Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aproveitando a ‘deixa’ do aniversário de 100 anos da nossa Elizeth Cardoso eu vou colocando aqui este compacto do selo Copacabana, lançado em 1973 e trazendo como o próprio nome diz, quatro sambas de sucesso nas vozes de Elizeth Cardoso, Adeilton Alves, Benito Di Paula e Noriel Vilela. Disquinho bacana que, por certo, vai agradar a todos. Confiram no GTM…
Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Hoje é um dia especial, pois nesta data de 16 de julho nascia Elizeth Cardoso e hoje ela estaria fazendo 100 anos. Vejam como o tempo passa e alguns artistas serão sempre lembrados. Elizeth Cardoso então, nem precisamos comentar, é chover no molhado. Grande dama da música popular brasileira! Com este bom pretexto trago assim mais dos excelentes discos da ‘Magnífica’. Este aqui, das melhores safras, “Falou e Disse”, de 1970. Um disco onde predominam os sambas de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro, mas também cabem João Nogueira, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Elton Medeiros e outras feras da nossa música popular brasileira. Disco nota dez! Confiram no GTM
Boa noite para todos, amigos cultos e ocultos! Cá estamos novamente na sintonia sertaneja. Hoje trazendo uma outra dupla bastante conhecida, para não dizer famosa, João Mineiro e Marciano. Eles começaram juntos nos anos 70, mas foi só a partir dos 80 é que eles ganham projeção. Nesse período a música sertaneja estava em alta e a dupla emplacou vários sucessos a partir de então. Tiveram, inclusive um programa na televisão. No início dos anos 90 eles acabaram se separando e cada um seguiu com outros projetos. João Mineiro formou outras duplas, mas em 2012 veio a falecer. Em 2019 foi a vez de Marciano. Ele gravaram uma dezena de discos. Aqui o oitavo disco e o primeiro pelo selo Copacabana. Confiram no GTM…
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Cá estamos nós para mais uma postagem diária. É, neste ano voltamos aos velhos hábitos, ou pelo menos pretendemos. E hoje eu trago para vocês um disquinho enviado pelo amigo Denys, rapaz talentoso que recupera áudio, recria as capas e selos com grande precisão. Temos aqui um raríssimo compacto triplo de 45 rpm, do genial Lupicínio Rodrigues, lançado em 1960 pelo selo Copacabana. Taí um disquinho que eu não conhecia e certamente muita gente por aqui também não. Mas eis que buscando no Google algumas informações sobre ele, acabei chegando numa página que nos traz um texto dos mais interessante, da jornalista e escritora (e querida) Janaína Azevedo Lopes, que caí como uma luva nessa nossa postagem: Em 29 de dezembro de 2015, apareceu no YouTube a reprodução na íntegra do extended play Bossa Velha, de Lupicínio Rodrigues, com data de 1960 e selo da Copacabana. É um álbum raro, do qual se encontra pouca informação na internet. Neste link do CollectorsFrenzy, por exemplo, sabemos que uma edição do disco foi objeto de um leilão, em 2014, ao preço de 102,51 dólares. Segundo o site, três apostas foram feitas. Além da raridade, outro aspecto que Bossa Velha traz é o próprio som, extremamente refinado, resultado de uma gravação impecável. A “bossa velha” de Lupicínio é um samba cadenciado, com toques de jazz e uma interpretação elegante da poesia do porto-alegrense. Em seis faixas, Lupi canta o cotidiano de seu relacionamento, faz pedidos e alertas à mulher, tanto melancólico quanto apaixonado, e irreverente ao ponto de soar ofensivo hoje em dia. O desenho da vida boêmia está lá, por exemplo, na letra de “Esta eu conheço”, que inicia aos versos de “mandei buscar minha mulher pra casa, apesar do seu mau proceder. Pra solucionar minha casa, sem mulher não posso viver”. Duas faixas depois, o gaúcho canta “Prova de amor”, que nada mais é do que exigir que a esposa cuide da casa enquanto ele trabalha: “Que vantagem tenho em possuir o seu amor se eu que trabalho com o frio e com o calor, quem ama faz sacrifício você pra mim nunca fez eu que pago as contas quando chega o fim do mês”. Mas Lupi também canta sua ternura com, e quando o faz, é com um lirismo tão belo quanto simples: “querer desfazer a minha mágoa é tentar abrir buraco na água” canta ele em “Pegador de bolinha”…
