Boa tarde, amiguíssimos cultos e ocultos! Na onda do disco de 7 polegadas, eu hoje tenho para vocês este compacto do The Fevers, lançado pela Philips, em 1965. Ao que tudo indica, este foi o primeiro ou segundo compacto lançado por eles. Aqui temos a formação original com Almir Bezerra (vocal), Lécio do Nascimento (bateria), Pedro da Luz (guitarra), Liebert Ferreira (baixo). Cleudir Borges (teclados) e Miguel Plopschi (sax). Temos neste disquinho a música de estréia, “Vamos Dançar o Let Kiss”, versão de “Let Kiss Jenka” e “Quando O Sol Despertar”, de autoria de Pedrinho e Almir…
Confiram o disquinho completo no GTM 😉
The Angels – Compacto (1963)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Compactando as emoções, tenho hoje para vocês este raro disquinho, um compacto duplo, com quatro faixas do conjunto The Angels, lançado em 1963 pela gravadora Copacabana. Este grupo pode ser considerado um dos pioneiros do rock nacional. Surgiu no final dos anos 50, quando o rock’n’roll começou a se espalhar pelo mundo. Formado no Rio de Janeiro pelos irmãos Carlos e Sérgio Becker (voz/guitarra e sax tenor), tendo ainda Jonas Damasceno no contrabaixo, Romir Andrade na bateria e Carlos Roberto na guitarra solo. Gravaram, inicialmente, três compactos pela Copacabana, sendo este o primeiro, se não me engano. Pouco tempo depois mudariam o nome da banda para The Youngsters, passando a gravar pela CBS e ainda na Polydor, já nos fins dos anos 60. O grande exito do grupo foi ter acompanhado Roberto Carlos em seus primeiros discos. Também gravaram acompanhando outros artistas, principalmente os da Jovem Guarda.
No disquinho que aqui apresento temos quatro músicas, autênticos rock’n’roll, sendo dois deles autorais, da própria banda. Confiram mais essa raridade no GTM, como sempre completo! 😉
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Renato E Seu Blues Caps – Compacto (1965)
Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Mexendo em meus compactos, achei mais alguns que cabem bem aqui no nosso Toque Musical. Alguns disquinhos raros que por certo agrada muito aos colecionadores. Tenho aqui este compacto simples do Renato & Seus Blues Caps, lançado em 1965 e trazendo dois sucessos, a versão de “Shame And Scandal On The Family”, aqui chamada de “O Escandalo” e “Preciso Ser Feliz”, de Renato Barros, Paulinho e Lilian Knapp. Confiram o arquivo completo no GTM 😉
Scott Walker – Maria Bethania – Compacto (1973)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Procurando sempre fazer jus a nossa máxima de que aqui se escuta música com outros olhos, eu hoje estou trazendo um disquinho diferente, um compacto de um artista internacional. Como todos sabem, o Toque Musical está focado na música brasileira, ou por outra, na música feita por brasileiros. Porém, eventualmente, buscamos ir além. Já criei aqui até as semanas temáticas, onde publico também discos estrangeiros, mas sempre relacionados a alguma coisa de Brasil. Desta vez, temos este compacto, lançado pela Philips, em 1973, do emblemático cantor americano Scott Walker, que infelizmente faleceu em março deste ano. Walker era um cantor, compositor e letrista. Iniciou sua carreira nos anos 60. Fez muito sucesso no trio The Walker Brothers, um grupo vocal onde ele era a voz principal. Embora se chamasse Walker Brothers eles não eram irmãos. Fizeram mais sucesso na Inglaterra. Mas ainda nos anos 60 Scott Walker partia para uma bem sucedida carreira solo. Dono de uma voz aveludada e única, influenciou artistas como David Bowie e Brian Ferry. Seus quatro primeiros discos são considerandos verdadeiras obras de arte. Já nos anos 70 passou por uma fase de ostracismo, gravando apenas para cumprir contrato com gravadoras. Foi nesta fase que lançou, em 1973, o disco “Any Day Now”, no qual está a música “Maria Bethania”, de Caetano Veloso. Acredito que o lp nunca tenha saído no Brasil, mas o compacto sim, trazendo a canção de Caetano e a faixa que dá título ao disco. Sua versão para “Maria Bethania” não difere muito da original, principalmente no arranjo. Na verdade, acho que as coisas não se casaram muito bem. Walker nesta época não estava em sua melhor fase como intérprete e aquele vozerão ficou meio apagado. Mesmo assim, não deixa de ser uma interpretação bacana, curiosa mesmo, para nós brasileiros. Apenas para completar a trajetória deste artista, em sua última fase musical entrou numa outra ‘vibe’, fazendo trabalhos mais experimentais e conceituais, discos realmente para quem escuta música com outros olhos (e ouvidos). Confiram esse toque no GTM. O prazo, como sabem, é limitado 😉
