Carlos Lacerda – Um Piano Da Bahia (1963)

Mais uma vez, marcando ponto aqui no nosso Toque Musical, o pianista baiano Lacerda, ou ainda, Carlos Lacerda. Acredito que ele tenha adotado neste disco, artisticamente, apenas o sobrenome para não ser confundido com o Carlos Lacerda, implacável jornalista e político da antiga UDN dos anos 50. Pois este segundo também usou da fonografia um recurso para as suas campanhas políticas. Por sinal, temos no TM uns dois discos gravados por ele (curiosidades que só se vê por aqui).
Carlos Alberto Freitas de Lacerda foi um pianista, compositor, maestro e arranjador baiano que atuou nos anos 50 e 60 na rádios, em especial a Rádio Sociedade da Bahia. Foi diretor musical da lendária gravadora JS (Jorge Santos) e também trabalhou para a TV Itapoan. Aqui temos ele neste lp lançado pela Audio Fidelity, em 1963. Neste disco ele vem acompanhado de orquestra. O repertório se divide entre temas autorais, carnavalescos e outros, de outros compositores, naturalmente já conhecidos pelo público.
 
hino ao carnaval brasileiro
pó de mico
recordar
colombina
a lua é camarada
prelúdio para ninar gente grande
tim dom
barquinho
chora coração
improviso na sala três
pequenina
canção do amor que se vai
 
 

Carlos Lacerda – O Governador Do Teclado interpreta Djalma Ferreira (1961)

Olás, caríssimos amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marquei bobeira… creio que foi por conta da pressa, cometi um engano, no mínimo engraçado. Confundi o maestro baiano Carlos Alberto Freitas de Lacerda com o político Carlos Lacerda. E isso se deu, confesso, pela minha total ignorância musical que não procurou checar a história do disco e nem me toquei para a existência do músico baiano. Mas, antes tarde do que nunca, vamos aqui fazendo as correções, graças ao amigo Salvador Lacerda Falcão, que atenciosamente me fez essa observação.
Então, aqui temos o Carlos Lacerda baiano, pianista, compositor, maestro e arranjador. Atuou na fase áurea do rádio na Bahia, pela Rádio Sociedade da Bahia. Foi diretor musical da gravadora JS (Jorge Santos) e também da TV Itapoan. Conforme o texto do excelente blog TempoMusica, este foi o primeiro lp do maestro baiano que, coincidentemente, tendo o mesmo nome do governador da Guanabara, acabaram criando essa associação entre o músico e o político. Uma galhofa, por certo. Mas convenhamos, se o disco não vendeu muito, isso se deve a essa infeliz associação. Por essa, os dois Carlos chegaram até a se encontrar, mas convenhamos, de semelhança, só mesmo no nome e aquele óculos típico dos anos 60. Se fez bem para o político, com certeza, não foi a melhor escolha para o músico. Mas isso em nada afeta a reputação deste grande maestro baiano. Salve a Bahia!
“O Governador do Teclado” interpreta neste seu primeiro disco obras de outro grande músico, o internacional Djalma Ferreira, o qual já apresentamos aqui vários de seus discos. A capa deste lp é de uma reedição, se fosse a original, eu não teria trocado as bolas, pois nela consta um texto de Canio Ganeff falando sobre o músico e também traz seu retrato. Enfim, acho que está corrigido o texto de apresentação. De acordo, Salvador? 🙂
 
recado
lamento
samba do drink
devaneio
murmúrio
casa da loló
confissão
volta
samba do perroquet
fala amor
choro sim
cheiro de saudade
 
 
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