Olá amigos cultos e ocultos! Aproveitando um lote de discos que havia digitalizado para o site de um amigo, que acabou abandonando o barco, estou agora publicando eles por aqui. Como já havia dito anteriormente há muito de música e artistas mineiros e ao longo do tempo iremos trazendo para o deleite de todos. Aqui temos, mais uma vez, o lendário Bob Fleming, encarnado na figura do saxofonista mineiro Moacyr Silva e também o carioca Zito Righi, que segundo contam foi quem primeiro recebeu a alcunha dada por Nilo Sérgio, produtor e diretor da gravadora Musidisc/Brasil. Confesso a vocês que já nem sei mais quem é quem, ou por outra, não posso afirmar que este disco seja o Bob Fleming Moacyr ou Zito. Mas, considerando o ano de lançamento deste disco, originalmente em 1971 (e reeditado em 83) e também pela ‘pegada’ no sax, acho que este aqui é mesmo o Moacyr Silva. “Jovens Enamorados” é um disco romântico dividido em temas nacionais e internacionais. Penso até que seja este lp uma coletânea, visto que há aqui gravações que parecem serem de momentos diferentes. Independente disso, trata-se de um bom disco, com bons solos de saxofone, que muito me faz lembrar outro grande saxofonista, o americano Ben Webster. Não deixem de conferir no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Na certeza de que em algum momento alguma informação há de chegar até nós, estou hoje postando este lp, uma produção com o selo Bemol, lançada nos anos 80. Trata-se de Dulcinha e Fernando e Dose Dupla, um grupo, certamente mineiro, talvez da própria capital BH. Mas eu, como belo-horizontino, confesso, não me recordo dessa turma e também não consegui, numa rápida pesquisa, identificar os artistas. Não há muita informação sobre o disco além de sua referência no Discogs, por sinal, muito bem contado como raridade, chegando a um preço meio que absurdo, porém se percebe que apenas um cidadão é o detentor do disco e daí ele coloca o preço que quiser, não há concorrentes. Esse é o grande problema da especulação de preços do vinil. Não é só questão de qualidade, histórico ou quantidade, a coisa passa muito pelo crivo da subjetividade do colecionismo. Existem raridades e raridades… Bom, mas o fato é que este disco, ao meu ouvido, me pareceu muito interessante. Tem todas as características de um disco pop, mas há nele uma certa peculiaridade, uma pegada de música mineira. Acho que isso tem a ver até mesmo com a própria produção, com o clima da gravação feito no mais tradicional estúdio mineiro, o Bemol. Infelizmente, o exemplar que possuo não tem encarte e nem traz maiores informações. Vamos então ficar no aguardo de algum esclarecimento. Mas nem por isso iremos deixar de conhecer Dulcinha, Fernando e o Dose Dupla. Basta ir lá no GTM buscar o link, ok?
Olá amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, fazendo jus ao nosso lema, onde dizemos, aqui é um lugar onde se escuta música com outros olhos. Gosto sempre de lembrar isso, principalmente quando trago para o Toque Musical algum ilustre desconhecido. E hoje temos algo assim, um disquinho compacto que estaria totalmente esquecido, não fosse a nossa coragem e vontade de trazê-lo de volta. Por certo, se trata de um tipo de disco e artista que teve sua única chance, ou ainda, a proeza de conseguir gravar um disco, num tempo que isso era coisa difícil. Alías, mais do que gravar, o difícil mesmo era gravar um segundo, ou continuar na carreira. Produções independentes na época de ouro da indústria fonográfica era geralmente capricho daqueles que podiam bancar ou serem bancados por algum mecenas. Ou ainda, aqueles artista que não conseguiram chegar a sombra de uma grande gravadora. Antonio Luz, o Baiano, foi um tipo assim, conseguiu realizar a façanha de gravar duas de suas composições. Conforme nos descreve o texto de contracapa, Antonio Luz foi um baiano que veio para Minas Gerais. Trabalhava em feiras livres na cidade de Belo Horizonte e tinha o hábito de compor canções. Ficou conhecido nas feiras a ponto de ser levado a televisão local, onde se apresentou, mostrando assim a sua música. Conseguiu no inicio dos anos 70 gravar esse compacto pela editora Discobel. Infelizmente, não achei mais nada sobre ele. Penso que vai ser mais fácil alguém dele encontrar essa postagem. Que sirva de registro essa nossa publicação. Confiram as músicas no GTM.
Bom dia, amiguíssimos cultos e ocultos! Hoje estou fazendo aqui uma repostagem, ou mais ainda, uma reparação, pois havia postado este disco há algum tempo atrás e o mesmo acabou não aparecendo com seu texto de resenha. Acho que fiz algo errado na hora da publicação e só hoje percebo a falha. Dessa forma, o mais certo é postar o disco de novo. Chego até a copiar o texto da postagem original que na época foi publicada numa Sexta-Feria Santa… segue.. O dia de hoje pede uma música calma, algo contemplativo… Foi daí que eu escolhi este belo trabalho feito aqui nas Minas Gerais. Trat-se do encontro de dois excelentes músicos, Andersen Viana, na flauta e Eduardo Hazan, ao piano. Os dosi instrumentistas são figuras bem conceituadas no mundo da música erudita. Andersen é um compositor, maestro e produtor mineiro, um artista super premiado, com um pé no erudito e outro no popular. Filho de Sebastião Viana, revisor e assistente de Villa-Lobos e irmão do compositor e violinista Marcus Viana. Eduardo Hazan é paulista, de Santos. Também um músico premiado, com um alarga experiência musical, tendo se apresentado em diversos países pelo mundo. Foi também professor na UFMG, FEA e UEMG. Assim como Andersen, mora em Belo Horizonte. “Instrumental de Casaca”, contudo, não é um disco de música erudita. Lançado em 1989, de maneira independente, foi produzido pela Karmim, que logo se tornaria um selo/editora. Neste álbum vamos encontrar um repertório de música popular brasileira. Temos aqui onze músicas muito bem escolhidas, temas populares e de todos bem conhecidas. Obras de Pixinguinha, Patápio Silva, Zequinha de Abreu, Eduardo Souto e também Johnny Alf, Sergio Bittencourt, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Cartola e Flávio Venturini. Tudo como diz o título, instrumental. Vale a pena ouvir, conhecer e reconhecer… Tudo no GTM. Confiram!