Rolando & Luiz Antonio – Les Étoiles (1982)
Olá amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês a dupla ‘Les Étoiles”, Rolando Faria e Luiz Antônio, figuras de grande sucesso na Europa, em especial na Espanha e França onde fizeram carreira como artistas, desde o início dos anos 70. Gravaram diversos discos, participaram de filmes e espetáculos, dividindo shows com grandes artistas franceses e brasileiros. Foram responsáveis pela divulgação de muita música e artistas brasileiros na França. Atuaram até 1985, depois fizeram algumas apresentações até 2001, quando então Luiz Antônio veio a falecer, pondo assim um ponto final nessa história. Este foi o único disco da dupla lançado no Brasil, em 1982 pela RCA. São dez faixas, entre essas músicas de Chico Buarque, Caetano Veloso, Joyce, Milton Nascimento,Lecy Brandão, Teca & Ricardo Vilas. Sem dúvida, um trabalho competente e cheio de alegria. Confira mais esse toque no GTM 😉
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Vanusa – Vanusa 30 Anos (1977)
Bom dia, amiguíssimos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nossas postagens temos aqui a cantora Vanusa, desta vez em seu álbum de 1977, o “Vanusa 30 Anos”. Quem não sabe, ou não leu ainda a contracapa, há de pensar que os 30 anos são de carreira, mas não, nessa data ela estava fazendo seus 30 de idade. Lançado pela Som Livre, creio que este tenha sido um de seus melhores trabalhos na década de 70. Tem um repertório bacana, com músicas de Caetano Veloso, Belchior, Zé Ramalho, Arnaud Rodrigues, Assis Valente e outros… Os arranjos são de Lincoln Olivetti, com produção de Augusto Cesar Vanucci. Vale a pena relembrar… 😉
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Martinha (1986)
Olá amigos cultos e ocultos! Trago aqui mais um disco de cantoras oriundas do período da Jovem Guarda. Desta vez vamos com a Martinha, que mais uma vez marca presença por aqui. Já postamos dela outros discos e agora estou trazendo este de sua fase nos anos 80. Disco lançado pelo selo 3M, uma produção de Moacyr Machado, com direção artística de Mickael. O lp traz um repertório de 10 canções, entre essas algumas de autoria da própria cantora, como podemos ver já estampada na contracapa. Um disco bem produzido, envolvend até uma pequena orquestra. Vale a pena conhecer ou relembrar. Confiram no GTM.
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Giane – Dominique (1976)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me embalei na onda das cantoras, em especial as da Jovem Guarda, muito por conta de uns amigos que adoram relembrar seus tempos de ‘juventude transviada’. Achando um tempinho aqui, cá estou eu com essa leva de cantoras e hoje trazendo a Georgina Morozini dos Santos, mais conhecida como Giane. Ela já foi apresentada aqui no Toque Musical, através de outros discos, mas em especial, na postagem de um de seus compactos, através do amigo e colaborador Samuel Machado Filho. Conforme escreveu o Samuca, Giane foi uma das primeiras cantoras da Jovem Guarda, tendo antes iniciado sua carreira nos anos 50, ainda na época do 78 rpm. Sem dúvida, uma cantora cheia de sucessos e isso se deu na soma de seu talento com um repertório, geralmente de versões de músicas internacionais consagradas pelo público. Neste lp, lançado pela Chantecler e seu selo Alvorada, em 1976, temos uma coletânea de alguns de seus maiores sucessos, a começar pelo maior, a versão para “Dominique”, do francês Soeur Sourire. Neste lp, apenas uma música não é versão, “O homem do coração de ouro”, música de Alberto Calçada e Antonio Queiroz. Confiram esse toque no GTM, O prazo é limitado, heim!?
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Elizabeth – Olhos Da Noite (1978)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vamos hoje com mais uma cantora romântica do selo Polydor. Trago para vocês a cantora e compositora Elizabeth, que no Toque Musical só apareceu em umas duas coletâneas. Seu primeiro trabalho em disco foi como cantora de samba, apadrinhada por Braguinha. Mas logo estaria fazendo parte da Jovem Guarda, onde emplacaria seu maior sucesso, “Sou louca por você”. Como compositora, foi gravada por outros grandes artistas, tais como Agnaldo Timóteo, Dóris Monteiro, Erasmo Carlos, José Roberto, Jerry Adriani e muitos outros. Ao longo da carreira gravou uma dezena de lps. Seus discos também fizeram sucesso em Portugal, no México e em outros países de língua latina.
Temos aqui seu lp de 1978, um disco totalmente autoral. Uma fase mais madura, mas com músicas sempre apaixonadas. Alegria para os amantes. Confira mais esse toque musical no GTM.
