Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Procurando sempre trazer para vocês aquilo que não se vê e não se ouve em qualquer esquina, embora em cada esquina possamos encontrar muitas surpresas, hoje vamos com um disco independente lançado em 1992 pelo grupo niteroiense de choro Dito e Feito que trazia como seus integrantes músicos tarimbados da cena musical carioca, figuras como o bandolinista Cleber Castro, o percussionista Paulão Meneses e Lula Espírito Santo, violonista e cavaquinista, este responsável pela formação do grupo e deste que foi infelizmente o único disco do grupo. O lp traz apenas seis músicas, composições feitas de 1976 a 92, sendo duas dessas músicas, choros, feitos por artistas uruguaios, Jorge Larrosa e Ricardo Laquan. Taí um dos poucos discos de chorinho que não tem nenhum clássico, se firma apenas por um trabalho autoral e de qualidade, diga-se de passagem. Vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
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Coral Das Missionárias De Jesus Crucificado – Hosana Ao Filho De Davi (196…)
Minas São Várias (1988)
Minas Ao Luar (1988)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Um dos eventos musicais mais tradicional em Minas Gerais, que creio eu, ainda existe é o “Minas ao Luar”, promovido pelo Sesc/MG. Trata-se de um projeto musical itinerante, que periodicamente percorria várias cidades mineiras levando grupos de artistas seresteiros para apresentações em praças públicas. Em Belo Horizonte eu tive a oportunidade de assistir vários e são realmente muito animados. Em 1988 os produtores lançaram este lp, reunindo alguns de seus mais expressivos artistas e apresentando um repertório tradicional, bem conhecido do grande público. Quem gosta de seresta e serenatas, não pode perder esse toque musical. Confiram no GTM….
apresentação de carlos felipe
elvira escuta
noite tristonha
gondoleiro do amor
sereno da madrugada
guitarra de prata
hino de minas gerais
ave maria
última estrofe
vivo a cantar
o bardo
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Irineu – Eu (1991)
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Temos hoje para o nosso toque musical mais um artista mineiro, o qual merece nosso destaque. Estou falando do Irineu, ou como hoje em dia assume, Irineu de Palmira. Músico nascido em Belo Horizonte, também cantor e compositor. Iniciou sua carreira nos anos 70 participando de eventos culturais e em diversos festivais de música, onde sempre se destacou como compositor, arranjador ou intérprete. Ganhou vários festivais, o que acabou levando-o para trabalhar em São Paulo, onde então a sua carreira ganhou força. Trabalhou como instrumentista e cantor na banda da casa noturna de Oswaldo Sargentelli. Aliás, foi tocando na noite que ele ganhou prestigio, ao lado de grandes nomes como Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Hector Costita, Carmen Costa, Wilson Simonal e muitos outros. Fez trilhas para teatro e tv. Também como compositor tem músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Continua sempre muito ativo e recentemente vi ele numa live, no Facebook. Acredito que tenha lançado novos trabalhos, pois este foi o seu disco de estreia, um trabalho que começou a se gravado em 1988 e finalizado em 91, quando então foi lançado, em produção independente. Um disco praticamente todo autoral, mas tendo também o clássico de nosso cancioneiro, “Maringá”, de Joubert de Carvalho. O disco tem a produção musical de Kapenga, do grupo Bendegó, que também participa do trabalho juntamente com grandes nomes como Gereba, Papete, Duda Neves e outros… Não deixem de conferir no GTM…
descaminhos
eu não vou dizer mais nada
marias gerais
emoção só
maringá
bolero qualquer
tudo nada
lume
saudade (belo horizonte)
em nossas mãos
