Boa noite, amigos cultos e ocultos! Este ano de 2018 não foi fácil e ao que tudo indica, 2019 vai ser ainda pior. Infelizmente, boa parte do povo brasileiro está cego. Está sendo manipulado e vão, com certeza, fazer merda. Não vou entrar no mérito da coisa, mas acho que vivemos a era da imbecilidade. As redes sociais deram vozes aos idiotas. E até na política eles acham que entendem de alguma coisa. Até faz sentido, afinal essa gente elege seus pares e pelo andar da carruagem, vamos ser governado por idiotas. Estou dizendo isso porque toda essa situação é brochante, em todos os sentidos. Se eu já não estava achando tempo e gosto para dar sequencia nas postagens do Toque Musical, agora então é que perdi mesmo o tesão. Por essas e por outras é que estou com novos planos para o TM em 2019. Vamos mais uma vez mudar a nossa tática. O Toque Musical vai mudar (bad music for bad people). Para fechar o ano, deixo aqui este lp de Carmen Miranda, lançado pelo Museu da Imagem e do Som, no final dos anos 60. Uma seleção definitiva, com doze gravações clássicas da cantora. Por certo, todas as essa músicas já foram apresentadas aqui através de outros discos postados, inclusive na série Grand Record Brazil, exclusiva do blog Toque Musical. Mas Carmen Miranda sempre vale repetir. Sempre é bom de ouvir. Confiram no GTM.
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui em nossas postagens trazendo hoje o grupo Acordel, que tinha como idealizador o músico e compositor Hilton Acioli, figura cuja carreira começa ainda nos anos 50, quando fazia parte do Trio Marayá. Hilton foi parceiro de Geraldo Vandré em várias canções, sendo as mais conhecidas, “Ventania”, “O plantador”, “João e Maria” e “Guerrilhia”. Fez arranjos para disco de Diana Pequeno e teve suas músicas gravadas por diversos artistas nacionais. Uma curiosidade, Alcioli foi o autor do famoso jingles “Lula lá”. O grupo Acordel foi mais um de seus projetos, um conjunto vocal e instrumental, que infelizmente só gravou este disco.Um belo trabalho, por sinal, sendo a faixa de abertura “Chama” uma música que fez parte de trilhas e chegou a ser executada nas rádios. Confiram mais essa joinha no GTM, ok?
Olá, amigos cultos e ocultos! Temos aqui um disco de coletânea criado pela CID, em 1976. Selecionando aqui alguns de seus mais importantes artistas. Música extraída de discos de Nana Caymmi, Emílio Santiago, Jaime & Nair, Astor Piazzolla, Buenos Aires 8 e o Quinteto de Vitor Assis Brasil. Como se vê, uma coletânea que contempla artistas nacionais e argentinos, com músicas extraídas de seus discos lançado por essa gravadora/selo. Não deixem de conferir 😉
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com o Tremendão, o grande Erasmo Carlos. Olha só… Em 1982, Erasmo estava lançando o álbum “Amar pra viver ou morrer de amor”, um disco que viria a ser um dos mais importantes em sua discografia. Para tanto, a Polygram criou este disco promocional aqui. Feito para o radialista promover o então recente lp do artista. Um lp bem curioso, pois traz um roteiro de entrevista no qual, ao tocar o disco, Erasmo responde, espaçado, as perguntas feitas em off. Basta então o radialista dar aquela personalizada, fazendo por cima as mesmas perguntas. Grande sacada! Todos saem satisfeitos e o disco vende muito bem, obrigado. Taí, façam os seus programas 😉
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa jornada fonomusical, temos para hoje um disco muito interessante, que nunca foi postado em outros blogs. Temos aqui o maestro Peruzzi, a frente de mais um projeto, a Gran Orquesta de Estúdio. Certamente e até pelo título, “Latin American Folk Songs”, este disco foi gravado com pretensões internacionais. Acredito que tenha sido lançado também fora do Brasil, em 1966 pela Odeon, através do selo internacional London. Como podemos ver pela capa, trata-se de um disco que reúne canções tradicionais de diferentes regiões da América Latina. Um repertório clássico para quem conhece a música latino-americana. Não deixem de conferir no GTM 😉
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o TM traz a vocês mais uma raridade: o primeiro LP do grupo gaúcho Canto Livre, gravado nos estúdios da ISAEC e lançado em outubro de 1982, de forma independente (aliás houve muitos lançamentos independentes nessa época), com produção e mixagem de Ricardo Garay e Calique Ludwig, também responsável pelo arranjo de vozes na faixa “Eta negro”. O grupo era formado pelos irmãos Jair e Jairo Kobe, Fernando Cardoso, Míriam Kelm, Elaine Marques e as irmãs Selma e Vânia Martins. Um excelente septeto, como poderemos confirmar ouvindo as nove faixas deste trabalho, considerado síntese da melhor música nativista gaúcha da nova geração de então. E todas elas com a parceria de Sérgio Napp (1939-2015), também compositor e escritor. Foi com uma das faixas deste trabalho, “Desgarrados”, feita junto com Mário Barbará, que ele venceu a décima-primeira edição da Califórnia da Canção Nativa, evento que acontece desde 1971 e considerado patrimônio cultural do Rio Grande do Sul. A faixa de encerramento, “Juventude”, é também muito apreciada até hoje. O grupo ainda faria mais um LP em 1984, “Comunicação”, e voltaria à cena em 2014, com novos integrantes em sua formação. Ainda hoje continuam na ativa, fazendo shows nos quais apresentam músicas típicas gaúchas, faixas marcantes da MPB e destaques internacionais. Enfim, este primeiro álbum do Canto Livre é um documento histórico, mais um trabalho raro e de qualidade que o TM oferece a vocês, com o orgulho e a satisfação de sempre.