Olá amiguinhos cultos e ocultos. Aqui vamos nós ainda ao sabor das vozes femininas. E para hoje temos a cantora Waleska, a ‘rainha da fossa’, artista a qual já apresentamos aqui por outras vezes. Nesta oportunidade trazemos dela o lp “Êta dor de cotovelo”, seu nono lp, lançado em 1981. Não diferente de outros discos, aqui ela interpreta uma série de verdadeiros clássicos da nossa música popular romântica, músicas essas que expressam a dor do amor, a dor de cotovelo, encontros e desencontros. Quase todas já bem conhecidas do grande público. Os arranjos são do guitarrista e compositor Celso Mendes. Confiram no GTM…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, a força feminina na música popular brasileira vai mandando ver… Hoje temos novamente por aqui a inesquecível Carmen Costa, uma cantora que dispensa maiores apresentações. Aqui temos dela o primeiro lp de 10 polegadas, lançado em 1955 pelo selo Copacabana. Neste disco estão reunidos alguns sambas que ela gravou anteriormente em discos de 78 rpm.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Considerando o fato de que aqui postamos essencialmente discos e músicas com mais de 20 anos, por certo acredito que nosso público são de pessoas maduras e nos dias atuais, grupo de risco nessa pandemia. Daí, volto mais uma vez a lembrá-los: FIQUEM EM CASA! Aproveitem para degustar nosso cardápio, que até então está sendo diário, como nos bons tempos 🙂 Hoje, tenho para vocês o pianista e organista Lauro Paiva em um álbum de 1960, lançado pelo selo Copacabana. Lauro Paiva, embora hoje em dia seja quase um desconhecido, foi nos anos 50 e 60 um músico e compositor bem popular, principalmente em São Paulo, onde ele fez seu nome. Nascido na Bahia, trabalhou no início dos anos 50 na Radio Excelsior baiana. Mudou-se para o Rio de Janeiro logo em seguida e a partir de então vieram as gravações. Pelo que eu pesquisei ele gravou por volta de uns nove ou dez discos ao longo de sua carreira. Estabeleceu-se em São Paulo onde também tocava na noite. Aqui temos ‘Gafieira em Bossa Nova”. Como nessa época a Bossa Nova estava nascendo, começando a brilhar, muita coisa também passou a adotar o termo e não só no campo da música. Neste lp cujo repertório é pautado no samba e no choro e se complementa com uma roupagem a la bossa nova e acaba se transformando numa gafieira em bossa. Lauro Paiva mostra o quanto domina o orgão, dando um verdadeiro show de talento. Disco muito bacana que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM…
Boa noite prezados amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais uma artista, a qual caberia aqui no nosso Toque Musical toda a discografia, a magnífica Elizeth (ou Elizete) Cardoso. Assim, sempre que possível, vamos ter um disco dela em nossas postagens. Desta vez temos o lp de 1965, homenagem ao quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro, “Quatrocentos Anos de Samba”, nome também da música que abre o disco, composição de Luiz Antonio, que está presente em mais três faixas desse lp. Tem também o ótimo samba de Zé Keti, “O Meu Pecado”, também gravado por Paulinho da Viola. O disco tem um repertório muito bom, porém, em pleno 1965, parece ter sido gravado dez anos antes, com arranjos e orquestrações um tanto antiquadas, penso eu. Mas Elizeth é sempre Elizete e isso é oque importa. Confira no GTM.