samba da metade
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Luizinho Lopes – Nem Tudo Que Nasce É Novo (1990)
Geraldo Espindola (1991)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aproveitando as heranças blogueiras, aqui temos um disco, entre muitos que nos foi enviados, discos que já tiveram o seu momento em outros blogs e agora aqui se completam e perpetuam enquanto este toque durar. Temos aqui um disco do cantor e compositor Geraldo Espíndola, irmão das cantoras Tetê e Alzira Espíndola. Neste lp ele marca seus então vinte anos de carreira apresentando algumas de suas obras mais conhecidas. Sem dúvida, um disco especial que merece ser ouvido de cabo a rabo. Produção independente da melhor qualidade. Não deixem de conferir no GTM…
cunataiporã
pequenos aliados
amarga solidão
divindade
raça das matas
forasteiro
fala bonito
quyquyho
deixei meu matão
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Júlio Costa (1980)
Olá, amigos cultos e ocultos! Entre os muitos ‘discos de gaveta’, aqueles que já estão prontos, esperando a vez, tenho este do músico, compositor e instrumentista Júlio Costa que sempre esteve a um passo de ser publicado aqui no Toque Musical. O que faltou, ou que ainda falta são informações sobre o artista. Caramba, tem discos/artistas que até hoje você não encontra nada sobre eles na rede! Incrível isso, visto que não se trata de algo tão antigo ou tão oculto assim. Parece que nosso artista não fez muita questão de divulgar melhor esse seu trabalho. Oque é uma pena, pois o disco é muito bonito, praticamente, quase todo pautado no instrumental e trazendo um time de músicos de primeira linha. O disco é uma produção independente, o que justifica talvez uma divulgação limitada. Seja como for, acho que vale a pena conhecer e ouvir. Confiram no GTM…
samba torto II
sirius
a idade exigida
a coisa
vega
o trapezista
antares
quebra-cabeças
paisagem marinha
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Flávio Carvalho (1980)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com Flávio Carvalho. Cantor e compositor paulista, conhecido também como ‘Flávio Chão de Estrelas’, por conta do programa de TV, no qual foi (ou é ainda) o apresentador. Aliás, Flávio Carvalho também apresentava um programa na TV Gazeta, ao lado de Helô Pinheiro. Flávio começou sua carreira a partir da década de 70. Teve sua música “Nada na cuca” como tema da novela “Um dia, o amor”, da antiga TV Tupi, em 1975 e que lhe rendeu o prémio Globo de Ouro. Trabalhou também na criação de trilhas sonoras e jingles. O artista, ao longo de sua carreira já gravou uns dez discos, sendo os primeiros na fase do vinil. O disco que apresentamos foi seu primeiro lp, lançado de forma independente, em 1980. Sem dúvida, um disco muito bonito e bem produzido e pelo fato de ser independente torna-se raro, difícil de se ver e ouvir por aí. Vale a pena conferir…
Irmãs Missionárias De Jesus Crucificado – Quando Canta O Coração (1964)
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! O TM apresenta mais um disco de música religiosa, mais precisamente de música católica. É “Quando canta o coração”, gravado pelo coral das Missionárias de Jesus Crucificado em 1964. Ao ouvirmos as doze faixas deste disco, percebemos que as Missionárias já faziam um trabalho musical precursor ao dos padres cantores, tipo Marcelo Rossi, Fábio de Melo e Reginaldo Mazzotti. E podemos ouvir louvores a Deus em ritmos variados, como samba-canção, twist, bolero e bossa nova. Tudo devidamente abrilhantado pelos arranjos de Pachequinho, que não é outro senão o maestro Diogo Pacheco. Só este detalhe credencia o disco, repleto de belas mensagens musicais, para católicos ou não. É mais um trabalho bastante interessante, merecedor de nosso Toque Musical. É ir ao GTM e conferir.
