Este disco era para ter sido apresentado aqui no periodo do carnaval. Acabou ficando para depois… Mas diante do nome de Joel de Almeida, cabe a qualquer momento. Cantor e compositor (também radialista), dedicou boa parte de sua vida ao carnaval, com intérprete e compositor. Atuou no cimena cantando em uma dezena de filmes. Formou dupla com o cantor Gaúcho (Joel e Gaucho) e também gravou vários discos. Já postamos algumas outras coisas dele aqui no TM e desta vez, temos um lp lançado em 1973 pela Odeon onde ele interpreta boa parte desses seus sucessos…
Um dos artistas mais presentes no Toque Musical é, sem dúvida, o Leal Brito, ou Britinho. Ou ainda um dos muitos sobrenomes que ele usou para poder atuar por diferentes gravadoras. Aqui, por exemplo, temos ele e seu conjunto num gostoso lp feito, por certo, para dançar. Sua sonoridade ainda hoje é empolgante e convida qualquer um para uns passinhos. Repertório da melhor qualidade 😉
Mais uma boa curiosidade musical… aqui temos e mais uma vez o conjunto The Rebels, que foi um grupo de rock/twist, formado no final dos anos 50. Em alguns sites informam que eles surgiram no Rio de Janeiro e depois mudaram-se para São Paulo. Eu, porém, me apoio em outras fontes* que dizem que o grupo é mesmo paulista. Formado inicialmente por José Gagliardi Jr (guitarra base e vocal); Romeu Benvenutti (guitarra solo); Lídio Benvenutti, o Nene (bateria); José Carlos Camargo (baixo) e Gaspar (piano). Em 1960 José Gagliardi Jr sai do conjunto para se tornar o Prini Lorez, lembram dele? Os rebeldes dão uma pausa, mas retornam em 62 com uma formação diferente. No lugar de Gagilardi entra Constantino, Nene se transfere para o baixo, entra Nino na bateria e José Carlos Camargo assume a guitarra solo, além de se tornar o principal compositor. Sim, além dos ‘covers’ eles também compunham. Com esta formação eles gravaram ainda mais dois discos, cada um em gravadoras diferentes. Gravaram também um disco com um cantor americano chamado Dave Gordon (King Dave And The Rebels) que também já postamos aqui. No final dos anos 60, os rebeldes já com outros ‘ares’ se tornam um grupo vocal, bem ao estilo conjunto de baile e também com uma nova formação lançam este que foi seu último disco, pelo selo Musicolor. Um lp essencialmente de ‘covers’ de sucessos nacionais e internacionais daquele momento…
Mais uma vez, merecendo o nosso toque, temos a presença fonomusical de Ayres da Costa Pessoa, músico, instrumentista, maestro e compositor pernambucano, que por isso mesmo ficou conhecido como Pernambuco. Começou sua carreira vindo para o Rio de Janeiro onde inicialmente atuou como pistonista da orquestra do maestro Fon-Fon. De pistonista passou para o piano, se dedicando a composições e arranjos. Já postamos outros discos dele aqui e como já foi dito, há poucas informações sobre este artista.
Aqui temos dele “A Bossa Velha – Viagem Musical”, lp lançado em 1960 pelo selo CID Internacional. Um álbum bem bacana onde Pernambuco e seu conjunto passeiam por diferentes temas clássicos, de diferentes regiões do Brasil.