Bom tarde, meus prezados amigos cultos e ocultos! Eu as vezes costumo fazer umas retrospectivas na linha de postagem do Toque Musical e fico mesmo abismado com tanta coisa errada que escrevi em algumas delas. Daí, quando vejo algo errado, o certo é corrigir, não é mesmo? “Sound & Pyla…”, do Arnaud Rodrigues foi um deles e portanto, agora volta em uma nova postagem, um tanto mais descente e completa. Este disco até uns quinze anos atrás se encontrava no obscurantismo dos álbuns esquecidos, em plena era do digital. Voltou a luz muito por conta de blogs musicais como o Toque Musical. Foi a partir daí que muitas pessoas puderam ter o primeiro contato com este que foi, creio eu, o primeiro disco de Arnaud Rodrigues como artista da música, acompanhado pelo grupo (seria isso mesmo?) Unidade C. “Sound & Pyla ou Homenagem do A ao Z” foi lançado em 1970 pelo selo Copacabana. Na capa, como podemos ver, temos um texto escrito a mão e assinado pelo Roberto Carlos, uma apresentação do artista para um público jovem. Passados tantos anos este disco é hoje uma raridade que muitos colecionadores tem paixão. Virou objeto de desejo até de quem nunca ouviu a bolacha no prato. É isso que fazem os formadores de opinião, levantam a lebre e douram-lhe as pérolas. Sem dúvida, o disco é bem legal e merece toda essa pompa. Afinal, raridade é raridade… hehehe…
O Toque Musical presta hoje uma homenagem póstuma a um dos maiores cantores e compositores de nossa música popular. Luiz Rattes Vieira Filho, ou como ficou para a posteridade, Luiz Vieira, nos deixou a 16 de janeiro deste ano, vítima de parada cardíaca, aos 91 anos de idade. Nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 12 de outubro de 1928, e seu nome foi uma homenagem ao avô. Perdeu sua mãe com apenas dois anos de idade. Antes de completar dez anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, sendo criado pelo avô em Alcântara, distrito da cidade de São Gonçalo. Aos oito anos de idade, produziu sua primeira composição. Em criança, cantou em circos e parques de diversões, e exerceu diversas atividades no Rio, antes de ingressar na vida artística: foi domador, caminhoneiro, taxista, guia de cego, engraxate e lapidário. Em 1943, começou a se apresentar em programas de calouros do rádio e em casas noturnas da Lapa. Em 1946, foi contratado pela Rádio Clube do Brasil para apresentar, junto com Zé do Norte, o programa “Manhãs da roça”, destinado a músicas nordestinas, onde também foi secretário, diretor musical e redator. Trabalhou ainda no programa “Picolino”, de Barbosa Júnior, e transferiu-se depois para a Rádio Tamoio, onde passou a se apresentar no programa “Salve o baião”, onde recebeu o título de “príncipe do baião”, apresentando-se ao lado de Luiz Gonzaga, o “rei do baião”, Carmélia Alves, a “rainha”, e Claudette Soares, a “princesinha”. No mesmo período, a convite de Almirante, passou a trabalhar na PRG-3, Rádio Tupi. Em 1951, gravou seu primeiro disco, na Todamérica, interpretando “Baião da Vila Nova” e “Coreana”, composições de sua autoria e Ubirajara dos Santos. No mesmo ano, com a inauguração da TV Tupi do Rio, participou do primeiro programa musical da televisão, “Espetáculos Tonelux”, apresentando-se ao lado da vedete Virgínia Lane. Apresentou também programas nas TVs Record e Excelsior de São Paulo. Teve mais de quinhentas composições e muitos sucessos, gravados por ele próprio e por outros artistas. Entre seus maiores sucessos podemos citar “O menino de Braçanã”, “Estrada de Colubandê”, “Estrela miúda”, “Na asa do vento”, “Balada do amor sublime”, “Guarânia da saudade”, “Guarânia da lua nova”, “Estrela de veludo”, “Inteirinha”, “Os olhinhos do menino”, “Paroliado”, “Maria Filó (O danado do trem)”, “Cantiga pra Ribeirão Preto” e “Estrada da saudade”. O TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos este compacto duplo dos anos 1960, lançado pela Copacabana, que inclui os dois prelúdios de sucesso de Luiz Vieira, “Paz do meu amor” e “Prelúdio para ninar gente grande”, mais conhecido pelo subtítulo “Menino passarinho”. “Temporal em nosso amor” e “Caminhos do amor” completam o disco, cuja postagem, sem dúvida, é uma singela homenagem do TM a este grande cantor e compositor brasileiro que partiu, mas deixou uma obra musical que ficará para sempre!