Festival Villa-Lobos – II Concurso Internacional De Violão (1980)
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Mantendo a nossa velha e boa tradição, aqui vai mais uma raridade para o deleite de todos, ou, em especial, os amantes do violão. Por aqui sempre aparece algum violonista pedindo discos onde o violão é o instrumento de destaque. Então, aqui temos mais um, disco não-comercial, o que, por certo o faz ser quase um inédito. Sai dos limitados para a vitrine do nosso Toque Musical. Como podemos ver, trata-se do Festival Villa-Lobos, de 1980, onde aconteceu o II Concurso Internacional de Violão. A música brasileira, de grandes mestres desse instrumento, na interpretação de vários instrumentistas, nacionais e internacionais. Na contracapa vocês encontrarão mais informações sobre este disco, que realmente é uma joia. Confiram no GTM…
francisco mignone – estudo nº 8 – eduardo castañera
francisco mignone – estudos nº 6 e 12 – mara portela
edino krieger – ritmata – jungen shollman
marlos nobre – momentos nº 1 – marcelo jehá kayath
marlos nobre – homenagem a villa-lobos – rodolfo m. lahoz
guerra peixe – prelúdios nº 4 e 5 – roland dyens
nestor de hollanda cavalcanti – suite quadrada – roland dyens
aldo taranto – modulando – istván adrovicz
pedro cameron – repentes – istván adrovicz
arthur bosmans – brasileiras: modinha – willem brioen
marcelo de camargo fernandes – sonatinha – eduardo elias isaac
heitor villa-lobos – valsa choro – roland dyens
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2º Festival MPB Carrefour (1992)
Amigos cultos e ocultos, como vão, tudo bem? Olha aí o que temos para hoje… Um disco de festival. Faz tempo que não postamos nada por aqui. Desta vez temos a segunda edição do Festival de MPB Carrefour. Este festival aconteceu em 1992 promovido pelo grupo multinacional Carrefour, tendo como organizador e diretor artístico, o jornalista Zuza Homem de Mello. O Festival selecionou 84 concorrentes, teve uma fase semi-final em várias cidades do país, sendo que a final aconteceu no Rio de Janeiro. Este lp é o resultado, traz as dez músicas que foram as finalíssimas. Por certo já não se fazem músicas para festivais como antigamente, ou por outra, as músicas já não encantam como as de antigamente. Porque será? Claro que não me refiro especificamente a este disco, aqui tem até umas músicas bacanas e vocês poderão conferir no Grupo do Toque Musical.
Alcides Neves – Des-trambelhar Ou Não (1983)
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! No ritmo do imprevisível dessa nossa salada mista musical, temos aqui um disco, no mínimo curioso do artista cearense, radicado em São Paulo, Alcides Neves. “Des-trambelhar ou não” foi seu segundo disco, lançado de forma independente, em 1983. Antes deste ele havia gravado outro, o “Tempo de fratura”, de 79, um disco tão anti-comercial quanto o que temos aqui. Aliás, o trabalho musical de Alcides Neves parece refletir um pouco da sua realidade como psiquiatra. Sua música é um trabalho muito pessoal, de difícil digestão para o consumidor comum de musica popular. Quebra com conceitos e desafia o senso comum. É talvez o discurso do louco que ele conhece tão bem. Me lembrou um Damião Experiença num delírio controlado, ou também outro mais recente, Rogério Skylab. Tudo isso temperado com alguma essência nordestina.
Alcides não faz disco para vender e talvez por isso mesmo seja pouco conhecido. Seus lps, hoje fazem parte daquelas raridades que passaram a ser vendidas a preço de ouro no Mercado Livre e Discogs. Seu trabalho musical permeia o experimentalismo, um trabalho de vanguarda talvez, embora ele mesmo não goste de assumir esse termo para definir sua música. Segundo o artista esses dois discos e mais um terceiro que eu nunca vi, “Dr. Louk’Américas”, formam uma trilogia.
Infelizmente, não há muito o que se encontrar sobre este artista, as referencias são poucas e se repetem. Mas para quem não conhece, vale a pena buscá-lo no GTM.