Aqui um disco que vale o toque musical de hoje. “Festival de Bossa” é uma coletânea com artistas e músicas que não se encontra fácil por aí. Boa parte dos discos de artistas apresentados nesta seleção, hoje são raridades e muitos nem chegaram a ser relançados. Na contracapa do lp temos um texto da Vera Brasil apresentando cada um dos artistas. Disco bem conhecido do público, mas não custa nada ouvir de novo. Ou melhor, aqui no Toque Musical. Confira no GTM…
sambalanço trio – samblues
alaide costa – terra de niguém
sansa trio – primavera
geraldo vandré – canção nordestina
elenco de arena contra zumbi – eu vivo num tempo de guerra
Iniciamos nosso textinho com uma pergunta: Vocês conhecem este moço? Este é Mário Augusto, um cantor e compositor que embora tenha gravado alguns discos é um completo desconhecido. Tentar encontrar informações sobre ele é mesmo um trabalho de detetive e toma tempo. As poucas informações sobre este artista só encontramos mesmo no Dicionário da MPB e quase nada além do que replicamos aqui. Mario Augusto foi um cantor popular, versátil em diferentes estilos musicais, o que pode ser comprovado neste lp lançado pela Copacabana, em 1961. Mário Augusto faz um estilo Agostinho dos Santos o que o torna bem agradável. Confiram…
Hoje temos “Em Tempo de Samba”, lp de estréia de Erlon Chaves na RCA Victor. Disco dos mais bacanas, recheado de clássicos e uma orquestra que parece um festival, explosiva e ao mesmo tempo na medida. Erlon Chaves era mesmo fenomenal…
Desta vez temos um Antonio Carlos Jobim em um disco impecável. Gravado nos Estados Unidos, Jobim vem acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, responsável também pelos arranjos. Foi lançado originalmente pela Warner com o título “The Wonderful World Of Antonio Carlos Jobim”. No Brasil o disco saiu pelo selo e supervisão da Elenco/Aloysio de Oliveira. Um lp fabuloso, um clássico que não pode faltar em nosso Toque Musical.
Diquinho interessante este que postamos hoje. “Jam Sesseion”, um lp da RGE trazendo Dick Farney Trio e Brook Pittman. Embora isso não fique claro nas informações do álbum, Dick Farney não toca ou canta ao lado do americano Book Pitman. São dois momentos distintos. O lado que abre o disco é de Dick Farney e seu conjunto, gravado, por certo, em estúdio, diferente do lado B com Brook Pittman, cuja a gravação é ao vivo no Auditório do Jornal Folha de São Paulo..
Começando bem a semana, vamos aqui apresentando este lp com grande Ary Barroso. Gravado nos anos 50, este é o volume 2 de um lançamento da Musidisc, selo e editora do músico Nilo Sérgio. Neste disco temos o compositor sendo interpretado por artistas como Orlando Silva, Horacina Corrêa, Nilo Sergio, Leal Brito e Rud Wharton. Por certo, fonogramas extraidos de gravações originais para discos de 78 rpm.
Hoje, passei a tarde ouvido este disco, Zé Maria, Seu Orgão (seu orgão é otimo!) e Seu Conjunto, em “Bossa & Balanço S/A”. Um discaço que, por certo, muita gente desconhece. Aliás, não somente este lps, mas tudo que conheço desse músico e seu conjunto. Música brasileira tipo exportação e isso é inegável, pois estilos como este são os mais visados por jd’s e colecionadores gringos. Muito balanço que faz a alegria em qualquer festa. Curiosamente, ainda é possível encontrar discos do Zé Maria em sebos e vendedores no Mercado Livre. Discoteca básica para qualquer colecionador ‘de responsa’…
“O Samba de Cartola”, eis aí um disco que a primeira vista, pelo título, pode nos enganar. Tem gente que há de pensar que é um disco com músicas do sambista Cartola. Outros, talvez, dirão o que o texto de contracapa nos fala, achar que se trata de um lp de sambas, mas com uma roupagem mais apropriada para agradar os pequenos burgueses em seus salões de festas. Aqui eles negam, mas, sem dúvida a intensão foi sofisticar o samba a partir de arranjos jazzisticos feitos pelo mestre K-Ximbinho. Nada contra, enquanto uma modernização da harmonia e dos arranjos, inclusive demonstra a versatilidade do samba e a genialidade de músicos como o K-Ximbinho. Mas não há como negar que o samba para chegar , por exemplo, no lendário Vougue, teve antes que se vestir a caráter e colocar a cartola. Mas isso é outra história. O certo, aqui, é que temos um disco musicalmente e instrumentalmente diferente do comum. Uma seleção de sambas clássicos com fortes influências da música americana daquela época, uma pegada jazzística que se por um lado causa espanto, por outro, uma grande surpresa que agrada facilmente o ouvido ‘culto’e estrangeiro. Um disco, acima de tudo, da melhor qualidade.
Mais uma vez temos aqui no Toque Musical a presença de Helena de Lima, uma das grandes cantoras da noite carioca e paulista. Iniciou sua carreira nos anos 40 atuando no rádio e ao longo dos anos gravou vários discos e também cantou nas famosas boates de Rio e São Paulo.