Um dos mais importantes nomes de nossa música popular, Jair Rodrigues (Igarapava, SP, 6/2/1939-Cotia, SP, 8/5/2014) bate ponto novamente hoje aqui no Toque Musical. O álbum em questão é “Jair de todos os sambas número 2”, lançado pela Philips em 1969 (o primeiro é do mesmo ano). Sob a direção de produção de Manoel Barembein, com arranjos e regências de José Briamonte e texto de apresentação de Armando Pittigiliani, então diretor artístico da Philips, Jair apresenta sambas clássicos de todos os tempos, no formato de pot-pourri, numa seleção que inclui “Carinhoso”, “Da cor do pecado”, “A mesma rosa amarela”, “Não tenho lágrimas” e outras belezas da MPB. Falar das qualidades do intérprete e do repertório é totalmente desnecessário, pois Jair Rodrigues sempre foi um cantor muito prestigiado por aqueles que gostam de samba e de MPB. Enfim, é mais um álbum de qualidade que o TM oferece a seus amigos cultos e ocultos, com a satisfação de sempre. O que dizer mais?
Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Mais uma vez, marcando presença em nosso Toque Musical, temos o grande Dominguinhos, sanfoneiro arretado que infelizmente nos deixou em 2013. Gravou dezenas de discos e participou de outros tantos ao longo de sua carreira. Sem dúvida, um artista genial que estará sempre em nossa memória e na história da música popular brasileira. ” Após, tá certo” é um disco lançado no final dos anos 70. Um trabalho totalmente autoral, sendo algumas faixas em parcerias. Um disco de forró, de cabo a rabo. Imperdível!
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Até agora há pouco estava eu ouvindo este disco da Maria Bethânia. Um álbum o qual eu nunca tinha parado para ouvir por inteiro e com atenção. Fiquei de queixo caído com a interpretação dela, cantando canções de Roberto e Erasmo Carlos. Aliás, num todo, o disco é excelente. São apenas 11 canções, mas que chegam na medida certa. Repertório perfeito e interpretações impecáveis. Merece o toque, merece a nossa atenção. Confiram no GTM.
Compositor, cantor, arranjador, regente, produtor e diretor musical. Este é o perfil de Beto Mi, nome artístico de Humberto Miranda Neto, paulista de Guaratinguetá, nascido em 4 de julho de 1958. Filho de funcionários públicos, que também tocavam acordeom e piano, é primo dos músicos Sérgio, Geraldo e Marcelo, e das cantoras Tetê e Alzira Espíndola. Ainda menino, o nosso Beto dedilhava intuitivamente o acordeom de seus pais, repetindo sons ouvidos na casa de um vizinho que tocava sanfona. Na adolescência, participou de corais, bandas marciais e grupos musicais que, entre outras coisas, tocavam em missas jovens na região. Nos anos 1970, mudou-se para a capital paulista, e cursou alguns períodos da Faculdade de Música e Educação Artística do Instituto Musical de São Paulo. Frequentou bares de estudantes e a noite paulista, e atuou como diretor musical do Teatro Experimental Universitário (TEU). Em seguida, começou a participar de festivais de música, tendo sido premiado em vários deles como compositor e intérprete. Em 1982, venceu o festival de Ubá (MG) com a música “Ói u trem”, e a convite de diretores da RCA presentes ao evento, gravou um compacto simples distribuído somente no estado de Minas. Um ano depois, novo single, agora com distribuição nacional, e em seguida vem o primeiro LP, justamente o disco que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos, produzido por Durval Ferreira e dedicado ao irmão de Beto Mi, Lucas. O disco tem as participações especiais do saxofonista Hector Costita, de Ubirajara (bandoneon) e do percussionista Mílton Banana, recebeu elogios da crítica e vendeu mais de cem mil cópias. Ainda em 1983, participou do III Festival do Disco Visão, em Canela (RS). Residiu durante algum tempo no Nordeste, época em que lançou os discos “Espelhos” e “Um tempo pra sonhar”. Ao todo, tem sete álbuns gravados, entre LPs e CDs, e um DVD, em seus mais de 35 anos de carreira artística, nos quais armazenou diversas vitórias e conquistou vários amigos e parceiros (Sá & Guarabyra, Vanusa, Ronnie Von, Ivan Lins, Flávio Venturini etc.), com seu trabalho e sua simplicidade. Além de cantar e compor, Beto Mi criou e desenvolveu o projeto educativo, cultural, musical e ambientalista “Planeta caipira”, em parceria com a Fundação Abrinq e a ONG SOS Mata Atlântica, o que resultou em um CD lançado em 2003. Desde 1997, atua ainda como professor, arranjador, maestro e regente dos corais do Instituto Salesiano Nossa Senhora do Carmo e Albert Einstein/Objetivo, em sua Guaratinguetá natal. Enfim, este primeiro álbum de Beto Mi, que o TM oferece a vocês hoje, documenta o promissor início de carreira deste notável músico da MPB. É ouvir e conferir.
O Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos o primeiro LP do conjunto carioca Coisas Nossas, lançado em 1980 de forma independente. Formado por Aluísio “Luíta” Didier e seu irmão Carlos, o Caola (ambos violonistas), mais Dazinho (flauta e sax), Henrique Cazes (cavaquinho), Zé Pité (piano) e Oscar Bolão (pandeiro), todos também vocalistas, o grupo apresentou-se pela primeira vez em 1975, com o espetáculo “Noel Rosa”, dedicado à obra do imortal compositor, no auditório da PUC-Rio e em algumas escolas públicas (o nome do conjunto, aliás, foi tirado de um samba de Noel). No ano seguinte, montaram o espetáculo “Novos músicos tocam velhos mestres”, com músicas de Pixinguinha, Noel Rosa e Ary Barroso, inaugurando o Museu de Arte de Campo Grande, zona norte do Rio. A partir de 1977, o grupo incorporou esquetes teatrais aos seus espetáculos, mesclando músicas cariocas dos anos 1920/30 com composições próprias e brincadeiras cênicas. Finalmente, em 1980, veio este primeiro álbum, que o TM nos apresenta hoje (depois vieram mais três). A maior parte das músicas é dos integrantes do grupo, e temos ainda duas composições de Noel Rosa: a já citada “Coisas nossas” e “Disse-me-disse”, até então inédita em disco e aqui em sua primeira gravação. Em suma, um trabalho interessante e digno da postagem de nosso Toque Musical.
deixa de ser burro texas, etc, documentos s/a santa luzia barremoto lundu bandeira o que é isso companheiro? coisas nossas disse me disse índios berços do samba praia de angra III
Olá, amiguíssimos cultos e ocultos. Nosso encontro hoje é com o humor, com o grande radialista Roberval Tayyyylor!, personagem inesquecível do genial Chico Anísio. Roberval Taylor é uma divertida caricatura do radialista ‘das antigas’. Fazia parte do quadro no programa de grande sucesso da televisão, Chico City, que foi ao ar de 73 a 80. Neste lp temos um autêntico programa de rádio e por ser assim, a gravação é apresentada de forma linear e única. Muito divertido, vale a pena ouvir de novo. 🙂
Um dos maiores trombonistas brasileiros, reconhecido internacionalmente, Itacyr Bocato Júnior, ou simplesmente Bocato, bate ponto hoje no Toque Musical. Paulista de São Bernardo do Campo, nascido em 30 de novembro de 1960, começou a tocar em bandas escolares e estudou composição e regência na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP). Destacou-se à frente da Banda Metalurgia, e atuou ao lado de alguns dos maiores nomes de nossa música popular, tais como Elis Regina, Seu Jorge, Rita Lee, Ney Matogrosso, Carlinhos Brown, Leny Andrade, João Donato e Itamar Assumpção, além de ter participado da Banda Domingão, do programa “Domingão do Faustão”, da Rede Globo. Ao longo de sua produção discográfica, Bocato já compôs e interpretou músicas que vão do funk-jazz ao samba tradicional, o que comprova sua versatilidade. O TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos “Lixo atômico”, álbum que gravou com a Banda Bloco, lançado em 1985 pelo selo independente Baratos Afins. São seis faixas, sendo a que dá título ao disco apresentada em versões vocal e instrumental. Em suma, um banho de competência musical, é o que este álbum oferece. Imperdível!
