The Evil – Seven Acts To Apocalypse (2023)

Do punk de ontem, passamos hoje para o metal e no caso aqui, um lançamento recente, do ano passado. Apresento a vocês, “The Evil – Seven Acts To Apocalypse”, segundo álbum desta sinistra banda de ‘doom-metal’, um subgênero do heavy metal pautado no peso, em um andamento lento e arrastado. Uma trilha bem torturante, sombria. E no caso aqui faz todo o sentido, inclusive pelo tema tratado, “Seven acts to Apocalypse”, aborda os sete pecados capitais, também conhecidos como vícios capitais ou pecados cardeais. O trabalho musicalmente falando (e para o gênero) é muito bom. Tanto assim que recebeu ótimas críticas de revistas especializadas. O curioso e também o motivo de estar sendo postado em nosso Toque Musical é que o The Evil é uma banda mineira, aqui mesmo de Belo Horizonte. Formada por excelentes músicos da cena rock e metal da cidade. Neste disco eles se apresentam com pseudônimos e também não mostram suas caras. The Evil é um quarteto formado por: Theophylactus (baixo), Saenger (bateria), Iossif (guitarras) e Mistres Wournous (vocal). Todos músicos oriundos de bandas como Sepultura, Sarcófago, Chakal, Pesta, Melissa, Vol. 4, Sabbra Cadabra e outras.
Este álbum foi lançado pelo selo francês Osmose Productions e somente dentro do mercado europeu. Aqui no Brasil, os interessados tem que desembolsar uma nota preta para importar o lp que é verdadeiramente um luxo, vinil 180 gramas, capa dupla, incluíndo encartes, poster e livreto, tudo muito bem impresso. Padrão europeu. E a propósito, as fotografias do álbum são minhas 🙂
Confiram no GTM, completo e com direito a fotos extras 😉
 
envy
pride
greed
sloth
lust
voracity
wrath
 
 

Garotos Podres – Pisando Na M… (1988)

Atendendo gregos e troianos, seguimos neste mês de setembro com o mais variado cardápio, uma autêntica colcha de retalhos, para que fique bem claro que aqui se escuta música como outros olhos 🙂
E olha só o que temos para hoje… Garotos Podres e seu impagável primeiro lp, lançado em 1985 sob o título “Mais podres do que nunca”.  Para um disco de punk rock e independente, pode-se dizer que este lp fez sucesso, tendo uma marca de vendagem de 50 mil cópias. Foi eleito como um dos melhores discos de punk rock brasileiro. O trabalho foi gravado em apenas 12 horas. Teve um relançamento pelo selo Lup-Som em 86 e novamente em 1988 e desta vez com uma outra capa e título, “Pisando na M…” Ainda hoje é editado em cd, mantendo a estampa original.  
 
jhonny
anarquia oi
eu não sei o que quero
papai noel velho batuta
insatisfação
liberdade onde está
vou fazer cocô
miseráveis ovelhas
fuhrer
não devemos temer
maldita preguiça
 
 
 

Armandinho Trio Eletrico Dodô & Osmar – Ligação (1978)

E na sequencia, vamos de Trio Elétrico Dodô & Osmar. Uma produção de Armandinho e Moraes Moreira e também uma homenagem a Osmar que naquele ano de 1978 havia falecido. O trio é formado pelo mesmo time familiar de Osmar Macedo, no caso os filhos, Betinho Aroldo e, claro, Armandinho. Moraes Moreira também está presente neste trio elétrico. “Ligação” é um lp que transcende o carnaval, vale ser ouvido em qualquer tempo…
 
ligação
chão da praça
taiane
festa na rua
alegre é o porto
revoada
o menino do trio
atrás do trio
de irmão pra irmão
vôo do colibri
o pierrot do picadeiro
frevo dobrado nº4
frevo do trio eletrico
 
 
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Black Future – Eu Sou O Rio (1988)

