos. Neste compacto temos duas músicas que embalaram o gosto popular tornando-se grandes sucessos, hoje, clássicos do autêntico brega-romântico…
Hoje, temos para vocês este compacto, lançado pelo Rosenblit, através de seu selo AU – Artistas Unidos de uma cantora paulista, de descendência árabe, chamada Denise Kaláfe. Produzida, segundo contam pelo multinstrumentista e produtor Arnaldo Saccomani, que também toca nessas gravações. Segundo contam, D. Kaláfe e A Turma faziam sucesso na capital paulista como uma banda, tendo a frente a cantora Denise que tinha um estilo muito original e moderno de se apresentar. Um repertório também modernos interpretando música pop internacional. Parece que chegou a lançar um dois disquinhos, os compactos, sendo este de 1967 o primeiro com dois grandes sucessos da época…
Uma rara curiosidade temos hoje para vocês, Luiz Delfino e Os Esquilos Cantores. Segundo nos informa o saudoso Samuca em um comentário no Youtube, no canal do colecionador Luciano Hortêncio, esta gravação foi lançada em 1959, originalmente em disco de 78 rpm pela Odeon, que no ano seguinte relançaria no formato 7 polegadas (BZA 1026). Trata-se de um versão de “Christmas don’t be late”, de Ross Bagdasarian, criador de “David Seville and the Chipmunks”, em 1958 e que logo seria transformado em “Alvin e Os Esquilos”, uma franquia de sucesso que também virou desenho animado e foi também explorado com sucesso como programa na televisão americana. Aliás, um sucesso que acabou chegando aqui no Brasil, tendo o ator Luiz Delfino como o protagonista ao lado dos ‘esquilos’. Delfino, para os que não sabem começou no rádio, foi casado com a cantora Marlene, atuou também em muitos filmes e se popularizou na televisão em programas de humor, novelas e mini séries. Esta versão gravada por ele foi também lançada em Portugal pelo selo Parlophone. Como não existe uma capa para o disquinho, nós aqui procuramos fazer a embalagem de maneira que o produto ficasse mais atraente. Confiram no GTM 😉
Voltando aqui com mais um compacto. Desta vez, um dos muitos disquinhos que o tecladista da Jovem Guarda gravou pela CBS, onde era músico contratado da gravadora. Lafayette tocou em mais de 50 discos da Jovem Guarda, principalmente nos de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Já falamos dele aqui em outras postagens. Lafayette teve também um série de discos lançadas pela CBS, chamada “Lafayette Apresenta Os Sucessos”. Este compacto é uma amostra de um desses lps que faziam muito sucesso em 1967 e nele encontramos dois sucessos internacionais…
Checando aqui nossas postagens ao longo desses 17 anos de blog, percebo que até então, nunca publicamos este compacto maravilhoso e raro, da peça “Morte e Vida Severina, inspirada na obra poética de João Cabral de Melo Neto. Já havíamos postado aqui a trilha da peça em lp, lançado em 1966 e também a trilha na versão para o cinema, de 1977. Na ocasião, cheguei a comentar também sobre este compacto de 65 e creio que até inclui ele de bônus numa dessas publicações. Mas agora, aproveitando que ainda estamos no revezamento 7 por 12 polegadas, vamos dar a este disquinho o destaque que merece. Taí um compacto que eu não dispenso, me tornei um aficionado, já tenho oito exemplares e sempre que encontro algum outro eu tô comprando. Não há uma razão específica para essa loucura, mas já que não dão a devida importância, eu vou é tirar ele de circulação (maldades especulativas). É que eu tenho uma relação sentimental forte com este disco, desde de criança quando ainda nem sabia do que nele se tratava.
Enfim, este compacto traz trechos musicais do espetáculo encenado pelo grupo teatral do TUCA, quando então foi apresentado no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, em 1965.
Hoje estive ouvindo este disquinho compacto do guitarrista e compositor mineiro Geninho Lima. Já postamos dele um lp, em outro momento e eu nem me lembrava. O músico esteve muito atuante naqueles anos 80 aqui em Minas. Produziu muita coisa, gravou vários discos solo, inclusive este compacto simples que não sabemos precisar bem a data. Geninho é filho da famosa cantora lírica mineira Wanda Werneck. Ele tem um canal no Youtube com alguns clipes. Parece que montou uma loja para compra e venda de equipamentos musicais. Mas seus discos continuam circulando nas lojinhas e bancas de discos aqui de Belo Horizonte.