De vez em quando aparecem algumas incógnitas. Por exemplo, este álbum que o Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. Ao que parece, este foi o primeiro e único álbum de Butuca, gravado ao vivo em Salvador, no final de 1979, mas só lançado em 1981, de forma independente, somando-se, por sinal, aos muitos discos lançados fora do circuito das gravadoras nesse período. Olha, não encontrei absolutamente nada a respeito de Butuca, nem mesmo no Dicionário Cravo Albin, uma das fontes que geralmente se consulta em termos de MPB. É como se ele jamais tivesse existido. Pelo jeito, este trabalho deve ter passado despercebido quando de seu lançamento, daí a falta de informações a respeito de Butuca. Mas, ouvindo este disco, poderemos constatar que merecia sorte bem melhor. O repertório é todo autoral, e de ótima qualidade, demonstrando que a praia de Butuca era a MPB de nível. A ponto de se lamentar que ele não tenha passado desse disco. Se alguém tiver informações a respeito de Butuca (afinal não tem biografia dele em lugar nenhum) e também souber por onde ele anda, escreva aqui para o TM. Eu e o Augusto agradecemos de coração.
(PS. Augusto: Ao que tudo indica, Butuca é um artista falecido e este lp é uma obra póstuma)
Multi-instrumentista e compositor, Rubens Antônio da Silva, o Caçulinha, tem uma extensa folha de serviços prestados à MPB. Nascido em Piracicaba, interior de São Paulo, em 15 de março de 1940, tem em seu currículo parcerias com grandes nomes de nossa música popular, entre eles João Gilberto, Teixeirinha, Nélson Gonçalves e Luiz Gonzaga. O seu pai Mariano e seu tio Caçula eram violeiros de ótima qualidade. Talento precoce, Caçulinha começou a tocar sanfona com oito anos de idade, sempre com o incentivo do pai, Mariano, e nessa época apresentou-se no programa “Clube do Papai Noel”, da Rádio Difusora de São Paulo. Aos quinze anos, passou a fazer dupla com o pai, ambos apresentando-se em bailes, boates e circos com os quais chegaram a viajar. Como acordeonista, tocou e gravou com inúmeras duplas, entre elas Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada e Moreno e Moreninho, além de atuar como pianista e tecladista em boates. Gravou seu primeiro disco como solista de sanfona em 1959, na Todamérica, executando a polca “Corochere”, dele mesmo em parceria com Francisco dos Santos, e a guarânia “Triste juriti”, de Mário Vieira e Armando Castro. Daí em diante, Caçulinha não parou mais. Nos anos 1960, acompanhou com seu regional, em gravações, inúmeros cantores, tais como Cyro Monteiro, Roberto Silva, Miltinho, Dóris Monteiro, Elizeth Cardoso e Roberto Carlos. Por essa época, foi também contratado da TV Record, atuando nos programas “O fino da bossa”, “Bossaudade” e “Esta noite se improvisa”. Tornou-se nacionalmente conhecido do grande público a partir de 1989, participando do “Domingão do Faustão”, apresentando na TV Globo por Fausto Silva, cuja trilha sonora produzia ao vivo. Fez ainda músicas incidentais para o humorístico “Sai de baixo”, outro sucesso global. Após 19 anos de colaboração com Fausto Silva, em 2008, fez críticas ao apresentador e ao “Domingão”, o que motivou seu afastamento. Em 2014, desliga-se definitivamente da Globo, e um ano depois passa a atuar no programa “Todo seu”, apresentado por Ronnie Von na TV Gazeta de São Paulo desde 2004. Ao longo de sua vasta carreira, Caçulinha já gravou 31 discos, sendo cerca de 25 LPs, numa trajetória única na MPB, que passa do sertanejo à bossa nova. Dessa vasta discografia, o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos um álbum que ele fez na Copacabana, em 1972, como organista, seguindo a linha dançante então vigente. É “Caçulinha na onda… do sucesso”, cujo repertório inclui sucessos nacionais e internacionais da época, tipo “Amada amante”, “De tanto amor”, “Desacato” e “Oh me oh my”. Destaque também para a inclusão de “Yesterday”, dos então já separados Beatles, e “Linda flor”, o famoso “Ai ioiô”, considerado o primeiro samba-canção brasileiro. E tudo em verdadeiro clima de bailinho, irresistível para aqueles que gostam de dançar “coladinho”. Ouçam e comprovem.