Olá, amigos cultos e ocultos! Há poucos dias atrás fiz a besteira de deletar alguns arquivos no computador e de bobeira, acabei excluindo uma pasta importante, a dos Festivais. Só percebi quando já havia deletado, pasta cheia, muito grande foi embora sem paradas. Achei que não tivesse um ‘backup’, mas por sorte tinha tudo num outro hd. De sobra, ainda achei uma ‘leva’ de discos de artistas mineiros, coisas de antigos projetos que acabaram não vingando. Hoje começamos essa mostra entre tantos outros diversos discos. Tenho aqui o excelente grupo mineiro de música instrumental, Edição Brasileira e seu primeiro e único disco, Lua, lançado originalmente em 1988. O disco mereceu uma reedição em cd através do selo/editora Karmin, a partir dos anos dois mil e curiosamente ainda pode ser encontrado em algumas lojas virtuais. O Edição Brasileira foi um grupo formado grandes nomes da música mineira: Mauro Rodrigues (flauta e teclados); Bento Menezes (guitarra e violão); Lincoln Cheib (bateria) e Ivan Corrêa (contrabaixo). No disco eles ainda contam com participações importantes como André Dequech, Gil Amâncio, Nivaldo Ornelas, Renato Mota e outros… Beleza de trabalho, lançado e gravado pela Bemol já no processo digital. com muito carinho e dedicação. Vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical apresenta um disco lançado no auge da Jovem Guarda, em 1966, com sucessos da época interpretados pelo grupo The Robins (ao que parece, o grupo não passou desse disco). É um álbum feito para ouvir e dançar, ao som de hits como “Eu não presto, mas eu te amo”, “A primeira lágrima”, “Gatinha manhosa”, “As tears go by” e “Coração de papel”, além de um pot-pourri de clássicos em ritmo de iê-iê-iê. Enfim, é o tipo do disco que cria um verdadeiro clima de bailinho, sob medida para aqueles que gostam de dançar coladinho. Enfim, é mais um trabalho que merece o nosso toque musical.
Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Há alguns anos atrás eu postei este disco do violonista mineiro Geraldo Vianna aqui no Toque Musical, o belíssimo trabalho “Grilos no Campo”, lp lançado em 1989, de maneira independente. Postei, mas de forma bem impessoal e hoje, verificando, achei que ficou mesmo muito incompleta. Este disco foi lançado em 1989, de forma independente. Foi seu primeiro lp, abrindo uma sequencia para mais outros 19 discos, até esta data. Trabalho instrumental de primeiríssima como composições próprias e também músicas de Tavinho Moura, Milton Nascimento e Fernando Brant, Garoto e Gilberto Gil. Ele vem acompanhado por Ivan Corrêa no contrabaixo; Lincoln Cheib na bateria; Márcio Batista e Ricardo Cheib na percussão. A música “Grilos no Campo” foi premiada no Festival de Música Popular de Avaré, SP. Geraldo Vianna além de violonista e compositor é também arranjador, pesquisador e produtor musical, tendo em seu currículo trabalhos de produção de grandes artistas mineiros, espetáculos musicais para teatro e cinema. Sem dúvida, um grande talento mineiro. Não deixem de conferir no GTM.
Boa tarde, caríssimos amigos cultos e ocultos! Estou trazendo hoje para vocês este disco, produção independente, primeiro lp do músico e produtor mineiro Marcos Gauguin. Para os que não conhecem, Gauguin faz parte da cena musical belorizontina, hoje um repeitadíssimo produtor. Participou da banda Sagrado Coração da Terra e também do projeto Sargent Peppers, uma das melhores bandas cover dos Beatles. Tem participação em discos de diversos artistas mineiros. Também atuando como produtor, foi responsável por boa parte dos lançamentos das primeira bandas de heavy metal de Minas, através da Cogumelo, lendária loja e editora mineira de onde saíram, entre muitas, as bandas Sarcófago e Sepultura. Gauguin também produziu discos de outros artistas e bandas famosas, como o Skank. Neste seu lp temos um trabalho totalmente autoral, sendo algumas parcerias com Chico Amaral, Paulo Horta e Afonsinho. O disco foi gravado no estúdio do João Guimarães, baterista do Kamikaze, que também participa em quase todas as faixas, juntamente com o Chico Amaral. Confiram este ‘esquecido’ no GTM.
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece a vocês hoje mais um álbum com música instrumental de ótima qualidade, para ouvir e dançar. Desta vez apresentamos novamente o maestro e pianista Guio de Morais (Guiomarino Rubens Duarte), com seu conjunto, em LP editado pela Todamérica em 1956, ainda em dez polegadas. Guio de Morais nasceu em Recife, Pernambuco, em 20 de agosto de 1920 (não há informações sobre quando teria ocorrido seu falecimento), e atuou em diferentes rádios e gravadoras, especialmente nos 1950/60. Com uma intensa atuação no meio musical, destacou-se tanto como compositor quanto como arranjador e maestro, sobretudo na Rádio Nacional carioca e, mais tarde, na TV Globo. Se no disco que o TM apresentou anteriormente, “Sambas e baiões”, Guio até cantava, este aqui é um álbum exclusivamente instrumental, apresentando quatro músicas nacionais e outras quatro internacionais. Entre as nacionais, o destaque vai para dois choros de Ernesto Nazareth, lembrados até hoje, “Travesso” e “Ameno Resedá”. Enfim, mais um interessante trabalho de Guio de Morais, merecedor de mais esta postagem de nosso Toque Musical.
