Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Há pouco tempo atrás eu ganhei mais alguns disquinhos raros, desses que a gente não costuma ver por aí. Entre esses, há alguns lps da série “A Voz da RCA Victor”, discos esses, promocionais, criado pela gravadora no sentido de divulgar seus lançamentos. Discos esses direcionados, como está escrito no verso de alguns desses álbuns, a vendedores, distribuidores e radialistas (no caso, como se chamavam antigamente, ‘disc-jockeys’). Essa série surgiu nos anos 50, em produção limitada e curiosamente, eram lps em 33 rpm e de 12 polegadas, onde eram apresentados os lançamentos das bolachas de 78 rpm. São discos, realmente, muito interessantes e que hoje são bem cobiçados por colecionadores. Infelizmente é muito difícil encontrar a série completa, que começa (me parece) em 1957. Outro detalhe infeliz é o fato de que as músicas não são apresentadas integralmente, apenas um pequeno trecho. Uma pena, pois considerando a qualidade em 33 rpm, muitos desses discos só ficaram mesmo em 78 e geralmente discos bem surrados. Aqui seria uma oportunidade de ouvi-los com mais pureza. Por certo, a RCA Victor, ou a Sony que hoje controla tudo, deve ter em algum lugar esses registros (ou não?). Está aí, um coisa que eu gostaria de saber.. Será que existem ainda as fitas originais, ou cópias restauradas? E onde será que estão guardadas? Enfim, seja como for, se você, meu amigo, quer conhecer coisas assim, só mesmo em lugares como este aqui, o Toque Musical, um espaço independente, que embora criticado por cronistas e especialistas (os amigos ocultos que só entram para baixar as raridades), é onde todos vem beber.
Como disse, tenho alguns desses discos da Voz da RCA Victor e eventualmente poderei ir postando aqui. Segue então o Suplemento Nº 8, de novembro de 1958. Acredito que vocês irão gostar. Confiram no nosso Grupo do Toque Musical, ok?
alaide costa – canção de ir embora / gosto de você
ivon curi – patricia / hello brazil
linda baptista – calúnia / o morro está doente
jorge goulart – palahço / a flor do lodo
nora ney – solidão / pra falar com meus botões
fred williams – barril de vinho / baião da minha terra
neusa maria – piccolissima serenata / descrença
ester de abreu – sou fadista / sinal da cruz
torrinha e canhotinho – missão sagrada – reisado
bié e juquinha – sou eu / não posso perdoar
nenete e dorinho – meu predão / teu castigo
elvis presley – hard headed woman / don’t ask me why
julius la rosa – torero / milano
pedro vargas – en mala hora / cuando los años pasan
Olá, meus amigos cultos e ocultos! Ao que tudo indica, nos próximos dias, só teremos no GTM links pelo Depositfiles, pois, pelo Mediafire nossa conta já esgotou. Sei que muitos preferem o Mediafire, mas infelizmente teremos que nos contentar com o outro, temporariamente, ok?