Fala aê… meus amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos que venho recebendo do amigo Fáres, hoje eu trago um bem a cara do Toque Musical, ou seja, uma produção curiosa, interessante e geralmente obscura. Tenho aqui um disco de um artista brasileiro gravado na França. Trata-se de Marcelino Burú, um nome mais conhecido no mundo das artes cênicas. Ator, diretor, compositor e produtor cultural. Iniciou sua carreira nos anos 60, sendo o fundador do Teatro Casarão, em São Paulo. Atuou em diversas peças, trabalhando com alguns dos mais importantes nomes do teatro nacional. Trabalhou em novelas da Record, Tupi e da Globo. Foi também professor de teatro, tendo êxito como ator e diretor no Festival Mundial de Teatro, na Polônia com a peça O Rei Momo. Acabou ficando pela Europa indo morar em Paris por seis anos. Por lá, além do teatro, desenvolveu a carreira musical, tendo levado a sua arte por vários países da Europa, além de Africa e Estados Unidos. Trabalhou também no cinema. Creio que atualmente ele mora no Brasil. Este disco foi sua estréia musical. Gravado em maio de 1978, “Sessão Cabidela” é um trabalho onde estão presentes outros ilustres artistas brasileiros, entre esses o genial Naná Vasconcelos que cuida também da direção musical. No disco há ainda a participação da dupla Les Etoiles (Luiz Antonio e Rolando), já apresentada aqui no Toque Musical. Não deixem de conferir no GTM. ok? 😉
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Postagens aqui, agora acontecem quando todas as luas estão estão emparelhadas, ou seja quando tudo está favorável. O momento é propício e então vamos nós… Tenho para vocês este lp do compositor paulista, Eduardo Gudim. Taí um disquinho que estarei descobrindo juntamente com vocês. Agradeço ao amigo Fáres por mais esse presentinho 🙂 Ouvi apenas uma vez, mas já deu pra sentir e recomendar. Eduardo Gudim nos apresenta um disco, produção independente, lançado em 1981 com dez faixas, todas de sua autoria e muitas com parceiros como Paulo Cesar Pinheiro, Cacaso, Sergio Natureza e outros. Conta com a participação também da turma do MPB-4, Vera Coutinho, Maria Martha e Márcia. Como se vê, um trabalho que não tem como ser ruim. Vamos conferir? 😉
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com uma trilha de cinema, coisa que há tempos não postamos aqui. “Coronel Delmiro Gouveia” é um filme brasileiro realizado em 1978 e dirigido pelo cineasta Geraldo Sarno. Em seu elenco tinha artistas consagrados e conhecidos do grande público como Rubens De Falco, Jofre Soares, Sura Berdichevski, José Dumont e muitos outros. Este filme recebeu vários prêmios, inclusive o de melhor trilha sonora, no Festival de Brasília em 78. Essa, por sinal, é assinada J. Lins. Aqui, apresentamos a trilha de forma linear e sem separação das faixas. Em fins do século passado, Delmiro Gouveia, rico comerciante e exportador do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil, sofre perseguições políticas. Seu estilo arrojado e aventureiro lança contra ele muitos inimigos, inclusive o Governador do Estado que manda incendiar o grande mercado Derby, recém – construído por Delmiro Gouveia. Falido e perseguido pela polícia do Governador, Delmiro refugia-se no sertão, sob a proteção do Coronel Ulisses, levando consigo uma enteada do Governador. No sertão, ele recomeça sua atividade de exportador de couros e monta uma fábrica de linhas de costura, aproveitando a energia elétrica de uma usina que constrói na cachoeira de Paulo Afonso e o algodão herbáceo nativo da região. A Grande Guerra de 1914, impedindo a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, garante a Delmiro a conquista desse mercado, sobretudo brasileiro. Os ingleses da Machine Cottons, ex-senhores absolutos do mercado, enviam emissários para negociar a situação assim criada. Delmiro nega-se a vender ou associar-se. É assassinado em 10 de outubro de 1917. Alguns anos mais tarde, 1929, a fábrica é adquirida pelos ingleses, destruída e lançada nas águas da Cahoeira Paulo Afonso. (Press-release)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Fazendo sua estréia em nosso Toque Musical, temos hoje o gaúcho Raul Ellwanger, um dos mais importantes e expressivos nomes da música popular vindas do sul. Ele iniciou carreira nos anos 60 e projeção a partir de sua música ‘ O Gaúcho’, finalista o Festival da Excelsior Rio, de 1968. Devido a sua postura crítica contraria o sistema militar, ficou exilado por quase toda a década de 70, morando no Chile e na Argentina. Somente em 1979 ele volta ao Brasil e já de cara lança este, ‘Teimoso e vivo’, que viria a ser seu primeiro disco. Um trabalho bem elaborado que contou com a participação de artistas como Wagner Tiso, Jerônimo Jardim, Beto Guedes e outros… O repertório é totalmente autoral, algumas e nobres parcerias. Um disco que reflete bem as suas experiências, seu momento fora do país. Confiram no GTM.
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Entre trancos e barrancos, vamos seguindo com nossas postagens cada dia mais espaçadas, infelizmente. São diversos os problemas, mas deixo isso para um outro dia. Vamos aqui novamente trazendo esse fabuloso grupo, criado pelo multi-instrumentista José Menezes, Os Velhinhos Transviados. Aqui temos mais um disco da série, lançado em 1965. Uma seleção musical muito boa, como sempre mesclando sucessos nacionais e internacionais. Aqui um repertório para agradar gregos e troianos. Não deixem de conferir no GTM.