O Toque Musical presta hoje uma homenagem póstuma a um dos maiores cantores e compositores de nossa música popular. Luiz Rattes Vieira Filho, ou como ficou para a posteridade, Luiz Vieira, nos deixou a 16 de janeiro deste ano, vítima de parada cardíaca, aos 91 anos de idade. Nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 12 de outubro de 1928, e seu nome foi uma homenagem ao avô. Perdeu sua mãe com apenas dois anos de idade. Antes de completar dez anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, sendo criado pelo avô em Alcântara, distrito da cidade de São Gonçalo. Aos oito anos de idade, produziu sua primeira composição. Em criança, cantou em circos e parques de diversões, e exerceu diversas atividades no Rio, antes de ingressar na vida artística: foi domador, caminhoneiro, taxista, guia de cego, engraxate e lapidário. Em 1943, começou a se apresentar em programas de calouros do rádio e em casas noturnas da Lapa. Em 1946, foi contratado pela Rádio Clube do Brasil para apresentar, junto com Zé do Norte, o programa “Manhãs da roça”, destinado a músicas nordestinas, onde também foi secretário, diretor musical e redator. Trabalhou ainda no programa “Picolino”, de Barbosa Júnior, e transferiu-se depois para a Rádio Tamoio, onde passou a se apresentar no programa “Salve o baião”, onde recebeu o título de “príncipe do baião”, apresentando-se ao lado de Luiz Gonzaga, o “rei do baião”, Carmélia Alves, a “rainha”, e Claudette Soares, a “princesinha”. No mesmo período, a convite de Almirante, passou a trabalhar na PRG-3, Rádio Tupi. Em 1951, gravou seu primeiro disco, na Todamérica, interpretando “Baião da Vila Nova” e “Coreana”, composições de sua autoria e Ubirajara dos Santos. No mesmo ano, com a inauguração da TV Tupi do Rio, participou do primeiro programa musical da televisão, “Espetáculos Tonelux”, apresentando-se ao lado da vedete Virgínia Lane. Apresentou também programas nas TVs Record e Excelsior de São Paulo. Teve mais de quinhentas composições e muitos sucessos, gravados por ele próprio e por outros artistas. Entre seus maiores sucessos podemos citar “O menino de Braçanã”, “Estrada de Colubandê”, “Estrela miúda”, “Na asa do vento”, “Balada do amor sublime”, “Guarânia da saudade”, “Guarânia da lua nova”, “Estrela de veludo”, “Inteirinha”, “Os olhinhos do menino”, “Paroliado”, “Maria Filó (O danado do trem)”, “Cantiga pra Ribeirão Preto” e “Estrada da saudade”. O TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos este compacto duplo dos anos 1960, lançado pela Copacabana, que inclui os dois prelúdios de sucesso de Luiz Vieira, “Paz do meu amor” e “Prelúdio para ninar gente grande”, mais conhecido pelo subtítulo “Menino passarinho”. “Temporal em nosso amor” e “Caminhos do amor” completam o disco, cuja postagem, sem dúvida, é uma singela homenagem do TM a este grande cantor e compositor brasileiro que partiu, mas deixou uma obra musical que ficará para sempre!
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje o primeiro dos dois únicos álbuns-solo gravados pelo cantor e guitarrista baiano Péricles Bastos de Santana, o Perinho Santana, “Falsamente suave”, lançado em 1982. Também compositor, arranjador e produtor musical, Perinho nasceu em Salvador, Bahia, em 1949, e tocou com artistas de peso da MPB, tais como Raul Seixas, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marisa Monte, Gal Costa e Luiz Melodia. Foi este último, aliás, que Perinho acompanhou por mais tempo, estando presente em boa parte da carreira do cantor e compositor. Eles foram parceiros nas músicas “Só” (“Mesmo se tudo juntar por aí/ em nós, o só há de sempre existir”) e “Sonho imaginação”, esta última no presente álbum. O último trabalho de Perinho Santana foi com o grupo O Síndico, com ex-integrantes da banda de apoio de Tim Maia. Perinho faleceu em 30 de novembro de 2012, no Rio de Janeiro, aos 63 anos, de parada cardíaca. Mas estará sempre na lembrança de todos aqueles que apreciam o que é bom. Neste disco, são oito faixas com música da mais alta qualidade. Além da já mencionada “Sonho imaginação”, há ainda parcerias com Caetano Veloso (“Nem sonhar”) e Paulinho Zdanowski (“Forte ilusão”), sendo as demais composições sem parceiros. E Perinho ainda faria mais um disco além deste, o CD “Amor de verdade”. Enfim, este é mais um trabalho de primeiríssima linha, merecedor desta postagem do nosso blog. Confiram!