Hoje eu vou trazer mais um disco de carnaval, bem parecido o do “Ritmos da Panair”, pois aqui também é só sucessos, nas vozes de Emilinha Borba, Jorge Goulart, Vera Lúcia, Ruy Rey, Vagalumes do Luar, Duo Guarujá, Bill Farr, Nora Ney, Jamelão, Gilberto Milfont e Risadinha. Uma seleção, hoje clássica, da Continental para o Carnaval de 1957. Neste lp de 10 polegadas as músicas fazem parte deu um imenso pot pourri carnavalesco, sem pausa. Não deixem de conferir no GTM…
Bom dia, caros amigos cultos e ocultos! Há exatos 14 anos atrás estava eu postando aqui este disco do Juarez Sant’Ana. É um disco que eu gosto bem e cheguei a digitalizar e compartilhar na rede. Mas nessa época eu mal sabia a diferença entre um arquivo de 128 kbps para um de 320 e também não me preocupei com capa e selos. Daí, quando resolvi postar aqui no Toque Musical foi que percebi que o arquivo completo não estava no nosso padrão, mesmo assim foi publicado. Hoje, após 14 anos, ele volta ao nosso TM, desta vez completo e em ótima qualidade. Isso me fez pensar na possibilidade de reeditar postagens do nosso primeiro ano, tem muita coisa que precisa ser corrigida. Mas, mesmo com a colaboração de alguns amigos, ainda estou tendo dificuldades para manter as postagens diárias. Não é falta de discos/títulos. O que falta é sempre a mesma coisa, tempo…
Enfim, seguimos então com este lp que realmente é Muito Legal, trazendo o então precoce talento, Juarez Sant’Ana e seu conjunto, um jovem estreante no mundo fonográfico em seu primeiro lp, lançado pelo selo Equipe, em 1964. Conforme contam, Juarez foi ‘apadrinhado’ pelo cantor Cauby Peixoto que o descobriu, ainda nos anos 50, fazendo demonstrações nos teclados e acompanhamento de artistas em pequenos show promovidos por um grande magazine de São Paulo, a Lojas Pirani, que trazia diversos artistas do rádio para apresentações. Essa loja, uma rede varejista de eletrodomésticos era bem famosa e conhecida dos paulistas e acabou no início dos anos 70 em um incêndio, com vítimas, levando assim a sua falência. Mas foi nesta loja que Cauby descobriu o talentoso garoto do teclado, levando-o para se apresentar na noite, em famosas boates, como a Drink, de Durval Ferreira. Na sequência, Juarez viria a ser um músico arranjador e acompanhante do grande astro Cauby Peixoto.
Segue então Juarez Sant’Ana, disquinho bem gostoso de se ouvir, recheado de sambas, bossa, bolero e até ‘standard’ da música americana. Realmente, muito legal 😉 Confiram no GTM…
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje eu resolvi quebrar a rotina das últimas semanas com postagens alternadas de dez e doze polegadas. Vamos mais uma vez com um disquinho de 10″. Aliás, dois disquinhos de 10 polegadas. Aqui tenho “Sucessos de Carnaval” lançado provavelmente em 1957, pela Continental. Trata-se de um disco de marchas e sambas carnavalescos, uma seleção de 24 músicas distribuídas ao longo dos dois lados deste lp. Para tanto, a Continental recrutou alguns de seus prestigiados artistas: Emilinha Borba, Jorge Goulart e Gilberto Milfont, sobe a direção e arranjos de Radamés Gnattali, para juntos interpretarem este alegre repertório, reunindo verdadeiros clássicos dos salões e avenidas. Este mesmo lp voltaria a cena um ou dois anos depois na série promocional criada para a Panair. Segundo contam, era um disquinho de brinde dado aos seu clientes passageiros da saudosa empresa aérea que virou até música na voz de Milton Nascimento em “Saudades da Panair”. Por essas e outras foi que eu achei por bem de apresentar os dois discos juntos. Vamos conferir no GTM este pout-pourri?
Bom dia, amigos cultos e ocultos! E aqui continuamos nossa dobradinha 10-12 polegadas, não esquecendo da inclusão de alguns títulos/artistas internacionais que de alguma forma se relacionam com o Brasil. Então, aqui vai um disquinho de dez polegadas dos mais interessantes, um lp lançado pelo selo Columbia, em 1951. Trata-se, claro, de um disco importado, edição americana e nossa artista é a fabulosa Josephine Baker, dançarina e cantora, nascida nos Estados Unidos, mas que foi morar na França, país onde que ela adotou de coração, se tornando uma cidadã francesa. Foi lá que ela conquistou a glória e fez seu nome. Era conhecida como “Vênus Negra”, uma verdadeira sensação de Paris. Sua história é um filme e creio que até já o fizeram. Não vou entrar em detalhes pois a coisa fica longa. Quem se interessar em saber mais sobre ela encontra com facilidade um rico material de pesquisa pela internet e vale a pena…
“Encores Américaines” é uma seleção musical de temas exclusivamente americanos, gravados por ela, creio, no pós-guerra e no qual aparecem também a música latina e aqui, em especial, uma versão da “Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, conhecida internacionalmente apenas como “Brazil”.
Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Tenho procurado manter essa linha de postagens, com discos de 10 e 12 polegadas e nessa também estou compartilhando com vocês alguns muitos discos que me chegaram por doação nos últimos seis meses. Tem muita coisa e fica as vezes até difícil escolher, mas vou pelo faro e também pelo meu desejo de ter no Toque Musical discos que valem até pela capa. É o caso deste álbum da Orquestra Serenata Tropical que dá um verdadeiro show, numa série impecável para rumbas. Verdadeiros clássicos que não deixam nada a dever as orquestras cubanas. A Orquestra Serenata Tropical era comandada pelo maestro Henrique Gandelman (pai do saxofonista Leo Gandelman) e este lp é realmente muito bom, merece o nosso toque musical. Vamos conferir essa lista de clássicos latinos…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Um dos grupos vocais da ‘velha guarda’ que eu mais aprecio é o Trio Nagô, um grupo brasileiro pioneiro na arte da vocalização. E já tivemos o prazer de apresentá-los aqui em outras postagens. Desta vez, me lembrei deste disco, cujo o mesmo arquivo foi postado no excelente blog Bossa Brasileira. Eu até tenho o disco, mas acredito que o arquivo digital do BB está em melhor qualidade do que eu poderia extrair do meu disquinho, que tá fritando que é uma beleza 🙂 Assim, já que comecei a postagem, melhor seguir pelo melhor. Neste lp de 10 polegadas lançado pela Continental, em 1958, temos o Trio Nagô num repertório que dá prazer em ouvir repetidas vezes, que nos convida também para cantar ou acompanhar num assovio essa seleção que podemos considerar como clássicas do cancioneiro popular. Aqui tem…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Continuo seguindo o que disse há algumas postagens atrás, vez por outra estarei postando também algum artista/disco internacional que eu ache pertinente, seja pela relação com a música brasileira, ou comigo mesmo, ou seja, com meu gosto pessoal, hehehe…
E falando em gosto pessoal, eis aqui um disco dos que eu gosto muito e que por certo muita gente também gosta, o argentino Astor Piazzolla e sua orquestra, em um lp marcante, “Pulsacion”, que mereceu uma edição brasileira através do selo Som Livre, lançado em 1972. Por certo, foi um disco que ajudou muito a divulgação do genial ‘bandonionista’ aqui no Brasil, pois o selo Som Livre, nesta época, fazia chamada de lançamento pela televisão, no caso a Rede Globo, que era a dona do selo. E sem dúvida, ter a vitrine da Globo naquela época era sucesso garantido. Entre os muitos lançamentos da Som Livre, este foi um dos internacionais que me fez descobrir a música deste argentino. “Pulsacion” é um trabalho genial, marcado pela modernidade criativa deste grande artista. “Pulsación” é também a trilha musical para um filme de mesmo nome do diretor Carlos Páez Vilaró. Vamos conferir? 🙂
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com a cantora e compositora Maysa, um nome que por aqui dispensa maiores apresentações, visto que já postamos dela vários outros discos. Porém, Maysa é uma artista que a gente sempre gosta de revisitar, de ouvir e aqui temos dela o segundo lp, ainda de dez polegadas, lançado pelo selo RGE, em 1957. Um disco clássico, sem dúvida, trazendo oito canções que marcaram, com destaque para “Se todos fossem iguais a você”, de Tom e Vinícius e “Ouça”, música de sua autoria e um de seus maiores sucessos. Confiram no GTM…
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos que recebi de doação nos últimos tempos veio uma série de álbuns do Djalma Ferreira e seu conjunto Milionários do Ritmo. Discos originais, lançados pelo selo Drink, criado pelo próprio músico e empresário. Já tivemos a oportunidade de postar aqui um desses discos e também outros lps de Djalma, que de certa forma são relançamentos e coletâneas extraídas desta série, de sua produção. A Drink era uma famosa boate dos anos 50, também de Djalma Ferreira, onde ele e seu conjunto se apresentavam. Foi também o nome do selo/editora, que ele também produziu e ao que parece, somente para o lançamento de seus próprios discos. Essas produções sempre foram sofisticadas e