Boa noite, amigos cultos e ocultos! Olha mais uma boa curiosidade fonomusical, não sei se alguém se lembra desse grupo, Os Impossíveis San-Papas, grupo criando no início dos anos 70 e cuja a proposta era ser um conjunto de ‘covers’, mesclando músicas nacionais e internacionais, sucessos daqueles momentos. Pelo que sei este grupo gravou apenas dois discos, sendo este o primeiro. Lançado pela Copacabana, foi uma produção de Nazareno de Brito e sob direção artística do maestro Leo Peracchi. Diversão garantida, confiram no GTM…
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Um dos eventos musicais mais tradicional em Minas Gerais, que creio eu, ainda existe é o “Minas ao Luar”, promovido pelo Sesc/MG. Trata-se de um projeto musical itinerante, que periodicamente percorria várias cidades mineiras levando grupos de artistas seresteiros para apresentações em praças públicas. Em Belo Horizonte eu tive a oportunidade de assistir vários e são realmente muito animados. Em 1988 os produtores lançaram este lp, reunindo alguns de seus mais expressivos artistas e apresentando um repertório tradicional, bem conhecido do grande público. Quem gosta de seresta e serenatas, não pode perder esse toque musical. Confiram no GTM….
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Temos hoje para o nosso toque musical mais um artista mineiro, o qual merece nosso destaque. Estou falando do Irineu, ou como hoje em dia assume, Irineu de Palmira. Músico nascido em Belo Horizonte, também cantor e compositor. Iniciou sua carreira nos anos 70 participando de eventos culturais e em diversos festivais de música, onde sempre se destacou como compositor, arranjador ou intérprete. Ganhou vários festivais, o que acabou levando-o para trabalhar em São Paulo, onde então a sua carreira ganhou força. Trabalhou como instrumentista e cantor na banda da casa noturna de Oswaldo Sargentelli. Aliás, foi tocando na noite que ele ganhou prestigio, ao lado de grandes nomes como Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Hector Costita, Carmen Costa, Wilson Simonal e muitos outros. Fez trilhas para teatro e tv. Também como compositor tem músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Continua sempre muito ativo e recentemente vi ele numa live, no Facebook. Acredito que tenha lançado novos trabalhos, pois este foi o seu disco de estreia, um trabalho que começou a se gravado em 1988 e finalizado em 91, quando então foi lançado, em produção independente. Um disco praticamente todo autoral, mas tendo também o clássico de nosso cancioneiro, “Maringá”, de Joubert de Carvalho. O disco tem a produção musical de Kapenga, do grupo Bendegó, que também participa do trabalho juntamente com grandes nomes como Gereba, Papete, Duda Neves e outros… Não deixem de conferir no GTM…
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Para essa nossa terça feira eu trago um disquinho de 10 polegadas que é uma beleza. Temos aqui Canhoto e seu Regional. Frederico Tramontano, mais conhecido como Canhoto do Cavaquinho foi integrante do conjunto de Benedito Lacerda, no início dos anos 50. E é justamente deste grupo que nasce o seu Regional, formado pelos violonistas Horondino Silva e Jayme Florence, Orlando Silveira no acordeon, Carlos Poyares na flauta e Jorge Silva no pandeiro. Com essa mesma formação Canhoto estreia o programa “Noites Brasileiras”, fazendo muito sucesso na rádio Mayrink Veiga. Este disco nos apresenta exatamente um pouco do repertório que se ouvia na rádio nas noites de sexta-feira. Temos aqui os chorinhos, valsas, sambas e maxixes. E para essa gravação Canhoto e seu regional contaram com a participação de outros músicos e entre os quais, o Pedro (Sorongo) Santos, no ganzá. Está aí um disco precioso que a gente não pode deixar passar em branco. Vamos conferir no GTM…