Diana (1976)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje e mais uma vez temos um lp da cantora Diana. Quem acompanha o Toque Musical sabe, há pouco mais de dois anos, postamos aqui seu lp, de 75, “Uma Nova Vida”, com a sempre brilhante apresentação textual do amigo colaborador, Samuel Machado Filho. Desta vez, trago seu disco de 76, também um lp muito bem produzido, com praticamente quase todas as músicas autorais. Chamo a atenção para os arranjos e o time de músicos. Aliás, mais que um time, um batalhão de feras, entre essas algumas mais conhecidas, tal com, Antonio Adolfo, Luiz Carlos Ramos, Arthur Verocai, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro. Deu até vontade de ouvir, né? Pois é, vale a pena… Chega junto lá no GTM. O link tem prazo limitado, ok? 😉
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Celinho – O Rapaz Do Piston (1966)
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! E aqui vamos nós, hoje trazendo um disco que há muito estava para ser postado. Infelizmente, o arquivo do disco o qual eu havia digitalizado se perdeu entre muitos outros tempos atrás. Mas, por sorte, tinha esse outro vindo de alguma outra fonte blogueira. Na falta do meu, vai no seu, hehehe…
Temos aqui o primeiro e talvez único disco desse incrível instrumentista mineiro, conhecido nas rodas como ‘Celinho do Piston’. Artista de grande talento, teve um currículo exemplar como músico, tatuando em muitos discos dos mais diferentes artistas nacionais. Sua carreira remonta os tempos do Conjunto Sambacana, de Pacífico Mascarenhas e no qual também tocavam Milton Nascimento e Wagner Tiso. Como muitos outros músicos mineiros, fez sua carreira no eixo Rio-São Paulo. Há muito pouca informação sobre ele na rede, o que dificulta a nossa pequena pesquisa. Mas sem dúvida, foi um grande artista e merece aqui o nosso registro. “O Rapaz do Piston” é um disco onde ele nos apresenta um repertório praticamente todo de músicas de sucessos internacionais. Trabalho bem executado, produzido por Toni Vestani para o selo Equipe, de Oswaldo Cadaxo. Não deixem de conferir no GTM 😉
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Rock Horror Show (1975)
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece hoje o álbum com a trilha sonora do musical “Rock Horror Show”, com o elenco da montagem levada no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, em 1975, sob a produção de Guilherme Araújo. É um espetáculo de origem britânica, com canções e enredo de Richard O’Brien, homenagem bem-humorada aos filmes B de ficção-científica e de terror do final da década de 1940 até o início dos anos 1970. Na história, um casal recém-noivado pego em uma tempestade busca refúgio na casa de um cientista maluco travesti no dia da inauguração de sua nova criação: uma espécie de Frankenstein na forma de um homem musculoso artificialmente fabricado, totalmente crescido, fisicamente perfeito, chamado Rock Horror, “com cabelo loiro e bronzeado”. O elenco brasileiro do espetáculo contou com nomes do porte de Zé Rodrix, Kao Rossman (também responsáveis por sua tradução, ao lado de Jorge Mautner e Antônio Bivar), Wolf Maia e Lucélia Santos, esta última em início de carreira, antes de se consagrar como a escrava Isaura na TV. Zé Rodrix e Guilherme Araújo também assinam a produção deste disco, que certamente é mais uma relíquia que o TM coloca à nossa disposição.
*Texto de Samuel Machado Filho
Edu Lobo & Chico Buarque – Álbum De Teatro (1997)
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje temos mais uma raridade da era do CD. Trata-se do “Álbum de teatro”, lançado em 1997 pela RCA/BMG (hoje Sony Music), reunindo temas dos três balés que Edu Lobo e Chico Buarque compuseram juntos na década de 1980: “O grande circo místico”, “A dança da meia-lua” e “O corsário do rei”, alternando gravações originais e regravações, com outros intérpretes além dos autores. Edu e Chico interpretam juntos “Na carreira”, Leila Pinheiro canta “A história de Lily Braun” (originalmente gravada por Gal Costa), Edu interpreta solo “Na ilha de Lia, no barco de Rosa” e “Choro bandido”, Mílton Nascimento canta “Beatriz”, Zizi Possi interpreta “O circo místico”, e Gilberto Gil canta “Sobre todas as coisas”, seguido por um dueto de Chico Buarque e Gal Costa em “A mulher de cada porto”. Djavan interpreta “Meia-noite”, Ney Matogrosso, “A bela e a fera” (cuja gravação original é de Tim Maia), o grupo Garganta Profunda vem com “A permuta dos santos”, Ed Motta interpreta “Bancarrota blues” (originalmente gravada por Nana Caymmi), Chico canta solo “Valsa brasileira”, Ivan Lins interpreta “Acalanto”, Danilo Caymmi canta “Tororó”, Zé Renato e Cláudio Nucci interpretam “Salmo” e, encerrando o disco, temos a instrumental “Oremus”. Em suma, um belo álbum, produzido e remasterizado por Edu Lobo, que o TM nos oferece hoje, apresentando música da mais alta qualidade. Não deixem de conferir no GTM.