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Pegando Fogo – Sambas & Pagodes (198…)
Boas noites, amiguíssimos cultos e ocultos! Meio que no acaso fui buscar este disco entre tantos que aguardam pela triagem. Achei interessante a capa e mais ainda o conteúdo, o que se confirmou quando coloquei o escurinho para rodar. Caramba, que disco bom! Um grupo de sambistas, por certo cariocas, se alternando em doze faixas, com arranjos do maestro Agostinho Silva, da Orquestra Commander. Como podemos ver logo pela capa, temos Léo Costa, Paulo Oliveira, Tito Reis, Carlinhos do Império, Lays de Oliveira e Samuel Coragem, nossos artistas intérpretes numa seleção de sambas ‘de primeira’. Infelizmente, não há informações sobre a data de lançamento. Mas com certeza deve ser do início dos anos 80, ou mantes.. não importa… o que importa está no GTM, confiram…
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Laercio de Freitas – Terna Saudade (1988)
Pianista, tecladista, maestro, compositor e ator. Assim é Laércio de Freitas, que o Toque Musical põe em foco no dia de hoje. Laércio nasceu em Campinas, interior de São Paulo, em 20 de junho de 1941. Estudou piano no Conservatório Carlos Gomes, graduando-se em 1957. A partir de 1966, deu início a sua carreira internacional, apresentando-se na Europa, Ásia e México. No final dos anos 1960, substituiu Luiz Eça no grupo Tamba 4, oriundo do Tamba Trio. Em 1971, regressando ao Brasil, fez parte do grupo de Luiz Carlos Vinhas, gravando em compacto simples da Tapecar as músicas “Capim gordura”, do próprio Laércio, e “Chovendo na roseira”, de Tom Jobim. “Capim gordura” estourou nas paradas de sucesso da época e seria regravada por Laércio um ano mais tarde, em seu primeiro LP como solista, “Laércio de Freitas e o som roceiro”. Laércio acompanhou artistas como Maria Bethânia, Ângela Maria, Marcos Valle, Wilson Simonal, Nancy Wilson, The Supremes, Quarteto em Cy, Martinho da Vila, Ivan Lins, César Costa Filho, Emílio Santiago e muitos outros. Integrou a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e do sexteto de Radamés Gnattali. Em 1980, lançou pela Eldorado o álbum “São Paulo no balanço do choro”, totalmente autoral, e participou de alguns discos da série “Um piano ao cair da tarde”, da mesma gravadora. Dois anos mais tarde, passou a se dedicar cada vez mais à orquestração e à regência, além de elaborar arranjos para o pianista Arthur Moreira Lima. Na televisão, participou de programas como “Um toque de classe”, da extinta Rede Manchete, “Alegria do choro” e “Café Concerto”, ambos na TV Cultura de São Paulo. Na Rede Globo, foi ator nas novelas “Mulheres apaixonadas” e “Viver a vida”. No cinema, ganhou o Kikito de Ouro, prêmio do Festival de Gramado, em 1999, pela trilha sonora do filme “Amassa que elas gostam”, de Fernando Coster, e ainda participou de outros dois filmes como ator: “Jardim Beleléu” (2009) e “Chibata” (2015), neste último fazendo o papel de João Cândido, o líder dos marinheiros em 1910 depondo para a posteridade em 1968. Enfim, um artista completo, também pai da atriz e cantora Thalma de Freitas. Em “Terna saudade”, álbum de 1988 que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos, Laércio de Freitas interpreta, em solo de piano, onze clássicos de nosso cancioneiro, como a faixa-título, “Lábios que beijei”, “Maringá”, “Carinhoso” e “Casinha pequenina”. Como escreve Nina Rosa na contracapa, Laércio tem um modo jeitoso e peculiar de tocar seu instrumento, como os pianeiros do cinema mudo, também revivendo os saraus de antigamente. Enfim, é um disco que faz a gente voltar no tempo, mais uma produção digna de nosso Toque Musical. Não deixem de conferir no GTM.