luxuosas, tanto no registro, gravações, como na apresentação, onde os álbuns traziam um diferencial, com capas triplas, ou num modelo original em que se abre como um autêntico álbum. Coisa bem parecida com as produções de Nilo Sérgio e seu selo Nilser. É luxo só! E aqui, então, temos o lp “Drink no Rio de Janeiro”, lançado em 1959. Neste lp Djalma vem acompanhado pelos Milionários do Ritmo cuja a formação neste disco trazia um timaço de músicos com Waltel Branco, Araken Peixoto, Ed Lincoln, Plínio, Amaury, Brito e Miltinho no vocal. No repertório uma boa série de sambas que dá a este disco uma autenticidade verdadeiramente nacional. Confiram…
Olá, amigos cultos e ocultos! Entre tantos discos que já postamos aqui, alguns são realmente essenciais e se nunca chegaram a ser publicados, um dia acaba acontecendo… Os discos de Dorival Caymmi são um bom exemplo. E no caso deste grande artista, a vontade é de ter por aqui toda a sua discografia, mesmo que apresentada em doses homeopáticas 🙂 É sempre um grande prazer postar no Toque Musical discos e artistas dos quais sou realmente fã. E aqui, no caso, tenho este pequeno lp, maravilhosa e original edição em dez polegadas, lançada pela Odeon, em 1955. “Sambas de Caymmi” é um disco clássico, onde encontramos um repertório praticamente quase todo inédito e que inevitavelmente faria o maior sucesso. Aqui está ele, o exemplar que ganhei de um vizinho. O álbum está muito bem conservado, apenas com uma avaria na contracapa. Mas o que me chama a atenção é que nele veio um encarte trazendo as letras das canções. Coisa rara de se ver nesses albinhos dos aos 50. Eis aí um exemplar que merece o nosso toque musical. Como sempre, arquivo completo, podem conferir no GTM 😉
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Deixemos de lado os meus desabafos prolixos, pois eu só percebo que não valem a pena depois de publicado. Pura perda de tempo, mas, enfim um desabafo… Melhor mesmo é acalmar na suavidade de uma noite na boate do Fafá Lemos com seu violino e conjunto. Pena que hoje isso é apenas histórias e lembranças. No tempo em que haviam as boates com shows ao vivo, nos anos 50, muitos artistas buscaram conciliar o trabalho de músico com o de empresários da noite. Tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo haviam músicos que também eram donos de casas noturnas. Entre esses tivemos também o Fafá Lemos com sua boate em Copacabana e este lp, lançado pela RCA Victor, em 1958, traz um pouco do que seu proprietário tocava por lá, um delicioso repertório no qual cabem diferentes ritmos dançantes, tanto nacionais quanto internacionais, músicas que fizeram parte de uma época e como estamos sempre postando discos desse período, algumas das músicas deste lp já são por nós bem conhecidas através de outros artistas, mas isso pouco importa, pois o que vale é a interpretação e neste caso com a inconfundível sonoridade do violino do Fafá. Vamos conferir?
Temos aqui o primeiro lp de 33 rpm da cantora Doris Monteiro, um disquinho de dez polegadas lançado em 1956, pelo selo Todamérica. Em verdade, trata-se de gravações originalmente lançadas alguns anos antes, em discos de 78 rpm. Nele, como podemos ver na contracapa, temos um repertório quase todo de sambas, sete sambas e um bolero, tudo orquestrado ao melhor estilo daqueles anos 50. Aqui temos, por exemplo, com destaque o samba canção “Se você se importasse”, música do alagoano Peter Pan, que foi o primeiro grande sucesso da carreira de Doris. E tem mais, vamos conferir no GTM? 😉
Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Além da ‘dobradinha 10-12’, também continuo postando, em doses homeopáticas, alguns títulos e artistas estrangeiros que de alguma forma tem a ver com a proposta do Toque Musical. E quando isso não ficar muito claro, entendam, é puramente por conta do meu gosto pessoal (hehehe…). Mas fiquem tranquilos, pois o foco aqui ainda é a musicalidade nacional 😉
Assim, hoje trago um lp que tem um pouco disso tudo, é de um artista estrangeiro, é um disco de jazz, é um disco que traz referências da música brasileira e acima de tudo, um disco que eu adoro e sempre o quis aqui em nossas listas.