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje, apresentamos mais um álbum com Paulo Autran (Rio de Janeiro, 7/9/1922-São Paulo, 12/10/2007), que foi sem dúvida um gigante da arte dramática brasileira. Lançado em 1981, o disco é uma seleção das melhores gravações que ele fez para o programa “Cinco minutos com Paulo Autran”, que possuía em meados da década de 1960 na Rádio Eldorado de São Paulo. São dez faixas, em que Paulo Autran interpreta textos de Rubem Braga, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes e William Shakespeare. Como se vê, é mais um toque mais do que musical, e predominantemente literário, mais uma coleção de momentos sublimes do inesquecível Paulo Autran, mostrando as razões pelas quais ele foi um mestre indiscutível nessa arte tão complexa que é a da interpretação. É mais um produto de qualidade que o TM oferece com o prazer e a satisfação de sempre
a crônica aula de inglês – ruben braga
desespero da piedade – vinicius de moraes
resíduo – carlos drummond de andrade
essa velha angústia – álvaro de campos (fernando pessoa)
poema das sete faces – carlos drummond de andrade
também já fui brasileiro – carlos drummond de andrade
Olá, amigos cultos e ocultos! Aí vai mais um álbum do grande José de Ribamar Viana, o Papete, nascido na cidade de Bacabau, Maranhão, em 8 de novembro de 1947. Estudou no Colégio Marista Maranhense e iniciou sua carreira artística aos 13 anos de idade, atuando como cantor na Rádio Gurupi de São Luís, lá se apresentando até 1967. Ainda nesse ano, compôs sua primeira música, “O bonde”, nunca registrada em disco. Em 1969, teve sua primeira música gravada, “Eu morro se perder você”, na voz de Wanderley Cardoso. Nessa época, já atuava como percussionista e violonista. Em 1970, começou a se apresentar na casa noturna O Jogral, de São Paulo, onde trabalhou por sete anos. Foi eleito um dos três melhores percussionistas do mundo quando participou do Festival de Jazz de Montreux, Suíça, em 1982, 1984 e 1987. Trabalhou com os maiores artistas da MPB, como Toquinho (com quem fez por treze anos mais de mil apresentações por mais de vinte países), Paulinho da Viola, Miúcha, Rosinha de Valença, Paulinho da Viola, Miúcha, Diana Pequeno, Chico Buarque, Almir Sater, Rita Lee, Martinho da Vila, Renato Teixeira e a dupla Sá e Guarabyra. Papete desenvolveu projetos voltados para o registro e divulgação da música do Maranhão, entre eles o “Ouro de mina”, tendo sido o único artista maranhense a ter um show exclusivo com repertório voltado para a cultura de seu Estado. Compôs com Josias Sobrinho as canções e o libreto da ópera popular “Catirina”, marco da cultura maranhense nos anos 1990. Um dos últimos projetos que coordenou deu origem à obra “Os senhores cantadores, amos e poetas do bumba-meu-boi do Maranhão”, lançada em novembro de 2015. Papete faleceu em São Paulo, a 26 de maio de 2016, aos 68 anos de idade, mas seu trabalho está preservado em uma discografia de mais de quinze álbuns. “Papete”, lançado pela extinta 3M em 1987, é seu quinto trabalho-solo, e conserva a qualidade artística costumeira de seus discos. É mais um ótimo álbum, merecedor, portanto, de mais esta postagem do Toque Musical.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para manter diária a nossa produção, as vezes somos obrigados a recorrer aos ‘arquivos de gaveta’, ou ainda os arquivos enviados por amigos. Para fechar nosso domingão vamos com uma coletânea da Odeon, trazendo o melhor do seu ‘cast’ em 1961 no lp “Sucessão de Sucessos”. Um disco, que como já se pode ver pela capa tem Dalva de Andrade, Elza Soares, Celly Campello, Jayme Ferreira, Trio Irakitan, Anisio Siilva, Hebe Camargo, Orlando Dias, Isaura Garcia e Carlos Augusto. Infelizmente, as letras das músicas que, num raro momento, foram impressas na contracapa estão em baixa qualidade e quase não se pode ler. Fico devendo, logo que achar o disco, refaço o link. Por hora, ficamos aqui. Valeu, meu caro Denys!
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical apresenta a vocês um disco de um cantor que recebeu o título de “reizinho da Jovem Guarda” por ter sido apadrinhado por Roberto Carlos. Estamos falando de Oscar Teixeira, ou melhor, Ed Carlos, nascido em Santo André, na Grande São Paulo, em 3 de fevereiro de 1952. Seu primeiro disco, um compacto simples, saiu pela Fermata em novembro de 1967, trazendo o sucesso “Edifício de carinho”, de Roberto Carlos e Tom Gomes. Com o declínio da Jovem Guarda, a exemplo de Roberto, passou a interpretar músicas românticas. Em 1979, Ed homenageou o “rei da MPB” com a música “Roberto, meu amigão”. Posteriormente, tornou-se proprietário do restaurante Ed Carnes, no bairro paulistano do Cambuci. Casado com Vânia, teve três filhos, Edinho (falecido em acidente de carro), Rafael e Vinícius. “Juro que te amo”, o álbum que o TM nos oferece hoje, é o quarto LP de Ed Carlos, lançado pela CBS (selo OkeH) em 1975. No repertório, temos composições de Elizabeth (“Eu não vivo sem você”), Marcos Roberto (“Por quê”), Dora Lopes (“Você não merece”) e inúmeras versões. Uma delas, “Amante latino”, assinada por Rossini Pinto, é curiosa por ter sido lançada antes que Sidney Magal, em 1977, fizesse sucesso com outra versão da mesma música e com o mesmo título, só que feita por Antônio Carlos. Em suma, é o tipo do repertório que costumava ser executado com frequência nas rádios AM de cunho popular, sobretudo em São Paulo, numa época em que o FM ainda engatinhava. Um trabalho interessante de Ed Carlos, que merece o nosso Toque Musical. É só ir para o GTM e conferir.