Na colcha de retalhos que já demonstra ser setembro, temos para hoje este disco da banda de rock carioca Black Future. Foi o disco de estréia deste grupo carioca que fazia uma mistura de elementos do pós punk com rock experimental e até samba. “Eu sou o Rio” foi um lp produzido por Thoma Pappon, da banda Fellini, que também participa em algumas faixas. Da mesma forma, tem também as participações especiais de figurinhas de peso do rock/pop nacional como Edgar Scandurra, Paulo Miklos, Chacal, Edu K e outros… É, sem dúvida, um disco da melhor qualidade, das coisas boas produzidas no rock/pop nacional nos anos 80.
 
dança da chuva (introdução)
interrupção
no nights
sinfonia para um morto
reflexo
piada
eu sou o rio
teatro do horror
cartas do absurdo
bem depois
thor e loki
 
 
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Baden Powell – Canta Vinícius de Moraes E PC Pinheiro (1977) 

Aqui um disco que eu acreditava já termos publicado em outros tempos, porém, se foi não está indexado. Assim, vamos ao disco, pois na pior das hipótesis vale a pena ouvir de novo. Temos então o genial  Baden Powell em um album gravado na França, em 1977. Como se pode ver pela capa e também pelo título, temos um Baden, além de violonista, cantor, interpretando composições sua com dois grandes poetas e parceiros, Paulo Cesar Pinheiro e Vinícius de Moraes. O violonista vem acompanhado por um grupo de músicos franceses e percussionistas brasileiros. O repertório não podia ser melhor. Um disco que surpreende até mesmo o públcio brasileiro…
 
labareda
linda baiana
cavalo marinho
samba da benção
é de lei
cancioneiro
figa de guiné
falei e disse 
besouro manganga
 
 
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André Geraissati – Entre Duas Palavras (1982) 

Na diversidade musical de nossos encontros diários, hoje vamos com André Geraissati, violonista, compositor e produtor musical. Um artista que infelizmente o Brasil não conhece como deveria. Músico de renome internacional. Já o apresentamos aqui no Toque Musical outras vezes e agora trazemos ele de volta em seu primeiro álbum solo, lançado em 1982 pelo selo Carmo, de Egberto Gismonti, que por sinal participa do disco e é também o produtor. Trabalho maravilhoso para quem gosta de música instrumental. Confiram…
 
entre duas palavras
lagoa silenciosa
entre duas palavras
cedral/corumbá
mágico
imagem
 
 

Vinicius Cantuária – Rio Negro (1991)

Vinícius Cantuária é um artista que ainda não tinha passado por aqui, então, boa oportunidade é hoje, neste mês de setembro, onde iremos destacar os lançamentos e curiosidades das décadas mais recentes. E assim, vai um disco do Vinícius Cantuária, o sexto de sua carreira, lançado em 1991 pelo selo Chorus/Som Livre. Cantuária é um músico, multinstrumentista, cantor e compositor de origem amazonese. Sua atuação profissional começa no início dos anos 70. Foi baterista do Terço, da Banda Atômica de Jorge Mautner e também tocou com músicos como Caetano Veloso, Gil e Luiz Melodia. Gravou seu primeiro disco em 1982. De lá pra cá já foram mais de 20 discos e cada vez mais longe do pop, numa postura bem madura em relação a autêntica música popular brasileira. Em “Rio Negro” já se percebe isso, um disco com mais pretenções de qualidade musical e poética do que em busca do sucesso imediato. Porém, duas músicas deste disco fez muito sucesso, “O grande lançe é fazer romance” e “Garotos”. Curiosamente, há uma outra música, talvez um pouco mais antiga, também sucesso do pop nacional, “Garotos II – O outro lado”, de Leoni que é bem parecida com essa de Cantuária. Mas, “Rio Negro” é um disco que vale a pena ouvir. Participam deste trabalho convidados como Chico Buarque, Lulu Santos, Arthur Maia, Victor Biglione e mais um monte de feras, o que garante ser este um trabalho da melhor qualidade. Confiram…
 
somos todos índios
garotos
meu destino
serei feliz?
luto real
brinco
rio negro
o grande lance é fazer romance
joia
 