“Dentro da noite” é um lp de 10 polegadas lançado em 1956 pelo selo Continental, trazendo as tradicionais oito faixas, no caso aqui, oito sambas, então inéditos, de compositores como Vadico, Mário Rossi, Antonio Carlos Jobim, Cesar Siqueira, Paulo Soledade, Marino Pinto e outros. Este foi o primeiro lp da cantora que até então só havia gravado em 78 rpm…
Aqui temos um disco de dez polegadas dos anos 50 que foge do comum, dos discos de sambas, boleros e orquestras dançantes. “Obaluayê” é um autêntico disco de cunho folclório da cultura de origens africanas no Brasil. É um disco que registra a ação da Orquestra Afro-Brasiliera, criada nos anos 40 pelo músico e compositor autodidata Abigail Moura que buscava resgatar e valorizar a cultura negra e seus elementos ritualistas através de cantos e batuques, incorporando os intrumentos tradicionais africanos com agogôs, atabaques, urucungos e outros. A OAB foi uma orquestra que existiu no Rio de Janeiro e durou até 1970, quando então Abigail vio a falecer. Deixaram registrados dois discos, sendo este o primeiro, lançado em 1957 pelo selo Todamerica, talvez o mais autêntico. E em 68 teriam o segundo disco, um lp lançado pela CBS. Esses dois discos viram a ser relançados e curiosamente despertando, hoje, mais interesse que na época de seus lançamentos originais.
Encerrando este mês especial, de aniversário e coisa tal, cravamos no último dia um disco de samba de teleco-teco, ou seja, um tipo de samba muito específico, que, segundo os amigos mais cultos dirão que se trata de um samba requebrado, de repique com pausas e breques, samba para dançar no salão, base ideal para o que viria a ser a bossa nova.
Lançado no início dos anos 60, pelo selo Copacabana, com direção musical de Moacir Silva e arranjos e orquestração do maestro Pachequinho. “Sucessos no Teleco-Teco” é uma seleção de músicas consagradas da época, nem todas originalmente sambas, mas que segue nessa ‘vibe’, do teleco-teco
Nossa intérprete, a cantora Mara Silva, atuou por muitos anos nas boates da noite carioca, gravou seus primeiros discos a partir dos anos 50 e também participou de coletâneas. Até onde sabemos, este foi o seu único lp de 12 polegadas.
Pois é, chegamos enfim aos 17 anos de peleja fonomusical. Hoje, dia 30 de julho fechamos mais um ciclo. Quando olho para trás, vejo quanta coisa bacana a gente já viveu. E tudo começou meio que de brincadeira, sem a menor pretensão. As vezes penso em refazer muitas dessas postagens, pois sei que além de muitos erros, ortográficos, históricos e de postura, acabamos não acompanhando as mudanças e migrando para outras plataformas e uma outra concepção. Sei que perdemos muito do nosso encanto, mas ainda assim temos uma fiel torcida e isso ajuda a manter a moral. Mesmo contando com a ajuda dos amigos cultos e ocultos, não é fácil ter uma dedicação diária e as vezes a gente não está muito com tempo ou com aquela inspiração para escrever. Fico imaginando o que pesam alguns pesquisadores musicais, gente dos livros e artigos, os verdadeiros críticos do assunto. Sei de alguns que adoram e tantos outros que envitam associar seus nomes a esse arremedo de um pasquim musical. Mas vejo que nosso maior mérito é a persistencia. Não é para qualquer um manter atividade como essa por tanto tempo. Neste sentido, creio que ainda vale a pena continuar. Vamos seguindo, até porque não dependemos de nada além da nossa própria vontade. E salve o Toque Musical! 👏👏👏