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Nesta semana estive separando e selecionando uns discos para nossas próximas postagens. Entre esses estava este disco do cantor e compositor mineiro Luizinho Lopes. Confesso que só conhecia este artista apenas pelo nome, nunca tinha ouvido nada dele. Mas que grata surpresa tive eu ao ouvi-lo. Sinceramente, superou as minhas expectativas. Belíssimo disco. Composições de uma beleza singular, ou por outra, muito original. É bom descobrir artistas assim, cuja a obra tem uma identidade própria. Boas letras, boas composições, bons arranjos, enfim, um trabalho exemplar. “Nem tudo que nasce é novo” foi o primeiro disco deste artista, que até onde sei é da cidade de Pirapora (MG), mas reside em Juiz de Fora. O álbum foi gravado em São Paulo e lançado em 1990, uma produção independente na qual o nosso artista vem acompanhado por um time de excelentes músicos, mineiros e paulistas. Sua produção seguiu aquele esquema que hoje em dia chamam de ‘crowfunding’, ou seja, as pessoas compram antecipada a obra ainda a ser produzida e lançada. Isso também é um indicativo de que se trata de uma edição limitada e como todo disco independente e de boa qualidade, hoje já se tornou item raro e caro para colecionadores de vinil. Luizinho Lopes, como disse, foi uma grande surpresa e já estou antenado para outros trabalhos que lançou. Aí está um artista que vale a pena a gente conhecer. Que tal começar por este lá no GTM?
Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Cá estamos neste domingo trazendo para vocês, “Dançando com o sucesso”, segundo lp do pernambucano Heraldo do Monte. Escolhei este disco (herança blogueira) muito por conta do Quarteto Novo, disco que havia postado dias atrás. Aqui temos este mestre das cordas, instrumentista, arranjador e compositor que inicia sua carreira, ao vir para São Paulo, tocando ao lado de Walter Wanderley e Dick Farney, em seus respectivos grupos. A partir de 60 grava seu primeiro disco e dá sequencia a uma brilhante e premiada carreira. Torna-se um dos grande instrumentistas brasileiros, reconhecido internacionalmente. Fez parte do Trio Novo, ao lado de Airto Moreira e Theo de Barros, grupo que viraria quarto com a entrada de Hermeto Pascoal e daí, em 67 viria o discaço o qual postamos aqui. Mas enfim, Heraldo do Monte é um artista consagrado e dele já publicamos outras coisas aqui e agora trazemos este lp que reúne uma seleção de músicas dançantes, sucessos nacionais e internacionais daquele início dos anos 60. Com direito também a corinho. Disquinho bem agradável que vocês precisam ouvir. Confiram no GTM…
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com o samba. Temos aqui uma coletânea de primeiríssima qualidade produzida pela RCA em 1973, reunindo um exemplar grupo de sambas e sambistas de tirar o chapéu. Como se pode ver logo pela capa, temos Candeia, Cartola, Zé Keti, Elton Medeiros, Jorge Veiga, Martinho da Vila e Os Originais do Samba, Adalto Santos, Noel Rosa de Oliveira, Gilberto Alves, Déo e Geraldo Babão. São doze sambas inesquecíveis, confiram…
filosofia do samba – candeia
a voz do morro – zé keti
quatro crioulos – elton medeiros
viola de maçaranduba – geraldo babão
vem chegando a madrugada – noel rosa de oliveira
vou te abandonar – jorge veiga
lá em mangueira – martinho da vila e os originais do samba