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com Amado Maita, músico paulista que lançou em 1972 este que foi o seu primeiro e único disco. Lançado em uma única tiragem pelo selo Copacabana, certamente não vingou por ser bom demais, acima da média. Um disco feito com esmero, música popular brasileira de qualidade. A música de Amado Maita me lembra um misto de Milton Nascimento e Gonzaguinha, também naqueles tempos. O repertório e quase todo autoral ou em parceria com José Wilson Lopes. Há ainda espaço para sua interpretação nas faixas, “Piedade”, de Miguel e Lindolfo Lage; “Sabe você”, de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra e o antigo samba “Não me diga adeus”, de Paquito, Luiz Soberano e João Corrêa da Silva. Amado Maita conta com o apoio de um time de músicos de primeira. Figuras como Hamleto, Guilherme Vergueiro e Edson Machado são alguns dos destaques, juntamente como os arranjadores Antonio Barbosa e Mozar Terra que dão ao trabalho uma pegada mais jazzística. As regências ficaram por conta do maestro Leo Peracchi. A produção foi do italiano Cesare Benvenuti, aquele que também produziu uma onda de artistas brasileiros, com nomes gringos e cantando em inglês. Este disco esteve esquecido por muito tempo e só veio a aparecer a partir do bum dos blogs musicais e das redescobertas fonográficas, por conta de pesquisadores e colecionadores. Quem muito chamou a atenção para este disco foi o músico Ed Mota, levantando a poeira e fazendo neguinho correr sebos e também Mercado Livre em busca da bolacha. Foi aí que o preço subiu e chegou as alturas fazendo com que ele viesse a ser relançado em 2018, pela Patuá Discos. Como a segunda edição também foi limitada (1500 discos), hoje é possível que já não seja mais encontrado, ou talvez até encontre, mas com um precinho salgado. Maita faleceu em 2005. Infelizmente, não há muita informação sobre sua trajetória pessoal ou artística. Ele é pai da cantora Luísa Maita, uma das boas revelações do cenário atual da música brasileira. Confiram no GTM.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Compactando as emoções, tenho hoje para vocês este raro disquinho, um compacto duplo, com quatro faixas do conjunto The Angels, lançado em 1963 pela gravadora Copacabana. Este grupo pode ser considerado um dos pioneiros do rock nacional. Surgiu no final dos anos 50, quando o rock’n’roll começou a se espalhar pelo mundo. Formado no Rio de Janeiro pelos irmãos Carlos e Sérgio Becker (voz/guitarra e sax tenor), tendo ainda Jonas Damasceno no contrabaixo, Romir Andrade na bateria e Carlos Roberto na guitarra solo. Gravaram, inicialmente, três compactos pela Copacabana, sendo este o primeiro, se não me engano. Pouco tempo depois mudariam o nome da banda para The Youngsters, passando a gravar pela CBS e ainda na Polydor, já nos fins dos anos 60. O grande exito do grupo foi ter acompanhado Roberto Carlos em seus primeiros discos. Também gravaram acompanhando outros artistas, principalmente os da Jovem Guarda. No disquinho que aqui apresento temos quatro músicas, autênticos rock’n’roll, sendo dois deles autorais, da própria banda. Confiram mais essa raridade no GTM, como sempre completo! 😉
Cantora, compositora, atriz e política. Assim é Leci Cristina Brandão da Silva, ou simplesmente Leci Brandão, que o Toque Musical põe em foco no dia de hoje. Ela nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1944, e começou sua carreira no início dos anos 1970, tornando-se a primeira mulher a participar da ala de compositores da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Começou a chamar a atenção do grande público em 1975, ao participar do festival Abertura, da TV Globo, defendendo seu samba “Antes que eu volte a ser nada”, mais tarde faixa-título de seu primeiro LP. Uma das mais importantes intérpretes de samba da MPB, Leci Brandão gravou, ao longo da carreira, 13 LPs, 8 CDs, 2 DVDs e 3 compactos, um total de 26 obras. É também madrinha da Escola de Samba Acadêmicos do Tatuapé, bicampeã do carnaval de São Paulo. Em 2010, elegeu-se deputada estadual por São Paulo, pelo PCdoB, reelegendo-se em 2014 e 2018. Como parlamentar, Leci Brandão dedica-se à promoção da igualdade racial, ao respeito às religiões de matriz africana e à cultura brasileira. Também levanta a questão das populações indígena e quilombola, da juventude, das mulheres e do segmento LGBTQ+. Na televisão, atuou na novela “Xica da Silva”, da extinta TV Manchete (1996/97), como a líder quilombola Severina, e foi ainda comentarista dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo pela Globo. No cinema, participou dos filmes “Antônia” (2007), “Tropa de elite 2” (2010) e “O samba” (2015). Este álbum que o TM nos oferece hoje é talvez o melhor trabalho da carreira de Leci Brandão. Lançado pela Copacabana em 1985, o disco foi puxado pelo hit “Isso é fundo de quintal”, dela própria em parceria com Zé Maurício. Porém, é óbvio, tem mais a destacar. É o caso de “Zé do Caroço”, uma das músicas mais regravadas de Leci, e de uma versão de Martinho da Vila para “Gracias a la vida”, da chilena Violeta Parra. Martinho ainda assina “Tá quase odara”, parceria com Zé Catimba, e a própria Leci, “Belém meu bem”, “Deixa, deixa”, “Assumindo” e a adaptação de “Saudação ao rei das ervas”. Com direito até a um forró (“Entra no forró”). Tudo isso e muito mais fazem deste disco uma verdadeira joia que o TM oferece com a grata satisfação de sempre. Confiram.