Nesses tempos de retorno da cultura do disco de vinil, o que não falta é malandro especulando encima do que eles entendem por ‘raridades’, principalmente e por conta do Discogs e mais ainda do Mercado Livre. Camarada tem um disco antigo e acha que está com um tesouro nas mãos. Longe eu de não acreditar em tesouros musicais… Sem dúvida para um colecionador, um amante do vinil e de múisca há discos que são mesmo um tesouro, mas isso não quer dizer que sua raridade se limita pelo fato de ser um único oferecido no mercado. Por exemplo, nunca entendi o porquê aquele disco horroroso, “Louco por você”, do Roberto Carlos tenha tantos idiotas pagando 5 ou até 10 mil reais num exemplar. Nada justifica, ou se justifica é apenas para um colecionador específico e mesmo assim tem que ser um louco para desembolsar essa nota preta. Mas acho que essa especulação toda se dá, não pelo disco em si, mas porque há nele uma possibilidade real de venda, uma espécie de ‘moeda de troca’. É algo parecido com uma obra de arte, onde o que está em jogo, na verdade não é exatamente a obra, mas sim a vaidade, o poder de compra e porque não dizer, o ‘eu tenho’. No caso dos discos, eu vejo que a coisa acontece assim, o camarada tem um disco antigo, entra no Mercado Livre, vê que não há outro igual à venda, vai então e coloca um preço bem alto. Logo em seguida, aparece outro vendedor e baseia seu preço em paridade com o primeiro. Assim nasce a cotação dos vendedores de discos, que em sua maioria não entendem nada do que é realmente uma raridade, muito menos de música. Daí é que surgem os preços abusivos, a lei dos especuladores. Quando vejo coisas como essas, me dá vontade de perguntar o porquê desse preço exorbitante. Mas depois entendo que para os expertos existem os idiotas. Ou, como dizem por aí, o que não falta nesse mundo é trouxa. Estou dizendo isso, muito por conta deste disco, que embora seja uma maravilha e até raro de se ver e ouvir, não vale o que estão cobrando por aí. Ou, mais ainda, o que um ‘experto’ pensa em conseguir por ele. Estou falando tudo isso porque acho lamentável o que se transformou o mercado do vinil hoje em dia. Nao posso negar também que indiretamente, o Toque Musical contribuiu para que coisas como essa acontecessem. Pois, muita coisa que ‘desenterramos’ e publicamos por aqui, o fizemos tratando como tesouros, raridades e sei que muita gente por aí se baseia em nossa opinião, ou toma como métrica. Já vimos isso acontecer com diversos discos e artistas aqui apresentados. Porém, se por um lado isso foi ruim, por outro foi bom, porque na ânsia de fazer um troco e dentro dessas cotações absurdas vão aparecendo mais exemplares e dependendo do disco a coisa cai de mil para cem, ou até menos. Sem falar no fato de que alguns desses discos acabam sendo relançados, aplacando um pouco a hegemonia daqueles que se achavam os donos da bola. Contudo, ainda há a máxima daqueles vaidosos, “mas o meu é original de época”… Bela merda! Como se os relançamentos não tivessem as qualidades do original. As vezes não tem mesmo, mas a questão aqui é somente uma, ou duas… soberba e vaidade. Esta minha crítica não é diretamente a este disco. Caberia a muitos outros publicados no TM. E se não o fiz em outro momento, foi mesmo por falta de tempo para sentar e escrever. Acho que fiquei um pouco indignado quando fui consultar “Neyde e Nancy – Distração Musical”, no Mercado Livre. Então, é com prazer que compartilho com aqueles que não poderiam ter o disco, sua versão digital. Assim, pelo menos, quem quiser pode conhecer e não apenas olhar na vitrine do inacessivel.
Eis que temos Neyde e Nancy, uma dupla de cantoras que nasceu aqui em Minas Gerais, cantando nas rádios da capital. Se destacaram representado a música regional mineira num concurso musical de cunho folclórico, na Argentina. Daí, seguiriam uma carreira profissional ainda maior quando passaram a se apresentar na gigante Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Toda essa história é contada na contracapa deste lp e que vocês poderão certamente ler com mais facilidade no arquivo que compartilhamos em nosso GTM (Grupo do Toque Musical) e também ouvir suas músicas, claro! O disco é mesmo muito interessante e não demora para que os mais expertos (que não sou eu) o publique no Youtube.