Bom dia todos, amigos cultos e ocultos! Sempre em busca de alguma coisa diferente para postar aqui, desta vez eu achei este lp, produção mineira, disco lançado pela Bemol, supostamente lançado no final dos anos 60, ou início dos 70. Infelizmente os disco da Bemol nunca traziam data de lançamento, uma pena. Mas, enfim, trata-se de uma coletânea, uma seleção de cantores e compositores de Minas Gerais. Um disco feito pelo Lions Clube da cidade de Patos de Minas que na época bancou essa produção e como diz o texto de contracapa, “transformou em realidade o sonho de alguns compositores e o devaneio de alguns cantores.” Há de lembrar ainda que nossos cantores são acompanhados pelo cavaquinista Waldir Silva e pelo conjunto Os Rebeldes. Enfim, é um disco interessante, pelo menos pela curiosidade que desperta. Querem conhecer? Chega lá no GTM 🙂
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aproveitando as heranças blogueiras, aqui temos um disco, entre muitos que nos foi enviados, discos que já tiveram o seu momento em outros blogs e agora aqui se completam e perpetuam enquanto este toque durar. Temos aqui um disco do cantor e compositor Geraldo Espíndola, irmão das cantoras Tetê e Alzira Espíndola. Neste lp ele marca seus então vinte anos de carreira apresentando algumas de suas obras mais conhecidas. Sem dúvida, um disco especial que merece ser ouvido de cabo a rabo. Produção independente da melhor qualidade. Não deixem de conferir no GTM…
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! O mês das festas juninas já passou. Aliás, neste ano, nem rolou por conta da pandemia. Também não tivemos manifestações por aqui como fazemos tradicionalmente. Na verdade, a coisa anda tão ruim que a gente não tem mais nem tesão para comemorar. Mas, independente de qualquer coisa, aqui estamos nós e trazendo justamente um disco de festa junina. Temos aqui este maravilhoso exemplar, disquinho de 10 polegadas lançado pelo selo Copacabana, em 1955. Trata-se de uma coletânea reunindo artistas da casa como, Orlando Silveira, Roberto Silva, Black-Out, Alencar Terra, Jorge Goulart e Jorge Veiga. Um disquinho bem legal que vocês encontram aqui no GTM…
Boa noite, companheiros, amigos cultos e ocultos! Depois dos 6 de Samba, vamos agora com os 3 do Rio. Taí, um grupo vocal/instrumental dos mais interessantes surgidos nos anos 60. Eles foram um dos mais importantes grupos de bailes que atuaram pelo Brasil nas décadas de 60 e 70. Curiosamente, embora se chamasse 3 do Rio, eles na verdade eram de São Paulo. Quem foi jovem nos anos 60 e 70 em São Paulo há de se lembrar desse trio. Um grupo de multi-instrumentistas que sabiam fazer o espetáculo. Se apresentaram por muitos anos fora do país, depois, nos anos 70, de volta ao Brasil se tornaram um dos grupos mais requisitados de bailes, clubes e até cruzeiros em navios. Acredito que este tenha sido o primeiro disco deles, muito embora eu desconheça qualquer outro trabalho fonográfico que tenham realizado. Pelo pouco que pude recolher de informações, os 3 do Rio seguiram carreira até os anos 70. Trabalharam também com jingles e entre esses, um famoso foi aquele do banco Bamerindus (“O tempo passa, o tempo voa… e a poupança Bamerindus continua numa boa…”). Muitos aqui hão de lembrar. Pois é, não deixem de conferir, os 3 do Rio. E como se pode ver pela contracapa, o repertório é supimpa! 🙂
Digam aí, amiguinhos cultos e ocultos, tudo bem? Aqui estamos, desta vez trazendo o cantor e compositor paraense Vital Lima. Nós já o apresentamos aqui em outra ocasião, em disco com o parceiro, outro grande artista paraense, o Nilson Chaves. Agora temos o prazer de trazer o segundo trabalho solo dele, gravado em 1980, pelo selo Tapecar. Um disco realmente muito bonito e que, com certeza, irá agradar. Chega junto no GTM…
Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje estava eu pesquisando algumas coisas no You Tube, quando me deparei com uma velha trilha de um velho e célebre programa de humor da tv brasileira, o “Chico City”, comandado pelo genial Chico Anísio. Foi daí que me lembrei que eu tenho o disquinho e para não perder tempo já estou postando ele aqui para vocês. Trata-se de um compacto simples no qual temos a música de abertura do programa, que era “Isso é muito bom” e “É domingo, é domingo”, as duas composições de Chico Anísio e seu eterno parceiro Arnaud Rodrigues. Quem interpreta as músicas é a dupla Kris e Cristina que antes já havia gravado outro tema de abertura de novela. Ao que parece, ficaram apenas nesses sucessos de tv, por certo seguiram por outros caminhos. Mas, enfim, o disquinho está aí, pra gente lembrar um pouco dos velhos tempos. Confiram no GTM…
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Para quem gosta de Demônios da Garoa, eis aqui um grupo bem parecido. Aliás, oriundo da mesma São Paulo e também parte da história do samba paulista. Este grupo, 6 de Samba surgiu na cena do samba paulista seguindo as mesmas trilhas do consagrado grupo Os Demônios da Garôa, tanto na escolha de repertório quanto no estilo. O disco não poderia deixar de ser bom, com muita música de compositores como Ivan Pires, Doca e Adoniran Barbosa. Ao que se sabe este grupo só gravou este disco. Vale a pena conhecer…
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Após mais de uma década postando diariamente um disco, chega uma hora em que a gente perde um pouco a noção do que já foi publicado e também o que não foi. Entre os muitos que ainda não postei, eis aqui essa joinha, este disco que é simplesmente maravilhoso e que, claro, não poderia faltar aqui em nosso acervo. Finalmente, chegou a vez dele, o Quarteto Novo! E para quem não o conhece, vamos lá… O Quarteto Novo foi um conjunto de música instrumental formado em 1966, em São Paulo. Inicialmente, como um trio, o Trio Novo, concebido para acompanhar o cantor e compositor Geraldo Vandré em gravações e apresentações. Inclusive estão presentes no belíssimo “Canto Geral”. O trio era formado, nada mais, nada menos, por Theo de Barros (contrabaixo e violão), Airto Moreira (bateria e percussão) e Heraldo do Monte (viola e guitarra). Mas logo viria o quarto elemento, Hermeto Pascoal, incrementando o grupo com uma flauta.. Estava formado o super grupo, o Quarteto Novo. E foi logo aí, em 67 que ele gravou pela Odeon este disco que hoje é uma das mais bonitas obras da música instrumental brasileira. Um disco realmente e literalmente único e na minha concepção, um trabalho que merecia maior atenção e divulgação. Nunca voltou a ser reeditado a não ser em 1973 e já com uma outra capa. Se tornou um disco raro, cobiçado por colecionadores e principalmente para negociantes que hoje veem no comércio do vinil uma excelente fonte de renda. Infelizmente, o quarteto não durou muito tempo, em 69 ele se desfez. Cada um de seus membros já tinha lá um caminho a seguir. Este álbum também se tornou cobiçado por conta do interesse internacional, estava ali pela primeira vez um disco de música instrumental brasileira com elementos da música regional nordestina. Um disco instigante, sofisticado e com arranjos cuja sonoridade tem influenciado compositores de várias partes do mundo. Taí uma razão pela qual este lp não poderia nos faltar. Por certo, boa parte do nosso público amigo, culto o oculto, já deve conhecer. Mas, o que é bom a gente sempre quer de novo, ainda mais esse Quarteto Novo, não é mesmo? Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Entre os muitos ‘discos de gaveta’, aqueles que já estão prontos, esperando a vez, tenho este do músico, compositor e instrumentista Júlio Costa que sempre esteve a um passo de ser publicado aqui no Toque Musical. O que faltou, ou que ainda falta são informações sobre o artista. Caramba, tem discos/artistas que até hoje você não encontra nada sobre eles na rede! Incrível isso, visto que não se trata de algo tão antigo ou tão oculto assim. Parece que nosso artista não fez muita questão de divulgar melhor esse seu trabalho. Oque é uma pena, pois o disco é muito bonito, praticamente, quase todo pautado no instrumental e trazendo um time de músicos de primeira linha. O disco é uma produção independente, o que justifica talvez uma divulgação limitada. Seja como for, acho que vale a pena conhecer e ouvir. Confiram no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com Flávio Carvalho. Cantor e compositor paulista, conhecido também como ‘Flávio Chão de Estrelas’, por conta do programa de TV, no qual foi (ou é ainda) o apresentador. Aliás, Flávio Carvalho também apresentava um programa na TV Gazeta, ao lado de Helô Pinheiro. Flávio começou sua carreira a partir da década de 70. Teve sua música “Nada na cuca” como tema da novela “Um dia, o amor”, da antiga TV Tupi, em 1975 e que lhe rendeu o prémio Globo de Ouro. Trabalhou também na criação de trilhas sonoras e jingles. O artista, ao longo de sua carreira já gravou uns dez discos, sendo os primeiros na fase do vinil. O disco que apresentamos foi seu primeiro lp, lançado de forma independente, em 1980. Sem dúvida, um disco muito bonito e bem produzido e pelo fato de ser independente torna-se raro, difícil de se ver e ouvir por aí. Vale a pena conferir…
Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Dando sequencia a nossa mostra musical religiosa, eu trago agora este curioso lp, lançado pela RCA Victor, possivelmente no final dos anos 50, “O Senhor é o meu pastor”. Aqui encontramos o organista Júlio de Oliveira em dueto com a soprano Débora Bastos. Conforme nos mostra o texto de contracapa Júlio e Débora são irmãos e juntos transformaram Salmos da Bíblia em música. Ou seja, inspirado em passagens bíblicas, Júlio de Oliveira compõe as músicas e Débora Bastos o acompanha com seu canto lírico. É um disco bonito e como outros do gênero, raro. Vale a pena conhecer. Confira no GTM…
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Entre os discos de cunho religioso, outros que não podem faltar são os de pontos de Umbanda afinal, muitos de seus elementos estão presentes também na nossa música popular. Aqui temos um bom exemplo, “Alelua Umbanda”, disco lançado em 1974 pelo selo AMC/Beverly, da Copacabana. Nele vamos encontrar uma coletânea de pontos de Umbanda tradicionais, de autores como J. B. de Carvalho, de domínio público e também os novos pontos de autoria de Ismael Rangel, ‘ogan’ do terreiro de Pai Élcio do Oxalá. Confiram no GTM…
louvação a oxalá – abaluaê – oxum da cachoeira – oxum dos rios – oxum pureza
louvação aos caboclos – saravá caboclo – linda cabocla
suará
pai xangô – livro de xangô – gino da cobra coral
inhasã do cabelo louro – inhasã menina – moça bonita
rainha do mar
atraca atraca – cacurucaia de umbanda
três estrelas – festa no abaçá
velho de angola – rosário sagrado – cachimbo do velho
‘seu’ sete encruzilhada – exú da ventania – morada de exú
cavaleiro da alvorada – clarim na lua – cavaleiro do céu
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! O TM apresenta mais um disco de música religiosa, mais precisamente de música católica. É “Quando canta o coração”, gravado pelo coral das Missionárias de Jesus Crucificado em 1964. Ao ouvirmos as doze faixas deste disco, percebemos que as Missionárias já faziam um trabalho musical precursor ao dos padres cantores, tipo Marcelo Rossi, Fábio de Melo e Reginaldo Mazzotti. E podemos ouvir louvores a Deus em ritmos variados, como samba-canção, twist, bolero e bossa nova. Tudo devidamente abrilhantado pelos arranjos de Pachequinho, que não é outro senão o maestro Diogo Pacheco. Só este detalhe credencia o disco, repleto de belas mensagens musicais, para católicos ou não. É mais um trabalho bastante interessante, merecedor de nosso Toque Musical. É ir ao GTM e conferir.