*Texto de Samuel Machado Filho
O Assalto Ao Trem Pagador (1962)
Olá, amiguíssimos cultos e ocultos! Aqui mais uma trilha de um dos filmes marcantes do cinema nacional, “Assalto Ao Trem Pagador”, de Roberto Farias. A trilha sonora é do maestro Antonio Remo Usai, um dos mais importantes compositores de trilhas, tendo em seu currículo outros grandes filmes como Mandacaru Vermelho (1960) e Boca de Ouro (1962), de Nelson Pereira dos Santos; A Grande Feira (1961) e Tocaia no Asfalto (1962), de Roberto Pires; O Caso Claudia (1979), de Miguel Borges e muitos outros. Aqui no Toque Musical já postamos outra de suas trilhas, a do filme 7 Homes Vivos ou Mortos (1968), editado pela Musidisc. Em Assalto ao Trem Pagador, a produção é do selo San Remo, do próprio autor. Confiram mais essa pérola, que embora não seja novidade, agora faz parte das nossas publicações. 😉
Esse Rio Que Eu Amo (1961)
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje mais um álbum relacionado ao cinema. É a trilha sonora do filme “Esse Rio que eu amo”, produção de 1961 dirigida por Carlos Hugo Christensen (Santiago del Estero, Argentina, 15/12/1914-Rio de Janeiro, 30/11/1999), com roteiro de Millôr Fernandes. Tendo como pano de fundo o carnaval carioca, o filme adapta quatro contos da literatura brasileira: “Balbino, o homem do mar” e “Milhar seco”, ambos de Orígenes Lessa, “A morte da porta-estandarte”, de Aníbal Machado, e “Noite de Almirante”, de Machado de Assis. No elenco, grandes artistas da época: Jardel Filho, Odete Lara, Tônia Carrero, Diana Morel, Wilson Grey e Francisco Dantas, entre outros. No lado A, temos uma regravação da “Sinfonia do Rio de Janeiro”, de Tom Jobim e Billy Blanco, na interpretação de Lana Bittencourt e Haroldo de Almeida, com orquestração e direção de Lírio Panicalli. Tem ainda o samba “Ele é engraxate”, grande sucesso na época, interpretado por coro infantil, e o samba-canção “Dentro da noite”, de Normando e Édison Borges, na voz do próprio Normando. Por último, no lado B, uma seleção de sambas carnavalescos, tipo “Levanta Mangueira”, “Madureira chorou” e “Quero morrer no carnaval”. Em suma, este é mais um disco que merece a postagem do nosso TM, com toda a justiça. Confiram no GTM.
*Texto de Samuel Machado Filho
Brasil Ano 2000 (1969)
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece a vocês mais uma trilha sonora relacionada ao cinema. Desta vez, o filme é “Brasil ano 2000”, produção de 1969 dirigida por Walter Lima Jr., e uma competente incursão do cinema brasileiro na ficção-científica, com toques de comédia, mesmo em tempos de ditadura militar. Na trama, em um Brasil parcialmente devastado pela Terceira Guerra Mundial, uma família de imigrantes chega a uma pequena cidade, a qual dão o nome de Me Esqueci. O trio é recrutado por um indigenista para fingir-se de índios durante a visita de um general. No dilema entre integrar-se ao sistema ou preservar a liberdade individual, a família caminha para a desagregação enquanto a cidade se prepara para o lançamento de um foguete espacial. No elenco, Anecy Rocha, Ênio Gonçalves (que também participa da trilha sonora como cantor), Hélio Fernando, Iracema de Alencar, Ziembinski, Raul Cortez e Manfredo Colasanti. As filmagens aconteceram principalmente na cidade de Paraty, onde a equipe permaneceu por aproximadamente três meses. Algumas cenas foram filmadas no Rio de Janeiro, inclusive no Museu Nacional (esse mesmo que um incêndio destruiu em 2018) e no Arquivo Nacional. “Brasil ano 2000” ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, tendo ainda recebido o prêmio de melhor filme no Festival de Cartagena, em 1970, e o prêmio de melhor diretor no Festival de Manaus. A música é assinada por dois ícones do Tropicalismo, Gilberto Gil e Rogério Duprat, com direito até a uma canção adicional pelo não menos tropicalista Caetano Veloso. A canção é “Não identificado”, na voz de outra tropicalista, Gal Costa, que encerra este disco e foi grande sucesso na época. Em suma, um filme e uma trilha tropicalistas por excelência. Gal ainda canta “Canção da moça”, “Homem de Neandertal” (com Breno Ferreira) e “Show de Me Esqueci” (com Breno e Ênio Gonçalves). Tudo isso faz deste álbum mais um digno merecedor de nossa postagem aqui no TM. É ir ao GTM e conferir!