*Texto de Samuel Machado Filho
Ponta De Rama (1980)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Vez por outra, recebo mensagens por e-mail de pessoas falando sobre o nosso Toque Musical. Recentemente alguém escreveu: “gosto do TM por conta da variedade, de coisas tão diversas, das coisas que descubro nele. Nunca pensei que a música no Brasil tivesse tantas variantes. O Toque Musical é sempre uma caixinha de surpresas.” Esse definiu bem nossa proposta. É mais ou menos por aí…
E hoje o que temos é o grupo paulista Ponta de Rama em seu primeiro e único disco, lançado de forma independente, em 1980. Descobri este grupo/disco há pouco mais de um ano. Agradei logo de cara, pela capa. Uma capa muitas vezes já define tudo e nesse caso não foi diferente. Incrível como um disco como este não ganhou repercussão, ficou esquecido, restrito ao público orbital. E curiosamente, desde então, nunca foi redescoberto por esses ‘entendidos em discos’. Por sorte, ainda hoje é possível encontrar exemplares sendo vendidos a preço de banana no Mercado Livre e Discogs. Por garantia, comprei logo uns três, pois certamente, depois dessa postagem a galera vai começar a inflacionar e o Ponta de Rama vai virar raridade. E sinceramente, acho que merece, pois é um disco único de um grupo que não existe mais, independente e um trabalho de qualidade acima da média. Por certo é também de edição limitada. Ao que parece, chegou a ser relançado em formato cd, no início dos anos 2000.
Achar informações sobre este grupo não é fácil. Aliás, sobre o grupo não há nada, além de algumas músicas postadas no Youtube de forma aleatória. O pouco que sei é que era formado por estudantes da USP (Alex Antonelli, Chico Ribas, Flávio Pacheco de Castro, Jorge Cordeiro, Klecius Albuquerque, Luiz Milan, Oscar Torales e Paulo Bafile), hoje em dia acadêmicos, profissionais liberais. Alguns até seguiram na música ou tem ela como atividade paralela, como é o caso do Klecius Albuquerque e o Luiz Milan. A música do Ponta de Rama tem as qualidades que condizem ao seu elenco, música boa sim e acima da média. Há neste trabalho pitadas de rock rural, folk, samba… mas essencialmente é um belo disco de música popular brasileira. Vale a pena conhecer.
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Canto & Dança Do Povo De Uberaba (1984)
Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Aqui temos para hoje um disco de caráter folclórico e dos mais interessantes. Trata-se, como se pode ver nas ilustrações da capa, de um lp que reúne quatro diferentes manifestações populares de música e dança da região do Triangulo Mineiro, ou mais especificamente da cidade de Uberaba, Minas Gerais. Lançado em 1984 pela Fundação Cultural de Uberaba, temos aqui um disco de Catira, Congado, Moçambique N. S. do Rosário e Folia de Reis. Um registro valioso e importante da nossa cultura que vale a pena ter e conhecer. Confiram no GTM…
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Juarez Moreira – Bom Dia (1989)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! E para ser mesmo um ‘bom dia’, só mesmo com este maravilhoso disco de um dos grandes mestres das cordas, o mineiro de Guanhães, Juarez Moreira. Temos aqui o primeiro disco solo deste compositor, violonista, guitarrista, produtor e arranjador, o álbum “Bom dia”, lançado de forma independente em 1989. Um disco onde ele conta com a participação de outros feras como Toninho Horta, Zeca Assumpção, Paulo Moura, Nenen e André Dequech. Por aí já dá para se ter uma ideia do nível da ‘coisa’. Depois deste lp, relançado em 97 em cd, Juarez já gravou mais uma dezena de discos e cada vez mais respeitado como um dos nossos grandes talentos nacionais. Vale a pena a conferida…
Aline c/ Toninho Horta Beto Lopes Helvius Vilela Bernard Aygaoux – Mares De Minas (1988)
Boa tarde, companheiros e amigos cultos e ocultos! Cá estamos novamente, sempre com alguns atrasos, mas sempre procurando não pular dias.