“Soft Samba Strings” foi um dos muitos e bons discos lançados nos anos 60 pelo compositor, arranjador, cantor e vibrafonista americano Gary McFarland. Ele foi um importante músico do jazz, gravando para os prestigiosos selos Verve e Impulse! durante os anos 60, período onde esteve mais atuante, sendo considerando um dos feras do chamado ‘jazz orquestral’. Durante essa década ele gravou, produziu e fez arranjos para muitos outros artistas e não somente para o jazz. Também fez trilhas para o cinema. Segundo a crítica, a ascensão de Mcfarland coincidiu com o surgimento da Bossa Nova, a qual muito o influenciou e lhe serviu de base para diferentes projetos. Ele morreu no início dos 70, aos 38 anos, envenenado, depois de tomar uma dose letal de metadona. Essa história nunca ficou bem esclarecida, não se sabe se foi suicídio ou se foi envenenado por alguém.
“Soft Samba Strings” foi gravado em 1966, pelo selo Verve e por aqui foi lançado em 1967, pela Copacabana Discos. Pelo título do disco já dá para imaginar a influência da bossa nova. O repertório traz uma série musical baseada em temas da música clássica, somado ao batido da nossa bossa nova. Há também nesse repertório “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá. É descaradamente um disco de Bossa Nova cuja sonoridade é bem familiar para nós brasileiros. Em 1967 McFarland gravou um outro álbum cujo título é “Soft Samba”, o qual eu até gosto mais, pois não é de todo orquestrado e conta com a participação de Antônio Carlos Jobim, no violão. Infelizmente, este é um dos discos dele que eu ainda não tenho. Talvez numa próxima oportunidade eu venha a publicá-lo por aqui também. Mas por enquanto, vamos ao “Soft Samba Strings”, tenho certeza de que vocês também irão gostar. Confiram no GTM…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Creio que até segunda ordem, continuarei na dobradinha do 10-12 polegadas, ok? Espero que esteja a gosto 🙂 Pois o importante é que a nossa emoção sobreviva, já dizia o poeta. E para essa quinta feira, temos aqui a cantora Neuza Maria, um nome já conhecido por aqui, afinal, já postamos outras coisas com ela. E hoje ela volta neste disquinho de dez polegadas, lançado no final de 1956 pelo selo Sinter. Neste lp ela é homenageada por ter se consagrado a melhor cantora daquele ano. No repertório temos…
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Enfim, chegou setembro! Adoro este mês, afinal foi nele quem nasceu o meu criador, o pai do Augusto TM e do Toque Musical (hehehe…). Virginiano gente boa, aliás, qual não é, né? 🙂
Então, entrando num novo mês, seguimos em nossas postagens diárias. Para começar bem, eu trago um disco raro, produção ao que parece encomendada. Pelo visto um lp não comercial, lançado em 1972 pela Copacabana para o Banco do Brasil, certamente como brinde a seus associados, hábito muito comum naqueles tempos.
“Suíte Transbrasil” é um lp que nos traz uma peça de mesmo nome, criada por Omar Fontana com co-autoria de Luiz Vieira e do Maestro Moacyr Portes. Trata-se de uma homenagem a Transamazônica, a estrada federal, transversal, que corta cinco estados do norte e nordeste, com uma extensão de mais de 4 mil quilômetros. Foi ‘inaugurada’ em 1972, mas ainda hoje, em pleno 2021 ela não foi finalizada, tendo boa parte de seu percurso sem pavimento. A Transamazônica, ou BR-230 é bem a cara do Brasil, uma rodovia enorme. sonhada e cantada em versos, mas como o país, sempre eu altos e baixos de acordo com o governo do momento. Mas, na época em que estava sendo criada era mesmo um sonho, uma esperança, principalmente para a região e também era um feito para um governo militar que se gabava de uma obra faraônica que nunca chegou mesmo a se concretizar (literalmente).