Ainda vamos neste rodízio fonomusical alternando entre um lp e um compacto. Em breve, abriremos também para os cd’s, afinal, como já dissemos outras vezes, muita produção musical a partir dos anos 90 foi órfã do vinil, não tiveram a oportunidade de serem verdadeiramente um álbum, um lp…
Mas deixemos de conversa e vamos logo apresentando o disquinho de hoje, um compacto duplo, o primeiro disco da cantora Silvinha. Disco este que já sinalizava para o primeiro lp, que viria em seguida, graças ao sucesso deste 7 polegadas que tem…
Em outros tempos tínhamos aqui o famosos ‘discos de gaveta’, aqueles que ficam reservados para cobrir qualquer lacuna, ou por outra, qualquer postagem. Na falta de tempo ou de algo melhor o jeito era apelar para aquele arquivos prontos. Hoje eu estou fazendo algo parecido. Semana começa puxada e o tempo tá curto. Então, vamos aí curtir este compacto que é quase promocional da gravadora, a Continental. Digo isso porque é um compacto simples, feito para promover duas músicas de carnaval, o samba, “Amor, amor” cantada por Aroldo Santos e a marchinha maliciosa “Oritimbó com Benedito Nunes. Dois sucessos para gente relembrar,,,
Temos para hoje mais uma curiosidade fonográfica e por certo, até então, uma raridade que não iremos encontrar em outro lugar a não ser aqui mesmo, no Toque Musical. Este é um daqueles discos ficou esquecido no baú das coisas descartadas num porão. Como a capa já mostra, trata-se de um compacto com a trilha de uma peça musical de Oscar Hammerstein, baseada na famosa “Noviça Rebelde”, de Richard Rodgers. A peça traz versões musicais feitas por Billy Blanco. Foi montada em 1965, no Teatro Castro Alves, com direção de Sérgio de Oliveira. Inicialmente com Teresa Cristina como a noviça rebelde, que seria substituída por Norma Suely, que na verdade é quem aparece na foto da capa deste disco.
Infelizmente, o disquinho que temos apresenta muitos arranhões que compromete um pouco a audição. Mas ainda assim vale a pena ouvir e conhecer. Caso apareça outro disco deste em melhor estado terei o prazer de trocar por um novo arquivo. Por hora, ficamos assim, ok?
dó ré mi – tereza cristina e os filhos do barão von trapp
Há tempos atrás alguém me enviou os arquivos deste curioso e raro compacto com a cantora Dalva de Oliveira, disquinho este que até então eu não conhecia. Trata-se de um lançamento promovido por uma antiga e famosa loja de departamento, a Radiolux (tipo Mappin, Mesbla, Casas Bahia…), que existia em Belém do Pará, comemorando os 350 anos da cidade, naquele ano de 1966. Segundo contam, a composição principal do disquinho, “Parabéns Belém”, é uma homenagem à cidade, de autoria dos proprietários das Lojas Radiolux. Certamente, a produção foi limitada e assim poucos devem ter ouvido ou conhecer essa raridade. O compacto simples foi gravado por Dalva de Oliveira quando atuava pelo selo Odeon, em 1966. Nesta época, Dalva ainda se recuperava do terrível acidente de transito que vitimou quatro pessoas, sendo que ela também se machucou bastante. Ela retomaria a carreira e ao público de verdade, no início dos anos 70. Portanto, este compacto, para a grande maioria de nós, era até então um trabalho obscuro. Para os que não conhecem, confiram no GTM…
Estive observando que nosso Toque Musical quase nada postou ao longo do tempo coisas do Trio Ternura. Na verdade, nunca chegamos a postar um disco, o que é de se estranhar, afinal são quase vinte anos de blog e o Trio Ternura fez parte da história da música popular brasileira e por certo, não poderiam ficar fora da nossa lista. Então, aqui vamos com um grande sucesso, o segundo compacto, do trio vocal formado pelos irmãos Jussara, Jurema e Robson. Neste disquinho temos duas canções, “Palavras inúteis” e “Nem um talvez”, sendo essa segunda um grande sucesso da época, o que acabou levando o trio ao primeiro lp, que viria em seguida, em 1968.