Hoje temos um disco da cantora e compositora mineira, Aline, de Montes Claros. Há algum tempo atrás nós chegamos a postar o primeiro disco dela lançado também de forma independente em 1979. Agora trazemos um outro trabalho dela, na verdade o seu terceiro disco, lançado em 1988 de forma independente. “Mares de Minas” é um disco que reúne gravações de 1985 a 87. Como se pode ver logo pela capa, Aline vem muito bem acompanhada por Toninho Horta no violão e guitarra, Bernard Aygadoux nos teclados, Helvius Vilela no piano e Beto Lopes no violão. A produção ficou por conta de Adriano Martins. No repertório há um certo regionalismo, mas no conjunto da obra o que temos um trabalho sensível e de muita qualidade. Não deixem de conferir no GTM
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Helvius Vilela – Planalto Dos Cristais (1983)
Boa noite meus queridos amigos cultos e ocultos! Quero agradecer as dezenas, talvez porque não dizer, centena de mensagens e e-mails recebidos por conta dos 13 anos do nosso Toque Musical. Valeu demais, meus caros! Agradeço a todos, em especial aqueles que sempre colaboraram de uma forma ou de outra para que nosso projeto se mantivesse vivo até hoje. Valeu e continua valendo! 🙂
Abrindo mais ano temos, para começar, um disco nota dez. Nada como um trabalho autoral onde o artista atua em todas as frentes desde a concepção, interpretação e produção. E nesse caso não se trata de qualquer um não. Estamos falando aqui de um dos grandes músicos mineiros, o pianista, compositor e produtor Helvius Vilela, figura importante na história da música mineira e que alcançou projeção nacional graças ao seu talento. Tocou com grandes nomes da música popular brasileira. Nos anos 60 fez parte do Tempo Trio, grupo de bossa cujo disco hoje é uma raridade. Nos anos 60 ele esteve na bossa, nos 70 nos discos de muita gente da mpb em geral e nos anos 80 passa a se dedicar a música instrumental. “Planalto dos Cristais” foi seu único disco solo, realizado em 1983 numa produção independente. Acompanhado por um time de músicos também de primeiríssima ele nos apresenta um trabalho instrumental, influencias jazzísticas, eruditas e populares. Um disco muito agradável e com o inconfundível sabor mineiro. Não deixem de conferir…
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Assis Cabral – No Samba (1980)
Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Nadando na onda dos discos compactos, os de 7 polegadas, temos hoje mais um disquinho bacana. Quem não conhece e vê apenas pela capa há de pensar que este é mais um capricho de algum artista amador, uma produção independente sem grandes atrativos. Mas é aí que mora o engano. Nunca devemos julgar só pela aparência, ou no caso pela capa (que por sinal eu achei bem apropriada). Nosso artista é Assis Cabral, cantor e compositor que eu também, ainda há pouco não conhecia. Fui checar no Google, mas sobre ele quase nada se pode saber além de que já havia gravado outros discos, sempre na linha do samba, forró e frevo. Não deu para certificar, mas o cabra parece ser pernambucano. Digo isso porque seus discos foram gravados de maneira independente no estúdio da gravadora pernambucana Rozenblit. Achei também uns vídeos dele no Youtube e pelo jeitão ele deve ser mesmo um nordestino da gema.
Neste compacto duplo temos dele quatro músicas, sendo que de samba mesmo são só as duas da face B e por sinal dois sambas arretados que bem nos lembra os sambas dos anos 50 e 60, tipo samba de gafieira, muito legal. Na face A, para não variar, é só forró. Quer conhecer, chega junto… Confira no GTM…
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Grupo Pausa – Cantiga De Um Caboclo Acabrunhado (1986)
Caros amigos cultos e ocultos, boa noite! Eis que hoje temos aqui um disco com o Grupo Pausa, vencedor do Festival Itabirano da Canção. Um evento que aconteceu ao longo de três dias de julho de 1986 na cidade de Itabira, Minas Gerais. Neste festival o Grupo Pausa levou o primeiro lugar com a música “Cantiga de um caboclo acabrunhado”. Como parte da premiação ganhou a chance de gravar este disco, o qual embora seja um vinil de 12 polegadas, tem apenas duas canções. (Nos anos 80 o compacto foi gradativamente dando lugar o disco no formato lp, foi quando apareceram os discos mix, EPs)…