Foi mesmo nessa época, quando da criação desta peça musical, que seus autores e pessoas envolvidas no projeto, tiveram a oportunidade de conhecer a Transamazônica e vivenciar de perto a experiência na floresta. Puderam também visitar uma aldeia indígena, que os ajudaram na inspiração desta composição. A Suite Transbrasil é uma peça em três partes (Transamazônica, Tumucumaque e Hino da Integração). Os arranjos e regência dessa peça são de Moacyr Portes. Há também a participação do Coral da Associação Coral de Florianopolis. Aproveitando o espaço-tempo de um lp, os produtores incluíram também outra músicas como “Maria Eugenia” e “Paz do meu amor”, de Luiz Vieira, o “Hino do Sesquicentenário da Independência”, de Miguel Gustavo e também a canção “Gente humilde”, de Chico Buarque e Vinícius de Moraes. Trata-se, sem dúvida, de um trabalho de grande sensibilidade musical, o disco, em si, é perfeito. Contudo, há nele um certo ranço, pois funcionou de peça publicitária do governo durante o regime militar, vendendo um progresso que nunca existiu.
Em 2011, a artista visual gaúcha Romy Pocztaruk fez um vídeo, o qual se chamava também “Suíte Transbrasil”. Neste vídeo, ela coloca uma vitrola dentro de um aquário, a qual vai tocando a Suíte Amazônica. O observador acompanha a música e a vitrola ser pouco a pouco submersa pela água que vai enchendo o aquário, até se tornar totalmente inoperante. Um trabalho que critica, investiga e questiona o progresso e a decadência da rodovia Transamazônica.
Olá, meus amigos cultos e ocultos! E lá se vai agosto… e para fechar o mês, aqui vai um pouco mais de Noel Rosa. Temos desta vez este lp de dez polegadas, lançado pelo selo Continental, em 1954, trazendo a cantora Aracy de Almeida, uma das mais fiéis intérpretes do Poeta da Vila. Este lp, na verdade, foi extraído de um álbum luxuoso, lançado pela Continental em 1950, em discos de 78 rpm. Álbum este em dois volumes. Inclusive, eu teria postado aqui justamente essa primeira versão, mas tive a infelicidade de deixar cair um dos álbuns e acabei perdendo três discos, que como todos devem saber, quebram como louça. Mas o lp que agora apresento é quase a mesma coisa, com a mesma e belíssima capa e gravações originais de Aracy de Almeida em um trabalho póstumo, homenageando um dos mais importantes compositores brasileiros. Este é um disco clássico que não pode faltar na coleção de quem gosta de música popular brasileira. E como anda difícil encontrar essas duas primeiras versões, aqui, pelo menos temos para vocês a versão digitalizada e como sempre completa, com capa, contacapa e selos 😉 Vamos conferir?
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Que tal hoje um a coletânea de artistas do início dos anos 60? Uma ‘seleção de ouro’, conforme o título, trazendo diferentes artistas da gravadora Copacabana e que aqui se reúnem neste lp, através de seu selo Som Hi Fi. Eis aqui um disco cuja função é promover nomes deste ‘cast’. E como podemos ver, temos aqui um grupo de cantores bem conhecidos do nosso Toque Musical: Elizete Cardoso, Luiz Vieira, Rinaldo Calheiros e Silvana, Luciene Franco, Marisa, Morgana e Moacyr Franco. É até bem provável que boa parte das músicas contidas neste lp já tenham aparecido aqui em discos desses artistas. Seja como for, não deixa de valer a pena essa nossa postagem, não é mesmo? Confiram no GTM…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Nosso disco deste domingo é de carnaval, o carnaval dos anos 50 em um lp de 10 polegadas. “Carnaval do Rio” foi um disco lançado pela Copacabana, em 1956 trazendo um série de marchinhas, hoje, mais ainda, verdadeiros clássicos do carnaval. Para tanto, a gravadora recrutou um time de primeiríssima, a começar pelo ‘chefe da banda’, ninguém menos que Pixinguinha. E interpretando as canções que aqui seguem sem pausa entre elas, temos Gilberto Alves, Carmen Costa, Castro Barbosa, Jorge Veiga e Blecaute. E nessa sessão que mais parece um ‘pot-pourri carnavalesco’ temos…
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Saindo um pouco dos ritmos latinos, mas ainda mantendo a linha do 10-12 polegadas, hoje eu quero mostrar a vocês este curioso lp lançado no final dos anos 50 pela RGE, trazendo a cantora Laila Curi. Já tivemos a oportunidade de apresentar aqui um outro disco dela, na verdade, o seu primeiro lp pela RGE. Esta cantora, de origem libanesa, surgiu em São Paulo nos anos 50, fez parte do ‘cast’ da RGE em sua fase de ouro. Gravou inicialmente dois discos de 78 rpm com temas folclóricos nacionais e também árabes. Laila foi vista e ouvida também no rádio e televisão, principalmente na capital paulista.