Para compensar a falta, ou a demora em postar coisas desse trio, prometo que ainda nesta semana a gente traz o lp, ok? Confiram no GTM…
Entre os diversos discos que andei digitalizando para um amigo, havia entre eles este compacto de uma dupla, Zezé e Simões, supostamente, músicos paranaenses, pois o disquinho foi gravado em um estúdio em Curitiba. Me chamou a atenção por ser algo que até então eu não conhecia. Produção independente, música rural de boa qualidade (não confundir com sertanejo) que vale a pena conhecer. Infelizmente, não achei nada a respeito dessa produção e seus autores. Mas fica aqui registrado. Afinal, só mesmo no Toque Musical pode haver tanta diversidade e surpresas. Não é mesmo?
Na pressa, em busca de um compacto, acabei achando, por acaso, esta raridade aqui… Alguém me mandou os arquivos deste disquinho há algum tempo atrás. Pena que as imagens da capa estão em baixíssima qualidade. Como se vê, trata-se da trilha original do filme Boca de Ouro, de Nelson Pereira dos Santos, história adaptada da peça de Nelson Rodrigues, de 1963. O filme é estrelado por Jece Valadão, Daniel Filho e Odete Lara. A trilha é do compositor e maestro Remo Usai, que também era dono do pequeno selo San Remo. Bem legal, vale a pena ouvir e também ver o filme, claro! 🙂
Na pausa entre os bloquinhos, aqui em Beagá, aproveito para postar mais um disquinho de embalar o carnaval. Aqui temos este compacto de 1981, registrando o famoso grupo de afoxé Filhos de Gandhi, coisa que só mesmo o baiano tem condição de criar, principalmente se a coisa passa pela música ou dança. Eles são mesmo bastante criativos. E no caso deste grupo, uma tradição que se inicia no final dos anos 40. A história do grupo é grande e pode ser facilmente encontrada pelo Google. Porém, registros como este se limitam a pequenas produções e nem sempre estão acessíveis, ou ficam depois de passarem por aqui, por exemplo… De volta, lá vem outro bloco…
Quinta feira, já anunciando a chegada do Carnaval 2024. Temos então para o dia um compactozinho bem bacana pra gente conhecer e curtir. É carnaval, então vamos abrindo com uma verdadeira escola de samba, no caso aqui uma das grandes, a Acadêmicos do Salgueiro, no ano 1969. Embora não tenha vencido o carnaval daquele ano (ficou em 8º), emplacou para sempre seu samba enredo, “Bahia de todos os deuses”, que se tornou um clássico, regravado por outros vários artistas como Jair Rodrigues, Elza Soares e Neguinho da Beija-Flor. Neste compacto simples, lançado pelo selo carioca Castelinho tem também o samba-hino, “Salgueiro querido”. Confiram no GTM…
Uma das grandes cantoras brasileiras, para mim, está entre as cinco primeiras de sua geração. Mas gosto mais por conta do seu timbre, sua voz, sempre cai bem. E isso se deve muito ao repertório, seleto, sempre muito bem escolhido por ela, Nana Caymmi. Este raro compacto da antiga RGE nos traz quatro momentos da cantora interpretando músicas que ela defendeu no III Festival da Música Popular Brasileira. Uma joinha que vale a pena ter na coleção.
Seguindo… Aqui vai outro compacto, mais uma produção independente e também um disquinho bem raro que até então não se via e nem se ouvia por ‘aquis’ 🙂 Mas logo alguém vai publicar no Youtube, senão o próprio autor. Estamos falando aqui de Carlos Mendes em seu primeiro disco, ou melhor, este compacto que serviria para anunciar um futuro lp. Carlos Mendes é um cantor e compositor santista, filho de Gilberto Mendes, considerado um dos maiores compositores eruditos da música de vanguarda brasileira. Este compacto simples, lançado de forma independente traz duas de suas composições, com direito a um texto de apresentação de Caetano Veloso. Ao que parece, ele em seguida só gravou um lp, o “Imã”. Criou um canal no Youtube onde fala de música, de seu pai Gilberto Mendes e outros compositores eruditos brasileiros.
Aqui um outro compacto que já espera há tempos para ser postado, o primeiro disco da cantora e compositora Alzira Espíndola. Na verdade, este foi o compacto lançado de forma independente, em 1983. Seu primeiro lp (já publicado aqui) viria somente quatro anos depois, trazendo, duas composições deste compacto duplo, que já nasceu sendo uma raridade.