introdução
canção da moça
a família no caminhão
a transformação do índio
homem de neandertal
êxtase
retreta
casamento e sedução
cena de amor na praia
fuga
orgia subterrânea
flechas no alvo
show me esqueci
coração
anúncio de luta
duelo de garfo e faca
relógio do tempo
no quartel
escolha da liberdade
não identificado
*Texto de Samuel Machado Filho
Eu – Trilha Sonora Do Filme (1987)
Olá amigos cultos e ocultos! Nossa semana está sendo montada em postagens de trilhas e assim segue mais uma das mais interessantes. Temos aqui a trilha do filme “Eu”, do cineasta Walter Hugo Khoury, realizado nos anos 80. O disco com a trilha saiu em 1987. Buscando um apoio musical coerente com a história do filme (que eu não assisti), o diretor recruta o experiente maestro Júlio Medaglia, autor e responsável pela trilha original. Tem também diversos clássicos do jazz americano dos anos 30, 40 e 50. Para tanto o maestro conta com a participação fundamental da Traditional Jazz Band e do pianista e arranjador Amilson Godoy, além de outros músicos. Trata-se de uma trilha curiosa e muito interessante, onde passeamos por três décadas de jazz. Uma trilha sofisticada que vale um toque musical. Confiram no GTM!
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Celinho – O Rapaz Do Piston (1968)
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! E aqui vamos nós, hoje trazendo um disco que há muito estava para ser postado. Infelizmente, o arquivo do disco o qual eu havia digitalizado se perdeu entre muitos outros tempos atrás. Mas, por sorte, tinha esse outro vindo de alguma outra fonte blogueira. Na falta do meu, vai no seu, hehehe…
Temos aqui o primeiro e talvez único disco desse incrível instrumentista mineiro, conhecido nas rodas como ‘Celinho do Piston’. Artista de grande talento, teve um currículo exemplar como músico, tatuando em muitos discos dos mais diferentes artistas nacionais. Sua carreira remonta os tempos do Conjunto Sambacana, de Pacífico Mascarenhas e no qual também tocavam Milton Nascimento e Wagner Tiso. Como muitos outros músicos mineiros, fez sua carreira no eixo Rio-São Paulo. Há muito pouca informação sobre ele na rede, o que dificulta a nossa pequena pesquisa. Mas sem dúvida, foi um grande artista e merece aqui o nosso registro. “O Rapaz do Piston” é um disco onde ele nos apresenta um repertório praticamente todo de músicas de sucessos internacionais. Trabalho bem executado, produzido por Toni Vestani para o selo Equipe, de Oswaldo Cadaxo. Não deixem de conferir no GTM 😉
Orquestra Serenata Tropical – Cine Solamente Cine (1962)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez temos aqui outro disco relacionado ao cinema e suas trilhas. E mais uma vez temos também a grande Orquestra Serenata Tropical abrilhantando nossas postagens. Sob a batuta do maestro Henrique Gandelman (pai do saxofonista Leo Gandelman), temos em “Cine Solamente Cine” uma seleção de algumas das mais célebres trilhas de filmes internacionais. E conforme nos confere o texto de contracapa, são 12 melodias que o cinema imortalizou e que nesta versão da Orquestra Serenata Tropical aparecem (literalmente) (H)enriquecidas pelo toque latino, tão do agrado de nossos discófilos 😉 Não deixem de conferir mais essa pérola no GTM.
Chico Rei – Trilha Sonora do Filme (1985)
Olá amigos cultos e ocultos! Já que postamos nesta semana um disco de trilha de filme, que tal outro? Aqui temos a trilha sonora original do filme ” Chico Rei”, de Walter Lima Jr, lançados em 1985. O filme conta a história de Galanga, rei do Congo, que fora aprisionado e vendido como escravo. Trazido da Africa para o Brasil, passa a se chamar Chico Rei ao conseguir sua alforria e também se tornando o primeiro negro proprietário de uma mina. Sua história é mesmo cinematográfica e para tanto, merecia uma trilha sonora original com gente de peso, como Milton Nascimento. Clementina de Jesus, Grupo Vissungo, Wagner Tiso e outros. Uma trilha realmente muito bonita que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM…
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Celio Balona – Alumbramento (2010)
Olá amigos cultos e ocultos! Indo e vindo, aqui estamos nós, atrasados, mas sempre na surpresa, preenchendo as vagas… pois aqui o tempo não passa…
Hoje eu trago para vocês um trabalho, em cd, do queridíssimo Célio Balona, de 2014. Esse merece sempre estar aqui. Músico dos mais importantes da cena da música mineira. Infelizmente, pouco conhecido além das nossas montanhas pelo grande público, mas sem dúvida, figura memorável na história da música brasileira.