juro que te amor gosto muito de você minha amiga minha esposa minha amante mundo agitado amante latino uma velha canção de amor com um punhado de areia eu não vivo sem você porque você não merece não vale a pena lastimar
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aproveitando a deixa, vamos colocar mais uma rosa em nosso jardim. E eu que pensava já ter apresentado aqui esta outra grande artista, também de renome internacional e também uma estrela do jazz. Estamos falando aqui da cantora, compositora e violonista Rosa Passos. Considerada por muitos a ‘João Gilberto de saias’. Uma artista que começou cedo, ainda adolescente tocava piano, trocando depois para o violão. Influenciada pela Bossa Nova, mas em especial pelos dois ícones, Antonio Carlos Jobim e João Gilberto, passou a compor e cantar. Demorou um pouquinho para ela então lançar este disco, “Recriação”, que foi seu primeiro disco. Este álbum, inicialmente, não teve muita repercussão, mas seria por certo seu cartão de visitas. Mas ela se afastou temporariamente e só voltou a atuar na careira nos anos 80. A partir dos anos 90 ela então deslancha, passando a lançar novos discos. Suas composições começam então a atrair outros músicos e artistas. Oscar Castro Neves foi quem, de uma certa forma, abriu as portas para ela, para uma carreira internacional que desde então só veio crescendo. Tocou e gravou com grandes nomes da música internacional, em especial os artistas do jazz. Hoje, Rosa Passos é uma das grandes damas brasileiras do cenário jazzístico internacional, aclamada por todos os cantos desse mundo, tendo uma dezena de outros discos gravados. Confiram aqui este discaço que mais uma vez é destaque, agora no Toque Musical.
Olá amiguinhos cultos e ocultos! Tempo corrido, vamos direto ao assunto. Tenho hoje para vocês a cantora Rosa Maria. Por certo, muitos irão lembrar do sucesso “California Dreamin”, do grupo The Mamas & The Papas, que ela regravou para uma campanha publicitária nos anos 80. A gravação fez tanto sucesso que acabaram lançado em um EP (um disco de 12 polegadas com apenas duas músicas) com outro grande clássico, a música “Summertime. Um disco promocional onde participa também o fantástico Tony Osanah. Mas a história de Rosa Maria começa nos anos 60, quando sai de Minas e vai para o Rio de Janeiro tentar a carreira artística como cantora e também atriz. Cantava jazz e bossa nova no Beco das Garrafas. ‘Apadrinhada’ por Wilson Simonal, participa como convidada em seu disco “S’Imbora”. Foi logo em seguida que ela assina contrato com a Odeon para gravar este que foi o seu primeiro disco: “Uma Rosa Com Bossa”, em 1966. Um discaço, diga-se de passagem. Cheio de bossa num repertório que ainda cabe a participação do Wilson Simonal em uma das faixas. É ele também que assina o texto de apresentação da cantora na contracapa. Não deixe de conferir essa joinha no GTM.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com a atriz e cantora espanhola Ana Belen. Uma cantora internacional, sem dúvida, porém neste álbum cantando músicas de autores brasileiros. O disco foi gravado no Brasil e finalizado na Itália. Trata-se de um álbum duplo, onde no primeiro ela canta versões em espanhol. No segundo disco ela canta, entre outras, as mesmas músicas e com os mesmo arranjos, só que desta vez em português. Na Espanha este disco saiu com o título “Ana en Rio”. Como se pode ver pela contracapa, o repertório traz músicas de Guilherme Arantes, Gilberto Gil, Lô Borges & Fernando Brant, Geraldo Vandré, Braguinha, Zé Geraldo, Ruy Maurity, Ivan Lins, Luiz Gonzaga e Chico Buarque. Este, também participa do disco em “Noite dos Mascarados”, assim como Fagner, em “Imposible”, poema de Florbela Espanca musicado por ele. Os arranjos para o disco em português ficou por conta de Lincoln Olivetti, Octávio Burnier. Vale a pena conferir a voz e o talento desta cantriz. Confiram no GTM.
Boa noite prezados amigos cultos e ocultos! No último momento, antes de soarem os gongos, aqui estamos com a postagem do dia. Temos um disco independente, “Gota Mágica”, trabalho muito bacana do músico, compositor e arranjador Mário Lúcio de Freitas. Um álbum autoral de cabo a rabo, músicas e letras, arranjos e regências e porque não, também a produção. Acredito que este tenha sido seu único disco antes de partir de vez para a publicidade, criando jingles e trilhas. Ele foi o responsável por vinhetas famosas de programas como o seriado infanto juvenil Chaves, desenhos animados como Cavaleiros do Zodíaco e Sailor Moon. Fez trilhas para novelas do SBT e também dublagem. Antes disso, porém, ele fez parte das bandas The Jet Black’s, The Beatnicks, Os Incríveis, Os Iguais e outros grupos de bailes.. Gota Mágica além de título do seu disco passou também a ser o nome de seu estúdio, onde gravou trilhas e discos para programas infantis como Bananas de Pijamas e Dragon Ball. De tudo, uma coisa eu garanto, este disco é o lado mais artístico de um profissional da publicidade. Boa letra e boa música. Não deixem de conferir no GTM.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Estou trazendo para vocês um disco dos mais interessantes de festivais de música e que por curiosidade, muita gente não sabe o que está perdendo. Até mesmo no Mercado Livre, ou ainda, no Discogs, ninguém percebeu que precioso registro é essa edição. Penso que, talvez pelo fato de não trazer em sua capa ou contracapa a lista de músicos e músicas, acabou ficando meio de lado… Nem mesmo em blogs eu o cheguei a ver publicado. Este é um disco de IV Festival Internacional da Canção Popular Rio, de 1969, fase nacional, um álbum duplo com 18 das canções classificadas. Músicas até então inéditas, em gravação feita ao vivo, no Maracanãzinho. Temos aqui alguns ilustres nomes com Jorge Ben, Claudette Soares, MPB-4, Mutantes, Os Diagonais, Egberto Gismonti, Joyce e muitos outros. Quem é fã ou colecionador de alguns desses artistas tem aqui um momento inédito e imperdível. Discos de festivais são registros importantes que mereciam maior atenção por parte do público, este mais ainda por ser uma edição especial. Não deixem de conferir…