A propósito, para quem tem interesse neste lp, vai encontrar por um preço honesto na Acervos Discos, da Savassi, aqui em ‘Belzonte’. 😁
Para mim, para nós, é com disse Paulo Cesar Pinheiro naquela canção, “o importante é que nossa emoção sobreviva”. O importante é compartilhar as emoções. A vida é curta, então curta… ✌
Nesses dias de aniversário do Toque Musical, quem faz a trilha aqui são as mulheres e não só cantoras, compositoras e intérpretes, também as instrumentistas. E nesta, vamos hoje trazendo a maravilhosa Rosinha de Valença em um disco que soa até um pouco diferente entre outros que ela gravou. “Ipanema Beat” tem suas singularidades… Ao contrário dos demais, aqui ela deixou de lado o violão acústico e abraçou a “Belinha”, sua guitarra elétrica Gibson. Se reuniu com outros músicos internacionais formando o grupo Ipanema Beat e gravou em Johnnesburg, na Africa do Sul. O disco foi lançado no Brasil em 1970 e traz um repertório, por certo, também internacional com uma pegada bem jazzistica, uma sonoridade bem sessentista onde se destaca os teclados do músico Ducan Mackay, a la Brian Auger. Instrumental gostoso de se ouvir da primeira a última faixa. Bão demais, eu garanto! 🙂
Há tempos fiquei de postar aqui este disco da cantora e compositora paulista Tuca (Valeniza Zagni da Silva). “Meu eu” foi seu primeiro lp, gravado no final de 65 e lançado em 1966 pelo selo Chantecler, com arranjos e regências dos maestros Erlon Chaves, Francisco Moraes e Renato Mendes. Um disco muito bacana que merecia uma reedição. Aliás, não apenas este, mas também seus dois outros trabalhos lançados em 68 e 74. Em 1971 ela também participou do disco da cantora francesa Françoise Hardy, onde boa parte das composições eram suas, “La Question”, o nome do lp, foi também lançado no Brasil pela Som Livre. Infelizmente, Tuca veio a falecer em 1978 por conta de uma dieta radical que fez para emagrecer.
Uma das grandes cantoras do rádio, a mineira, Zezé Gonzada, dona de uma da mais bonitas vozes, não poderia falta aqui no Toque Musical e no mês de nosso aniversário. Para tanto, escolhemos dela este lp pela Continental, de 1964 e que reúne todos os seus discos de 78 rpm lançados anteriormente nessa gravadora. Sem dúvida, um álbum que não pode faltar em nossas fileiras. Confiram…
Depois de uma Luisa portuguesa, que tal uma Luiza brasileira? Por certo, não há o que comparar, até mesmo porque uma é com S e outra é com Z. Na verdade, são coisas bem distintas, gêneros diferentes, cada uma em seu lugar. Aproveitamos mesmo foi só para dar ter um gancho…
Esta é Luiza, cantora mineira e se não estamos enganados, de Belo Horizonte… Há pouco tempo atrás publicamos aqui um outro disco dela, um compacto. E agora vamos com o lp, também mencionado na postagem anterior. Replicando… Luiza, que surgiu nos anos 60 como uma revelação da Bossa Nova. Gravou em 64 este seu primeiro e único lp, um disco hoje consagrado, raro e que só a alguns anos atrás recebeu uma reedição em cd. O que fez o disco ser especial, além de sua belíssima voz e estampa foi o fato de ter sido nele que aparece uma primeira parceria de Dori Caummi e Edu Lobo. O disco é recheado de compositores bossanovistas e dele participam vários, entre esses, Milton Nascimento e Wagner Tiso, em início de carreira. Para dourar mais a coisa, temos também a participação, arranjos e regências do maestro Moacir Santos. Daí se vê que Luiza estava com a bola toda. Embora vivendo intensamente as transformações musicais da época, tendo seu apartamento sempre bem frequentado por outros artistas, assim como Nara Leão, em seu apartamento, Luiza acabou seguindo carreira no magistério, se tornando professora, casou e foi ser dona de casa…
Na sequencia fonomusical temos para hoje a cantora portuguesa Luísa Salgado que aportou no Brasil no início dos anos 60 para uma longa temporada, se apresentando em casas de shows de São Paulo e Rio de Janeiro, conseguindo na época um notável sucesso. Ao que se sabe, gravou dois discos pelo selo Philips, aqui no Brasil. E como quase toda cantora portuguesa da época, Luísa cantava fado. Aliás, na ‘terrinha’ ela é conhecida como fadista. Mas para gravar por aqui, teve que incluir outros ritmos como o bolero, canções romanticas e até samba canção. Este, como o próprio título já sugere, foi seu segundo lp.