Temos aqui “Alumbramento”, um trabalho refinado, gravado em 2010. Uma trilha premiada, para um filme de mesmo nome, “Alumbramento”, de Laine Milan. Em depoimento sobre este trabalho:“Alumbramentos” é o nome de um filme da cineasta Laine Milan, para o qual fiz a trilha sonora. Daí, resolvi colocar esse nome no cd, pois ele representa muito bem todos os alumbramentos que tive durante esses 50 anos dedicados à música. É uma panorâmica de minha trajetória, as influencias que tive e todo o aprendizado ao longo desse tempo. São doze músicas compostas por mim onde tive o grande prazer de gravar com músicos pelos quais tenho a maior admiração e respeito. Além do mais, tive o privilégio da parceria em quatro músicas com o grande poeta e letrista Murilo Antunes e dos cantores Paulinho Pedra Azul e Carla Villar, que me encantam e emocionam! A mídia tem me dado uma resposta muito positiva. As rádios começaram a tocar e a Rede Minas gravou o show de lançamento e vai fazer um “Especial Célio Balona 50 anos de Música.” Confiram no GTM.
marinheiro
alumbramentos
baião blues
só nos resta fazer canções
groove
coração poeta
cantiga para stella
frevendo
quando for
batuque
mistério de amar
mistura fina
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Persona – O Jogo Das Mutações (1976)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Temos para o dia de hoje uma curiosidade fonográfica que por conta de umas e outras, acabou se tornando um ‘disco raro’ e a tal ponto que até mereceu uma reedição ha algum tempo atrás. “Persona – O Jogo das Mutações” era o que a gente chamava nos anos 70 de brinquedo ‘cabeça’. Trata-se de uma ideia antiga, um brinquedo ótico, reeditado/reinventado aqui no Brasil por Roberto Campadello, artista plástico, escritor e tradutor ítalo-brasileiro, que segundo contam, desenvolveu e aprimorou a técnica de fundir os rostos de duas pessoas frente a frente separadas por um vidro espelhado. Quer dizer, ao olhar para o espelho/vidro a pessoa vê pelo reflexo metade de seu rosto fundido a metade do rosto do outro, e vice-versa. Uma brincadeira interessante a qual foi apresentada pelo artista na XII Bienal de Arte de São Paulo. Depois o jogo passou a fazer parte das atrações de seu bar, cujo o nome era Persona. Segundo contam, era um bar da moda frequentado por artistas e coisa e tal… Daí veio a sacada, a criação de um jogo, produzido em escala comercial. Há muita estória nessa história e o fato é que ao montar o jogo Persona, procurou-se também criar uma trilha musical, algo cuja a sonoridade se encaixasse à proposta de uma ‘psycho-art’, a busca do verdadeiro Eu, por trás da máscara da persona… E nessa é que entra o guitarrista Luis Carlini, do então Tutti-Frutti, banda da Rita Lee, responsável pela produção musical deste disquinho de dez polegadas. Muito por conta de Carlini o disco tem uma pegada de rock psicodélico-tardio. Redescoberto junto ao bum das raridades fotográficas do rock brasuca, o disco voltou num relançamento com toda a pompa. Tem maluco aí pagando mais de 500 pilas por um exemplar original. É preciso ter fumado muita maconha (e da boa) para descobrir a importância e o valor psico-intrínseco dessa bolachinha. Bom, pílulas não se douram atoa, né? Então, vamos conferir, no GTM 😉
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Salve 100 Anos Gonzagão (2012)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Trago hoje para vocês um trabalho, já na era das edições digitais, um cd lançado em 2012 pelo músico, compositor, produtor e tantas coisas mais, o incansável Téo Azevedo. Há pouco mais de uma semana estive com ele num festival de música, aqui em Belo Horizonte e para manter a moral, comprei este disquinho dele já pensando em postá-lo aqui no nosso Toque Musical. Trata-se de um disco produzido por ele e também em parceria com o ator Jackson Antunes, em 2012, em homenagem ao grande Luiz Gonzaga. Uma seleção que reúne artistas variados do universo da música de forró, nordestina e rural como se pode ver na capa. Boa parte das 17 músicas são de autoria de Teo Azevedo, com destaque para o tema de abertura, “Padroeira da Visão – Santa Luzia”, cuja a letra é de sua autoria e musicada por Luiz Gonzaga, aqui interpretada por Dominguinhos, pouco antes de vir a falecer. Taí um trabalho bem bacana que chegou a concorrer ao Grammy Latino de 2013. Confiram no GTM…
Gallo E Seu Conjunto – Em 4 Tempos (1959)
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje estamos apresentando o pianista Fernando Gallo e seu conjunto, em LP editado pela Mocambo, do Recife, em 1959. Este trabalho segue a linha dançante em voga na época, apresentando uma seleção de sucessos da ocasião, tais como “O apito no samba”, “Mocinho bonito”, “Charmaine”, “Tudo ou nada” e “Camponês alegre”. Enfim, um repertório que transmite bem a época, feito sob medida para ouvir e dançar. Não encontrei nenhuma informação biográfica sobre Fernando Gallo, mas este “Em quatro tempos” vale muito a pena, e é digno merecedor de nossa postagem de hoje.