 
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Sérgio Mendes & Brasil ’77 – Raizes (1972) 

Dia triste para a música, para nós… Lá se foi o Sérgio Mendes, partiu para uma nova jornada. E nós aqui, seguimos e mais que nunca, ouvindo tanta coisa bacana que ele nos deixou. Aqui no Toque Musical já postamos muitos discos dele e hoje fazemos esta postagem em sua homenagem. Uma coisa que nem sempre temos feito, ainda mais nesses tempos onde temos perdido tantos grandes nomes da música brasileira, um atrás do outro… Melhor não… Senão, logo seremos chamados de Toque Final e não Musical. Piadinhas a parte, vamos ao álbum, “Primal Roots”, aqui no Brasil lançado como “Raízes”, também 1972. Entre tantos discos, este é mais um dos seus excelentes trabalhos e por acaso, o único disponível dos anos 70 que ainda não foi publicado aqui. Repertório bacana, música brasileira de raiz com tempero apropriado para gringo degustar. 
 
promessas de pescador
após o amanhecer
canto de ubiratan
iemanjá
pomba gira
jogo de roda
promessa de pescador
 
 
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Serguei (1991)

E então, chegou a vez do Serguei, a lenda da psicodelia, figurinha rara no mundo do rock’n’roll tupiniquim. Aliás, mais figura do que roqueiro. Seu maior triunfo foi ter cruzado com a Janis Joplin. Uma história que todo mundo já sabe. Dizia ele que ‘comeu’ a cantora, mas cá pra nós é mais fácil ela ter comido ele. Enfim, histórias… Aliás, ele tinha muitas histórias. Nunca conseguiu um sucesso, mesmo assim, por conta da sua postura, poser de roqueiro de alguma super banda, acabou conquistando uma legião de fans. Teve a grande oportunidade de participar do primeiro Rock In Rio e por conta dessa visibilidade toda ganhou até um contrato para gravar este lp, lançado em 1991, com produção de Michael Sullivan. O repertório é legal, mas ele consegue fazer ficar ilegal, hehehe…
 
coleção de vícios
help
rolava bethania
estou na lona
a noite inteira
rock do papai
summertime
não tem jeito
lindo anjo
mercedes benz
 
 

Dalto – Em Espanhol (1984)

Mais uma boa curiosidade nos espera… Desta vez temos o cantor e compositor Dalto em um disco que fez muito sucesso… Bom, pelo menos é o que parece quando olhamos a capa. Porém este não é o lp “Pessoa”, lançado em 1983. Este aqui é um disco com a mesma capa, porém, uma coletânea com alguns de seus sucessos em espanhol. Seria de se supor que fosse para o mercado internacional, porém, este disco foi também lançado no Brasil. Curiosidades…
 
saber de ti
algo extraño
angel
te falta decir
flashback
piernas para volar
puedes disponer de mi
relax
luz de velas
 
 
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Franco (1978)

Há pouco mais de um mês postamos aqui o primeiro disco do cantor e produtor gaúcho, Franco. Atendendo a pedidos (isso porque o disco já estava a mão), trazemos o segundo, lançado pela Continental em 1978. Este é um lp que desperta muito interesse em djs por conta de alguma sequencias de samba-rock e o suingue das composições de Luiz Vagner, Bedeu, Helio Matheus e outros. Interessante…
 
bloco maravilha
o rock do rato
coqueluche
fazer molho é na cozinha
coisas antigas
guitarreiro
nostalgia transvida
como?
moro no fim da rua
black samba
 
 
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Aguilar E Banda Performática (1981)