Agora há pouco, quando preparava esta postagem, tentei entrar na versão blogger.com, onde inicio como postagem principal (Galeria de Postagens do Toque Musical) e levei um baita susto, pois o blog não abriu. Mostrou uma mensagem típica de quando é deletado. Achei que tivessem bloqueado essa minha conta. Se isso acontecesse seria um caos, uma perda irreparável para mim e para vocês, amigos cultos e ocultos. Porém, mexendo daqui e dali consegui acessá-lo por dentro, possibilitando criar esta postagem. Contudo, não há acesso ao blog no ambiente público, pelo menos até este momento. Espero que seja apenas uma instabilidade, pois se não conseguir acessá-lo, não tenho como fazer um backup para a versão WordPress (www.toque-musicall.com), que é a mais conhecida e visitada. Daí, só conseguirei fazer essa e outras publicações quando a coisa voltar ao normal. Espero que seja só um mal funcionamento. Tomara…
Assim, vou seguindo e já deixando pronta a publicação do dia. Temos desta vez um disco do selo Copacabana, safra 1963, trazendo o grupo vocal, Os Rouxinóis, acompanhados pelo maestro Pachequinho e sua orquestra. Um lp bacana com repertório de sucessos nacionais e internacionais que por certo irá agradar a muitos por aqui. Confiram o arquivo completo no GTM, (Grupo do Toque Musical).
No mês de aniversário do nosso Toque Musical vamos buscando trazer alguns discos realmente interessantes. Aqui, mais uma raridade que você, colecionador não pode perder e que por certo irá encontrar na Acervos, uma excelente loja de discos de Belo Horizonte (Acervos, da Savassi, ok?), Dalila, uma excelente cantora gaúcha que surgiu nos anos 60 a partir de um programa da TV Record, de São Paulo, chamado “Um cantor por um milhão”, no qual ela, merecidamente, foi escolhida como melhor intérprete. Como prêmio, ela ganhou um milhão de cruzeiros e a gravação de um lp, no caso, este que agora apresentamos. Foi assim o começo de uma grande carreira que mais tarde a levaria a um plano ainda mais alto, como artista internacional. Durante os anos 60 ela gravou outros discos, participou ao lado de outros grandes artistas em diferentes projetos, carnavais e festivais. Em 65 gravou outro ótimo lp pela Polydor. Já nos anos 70 viajou para a Europa representando a música brasileira, o samba, em diversos espetáculos de sucesso e por lá ficou. Mudou-se para a Suécia se tornando uma artista mais conhecida por lá do que aqui, no Brasil. Infelizmente, em 2004 ela veio a falecer, encerrando de vez uma gloriosa carreira, sendo enterrada na Suécia. A propósito, seu nome verdadeiro era Glória.
Quanto a este disco, não é preciso nem falar, uma beleza, assim como a própria capa. Discaço! Imperdível, diga-se de passagem…
Temos hoje mais uma cantora. Na verdade, mais do que cantora, Sônia Dutra, a ‘Miss Vasco da Gama” no início dos anos 60, mulher de uma estonteante beleza que se consagrou como atriz do cinema, teatro e televisão. Muitos hão de se lembrar dela. Também foi cantora. Gravou alguns compactos e este único lp, lançado pelo selo mineiro Bemol. Como boa parte dos trabalhos desta gravadora, este é um disco raro de se encontrar por aí e talvez uma das produções mais originais. Lançado no final dos anos 60, foi um disco dirigido por Evaldo Gouveia, com arranjos e orquestração do maestro Renato de Oliveira. O repertório romântico apresenta músicas de compositores consagrados, sendo em sua maioria da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim.
Nesta semana estou postando alguns discos que peguei emprestado como o amigo Márcio, dono da melhor loja de discos de Belo Horizonte, a Acervos, que fica na Savassi. Lá eles tem uma infinidade de discos interessantes, muita coisa antiga e rara para atender o mais diferente gosto musical, rock, jazz, pop, importados, velhos e novos. Mas meu foco são os discos antigos, os raros, obscuros e curiosos da discografia brasileira que cabem tão bem em nosso Toque Musical. Você que é colecionador e busca por essas raridades, estando em BH, não deixe de passar por lá. Vai nadar de braçada, como diz o outro 🙂
Então, para hoje, vamos com a cantora Vera Lúcia em seu terceiro lp pelo selo Philips. Os dois primeiros pelo mesmo selo já foram apresentados aqui. E mais uma vez temos a cantora nos deliciando com sua voz e um repertório sempre de qualidade. Este disco não é novidade para os seguidores de blogs musicais, mas certamente é aqui que ele encontra sua ‘morada’, visto que em outras ‘praças’ só restou a estampa. Confiram no GTM, pois os links por lá tem prazo curto, geralmente com uma validade de seis meses a um ano. Mas sempre há como solicitar no TM uma reposição exclusiva. Afinal, quem não chora não mama, não é mesmo?