Bom dia, amigos cultos e ocultos. Estou me esforçando para voltar a ter aquele ritmo dos primeiros tempos. Não vou garantir nada, mas farei todo o possível para manter essa frequência de publicações. Hoje temos um disco raro, que eu ainda não cheguei a vê-lo postado em outros blogs. Aliás, poucos ainda resistem, como o nosso Toque Musical. Vamos com “Violão Viageiro”, do violonista e compositor baiano, João de Aquino, um nome importante na música brasileira, mas muito pouco comentado. Seu talento parece vir de família, pois foi primo de outro grande violonista, o lendário Baden Powell. João de Aquino iniciou sua carreira nos anos 60. Sua música de maior sucesso foi “Viagem”, feita em 64 em parceria com Paulo César Pinheiro. Essa música faz parte deste disco que foi seu primeiro trabalho lançado no Brasil (creio que ele chegou a gravar na Europa). “Violão Viageiro” tem também arranjos do maestro Radamés Gnatalli e Hugo Bellardi, a presença de Pedro Sorongo, Fernando Leporace, coral de Joab e outros. Taí, mais um disco bacana que não pode faltar por aqui. Em breve e na sequencia postarei outros dois discos desse artista, pois vale a pena. Agradeço ao amigo Fáres mais essa contribuição (logo lhe devolvo os discos) E vamos ao GTM, pois o link não dura muito tempo. Quem não acompanha o blog, come mosca. 🙂
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com Amado Maita, músico paulista que lançou em 1972 este que foi o seu primeiro e único disco. Lançado em uma única tiragem pelo selo Copacabana, certamente não vingou por ser bom demais, acima da média. Um disco feito com esmero, música popular brasileira de qualidade. A música de Amado Maita me lembra um misto de Milton Nascimento e Gonzaguinha, também naqueles tempos. O repertório e quase todo autoral ou em parceria com José Wilson Lopes. Há ainda espaço para sua interpretação nas faixas, “Piedade”, de Miguel e Lindolfo Lage; “Sabe você”, de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra e o antigo samba “Não me diga adeus”, de Paquito, Luiz Soberano e João Corrêa da Silva. Amado Maita conta com o apoio de um time de músicos de primeira. Figuras como Hamleto, Guilherme Vergueiro e Edson Machado são alguns dos destaques, juntamente como os arranjadores Antonio Barbosa e Mozar Terra que dão ao trabalho uma pegada mais jazzística. As regências ficaram por conta do maestro Leo Peracchi. A produção foi do italiano Cesare Benvenuti, aquele que também produziu uma onda de artistas brasileiros, com nomes gringos e cantando em inglês. Este disco esteve esquecido por muito tempo e só veio a aparecer a partir do bum dos blogs musicais e das redescobertas fonográficas, por conta de pesquisadores e colecionadores. Quem muito chamou a atenção para este disco foi o músico Ed Mota, levantando a poeira e fazendo neguinho correr sebos e também Mercado Livre em busca da bolacha. Foi aí que o preço subiu e chegou as alturas fazendo com que ele viesse a ser relançado em 2018, pela Patuá Discos. Como a segunda edição também foi limitada (1500 discos), hoje é possível que já não seja mais encontrado, ou talvez até encontre, mas com um precinho salgado. Maita faleceu em 2005. Infelizmente, não há muita informação sobre sua trajetória pessoal ou artística. Ele é pai da cantora Luísa Maita, uma das boas revelações do cenário atual da música brasileira. Confiram no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso toque é mais que musical, é poético. Afinal, não é de hoje que os poetas também nos visitam e muito temos de poesia gravada, discos memoráveis que nunca poderiam faltar por aqui. Temos assim o grande Pablo Neruda, poeta que dispensa maiores apresentações, até porque essa não é a primeira vez que o apresentamos no Toque Musical. Neruda não foi um poeta brasileiro. Nasceu e viveu no Chile, mas como todo grande poeta as fronteiras não existem, ainda mais sendo este um poeta latino-americano, amigo e irmão de tantos outros poetas brasileiros, contemporâneo de um mesmo momento conturbando nesse nosso continente. Neruda faz parte também do nosso mundo poético e entre muitos ele foi um dos poucos poetas estrangeiros a fazer parte da discoteca produzida pelo selo Festa, de Irineu Garcia. Aqui temos um pequeno aperitivo, um raro compacto, extraído de um disco maior, um lp, também lançado por esse selo, com gravações originais na voz do próprio poeta. Há, inclusive, um poema dedicado ao poeta brasileiro Castro Alves (Castro Alves del Brasil). Compacto, pode-se dizer, de luxo, frente aos seu pares. Com capa bem produzida trazendo também um texto de apresentação escrito por outro poeta e escritor, Rubem Braga. Não deixem de conferir mais essa raridade que vocês só encontram aqui, no GTM (e em prazo limitado).
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Depois de chegarmos a mais de 3 mil títulos/discos postados aqui a gente começa a não mais lembrar do que já publicou. Daí, temos antes que verificar no index para não repetirmos a postagem. Hoje, farei diferente. Temos aqui o raro e único exemplar do conjunto de bossa nova do Francis Hime, Os Seis em Ponto. Este foi o disco de estréia de seis ‘garotos’, como definiu Ronaldo Boscoli no texto de contracapa do disco. Todos estreantes no mundo do disco, mas desde cedo focados na ideia de formarem um conjunto musical. E foi em 1966 que eles conseguiram gravar e lançar este álbum pelo selo RGE. Formado por Francis Hime (piano), Alberto Hekel Taveres (flauta), Carlos Alberto Cumarão (trombone), Nelson Motta (violão), Carlos Eduardo Sadock de Sá (contrabaixo) e João Jorge Vargas (bateria), Os Seis em Ponto nos apresenta um repertório fino e moderno para sua época. Músicas de Tom Jobim, Carlos Lyra, Vinícius de Moraes, Théo, Oscar Castro Neves, Edu Lobo, Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli e também composições de Francis Hime em parceria com João Vitorio: “Mar Azul”, “Amor A Esmo” e “Se Você Pensar”. Os arranjos são também de Francis Hime. Um disco que conta ainda com texto de Tom Jobim. Tido como uma promessa de sucesso, infelizmente Os Seis em Ponto, mesmo com um repertório de primeiríssima, não chegou a emplacar. Por outro lado, seus membros seguiram cada qual um caminho. Francis e Nelson Motta foram os que mais se destacaram seguindo carreiras de sucessos e reconhecimento de público. Mais uma vez vamos trazê-los para o nosso toque, até porque, desta vez o pacote vem completo, com capa, contracapa e selos. Não deixem de conferir no GTM.