E para hoje temos Aguilar e Banda Performática. Um disco de artista para artistas. Uma proposta poetica visual e musical criada em no início dos anos 80 pelo artista José Roberto Aguilar. Segundo ele, “foi uma epécie de ícone transgressivo que aconteceu na contracultura daquele momento. Fundada por (ele) um pintor performático que não sabia nem cantar…” Reunindo uma turma de jovens amigos (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Lanny Gordin e outros…) E assim nascia a Banda Performática e este lp, produção independente e por essas e outras, também um disco raro. Aguilar daria sequencia a banda que mais tarde se tornaria a Orquestra Perfomática e depois, mais uma vez, Banda Performática. Este lp recebeu uma segunda edição com uma capa um pouco diferente. Aguilar gravou outros discos com sua Banda Performática com outras formações. Vale a pena conhecer…
 
você escolhe errado o seu super herói
carioca canibal
monsieur duchamp
revolução francesa
tribo
ma
nos espancaremos o urubu
estranheza
parangolé
 
 
 
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Sergio Murillo – Tira Teima (1989)

E entramos em setembro… Neste mês vamos dar atenção aos discos a partir da década de 70. Tem muita coisa pedindo um toque musical 🙂 E entre nossos interesse há um pouco de tudo, seja pela raridade, pela curiosidade, seja pela necessidade…
E aqui temos um disco do cantor Sérgio Murilo, alías, o último disco que ele gravou. Uma produção independente que infelizmente não ajudou muito o nosso artista que já passava por uma fase de depressão. “Tira-teima” foi um verdadeiro fracasso. Disco um tanto inexpressivo, talvez por conta da própria produção. Porém, é um lp raro, deve ter tido uma tiragem pequena. O peso do nome do artista faz a coisa valer.
 
tira-teima
fuga
curvas e ciladas
calamaria do meu porto
na próxima semana
viver é ser bom
outro astral
armadilhas
tapete mágico
rebuscando
tarde de verão
os dia não são iguais
apesar dos pesares
descendo pelo são francisco
 
 
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Luiz Gonzaga – A História do Nordeste Na Voz De Luiz Gonzaga (1957)

Fechando nosso mês de agosto com o grande Luiz Gonzaga neste lp de 10 polegadas, lançado pela RCA Victor, em 1957. Um pequeno, mas rico mostruário da música nordestina através de seu mais legítimo representante. São oito temas clássicos, quase todos de sua autoria com Humberto Teixeira e Zé Dantas. 
 
paraíba
respeita januário
xote das meninas
saudades de pernambuco
abc do sertão
acauã
algodão
asa branca
 
 
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Chaguinha Dionysio Guimarães E Zé Maria – Samba Very Kar (1961)

Mais um disco que chama a atenção, principalemente de colecionadores estrangeiros que nessa altura já levaram possivelmente todos os exemplares que tinham disponiveis nos sebos. Ainda bem que podemos pelo menos escutar e conhecer de maneira digital. E aqui é o lugar 🙂
“Samba Very Kar” é um lançamento do antigo selo CID Internacional com pouquíssimas informações além do que temos na contracapa. Um lp com os seguintes músicos: Chaguinha, Dionysio, Guimarães e Zé Maria, que dão ao disco a garantia de um trabalho de qualidade. Isso sem falar no repertório…
 
samba very kar
esquece
nega
você passou
carinho e amor
chore comigo
paraiba
menina moça
meditação
jura
tem que rebolar
o amor e a rosa
 
 

Paschoal Melillo – Dance Com Paschoal Melillo (1956)

Aqui temos Paschoal Melillo, instumentista (acordeon, piano e sax) que atuou dos anos 30 aos 60. Considerado o primeiro paulista a tocar baião. Tocou em cassinos e nas rádios. Gravou seus primeiros discos nos anos 50. Este lp de dez polegadas apresenta músicas lançadas na época também em discos de 78 rpm. Neste lp temos Paschoal Melillo esbanjando talento ao saxofone nas quatro primeiras faixas. No outro lado do disco temos o compositor e acordeonista. Quatro faixas autorais, desta vez com Melillo no acordeon. Disco que vale a pena ouvir…
 
esmagando rosas
tortura da saudade
céu cor de rosa
a voz do violão
cuco
carrilhão
ciganinha
gracioso
 