Fechando o mês, aqui vai mais um compacto. Desta vez temos o grupo Pendulum, conjunto formado aqui nas Minas Gerais. Não sei se continuam na ativa, mas o Pedulum era um conjunto de bailes formado ainda nos anos 70. Gravaram alguns compactos, mas eu mesmo só conheço dois, sendo este um deles, lançado em 1985 pela RCA. Há poucas informações sobre eles na internet, juntando com a minha habitual falta de tempo, ficamos (por hora) sem muito a acrescentar. Mas quem sabe num próximo disco a gente completa isso, né? 🙂
Olha aí mais um compactozinho das antigas. Este sim, um dos primeiros, ainda no padrão internacional de 45 rpm e com o furo central adaptável para jukebox e radiolas. Outra curiosidade deste compacto é que ele faz aqui o papel de um lp de 10 polegadas. Creio que era um momento onde dois formatos se consagram, o lp de 12 polegadas e o disco compacto, de 7. A produção das bolachas de 78 rpm já sendo reduzida. No caso aqui, temos um compacto pensado para jukebox, para momentos dançantes, privilegiando um estilo, o ‘charleston’ (musica de cabaré americano, se é que se pode dizer assim). E no caso aqui o que temos é uma seleção de uns 15 minutos de cada lado, um ‘medley’ com uma seleção de 12 temas da música americana.
Steve Bernard nós já o apresentamos aqui no Toque Musical algumas vezes, organista romeno que veio para o Brasil na década de 50. Tocou nas famosas boates do Rio e São Paulo. Acompanhou conjuntos, orquestras e cantores. Lançou um dezena de discos pela Sinter, RCA, Victor, Polydor, Continental e Odeon.
Seguimos nossas postagens alternando entre compactos e lps. Nesta postagem trazemos de volta o lendário conjunto de baile, talvez um dos maiores e melhores que já existiu nos bons tempos em que conjunto de baile era quase uma orquestra, um time completo de músicos profissionais, o conjunto Supersom T. A.. Não foi por acaso que esse super grupo, além de se apresentar semanalmente em bailes e casas de shows, também gravou alguns bons discos. O Supersom T. A. foi criado pelo maestro Enrico Simoneti, em sociedade com um dos músicos e cantor do conjunto, o Nilo (de Souza Melo) que é quem tocava o barco, era uma espécie de ‘bandleader’. O conjunto era mesmo muito bom e passeava com classe por todos os gêneros musicais. Nessa onda de redescobertas fonomusicais, o Supersom T. A. se tornou objeto de interesse, principalmente dos DJ’s gringos (que enxergam a mpb com outros olhos) e por consequência, despertou os daqui também, afinal os daqui só passam a dar valor depois de chancelados internacionalmente, ou indicados por algum Ed Motta ou coisa assim…
Coisa rara de se ver (e também ouvir) são as poucas produções em 7 polegadas do selo Discos Marcus Pereira. Aqui temos um que até pouco tempo eu nem sabia que existia (colaboração do amigo Fares). Creio que esses disquinhos não chegaram a mais que uma dezena de títulos. E se não me engano também, todos são compactos duplos, ou seja, com mais de duas músicas. Neste, “Gente Nova Nº1”, como a própria capa indica, traz os novos compositores participantes da I Feira Estudantil do Som, promovida pela TV Bandeirantes, de São Paulo. Uma espécie de festival para novos talentos que aconteceu em 1974. E também pelo que se pode notar, deve haver um segundo ou mais compacto da série “Gente Nova”, afinal este é o número 1 🙂
canto corrigido – hélio braz
samba branco – eduardo veronezi
nada na cabeça – jozil
só tinha besta no nome – josé dominicone e francisco neves
E como é domingo… Continuamos… Desta vez trazendo outra curiosidade, Chucho Martinez, possivelmente um artista estrangeiro, mexicano talvez (Chucho Martinez Gil?), em compacto, pelo selo Fermata. O que nos traz a este compacto duplo, possivelmente de 1964, é a sua produção. Certamente gravado aqui mesmo no Brasil e o que deixa isso muito claro é o fato de termos no disquinho duas composições da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorin, “Oferenda” e “Que queres tu de mim” em versões feitas por Chucho Martinez. Outro detalhe importante é que o artista vem acompanhado pelo Trio Cristal e orquestração do maestro Daniel Salinas. (estou quase achando que não tem nada de mexicano aqui, só uruguaios). Para os amantes do bolero, eis aqui um pratinho cheio…
Mais uma curiosidade que nos interessa, aqui no Toque Musical. Desta vez temos Pocho e sua orquestra, neste compacto de 45 rpm, ou seja, mais um dos primeiros lançamentos nesse formato de 7 polegadas. Como já dissemos, os primeiros compactos brasileiros seguiam o padrão americano e europeu, com gravações em velocidade de 45 rpm, além do buracão no centro, que era comum para as radiolinhas e ‘jukebox’. Aqui no Brasil usava-se os adaptadores.