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Júlio E Zéfeliciano (1987)
Olá, meus amiguinhos cultos e ocultos, boa noite! Aqui voltamos a normalidade de nossas postagens, trazendo a cada dia uma novidade. Outros sertanejos em breve voltarão, não se preocupem…
Hoje eu tenho para vocês um lp independente, produção mineira lançada nos anos 80. Temos aqui a dupla Júlio e Zéfeliciano, mineiros de Teófilo Otoni. Lançaram em 1987 este lp de forma independente. O disco chegou até a ser tocado em algumas rádios de Belo Horizonte. Depois eles sumiram, parece não terem dado continuidade ao trabalho em dupla. Nos anos 2000 eles voltaram a gravar, lançando um cd. Contudo, hoje em dia, não sei se ainda estão na ativa. Mesmo assim, não vamos deixar de prestigiar aqui este trabalho autoral que é bem bacana. Confiram no GTM…
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4º Encontro De Corais Mineiros (1986)
Boa noite prezados amigos cultos e ocultos! Eis que em meio, ou já nos ‘finalmentes’ apareceu mais um disco da série de Encontro de Corais Mineiros. Aqui temos o quarto volume, lançado em 1986. Conforme nos fala o texto de contracapa, “o quarto álbum da série documenta a atuação dos grupos participantes do 4. Encontro Mineiro de Corais, realizado em setembro/outubro de 1985. Esse evento envolveu apresentações, oficinas e laboratórios onde participaram centenas coralistas e regentes. E como não poderia deixar de ser, produziram também o lp, este também um álbum duplo com os vários corais de Minas Gerais. O repertório, como podemos ver, traz como destaque o canto coral do Barroco Mineiro, mas também cabe a música popular em seus diversos clássicos. Um disco gravado ao vivo e bem bacana. Vale conferir…
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Coral Santa Clara – Canta Serestas Vol. 4 (1986)
Coral Santa Clara – Canta Serestas Vol 2 (1984)
Bom dia, minha gente, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o Coral Santa Clara, um grupo vocal formado em Belo Horizonte por religiosos católicos, possivelmente nos anos 70. Achar informações sobre este coral não é nada fácil, pois para começar existem outros corais com o mesmo nome. O pouco que temos falar deste coral é o que podemos encontrar na contracapa deste disco que aqui apresentamos. O Coral Santa Clara, nos anos 80, se apresentava aos domingos no programa “A Santa Missa em Seu Lar” pela Rede Globo de BH. Tinha como regente a religiosa Irmã Betânia e um contingente de até vinte elementos, incluindo os músicos e no qual destacamos também a presença do cavaquinista Waldir Silva. O coral gravou inicialmente um compacto duplo com quatro músicas de serestas: “Linda flor”, de Cândido Costa e Henrique Vogeler; “Felicidade de caboclo”, de Pexincha e Gino Alves; “Tardes de Lindóia”, de Zequinha de Abreu e “Velho realejo”, de Sady Cabral e Custódio Mesquita. Essas mesmas músicas foram incluídas neste lp, lançado posteriormente em 1984. E como podemos ver trata-se de um repertório essencialmente de serestas, como nos indica o título. Na sequencia de nossas postagens vou trazer também um outro volume que tenho aqui, pois o Coral Santa Clara chegou a gravar mais discos. Vamos conferir aqui e aguardar o próximo, ok?
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Orquestra Brasileira De Câmara E Coro De Belo Horizonte – Concerto De Mariana (1984)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Enfim chegamos a mais um começo de mês e a programação por aqui não pára. Nesta semana vamos nos dedicar aos discos de corais, música de câmara e outros quitutes do gênero. Taí uma série que creio, nunca postamos por aqui. Ou já? São tantas emoções que as vezes, só checando no index. Mas por certo, os discos que irei postando são novidades por aqui.