 
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Ed Lincoln (1968)

Trazemos hoje Ed Lincoln, artista que despensa maiores comentários. Várias vezes apresentado aqui, inclusive em pseudônimos que ele usou para gravar por diferentes gravadoras. Um músico com uma longa trajetória e muitos discos. Inclusive, achavamos que este lp de 1968 já tivesse sido postado. E já que não, porquê não? 🙂 Eis então o lp que ele gravou através de sua própria produtora e selo, Savoya Discos. Um trabalho onde nosso artista tem total liberdade de criação, produzindo assim um de seus melhores discos. Confiram…
 
zum zum
waldermar
o choro do bebê
catedral
já estou aqui
cumba-le
se o correr o bicho pega
sack o’ woe (saca-uo)
é demais
da-me teu coração
bala bala cue
bon-jour
 
 
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Omar Izar E Seus Harmonicistas (1959)

Uma boa raridade é este compacto duplo de 45 rpm, primeira geração dos disquinhos de 7 polegadas, lançado pela Odeon e trazendo três grandes gaitistas/harmonicistas brasileiros: Omar Izar, Clayber de Souza e Raymundo Paiva, Os Harmonicistas. Disco imperdível para os amantes da gaita 🙂
 
seleção de choros
summertime
tudo é bahia
carioca
 

 

Octacílio Amaral – S. Excia. O Violão (1968)

Mais uma boa curiosidade fonomusical temos hoje. Trazemos o violonista gaúcho Octacílio Amaral em seu primeiro lp, “S. Excia. O Violão. Um disco da melhor qualidade e que por certo merece o nosso toque musical. A seleção do repertório, bem variada, reforça a versatilidade deste músico. Como ele mesmo nos atenta, duas faixas chamam bem a atenção: “Apanhei-te cavaquinho”, que pela primeira vez foi gravado em violão e dedilhado, sem palheta. Ficou bem diferente. Outra é a faixa “Praça 11”, onde Octacílio dá um verdadeiro show tirando efeitos únicos em seu violão. Muito bom, vale a pena conferir…
 
praça 11
evocação nº1
mis noches sin ti
baião
um fandanto em bagé
la cumparsita
morena boca de ouro
la morena de mi copla
recuerdos de ti
apanhei-te cavaquinho
granada
samba de uma nota só – meditação
 
 
 
 
 

Ladico E Seu Conjunto – Posto 1 Ao Posto 6 (1959)

Ladico e seu conjunto, grupo instrumental surgido no final dos anos 40 e liderado pelo guitarista e compositor Geraldo da Silva (o Ladico). Tiveram destaque ao longo dos anos 50 chegando a gravar dois lps, sendo este, “Posto 1 ao Posto 6” o primeiro, lançado em 1959 através do selo Todamerica. Um lp cujo o repertório passeia por um grupo de músicas bem selecionadas entre sambas, choros, fox e boleros daquele momento. Vale a pena conferir…
 
lamento
mil recados
a fonte secou
ladico no choro
jogando sozinho
chiquito
le regazze di piazza spagna
gondolier (with all my heart)
sereno
johnny guitar
all the way
cry me a river
 
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Trio Nagô (1957)

Hoje e mais uma vez temos o prazer de apresentar Trio Nagô, grupo vocal vindo do Ceará, formado por Evaldo Gouveia, Epaminondas de Souza e Mário Alves e quem fez muito sucesso nos anos 50, nas rádios e casas noturnas onde se apresentavam. Também excursionaram  pela America do Sul e Europa. Gravaram diversos discos, sendo este o primeiro lp pelo selo da RCA Victor. As músicas contidas neste álbum foram também lançadas em discos de 78 rpm. Neste disco temos uma seleção muito boa, com temas de sucessos que agradam em cheio…

 
concieção
saudades da bahia
lei do tempo
quero-te assim
laura
jezebel
dô de cotovelo
ave maria no morro
 