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Eu havia pensado em intercalar essas postagens de discos de cunho religioso com os outros comuns, de forma a não ficarmos uma semana inteira só na base da louvação, mas, como dizem, ajoelhou tem que rezar. Melhor mesmo vai ser postar todos de uma vez, cada um por dia. Vamos aproveitar e rezar um pouquinho e espantar esses maus espíritos que estão destruindo o Brasil, quem sabe assim a gente melhora, né?
Pois bem, temos hoje um disco na linha Espírita, o Evangelho cantado a luz do Espiritismo, lançado pelo selo Caritas, com a interpretação do Coral das Meninas do Lar Espírita Ercília Vasconcelos. Este disco foi lançado nos anos 60 e é uma sequência de um primeiro disco. Infelizmente, não consegui encontrar a data de seus lançamentos, mas sei que em 2011 os dois volumes foram relançados em um cd. Aqui, infelizmente, só terei o volume 2. Este disco, foi uma produção do maestro e médio paranaense Álvaro Holzmann, sendo sua filha, Alvacélia Holzmann a regente do coral. As músicas desse repertório, segundo contam, eram recebidas da espiritualidade por Álvaro Holzmann que as direcionava para o Evangelho criando temas que se destinavam a evangelização infantil e que foram usadas nas escolas das casas espíritas, em especial na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Confiram no GTM…
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece a vocês hoje mais um disco de música religiosa, para ser mais exato, de música sacra. Nele temos uma obra de Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5/3/1887-idem, 17/11/1959), o compositor sul-americano mais conhecido de todos os tempos. É a “Missa São Sebastião”, composta em 1937 e apresentada pela primeira vez ao público em 13 de novembro do mesmo ano, sob a regência do autor. Em disco, no entanto, só apareceria em 1968, por iniciativa da marca Festa, de Irineu Garcia. A interpretação, à capela (ou seja, sem acompanhamento instrumental), é da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro, sob a regência de sua fundadora e então diretora artística, Cleofe Person de Mattos (Rio de Janeiro, 17/12/1913-idem, 2/5/2002), também professora e musicóloga. A contracapa, escrita em português, inglês e espanhol, dá maiores detalhes sobre a peça. Portanto, este é mais um trabalho do mais alto nível que o TM nos apresenta hoje, interessante até mesmo para quem não aprecia música sacra. É ir até o GTM e conferir.
Prezados amigos cultos e ocultos, bom dia! Como eu havia anunciado na semana passada, estaremos publicando aqui alguns discos de músicas de cunho religioso. Discos que também merecem estar aqui no nosso Toque Musical, afinal foram poucas as vezes em que nos dedicamos a essas publicações. Vamos ver aqui discos de diferentes correntes religiosas: católicos, evangélicos, espíritas, umbandistas… enfim, sem preconceitos… Assim, temos hoje este disco do Grupo Semente, ligado as doutrinas evangélicas. O disco “Plantando a Semente foi lançado em 1982, através do selo Comev. Segundo informações a proposta do grupo era divulgar a Palavra de Deus por meio da música. Porém, devido a grande discriminação que havia por parte dos meios de comunicação (rádio e tv), eles optaram por gravar um disco seguindo caminhos diferentes, a começar pela escolha de uma gravadora. Ao contrário de muitos outros grupos musicais evangélicos, o Semente era um conjunto arrojado, com músicos competentes. Em seu repertório há samba, choro, canção e soul music. Um disco muito bem trabalhado e com belos arranjos, que foge e se difere de outros conjuntos da mesma linha. Em resumo, não é um disco chato e dirigido apenas par um público evangélico. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical apresenta o primeiro LP, em dez polegadas, de um dos maiores guitarristas que o Brasil já teve. Estamos falando de Nestor Campos. Batizado com o nome completo de Nestor Pereira Campos, ele nasceu em São Luiz do Paraitinga, no bairro dos Caetanos, em 6 de março de 1920, portanto há exatos cem anos. Em 1934, aos catorze anos de idade, mudou-se com a família para São Paulo, em busca de melhores oportunidades, e foi líder de um conjunto que fazia constantes apresentações em emissoras de rádio paulistas. Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital da República, onde profissionalizou-se como músico, sendo contratado pela lendária PRE-8, Rádio Nacional. Nos anos 1960, atuou como músico e arranjador de orquestras em Paris, capital da França. Gravou vários discos na Europa e compôs diversas músicas para o cinema francês. Em meados da década de 1970, mudou-se para Portugal, dando continuidade à carreira de músico. Casou-se e deixou três filhas, vindo a falecer no dia 22 de fevereiro de 1993, em Lisboa. Neste disco, lançado pela Musidisc em 1956 e apresentado como o primeiro de uma série, Nestor Campos mostra todo o seu virtuosismo como guitarrista, em faixas como “Arrivederci Roma”, “C’est la vie” e “Morena boca de ouro”, com direito até a uma composição própria, o samba “Dance e não se canse”. Nestor ainda gravaria mais dois álbuns pela Musidisc, “Boate”, ainda em dez polegadas, e “Bolero-mambo”. Este “Música da noite” é uma rara oportunidade de se apreciar o trabalho de um dos maiores e excepcionais talentos que o Brasil conheceu e esqueceu. É só ir até o GTM e conferir.
Bom dia, companheiros, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, marcando presença aqui no nosso Toque Musical, temos hoje o paulista Filó Machado, cantor, compositor, arranjador, instrumentista e produtor musical. Irmão de outro fera o violonista Celso Machado. Por aí já se tem ideia do tipo de artista que estamos falando. Embora sua trajetória profissional comece nos anos 60, somente em 1978 é que ele grava o seu primeiro lp, disco esse já apresentado aqui no TM. Agora trazemos o seu segundo trabalho solo, o disco “Origens”, lançado em 1983 pelo selo Pointer. Neste lp ele conta com a participação especial de Djavan e Léa Freire. Um trabalho totalmente autoral, sendo muitas das músicas em parcerias. Um autêntico álbum de musica popular brasileira de qualidade. Não dá para não gostar… Confiram no GTM.
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical oferece parcela do rico acervo regional gaúcho. Estamos apresentando para vocês um disco com as doze músicas classificadas da terceira edição do festival Ronco do Bugio, lançado pela Chantecler/Continental em 1988. O evento se realiza anualmente na cidade gaúcha de São Francisco de Paula (por certo não aconteceu este ano em virtude da pandemia de Covid 19), com o intuito de preservar e difundir o único ritmo originário do Rio Grande do Sul, ou seja, o “bugio”, compasso criado justamente no interior desse município. Tal criação se deu a partir da criatividade dos gaiteiros (sanfoneiros) serranos, que buscaram imitar, com seu instrumento musical, o ronco do primata nos matos da serra. A festividade é genuína, pois é a única da América onde, obrigatoriamente, os participantes devem utilizar apenas um ritmo, o citado “bugio”, embora a temática seja abrangente. Daí ser considerado o festival mais autêntico do Rio Grande do Sul. Além do forte enfoque cultural que envolve toda a comunidade musical gaúcha, o festival tem seu apelo ecológico, pois chama a atenção para a preservação da espécie, hoje quase em extinção. Nas doze faixas deste disco, o mais autêntico “bugio”, na interpretação de artistas típicos gaúchos. É ir ao GTM e conferir, tchê!