*Texto de Samuel Machado Filho
Tema 3 – Madrugada 1 30 (1969)
Compositor, pianista, arranjador e maestro, Gilson Peranzetta (Rio de Janeiro, 21/4/1946) é conhecido por imprimir criatividade e delicadeza às suas performances. Ele iniciou sua carreira musical em 1964, acompanhando diversos artistas, como Elizeth Cardoso, Maria Creuza, Antônio Carlos e Jocafi, Gonzaguinha, Simone, Edu Lobo e Ivan Lins. Com este último, aliás, trabalhou por dez anos. Durante sua carreira, recebeu inúmeros prêmios e contabiliza 33 álbuns solo, além de centenas de discos gravados para diversos artistas como pianista, produtor e arranjador. Compõe também trilhas sonoras para filmes e séries de televisão, e seu currículo também inclui apresentações nos EUA, Japão, Espanha (onde morou por três anos) e Alemanha, entre outros países. Na década de 1960, Gilson Peranzetta, formou o grupo Tema 3, integrado por ele ao piano, Luiz Roberto no baixo e Atayde na bateria. E foi com esta formação, em 1969, que o trio gravou este “Madrugada 1:30”, que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. Os arranjos e o violão ficaram por conta de Alberto Arantes, e no repertório constam sucessos de época (“Andança”, “Walk on by”, “Fool on the hill”, “Sá Marina”) e composições até então inéditas (“Trem da manhã branca”, “Afro”, “Ela vem de volta”, ZonD 5”). Há também músicos convidados, como o flautista Nicolino Cópia, o Copinha, o pistonista Carlos Cruz e o Quinteto Carlos Gomes. A produção foi de Norival Reis, o Vavá, que também escreveu o texto da contracapa. Enfim, mais um disco de qualidade que o TM possui a grata satisfação de oferecer. Confiram.
* Texto de Samuel Machado Filho
Ana De Hollanda (1980)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje trazemos para vocês o primeiro disco da cantora, compositora e muito mais, além de fazer parte do clã dos Hollandas. Irmã de Chico, Miúcha e Cristina. Enfim, uma artista que vem de uma família renomada, sempre presente na nossa cultura. Não foi por acaso que Ana chegou a ser Ministra da Cultura, no tempo em que ainda tínhamos Cultura e Educação nesse nosso Brasil. Eis aqui Ana de Hollanda, a cantora em seu primeiro disco solo. Um trabalho muito bem produzido, trazendo um repertório selecionado pela própria artista. Os arranjos e regências são dos maestros Edson José Alves e Marcus Vinicius. Ana vem acompanhada por um time de músicos de primeiríssima, que dão a este disco toda a sobriedade e beleza. Vale a pena conferir…
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Show Days Saloon (1986)
Olá, amigos cultos e ocultos! Uma coisa que sempre gostei e me desperta curiosidade, são discos cujos artistas, para mim, são ilustres desconhecidos. Me chama mais a atenção quando a produção vem com a chancela de um grande selo. É o caso aqui deste lp, lançado pela gravadora RCA, nos anos 80. Temos aqui Show Days Saloon, um nome que só mesmo quem viveu em São Paulo nos anos 80 pode saber. Trata-se de uma casa de show que existiu na cidade nos anos 80. Um espaço temático, country, ao estilo de um ‘saloon’, do velho oeste americano. Uma casa movimenta, com muitos shows. Inicialmente voltada para a música country e jazz, mas ao longo de sua rica existência, acabou abraçando outros estilos como o rock, mpb e samba. Uma perfeita casa de show que ficava no shopping Eldorado, onde antes funcionou outra também famosa casa de espetáculos, a Resumo da Ópera. Na Show Days Saloon passaram muitos artistas e como disse, com diferentes estilos. Este lp é algo assim, um resumo do muito que passou por lá. Temos aqui um grupo de artistas de rock, pop e samba, numa seleção que ilustra bem o que poderíamos chamar de ‘cast’ da boate. Infelizmente, este lp ficou mesmo, apenas como um registro, uma vitrine que não atraiu e nem fez despontar ninguém. Mesmo assim é um registro que merece nosso toque musical, afinal, só aqui vocês poderiam encontrar coisas semelhantes. Não deixem de conferir…
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Waldemar Spilman E Sua Orquestra – Baile De Reveillon (1960)