 
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Dick Farney E Seu Quinteto (1954)

Na postagem de hoje trazemos, mais uma vez, um disco de Dick Farney, artista que dispensa maiores apresentações. Nesta, temos nosso artista em quinteto apresentando oito temas, entre choro e fox, em ritmo dançante para a alegria dos casais. Um descrição detalhada segue na contracapa do lp de 10 polegadas, lançado em 1954 pelo selo Continental. Confirmam…
 
choro nº1
o gênio da marly
fique calma
prelúdio opus 22
flamingo
sonhando com shearing
sem nome
 
 

Pap’s Modern Sound (1970)

Aqui um disco que também vale a pena conhecer e ouvir. Uma produção da RGE Discos lançada em 1970. Pap’s Modern Sound é um super conjunto instrumental liderado pelo lendário pistonista Papudinho. Um time de feras formado por músicos de estúdio: José Lídio (o Papudinho), Cido Bianchi, Roberto de Azevedo (o Capacete), Carlos Alberto de Alcantra, Valério Costa (o Alemão), Dirceu Medeiros e os ritmistas Ney de Castro e Paulinho. Juntos, esses craques dão uma outra roupagem a temas de sucessos, nacionais e internacionais daquele momento. Disco bacana que desperta atenção de muito gringo colecionador e por consequencia, os poucos exemplares que ainda existem vão ficando cada vez mais caro…
 
vou me pirulitar
aquarius
you’ve got your troubles
país tropical
custe o que custar
looky looky
som tropical
que maravilha
day after day
de vera
hare krishna
gostei de ver
 
 
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Zé Maria, Seu Orgão E Seu Conjunto – Nova Onda (1965)

Não faz nem um mês que postamos aqui um disco do Zé Maria e seu conjunto. A coisa é tão boa de se ouvir que tivemos que pedir mais uma dose. E desta vez vamos com o lp, lançado pela RCA Victor, em 1965, um trabalho deliciosamente interessante com muito samba. balanço e suingue. Olha só o repertório…
 
nova onda
meu veneno
neste mundo só você
um brasileiro nos states
neurastênico
nêga quatrocentão
nova onda do strip tease
na batucada do zé
valente morre mais cedo
catolé
mamãe ele olhou pra mim
perpetuum
 
 
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Carlinhos E Seu Conjunto – Como É Bom Dancar (1956)

Seguindo em nosso agosto e ao gosto de gregos e troianos, pois aqui o importante é que todos seja felizes 😁, hoje vamos com este lp de 10 polegadas do acordeonista paulista, Carlinhos Maffasoli e seu conjunto. Este foi o seu segundo lp, lançado pela Columbia, em 1956. Assim como o primeiro, lançado no mesmo ano, reúne músicas gravadas entre 1954 a 56 em discos de 78 rpm. O repertório segue bem o que se produzia nessa época, música para dançar. E no repertório, um misto com temas populares nacionais e internacionais que bem agradava a turma daquela tempo. Quem não podia ir às boate$, dançava na sala de casa mesmo. 
 
como é bom dançar
me lodijj adela
os pobres de paris
bigode de arame
carlos gardel
tristeza marina
jura-me
hoje quem paga sou eu
 
 
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Garoto – Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso (1957)