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical traz para vocês hoje o primeiro (e ao que parece único) álbum-solo do baiano Jorge Alfredo, lançado pela Copacabana em 1979. Conforme o pouco que se sabe a seu respeito, ele foi um dos primeiros artistas brasileiros a misturar elementos do reggae jamaicano com os ritmos baianos. É o que transparece nas onze faixas deste disco, feito um ano antes de ele fazer parceria com Chico Evangelista, com muito de pegada rock e batidas sertanejas, trazendo também letras de poesia e sensibilidade extremas. Segundo comentário que li no YouTube, “é um disco tão raro que parece que nem foi lançado”. Portanto, é mais uma raridade que o TM tem a grata satisfação de oferecer. Confiram…
Faça chuva ou faça sol, lá vou eu (na rima) com um novo toque musical. Sem muitas delongas, tenho para hoje o pianista José Luciano Studart. Um nome, talvez, pouco conhecido ou lembrado para a maioria dos mortais. Vindo do Ceará, de uma tradicional família de Fortaleza, iniciou seus estudos de piano ainda na infância. Na adolescência, veio morar no Rio de Janeiro, onde se encontrou totalmente com a música. Tocou no rádio, na televisão, em clubes e boates. Acompanhou os mais diversos artistas da nossa música. Seu piano está presente em muitos discos famosos. Gravou este que foi o seu primeiro lp, pela Copacabana, em 1957. Um disco bem sortido, com samba, fox, beguine e outros ritmos, dançantes, ou não.
Escolhi este lp muito por conta da postagem anterior, vi que havia nele o samba “Pois é” de Ataulfo Alves. Estão vendo? Uma coisa leva a outra. Acabei também na curiosidade e na dúvida. Há uma música, a primeira do lado B, de autoria de José Luciano e Mário Flávio, o samba “Brasilia”. Pelo título, imaginei que o disco tivesse sido lançado em 1960 ou 61, uma referência à nova capital federal. Mas só que o disco é de 1957. De onde será que veio ou qual foi a razão desse título? Deixo essas considerações para os amigos cultos e ocultos.
Eu tenho as vezes a impressão de que certos casamentos (ou parcerias) acabam implicando um dos parceiros. O mais forte acaba moldando o mais fraco. Um sempre fica na sombra do outro. Sinto algo parecido na relação do Arnaud Rodrigues com o Chico Anisio. O talento musical do Arnaud acabou ofuscado pelo humor e de uma certa forma pela dupla com o Chico.
Para quem não sabe, os dois formavam a caricata dupla “Baiano e Os Novos Caetanos”. Inicialmente tudo não passava de mais um quadro no programa de humor do Chico. Acabaram virando disco que também foi sucesso. O fato é que esse artista foi mais um que deixou pérolas esquecidas no mundo da MPB. Quantos ainda se lembram desse disco? Acho que vai ser mais fácil lembrar das última piadas que ele contou nA Praça é Nossa. Vale conferir… (quem vê cara, não vê conteúdo)
*esta postagem foi reeditada aqui em outro momento (texto completo)