E aqui vamos nós nessa verdadeira colcha de retalhos musicais. Cada dia uma surpresa, como um dropes misto de vários sabores. Falou em curiosidades e raridades fonomusicais, é aqui mesmo 🙂
Desta vez temos um lp dos mais interessantes, raro e curioso. O ‘raro e curioso’ se dá por conta dessa primeira edição, lançada pelo selo Continental, onde temos esta capa que hoje em dia seria algo apelativo ou politicamente incorreto. Não é atoa que em outras reedições dos mesmos fonogramas, lançados em décadas seguintes, essa capa com duas crianças se beijando na boca, foi substituída por rosas e pôr de sol. Quanto ao conteúdo musical, não há de se negar, é realmente muito bom, uma seleção de guarânias e rasqueados sul-matogrossense. Boa parte composições de Nhô Pai (João Alves dos Santos), sendo “Beijinho doce” seu sucesso mais conhecido e que ganhou fama nas vozes de Maria de Jesus Castro e Lourdes Amaral Castro, as Irmãs Castro, dupla de cantoras e compositoras de música regional e sertaneja que iniciaram carreira ainda na década de 40. Este lp reúne seus maiores sucessos, sendo o primeiro lp de 12 polegadas da dupla.
Hoje, nosso ouvido é puramente instrumental, ou seja, da boa música instrumental produzida no Brasil nos anos 80. Aqui temos A Divina Increnca, grupo formado pelos músicos Azael Rodrigues, Felix Wagner e Rodolfo Stroeter. Um trabalho dos mais interessantes produzidos naquele início dos anos 80. Gravado numa sentada só e em apenas dois dias (e em dois canais) Claus num pequeno estúdio, O JV, de Vicente Salvia e também na Sala Guimoar Novaes, por conta do piano que não cabia no JV. Participam também do disco o saxofonista Mauro Senise e o flautista Claus Petersen. Música instrumental contemporânea para ouvidos treinados, um ‘free jazz’ bem inspirado. Este disco chegou a ser relançado no formato cd, remasterizado pelo Lelo Nazário. A Divina Increnca, infelizmente não durou mais que um ano, sendo este o único trabalho coletivo realizado por esses músicos.
Hoje é dia 17 de julho. Pessoalmente, não gosto muito desse número não, pois, mesmo sem querer nos remete a uma besta, talvez até mais nociva que a 666. Porém, 17 é também a idade do nosso blog Toque Musical que se completa agora no dia 30 de julho. Estamos fazendo 17 anos e eu que não acreditava que chegaríamos a 7, estamos aí deixando para trás muitos outros blogs que como o TM ajudaram a desenterrar a fonografia brasileira. Muito por conta desse número, não estamos fazendo festa, mas continuamos embalando a festa dentro de cada um que nos visita, nossos amigos cultos e ocultos, como dizíamos antigamente. E nessa, vamos trazendo muitos títulos/discos que se tornaram órfãos desses outros falecidos blogs musicais.
Aqui temos um lp que é realmente uma joinha, superestimado, diga-se de passagem, principalmente por conta de especuladores, vendedores de discos que chegam ao desplante de oferecer um exemplar com este por mais de 4 mil reais (por certo, deve ser um disco de ouro, ou coisa assim). A Turma do Bom Balanço é mesmo um disco bacana por conta de um time de músicos de primeiríssima linha, como se pode ver no texto de contracapa e também pelo fino repertório que não deixa nada a desejar. É uma raridade? Sim. Mas só dois tipos de gente pagaria esse valor, colecionadores vaidosos endinheirados, ou endinheirados vaidosos que se acham colecionadores. Tem nêgo pagando caro só para sair bem na foto em suas redes sociais. Mas tá valendo…