Bom dia, bom 2020 para todos os amigos cultos e ocultos! Para garantir a nossa presença neste novo ano, começamos logo já no primeiro dia. E para que seja um ano, musicalmente falando, da melhor qualidade, eu já começo com este disco aqui, “Sei lá”, do Hermínio Bello de Carvalho, tremendo letrista e inigualável produtor, poeta, compositor, escritor…. Seu nome está presente em boa parte dos melhores trabalhos fonográficos e musicais realizados nos anos 60, 70, 80 e 90 (isso para não falarmos dos anos dois mil). Hermínio tem uma longa ficha, um currículo invejável e na música, na área de criação se destaca pelas inúmeras parcerias. Entre os seus parceiros estão nomes como Chico Buarque, Pixinguinha, Radamés Gnattali, Paulinho da Viola, Francis Hime, Cartola, Baden Powell, Elton Medeiros, Martinho da Vila, Rildo Hora, Sueli Costa e mais um montão de outros compositores da melhor música do mundo, a brasileira. Este lp procura mostrar um pouco disso, das autorias e parcerias. Lançado no início de 1974, o álbum traz quinze faixas onde nelas ele mesmo interpreta. Conta com a participação da cantora Simone, que pela primeira vez aparecia em disco de outro artista. Acompanhando tudo vem o Luizinho Eça e seu impecável Tamba Trio (com Hélcio e Bebeto Castilho). Por aí já se pode ter uma ideia do que traz essa produção. Um disco maravilhoso que por hora passa aqui em minhas mãos (pena que tenho que devolver, hehehe…) Não deixem de conferir no GTM!
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Então, finalizando nossas postagens de 2019, trago com prazer este raro lp com a cantora Marlene. Marlene é a maior! (e tenho dito!). Antes, porém, quero deixar aqui os meus votos de um feliz 2020. Desejo a todos um ano menos ruim do que foi este. Pois, sinceramente, não vejo muita luz no fim do túnel, pelo menos nesses próximos anos. Estamos vivendo hoje um momento de castigo, um país assolado pela ignorância, pela intolerância e pela falta de tudo que é básico, educação, saúde e cultura. Estamos tomados por uma onda de obscurantismo, uma regressão social de causar espanto. O brasileiro tem se mostrado um povo de uma tamanha ignorância que dá medo. Nessas horas fico pensando se vale a pena continuar levando cultura a essa gente. Aqui mesmo, entre nossos amigos cultos e ocultos há, com certeza, tipos reacionários retrógrados, pessoas toscas e mal informadas, gente que colaborou e ainda colabora para esse estado político crítico e polarizado. Na verdade, a polarização é uma consequência e essa, hoje, já não me permite sentir bem ao lado da toxidade de algumas pessoas. Acredito ter exorcizado boa parte desses diabos em minha vida e ao meu redor, mas eles continuam presentes, ocultos quase sempre. Toda essa situação é muito desanimadora e se nos últimos tempos nosso Toque Musical andou devagar, quase parando, podem ter certeza, foi mesmo por conta desses desencantos. Mas sei que não devemos parar, não é hora de entregar o jogo. O TM continua em 2020 acreditando no Brasil. Continuaremos nossas postagens, pois esse prazer que nós nos propomos não pode acabar. Ainda há sensibilidade por aqui… Feliz 2020! Selando então 2019, vamos com este disco “É a maior! com Marlene” que é literalmente um show. Um show criado por Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho, trazendo a extraordinária Marlene, que mesmo já longe dos tempos áureos do rádio continuava a fazer sucesso. Este disco é na verdade uma gravação ao vivo do show de sucesso, realizado em 1970. Neste, temos ainda a participação de gente importante com Arthur Verocai que foi o diretor musical e também fez parte do conjunto que acompanha a cantora formado por nomes de peso, Helvius Vilela (piano), Novelli (baixo) e Gegê (bateria). O álbum tem versões de clássicos da nossa música com composições de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Milton Nascimento e outros… Taí, finalizando a parada com este disco já visto em outros blogs, mas é no Toque Musical que ele encontra seu porto seguro. Confiram no GTM.