Eis aqui um disco curiosamente interessante… “Garoto Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso” é um lp lançado pela Odeon, em 1957, trazendo um trabalho inédito de Anibal Augusto Sardinha, o genial Garoto, onde ele interpreta músicas de Ary. Porém, trata-se de um disco póstumo. Gatoro havia falecido dois anos antes, em 1955. Um técnico da Odeon achou, por acaso, uma fita com gravações feitas pelo violonista, ao que parece, seria um projeto para um disco que ficou esquecido. A gravação trazia Garoto, numa tacada só, interpretando ao violão essa série de música sem pausa. Como a gravação era pequena demais para um disco, tiveram a ideia de engrossar o caldo. Chamaram o maestro Leo Peracchi para colocar uma orquestra dentro dessa gravação, realmente encorpando uma obra onde agora Garoto era o solista. O trabalho de fundir uma gravação com orquestra ficou muito bom. Com certeza Garoto teria aprovado 🙂
 
maria
no rancho fundo
tu
na baixa do sapateiro
terra seca
risque
aquarela do brasil
 
 
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Deo – Mudou Pra Melhor (1957)

Em um outro momento, postamos aqui um lp do Déo (Ferjalla Rizkalla), cantor que fez muito sucesso nos anos 30 e 40. Era conhecido como o “ditador de sucessos” pois só interpretava sucessos de outros cantores e por certo, fazia também sucesso. Por falha, percebemos que Déo também havia gravado lps de 10 polegadas. Aqui temos ele interpretando oito sucessos dos anos 30 e 40 e também daqueles anos 50. Disco lançado pelo selo Columbia, em 1957.
 
zazá
para o bem de nosso bem
quem foi que disse
olho grande
mudu pra melhor
a morena que eu gosto
eu nasci no morro
triste fim
 
 

Ubirajara – Solamente Sucessos (1964)

Nosso encontro de hoje é com Ubirajara Silva, músico gaúcho que iniciou sua carreira tocando na Argentina. Atuou em casas noturnas deste país por muitos anos. Nunca chegou a gravar lá fora, ainda mais se tratando de um instrumentista brasileiro de bandoneon. Seus primeiros discos foram lançados nos anos 50, o solovox entrou em seguida, fazendo parte de discos lançados, já nos anos 60.
Neste lp, o quarto da série “Solovox de Ouro”, temos uma seleção de sucessos internacionais. Ubirajara vem acompanhado de orquestra sob a regência e os arranjos do maestro Hector Lagna Fietta.
A propósito, só por curiosidade, Ubirajara era o pai de Taiguara.
 
hhythm of the rain
la bamba
dominique
blue star
cara de pau
bigorrilho
maria helena
encadenados
vola colomba
sabra dios
mona lisa
io che amo solo te
 
 
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Heleninha Costa – Canta (1959) 

Trazemos hoje para o nosso toque musical, Heleninha Costa, cantora paulsita, uma das grandes vozes da era de ouro do rádio. Aqui temos dela este lp, “Heleninha Costa Canta”, lançado pelo selo Todamerica, em 1959. Um long play de 12 polegadas que começa bem, de samba para samba canção, chegando ao ápice com “Máxima culpa”, bossa romântica de Sérgio Ricardo. Depois, o disco entra num ritmo quase sonolento em contraste com a entrada, mas a voz de Heleninha desperta e nos envolve. As regências e orquestração ficam por conta de Radamés Gnatalli e Guido de Morais. Um bom disco, com certeza!
 
bate um samba
turista
o samba é um lamento
máxima culpa
foi em lisboa
adeus
poeira de estrelas
poema azul
hoje e domingo outra vez
falaram
amargura
fim
 
 
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Radamés Gnattali – Valsas Da Minha Terra (1969)

Seguimos com mais um disco, desta vez para os amantes da valsa, um gênero tão popular e que muito agrada. Ainda mais sendo uma interpretação de Radamés Gnatalli e sua orquestra, com participação especial do violonista Dilermando Reis. O repertório é clássico…
 
clube xv
minha valsa
abismo de rosas
branca
saudades de ouro preto
rapaziada do braz
saudades de matão
flor do mal
velho realejo
deusa da minha rua
valsa da meia noite
alma de violinos