Começo então trazendo o ‘Concerto de Mariana’, um disco muito especial, pois celebra a restauração e o retorno do antigo órgão da Catedral de Mariana (MG). Obra prima do barroco alemão, esse órgão é um dos poucos que ainda existem no mundo. Foi construído por volta de 1700, possivelmente pelo mestre organeiro Arp Schnitger. Chegou ao Brasil e foi instalado na catedral em 1753. Acompanhou durante quase dois séculos a evolução da música sacra no Brasil. Ao logo do tempo ele foi se desgastando e acabou não tendo as devidas manutenções de preservação. Foi ouvido pela última vez em 8 de dezembro de 1937. Somente no final dos anos 70, através de financiamento de empresas alemãs aqui no Brasil que este órgão começou a ser restaurado. Sua máquina foi levada para a Alemanha onde foi totalmente reparada. 47 anos depois, no mesmo dia 8 de dezembro, no ano de 1984, o órgão voltaria a ser ouvido, dia glorioso da Conceição de Nossa Senhora. Nesta data memorável, o órgão de Mariana, foi apresentado sob os acordes da “Missa em Fá Maior’, de José Emérico Lobo de Mesquita e o “Concerto n. 4 em Fá para Órgão e Orquestra”, de Haendel, também peças de Bach e Vivaldi executadas pelo organista francês, François Chapelet, que foi acompanhado pela Orquestra Brasileira de Câmara e Coro, sob regência do maestro Michel Cordoz. Confiram este disco no GTM…
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Sandra Rozados (1989)
Olá, amigos cultos e ocultos! Nesta semana que passou eu me deparei com este disco. Me chamou a atenção pela capa, a frente é em alto relevo, coisa que nunca tinha visto num lp. Diferente, quis ouvir. Infelizmente o exemplar que eu tinha não trazia encarte, o que limitou as informações sobre a cantora. Sandra Rozados é o nome dela, mas difícil foi achar algo sobre ela. Ao que parece, gravou apenas este disco. Projetos independentes tem disso. Descobri apenas que ela é uma cantora baiana e que fez parte de grupos de artistas como Geronimo, Luiz Caldas e Carlinhos Brown. Se tivesse essa informação antes de ouvir o disco pensaria que se trata de mais uma cantora de Axé ou coisa baiana parecida, mas Sandra Rozados passa longe, ou talvez não lembre em nada essas coisas. Com um tom de voz que lembra muito outra cantora dessa mesma época, a Marina, traz um repertório bacana, arranjos e instrumental também de surpreender. Vale a pena conhecer…
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Solange Kafuri – O Canto Que Trago (1983)
E aí, amigos cultos e ocultos, como vamos? Nossa mostra musical feminina está rendendo e ainda temos muito a apresentar. Basta para tanto que vocês fiquem ligados, pois nossos links tem um prazo curto e não temos reposição dos mesmos no Grupo Toque Musical.
Continuando com as cantoras, desta vez temos Solange Kafuri em seu único disco, “O canto que trago”, produção independente , de 1983. E como se pode ver logo na contracapa, temos neste disco um repertório curto, mas da melhor qualidade, com músicas de grandes compositores. Não bastasse, ela vem apoiada por uma dezena de músicos instrumentistas de primeiríssima linha, o que garante de vez alto nível deste trabalho. Embora tendo uma formação musical e durante os anos 80 tenha sem apresentado em shows, Solange Kafuri preferiu atuar na área de produção artística, se tornando uma das mais importantes produtoras, tendo em sua trajetória profissional uma lista enorme dos melhores espetáculos de música popular brasileira.
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Leila Pinheiro (1983)
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Hoje e pela primeira vez temos um disco da Leila Pinheiro. E não por acaso apresentamos o seu primeiro trabalho, gravado logo no início dos anos 80. O lp é uma produção independente, dirigida por Raymundo Bittencourt. Traz um repertório com doze canções de diversos grandes compositores. Para melhorar ainda mais e mostrar o nível da moça, seu disco conta com a participação de uma dezena de músicos de primeiríssima linha, gente como Tom Jobim, Toninho Horta, Joel Nascimento, Gilson Peranzzetta, Alberto Arantes, Francis Hime, João Donato e muitos outros… Não bastasse, a contracapa vem com um texto de apresentação da cantora feito por Billy Blanco.
Leila Pinheiro é do Pará. Cantora, compositora e pianista. Uma artista de muito talento, com mais de 20 discos gravados. Respeitada mundialmente como um dos grandes nomes da nossa música popular brasileira. Este seu álbum de estréia é ímpar e hoje em dia pouco conhecido. Belíssimo trabalho que vale conferir…
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