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Fazendo jus ao nosso sempre variado cardápio musical, eu hoje apresento a vocês uma curiosidade, um disco do cantor Agnaldo Timóteo lançado na Inglaterra. Aliás, este está sendo o disco de estréia de Timóteo por aqui, pois infelizmente nunca postei nada dele em nosso Toque Musical. Este lp foi lançado pelo selo Parlophone, da EMI, que por sua vez era a Odeon aqui no Brasil. Assim como na Inglaterra, foram lançados discos, LPs e compactos, em outros países do continente europeu, como Portugal, Espanha e Itália. Esses discos eram na verdade copilação de seus dois primeiros álbuns pela Odeon, em 66 e 67. Um momento de glória para o artista que se confirmava como sendo uma das maiores vozes do canto popular brasileiro. Mais um presentinho do amigo Fáres para enriquecer esse nosso mosaico fonomusical 🙂 Não deixem de conferir em nosso GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nosso espaço, o grande mestre do humor, Chico Anísio, em um disco de 1969, lançado pelo selo Philips. Um espetáculo gravado ao vivo e dessa vez musical, no qual o humorista vem acompanhado pelo Conjunto Tempo 5. Agradeço ao amigo Fáres, que generosamente tem nos enviado vários discos para postagens. Confiram…
tereza da praia liguili quem quem patrícia caluda tamborim paquera nem vem que não tem samba de uma nota só forró no caruarú de como um garoto (lá vem ela) só o ôme fotografia gata de amarelo o bom rapaz umpa dumpa
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Tenho hoje aqui para vocês uma boa curiosidade musical, uma coletânea de sucessos do início dos anos 70, lançado pelo selo AMC, da Beverly. Trata-se do volume 2 da coleção “Juventude em embalo”, produzida até a metade dessa década, apresentando sucessos do momento, através de regravações popularmente conhecidas como ‘covers’. Entre os discos dessa coleção, este talvez seja o que me chamou mais atenção, devido ao repertório e a qualidade dos artistas e arranjos. Realmente, muito competentes. Logo de cara jurei que fosse a turma dOs Carbonos, grupo musical que gravou diversos discos, sempre na linha do cover. Na verdade, pode até ser, embora a contracapa nos apresente uma pequena ficha técnica, onde ‘as bases’ são do obscuro Conjunto Tempo Novo. Seria um pseudônimo dos Carbonos? Talvez… Mas o que importa é realmente o repertório, no qual, chamo a atenção para a faixa “Só tem amor quem tem amor prá dar”, um velho jingles de sucesso da Pepsi Cola, criado por Sá & Guarabyra e aqui apresentado numa versão roqueira de chamar a atenção dos apreciadores do gênero tupiniquim. Muito legal, uma prova de que faltou verdadeiramente no rock nacional foi divulgação e incentivo pra moçada da época brilhar, retardo e censura nas informações que vinham de fora, infelizmente. Não deixem de conferir essa pérola no GTM 😉
Após a “Seleção 70”, já oferecida pelo TM a seus amigos cultos e ocultos, a Fermata e o grupo Microlite uniram-se novamente em outras oportunidades para novas “seleções”, uma por ano. Sendo assim, nós apresentamos hoje a “Seleção 73”. A exemplo dos discos anteriores, este também não foi comercializado nas lojas, e foi usado como brinde aos clientes das empresas patrocinadoras. Aqui, há espaço exclusivamente para músicas instrumentais. Um dos destaques fica por conta da “Danza siciliana”, do filme “O poderoso chefão”, regida pelo próprio autor, Carmine Coppola (pai do diretor do filme, Francis Ford Coppola), comsua orquestra. “Cabaret”, sucesso de Liza Minelli no filme homônimo, aqui vem executado pela pianista Jo Ann Castle, acompanhada de orquestra e coro. A orquestra do norte-americano Hugo Winterhalter executa “The impossibledream”, do musical teatral (depois filme) “O homem de la mancha”. “Uno”, clássico do tango argentino, vem aqui na execução de AndreLevatz e seus Musicats. O italiano Gianfranco Plenizio executa com sua orquestra “A cavallolungoilfiume”, da trilha sonora do primeiro filme da série “Trinity”. A valsa “Espanha”, do francês ÉmileWaldteufel, vem aqui na execução da National Opera Orchestra, de Viena, Áustria. O organista André Penazzi apresenta aqui dois sambas, “Tem pena de mim” e o clássico “Mas que nada”, de Jorge (então) Ben. Tudo isso e mais fazendo deste “Seleção 73” um bom disco para se ouvir e até mesmo relaxar. Confiram.