Temos assim, Pocho, apelido para maestro uruguaio Rubens Perez que atuou no Brasil nos anos 50 e 60, contratado pela RGE. Já postamos dele outros discos por aqui e agora vamos com este raro compacto duplo onde ele com sua orquestra nos trazem quatro diferentes temas da época…
Olha aí o toque desta quinta feira… Aqui temos um raríssimo e porque não dizer, obscuro disquinho que os amig@s vão tod@s apreciar. E logo, não demora, vai estar completo no Youtube, monetizado como cabe a tudo que passa por aqui de graça. A graça e o prazer de ouvir com outros olhos…
Mas voltando ao que interessa, aqui temos um compacto duplo, em 45 rpm, lançado pela Odeon no ano de 1959, trazendo um grupo musical vindo da cidade de Ouro Preto. Trata-se de um jovem quinteto formado por estudantes da Escola de Minas, de Ouro Preto. Formado por Ubirajara Quaranta Cabral (Bira) no piano; Helser Dornas Antunes (Madrugada) no acordeon; Fernando Versiani dos Anjos (Passarinho) no sax; Roberto Augusto Barbosa (Menescau) no contrabaixo e Petronius Trópia Marzano (Van Johnson) na bateria. Este conjunto fazia sucesso nas noites frias daquela cidade barroca. Segundo consta, o grupo se apresentava nos finais de semana, em bailes e shows, tinham um repertório sofisticado, antenados com o jazz e a bossa nova que ecoava entre as montanhas e em especial nesta cidade turística. Infelizmente, não ficou muita coisa registrada sobre eles, não muita referência na rede e talvez quem ainda se lembra do quinteto é o povo do lugar. E este disquinho… ah, este disquinho, apesar dos estalos, vale ter na coleção 😉
Mais uma boa curiosidade fonomusical, um raro compacto do selo Arpège, produção artística do grande Waldir Calmon que também empresariava uma famosa casa noturna do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Do selo Arpège eu pensava que, como Djalma Ferreira e seu selo Drink, Calmon só tivesse editado seus próprios trabalhos. Mas aqui, como se pode ver, temos este raro exemplar em sete polegadas, ainda em 45 rpm, trazendo a cantora Daisy Guastini. Para muitos, uma cantora pouco conhecida, ainda mais nos dias de hoje. Ela já apareceu aqui em uma série da nossa coletânea exclusiva Grand Record Brazil, mas até onde sei, ela não gravou muita coisa. Paulista, mudou-se ainda jovem para Belo Horizonte onde iniciou sua carreira artística, inicialmente como garota propaganda. Trabalhou no rádio e na televisão mineira, onde também chegou a comandar programas locais de entrevistas e também como cantora. Cantou na famosa orquestra do maestro Delé, em diversos clubes e casas noturnas. No final dos anos 50 ela já se projetava para além das montanhas de Minas, atuando com destaque em casas noturnas de São Paulo e Rio de Janeiro. E foi numa dessas que ela também cruzou com Waldir Calmon, por certo, também cantou na boate e daí nasceu seu primeiro disco, este compacto duplo, onde aparece logo de entrada o samba/bossa “O que tinha de ser” (no disco como “Porque tinha de ser”), composição até então inédita de Jobim e Vinicius. Também se destaca outra famosa de Tom, “Esquecendo você”. As outras duas faixas são os samba-canção, “Noite triste sem ninguém”, de Fred Chateubriant e Vinicius de Carvalho e “Basta a luz da lua”, do maestro mineiro Delé (José Bráz de Andrade) que também não deixam nada a desejar. Confiram essa raridade no GTM…
Um dos artistas mais presentes aqui no Toque Musical é, sem dúvida, o Djalma Ferreira. Já postamos muitos dos seus discos e pelo jeito não vamos parar. Só que desta vez vamos com os não menos charmosos compactos. Lá pelo início dos anos 60 esses disquinhos passaram a pipocar, as gravadoras perceberam que mais que uma amostra, o sete polegadas era um produto alternativo e muita gente estava gostando do formato. Djalma Ferreira e seu selo Drink não ficou para trás, também lançou seus compactos. E como se pode ver na contracapa deste aqui, houve pelo menos mais três disquinhos, coisa rara de se encontrar. Colecionador aqui só dá valor depois que os gringos levam tudo.