bugio do meu rincão – gonzaga dos reis e grupo
gaiteiros da serra – koko, emerson e grupo
de mala gaita e violão – grupo som campeiro
que viva o bugio – souzinha jr e grupo vozes do pago
oque é bugio – jaime ribeiro e os provincianos
bugio arisco – nelcy vargas e grupo
a voz do lugar – elton saldadnha e grupo
bugio da serra e da fronteira – itajaiba mattana e os nativos
Olá, amigos cultos e ocultos, bom dia! Entre tantas curiosidades ‘fonomusicais’ que temos postado aqui ao longo de todos esses anos, acho que poucas foram as vezes em que nos aventuramos na publicação de discos com temas religiosos. É certo que quando falamos em Religião, muita gente não dá atenção, principalmente quando se trata da religião dos outros. E realmente, discos de temas religiosos são um tanto enfadonhos e desinteressantes. Mas isso não é regra geral, há trabalhos que valem a pena conhecer, independente de qual religião a pessoa professe. Nos próximos dias vamos postar aqui alguns desses discos. Andei fazendo uma seleção que considero exemplar, discos que, por certo, não se escuta em qualquer praça. Daí, então, começamos com este disco do Coral Jovem de São Paulo, lançado em 1972, pelo selo Copacabana. Temos aqui um disco voltado para a juventude, seguindo as trilhas de movimentos cristãos daquela época, que acontecia em outras partes do mundo. Coisa que se originou ainda nos anos 60, nos Estados Unidos com ‘Jesus Movement’ e na sequencia com o ‘Children of God’ e depois o ‘The Family International’. Por certo, o nosso Coral Jovem de São Paulo segue por outra trilha, no caso a evangélica Batista, que a meu ver nada tem com o evangélico-baixo-clero de hoje em dia. O Coral Jovem de São Paulo, conforme descreve o texto da contracapa, é um conjunto informal formado por jovens batistas do Estado de São Paulo e regido pelo maestro/pastor americano Roger Cole. Os arranjos e a supervisão musical é do maestro Leo Peracchi. Curiosidade que irá agradar mesmo quem não é batista. Confiram…
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui com mais um toque musical, desta vez apresentando a cantora e compositora pernambucana Maria da Paz em seu primeiro disco, lançado em 1980 pela Copacabana. “Pássaro Carente” é um disco onde ela canta canções próprias e também músicas de compositores consagrados como Gordurinha, Gonzaguinha, Benito Di Paula e outros… Um disco de estreia, sem dúvida, muito bom. Elogiado pela crítica e com uma boa divulgação, o que rendeu a nossa artista o prémio revelação naquele ano de 1981. De lá pra cá Maria da Paz já gravou mais de uma dezena de disco, trabalhos realmente da melhor qualidade e que acredito, muitos não conhecem. Que tal começarmos por este primeiro? Então, confiram lá no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! O álbum que o Toque Musical apresenta hoje é um importante documento histórico. Chama-se “Primeiro recital de compositores goianos”, um lançamento independente, gravado ao vivo, em 1970, na Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis, município tombado como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1989. No repertório, foram incluídas peças de cunho erudito, com execução a cargo da Banda Phenix, dirigida por Braz Wilson Pompeu de Pina Filho e Jose J. Nascimento, e o disco ainda conta com a participação da solista Maria Augusta Calado e o coro da Matriz. Como se pode constatar, é um trabalho artístico do mais alto nível, além de raro, digno de merecer nosso Toque Musical. Não deixem de conferir no GTM.
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Mantendo a nossa velha e boa tradição, aqui vai mais uma raridade para o deleite de todos, ou, em especial, os amantes do violão. Por aqui sempre aparece algum violonista pedindo discos onde o violão é o instrumento de destaque. Então, aqui temos mais um, disco não-comercial, o que, por certo o faz ser quase um inédito. Sai dos limitados para a vitrine do nosso Toque Musical. Como podemos ver, trata-se do Festival Villa-Lobos, de 1980, onde aconteceu o II Concurso Internacional de Violão. A música brasileira, de grandes mestres desse instrumento, na interpretação de vários instrumentistas, nacionais e internacionais. Na contracapa vocês encontrarão mais informações sobre este disco, que realmente é uma joia. Confiram no GTM…
francisco mignone – estudo nº 8 – eduardo castañera
francisco mignone – estudos nº 6 e 12 – mara portela