tem pena de mim – andré penazzi
a cavallo lungo il filme – g plenzio
cabaré – jo ann castle
the impossible dream – hugo winterhalter e sua orquestra
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Temos hoje e mais uma vez abrilhantando nossas páginas a genial pianista Carolina Cardoso de Menezes. Neste lp lançado pela Odeon ela nos apresenta uma absurda lista de 60 músicas de sucesso, nacionais e internacionais. Na base do ‘pot pourri’ nossa artista toca sem pausas, direto e reto numa performance incansável que merece toda a nossa atenção. Este disco já foi postado em outros blog, mas nenhum deles resistiu. Cabe agora então ao TM eternizá-lo enquanto eterno for esse blog. 🙂
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu pensava em estar trazendo aqui um disco inédito e bem aos moldes do nosso blog. Acontece que depois de apresentar aqui mais de 3 mil títulos, as vezes, a gente se esquece e se engana, acaba postando de novo. Isso já aconteceu outras vezes, daí, desisto e parto para outro disco. Mas no caso aqui a coisa é diferente. Essa é quase uma re-postagem, na verdade estou postando o lançamento original. Temos aqui o obscuro cantor revelação, Adilson Adriano, promessa da Bemol/Paladium para aqueles tempos de Jovem Guarda. Aliás, na fase final do movimento, que já tendia para o brega romântico. Em seu repertório temos uma seleção que vai de versões internacionais a composições decadentes da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Luiz Ayrão e também composições próprias do artista, o que dá ao disco um ar mais personalizado. A direção artística é de Evaldo Gouveia e as regências e arranjos de Aécio Flávio e João Guimarães. Ao que se sabe, o disco foi lançado em 1968, porém, eu acredito que a versão pelo selo Paladium, que era vendida a domicílio, saiu como parte de um álbum com outros vários discos da gravadora. Adilson Adriano parece ter ficado apenas neste lp de dupla identidade e em compacto lançado também na mesma época. Mais uma curiosidade que só se encontra por aqui 🙂
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui temos uma outra coletânea feita por encomenda à CBD (Companhia Brasileira de Discos) para a Saturnia, fabricante de baterias para automóveis. Nos anos 60 era muito comum empresas oferecerem discos como brindes, geralmente em épocas de fim de ano. E esse deve ter sido o caso aqui, uma seleção de orquestras do cast da gravadora, entre essas uma nacional, a Orquestra Som-Bateau, que foi base para muita coisa gravada nessa época. Uma curiosidade que você só encontra aqui no Toque Musical. Confira…
a pescaria – orquestra som-bateau
luar de nápoles – bert kaempfert e sua orquestra
nem as paredes confesso – bert kaempfert e sua orquestra
inch’allah – conjunto cassino royale
modesty blaise – orquestra som-bateau
monsieue cannibale – orquestra som-bateau
the more i see you – orquestra som-bateau
sayonara – helmut zacharias e sua orquestra
music to watch girls by – orquestra som-bateau
gitana – helmut zacharias e sua orquestra
canção dos barqueiros do volga – helmut zacharias e sua orquestra
strangers in the night – bert kaempfert e sua orquestra
Hoje, o TM oferece a seus amigos cultos e ocultos mais uma raríssima coletânea. Trata-se de “Seleção 70”, produzida pela Fermata sob encomenda do grupo Microlite, então fabricante das pilhas Rayovac (“as amarelinhas, tá?”), de várias marcas de baterias para automóveis, como Heliar e Saturno, e das linhas de costura Lipasa. É um disco que não foi lançado comercialmente nas lojas, e só foi distribuído aos clientes das empresas patrocinadoras. A seleção, obviamente, é composta de fonogramas que então faziam parte do arquivo da Fermata ou eram representados no Brasil pela gravadora. E aqui, já aparece uma curiosidade: Steve MacLean, um daqueles brasileiros que cantavam em inglês, pseudônimo de Hélio Costa Manso, interpretando “Ária para um grande amor (Air for a greatlove)”, adaptação feita por Cayon Gadia e Anthony, de uma peça de Bach (em inglês, “ofcourse”). Abrindo o disco, o organista André Penazzi nos brinda com “Carolina”, clássico de Chico Buarque. “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, é aqui executada pela orquestra do maestro e saxofonista norte-americano Woody Herman. A “chansonfrançaise” é aqui representada por Romuald (“Catherine”) e Nicole Croiselle (“Danslenuit, um piano”). O maestro Juarez Santana, que inclusive foi pianista de Cauby Peixoto, rege sua orquestra na execução do clássico espanhol “La virgen de la Macarena”. A banda britânica Neighbourhood (nada a ver com outra surgida recentemente) aqui comparece com “United we stand”. Manuel Marques executa à guitarra portuguesa duas faixas: “Valsa das pupilas” e “Tema de João Semana”, ambas da trilha sonora da novela “As pupilas do senhor reitor”, da antiga TV Record, baseada em romance do escritor Júlio Diniz, também português (houve um remake no SBT, nos anos 90). O italiano Sergio Endrigo nos brinda com dois de seus hits de então, “Lontanodagliocchi” e “L’ArcadiNoe”. E, para encerrar, o grupo The Clevers (nada a ver com o antigo, que mudou de nome para Os Incríveis) executa o clássico russo “Casatschock”. Tudo isso compondo este “Seleção 70”, mais uma joia rara que o TM oferece a vocês.