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Então, finalizando nossas postagens de 2019, trago com prazer este raro lp com a cantora Marlene. Marlene é a maior! (e tenho dito!). Antes, porém, quero deixar aqui os meus votos de um feliz 2020. Desejo a todos um ano menos ruim do que foi este. Pois, sinceramente, não vejo muita luz no fim do túnel, pelo menos nesses próximos anos. Estamos vivendo hoje um momento de castigo, um país assolado pela ignorância, pela intolerância e pela falta de tudo que é básico, educação, saúde e cultura. Estamos tomados por uma onda de obscurantismo, uma regressão social de causar espanto. O brasileiro tem se mostrado um povo de uma tamanha ignorância que dá medo. Nessas horas fico pensando se vale a pena continuar levando cultura a essa gente. Aqui mesmo, entre nossos amigos cultos e ocultos há, com certeza, tipos reacionários retrógrados, pessoas toscas e mal informadas, gente que colaborou e ainda colabora para esse estado político crítico e polarizado. Na verdade, a polarização é uma consequência e essa, hoje, já não me permite sentir bem ao lado da toxidade de algumas pessoas. Acredito ter exorcizado boa parte desses diabos em minha vida e ao meu redor, mas eles continuam presentes, ocultos quase sempre. Toda essa situação é muito desanimadora e se nos últimos tempos nosso Toque Musical andou devagar, quase parando, podem ter certeza, foi mesmo por conta desses desencantos. Mas sei que não devemos parar, não é hora de entregar o jogo. O TM continua em 2020 acreditando no Brasil. Continuaremos nossas postagens, pois esse prazer que nós nos propomos não pode acabar. Ainda há sensibilidade por aqui… Feliz 2020! Selando então 2019, vamos com este disco “É a maior! com Marlene” que é literalmente um show. Um show criado por Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho, trazendo a extraordinária Marlene, que mesmo já longe dos tempos áureos do rádio continuava a fazer sucesso. Este disco é na verdade uma gravação ao vivo do show de sucesso, realizado em 1970. Neste, temos ainda a participação de gente importante com Arthur Verocai que foi o diretor musical e também fez parte do conjunto que acompanha a cantora formado por nomes de peso, Helvius Vilela (piano), Novelli (baixo) e Gegê (bateria). O álbum tem versões de clássicos da nossa música com composições de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Marcos e Paulo Sérgio Valle, Milton Nascimento e outros… Taí, finalizando a parada com este disco já visto em outros blogs, mas é no Toque Musical que ele encontra seu porto seguro. Confiram no GTM.
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Já na reta final, vamos aqui com mais um lp de cantoras, para fechar bem o ano. Hoje eu trago Telma Costa, em seu primeiro e único disco solo. Mineira, de Juiz de Fora, iniciou sua carreira ao lado das irmãs, as compositoras Lisieux e Sueli Costa formando o grupo vocal Trieto. No início da década de 70 mudou-se par o Rio de Janeiro e iniciou sua carreira profissionalmente integrando o grupo vocal que participou de shows de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ao lado das cantoras Miucha, Olívia Hime e Elizabeth Jobim. Participou ao longo dos anos 70 de shows e gravações de vários artistas, se apresentando também em casas noturnas. Em 1983, finalmente lançou este que foi o seu primeiro e único disco. Infelizmente, faleceu prematuramente, aos 36 anos. Telma, além de irmã de duas excelentes compositoras, também é a mãe das cantoras Branca Lima e Fernanda Cunha. Neste lp, lançado em 1983, Telma vem muito bem assessorada e acompanhada, a começar pela produção de Dori Caymmi, arranjos e regências de Dori, Cesar Camargo Mariano e Alberto Arantes. Participam também diversos artistas de peso, entre esses, Caetano Veloso, Danilo Caymmi, Gilson Peranzetta, Helio Delmiro. Luiz Alves, Robertinho Silva, Maurício Einhorn e muitos outros… Por aí já dá para se ter um ideia do conteúdo musical, dez belas canções de diferentes e consagrados autores. Um trabalho, sem dúvida, muito bonito que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nosso espaço, temos o prazer de postar mais um disco da maravilhosa Clementina de Jesus. Esta é outra que despensa apresentações, até porque neste lp que agora estou trazendo, temos um longo texto de Hermínio Bello de Carvalho que não só nos dá um apanhado geral dessa artista, como também de cada faixa do disco. Isso me facilita a vida, pois nesse corre-corre de fim de ano fica difícil me debruçar para uma resenha, tal qual faz o nosso Samuca. Confesso, sou um preguiçoso, kkkk… Mas, enfim, taí o disco de Clementina lançado originalmente em 1966, reeditado nos anos 80. Neste disco Clementina canta uma série de músicas, sambas tradicionais, coisas que ela traz em sua bagagem. Um verdadeiro mostruário das raízes do samba e da nossa música popular. Segundo o próprio Hermínio, a ideia era mostrar a diversidade e riqueza de nossa música, mesmo sendo essas, em grande parte, sem origem ou autoria. Velhos sambas e jongos remanescentes das rodas de pagode e candomblé. Confiram no GTM!
Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos! Para fecharmos bem o ano, aqui vai mais um disco de cantora. Este, por acaso, já era para ter entrado em nosso toque musical, mas acabei esquecendo, porém, hoje vai se encaixar perfeitamente. Temos aqui a paulista Denise Assunção. Esta, mais que cantora, é também compositora e atriz. Talvez a melhor definição seja ‘cantriz’, uma cantora atriz. Segundo contam, ela começou sua carreira ainda na infância, aos 12 anos já estava tocando percussão no espetáculo ‘Arena conta Zumbi, isso em 1968! Como atriz, trabalhou em dois filmes de Mazzaropi, “Jeca e seu filho preto”, de 1978 e “A banda das velhas virgens”, de 1979. Também trabalhou em novelas, na televisão. Denise é irmã de Itamar Assumpção e fez parte da banda Isca de Polícia, que acompanhou Itamar em seu primeiro disco. Sempre muito atuante, principalmente na cidade de São Paulo, ela se mantem como um artista completa, participando de espetáculos, discos e outras tantas parcerias no cenário artístico paulistano. “A maior bandeira brasileira” foi um disco gravado por ela em 1990, produzido pelo Luiz Calanca da lendária (e ainda viva) loja de discos Baratos Afins, que foi responsável pela produção e lançamento de muitos artistas e bandas nos anos 80 e 90. O álbum, como se pode ver aqui na apresentação traz oito faixas, oito música, por certo, escolhidas a dedo, sendo em sua maioria composições de Itamar e seus parceiros. Participam do disco, além de Itamar Assumpção, o trombonista Bocato e o trompetista Luiz Cláudio Faria. Por aí já dá para se ter uma ideia do nível da coisa. Um disco muito bom. Esse, por sinal, mais um presentão do amigo Fáres, o qual já está devidamente entre os meus discos colecionáveis. Confiram a pérola no GTM.