Hoje o Toque Musical apresenta mais um álbum de música dançante. É “Baile de Reveillon”, lançado em 1960 pelo extinto selo Internacional, reunindo uma seleção de sucessos a cargo da orquestra de Waldemar Szpilman, nascido em Owtroviec, Polônia, em 1905, e falecido em 2003, no Rio de Janeiro, aos 98 anos. De sólida carreira musical como violonista, saxofonista, clarinetista, líder de orquestra e compositor, era primo do pianista Wladyslaw Szpilman, retratado no filme “O pianista”, de Roman Polanski, e pai do músico Marcos Szpilman, criador da Rio Jazz Orchestra. Veio para o Brasil com seus irmãos Moisés e Samuel, em 1925 e, algum tempo depois, naturalizou-se brasileiro. Szpilman integrou a Orquestra Sinfônica Brasileira e foi programador da Rádio MEC. Em 1945, criou sua própria orquestra, com a qual animou os bailes cariocas por mais de vinte anos. Em novembro-dezembro de 1956, a Continental lançava seu disco de estreia, um 78 rpm com “Penthouse mambo”, de Bebo Valdez, e “Samba em fantasia”, do próprio Szpilman em parceria com Astor Silva. Mais tarde, era lançado o primeiro LP da orquestra, o ‘dez polegadas’ “Dançando com Waldemar Szpilman e sua Orquestra”. Em 1959, veio o segundo LP, “O primeiro baile”, pela mesma Internacional que, no ano seguinte, lançou o terceiro, “Baile de Reveillon”, exatamente o álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. No repertório, a curiosidade fica por conta da inclusão de “Unchained melody”, que voltaria a fazer sucesso em 1990, incluída no filme “Ghost – Do outro lado da vida”. Também se destaca a participação de Paulo Moura no sax-alto, na faixa “Have lips, will kiss in the tunnel of love” (o famoso “Túnel do amor”). Tudo isso e muito mais, fazendo deste “Baile de Reveillon” uma autêntica preciosidade para ouvir e dançar o ano inteiro. Que comece a festa!
*Texto de Samuel Machado Filho
Cido Bianchi – Show De Orgão (1965)
Pianista e arranjador dos mais competentes, Aparecido Bianchi, aliás Cido Bianchi, formou, juntamente com o contrabaixista Sabá e o baterista Toninho, o Jongo Trio, que tocou com Baden Powell e acabou sendo convidado para acompanhar Elis Regina e Jair Rodrigues no show “Dois na bossa”, que virou LP de muito sucesso. Cido Bianchi faleceu no dia primeiro de março de 2015, em São Paulo, aos 79 anos. E, além de pianista, foi também organista. É o que mostra este disco que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos, muito apropriadamente intitulado “Show de órgão”. Lançado em 1965 pela extinta marca Farroupilha, que pertencia ao conjunto de mesmo nome, este trabalho apresenta Bianchi executando ao órgão temas de filmes de cinema e séries de televisão que fizeram muito sucesso. Das telonas, foram pinçados os temas dos filmes “Vício maldito”, “Orfeu negro” (originalmente exibido no Brasil como “Orfeu do carnaval”), “Deu a louca no mundo”, “Moscou contra 007”, “My fair lady”, “A noviça rebelde”, “Amor, sublime amor” e “Quando o coração floresce”. E, das telinhas, os temas das séries “Mr. Lucky”, “Aventuras no paraíso”, “Cidade nua” e “Dr. Kildare”. Tudo isso formando um conjunto primoroso, merecendo, pois, nossa postagem de hoje. Não deixem de conferir no GTM.
*Texto de Samuel Machado Filho
O Raro Villa-Lobos (2004)
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje uma raridade já da era do CD. Trata-se de um disco lançado em 2004, reunindo obras inéditas de Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5/3/1887-idem, 17/11/1959), indiscutivelmente o maior expoente da música erudita no Brasil e na América do Sul. O CD foi gravado ao vivo pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro e também compositor Silvio Barbato. Mineiro de Candeias, nascido em 11 de maio de 1959, Barbato desapareceu tragicamente no dia primeiro de junho de 2009, durante o voo 447 da Air France. O avião caiu no mar quando ia do Rio de Janeiro para Kiev, na Ucrânia (com conexão em Paris), onde o maestro iria fazer uma palestra sobre música russa e música brasileira, e apresentar sua ópera “Carlos Chagas” em versão integral. O encarte do disco traz informações sobre as peças incluídas e sua execução. Em suma, é um documento de inestimável valor histórico que o TM traz até nós, fazendo uma dupla homenagem, a Villa-Lobos e a Silvio Barbato. Vale conferir.
*Texto de Samuel Machado Filho