O Toque Musicall oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos uma coletânea cheia de bons momentos. É “O show dos shows”, lançada em 1975 pela Odeon. Produzido pelo mestre Hermínio Bello de Carvalho, com montagem de Nivaldo Duarte, o álbum reúne trechos de vários shows antológicos, tais como “Brasileiro, profissão esperança”, “Mudando de conversa”, “Te pego pela palavra”, “Sarau” e “Gemini V”. E tudo na interpretação de grandes nomes de música popular, como Simone, Mílton Nascimento, Marlene, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Pixinguinha e Cyro Monteiro. O Formigão aqui apresenta um delicioso pot-pourri de sambas de Geraldo Pereira, “Escurinho”, “Falsa baiana” e “Que samba bom”, ele que foi um dos melhores intérpretes desse autor. Clementina de Jesus vem com “A morte de Chico Preto”, música com a qual ganhou prêmio de melhor intérprete no festival Abertura, da TV Globo, e ainda canta, em dupla com Paulinho da Viola, “Mulato calado”. O próprio Paulinho ainda comparece com “Pra que mentir?”e “Doce veneno”. Maria Bethânia recorda “Carinhoso” e “Se todos fossem iguais a você”, em trecho do recital que fez na Boate Barroco. Abrindo o disco, Mílton Nascimento revive “Chove lá fora”, maior hit do recém-falecido Tito Madi. E ainda participa, com Simone, da faixa “Gota d’água”. Marlene, devidamente acompanhada por Sivuca, nos traz “Cabaré”, de João Bosco e Aldir Blanc. Pixinguinha vem com “Um a zero”, acompanhando outros músicos ao saxofone. A eterna guerreira Clara Nunes revive “Suas mãos”, de Antônio Maria e Pernambuco. Para encerrar, Leny Andrade, Pery Ribeiro e o Bossa Três em um pot-pourri em homenagem ao Rio de Janeiro, incluindo até mesmo “Garota de Ipanema”. Tudo isso reunido em um conjunto que vale a pena ser ouvido, de fato um verdadeiro “Show dos shows”! É só baixar e conferir…
chove lá fora – milton nascimento
gota d’agua – simone
pra que mentir – suas mãos – paulinho da viola e clara nunes
O TM tem o prazer de oferecer hoje a seus amigos cultos e ocultos, mais um álbum do pianista e compositor Mário Albanese, de quem já apresentamos anteriormente “Jequibáu na Broadway”. Trata-se de “Coisas de amor”,lançado pela Chantecler em 1962. Mário Albanese nasceu em São Paulo, no dia 31 de outubro de 1931 (a contracapa indica erroneamente 1935). Filho de pai alfaiate e músico, e mãe professora de música, não tardou a entrar nesse mundo. Aos 18 anos, formou-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, e logo começou a dar aulas de piano. Após estudar no tradicional Colégio Dante Alighieri, prosseguiu estudos na não menos tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em 1959, gravou seu primeiro LP, “Insônia”, para a Odeon. Foi um dos criadores, ao lado do maestro Ciro Pereira, do jequibáu, um ritmo 5/4 tipicamente brasileiro. Ambos compuseram várias músicas do gênero, tais como “No balanço do jequibáu”, “Jequi-Bach” e “Maré alta”, gravadas por inúmeros artistas no Brasil e no exterior. Como advogado,Mário Albaneseatuou em defesa dos direitos autorais dos músicos. Também reconhecido mundialmente na luta anti-tabagismo, casou-se duas vezes e teve cinco filhos no primeiro casamento. Membro da Academia Internacional de Música, foi ainda radialista, jornalista, produtor e apresentador de televisão. Neste “Coisas de amor”, seu segundo álbum e primeiro para a Chantecler, Mário Albanese apresenta ao piano um repertório essencialmente romântico, acompanhado pela orquestra do maestro Élcio Álvarez, com direito até mesmo a um chá-chá-chá, ritmo caribenho em moda na época, e quatro faixas em estilo bossa nova. A maior parte das músicas é de autoria do próprio Mário com parceiros, inclusive a faixa-título e de abertura do disco. Aqui também estão três sucessos da época, “Suave é a noite (Tender isthenight)”,”Ausência” e “Prelúdio para ninar gente grande” (aquela do “menino passarinho”, obra-prima de Luiz Vieira, muito apropriadamente escolhida para encerrar o disco). Tudo isso em um trabalho imperdível que atesta o talento e a versatilidade de Mário Albanese como músico e compositor. É só conferir.