Aqui, temos o seu segundo disco, um lp voltado para a comunidade árabe aqui no Brasil. Todas as músicas são de origem e também cantadas em árabe. Conforme podemos ver na foto de contracapa, Laila Curi vem acompanhada pelo maestro Rubens Perez (o Pocho) e a orquestra da RGE. Um disco bem curioso e que cabe aqui no nosso Toque Musical como uma luva. Afinal, o que mais gostamos é de ouvir música com outros olhos, não é mesmo? Então, vamos conferir no GTM…
Boa tarde, caros amigos cultos e ocultos! Há tempos eu venho querendo postar este pequeno lp aqui no Toque Musical. Ganhei este disco há alguns anos atrás e talvez tenha sido o disco mais antigo e ao mesmo tempo mais novo que já rodou no meu tocadiscos. Fiquei de cara quando vi este disquinho, lacrado, nunca havia sido tocado antes. Pensei na época logo em postá-lo, mas por diversas razões acabou ficando e até caiu no meu esquecimento. Pior foi que também esqueci onde havia guardado a primeira digitalização, logo na primeira vez que o disco tocou. O jeito foi fazer de novo 🙂
Então, temos aqui o legendário cantor Vicente Celestino, imortalizado em canções como “O ébrio”, “Patativa”, “Coração materno” e tantas outras. E são essas canções que estão presentes neste que foi o segundo ‘long-play’ de dez polegadas, lançado pela RCA Victor. Antes deste, como está no texto de contracapa, a gravadora lançou o dez polegadas “Catullo”, onde ele interpreta composições de Catullo da Paixão Cearense. Já neste, temos as canções célebres, os grandes sucessos, gravados originalmente em discos de 78 rpm. Essas mesmas gravações e outras entrariam mais tarde no lp de 12 polegadas, com o mesmo nome. Confiram este disco no GTM…
Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra de agosto, dentro do esquema 10-12 polegadas, hoje vamos de 12. E para tanto, eu trago para vocês este interessante lp da Orquestra Milionários Del Rio, comandada pelo maestro Pachequinho e tendo como destaque solista o pianista Chaim Lewak, músico israelense que viveu no Brasil durante um bom tempo, entre os anos 50 e 60, tocou em diversas boates e também gravou vários discos. E segundo comentam, acabou indo morar nos Estados Unidos. Este foi o segundo disco dessa orquestra, sendo que no primeiro o solista era um outro músico, outro pianista gringo, chamado Ronnie Will. Nos dois disco gravados por esta orquestra no início dos anos 60, são apresentados diversos temas que fizeram parte de filmes. Embora o título nos remeta a filmes americanos, de Hollywood, nem todos neste segundo volume são de filmes chamados ‘hollywoodianos’, muitos são filmes europeus. Mas isso pouco importa, oque vale aqui é a música e a competência e performance dessa excelente orquestra. Confiram no GTM…
Muito bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Nos anos 50 a música cubana e os ritmos latinos estavam em alta pelo mundo. Era sucesso nos Estados Unidos e por conseguinte, ecoava pelo mundo e aqui no Brasil não seria diferente. Muito se investiu nesse gênero musical as nossas gravadoras, as rádios e seus artistas. A Musidisc, de Nilo Sérgio, foi uma das gravadoras/selo que muito explorou e com requintes o que vinha de fora, sempre lançando discos que de imediato conquistava o público já pelas capas. Primeiro com os discos de 10 polegadas, como este que aqui apresento. Depois vieram as produções em 12′ bem diferenciada, requintada para ser mais exato, em álbuns de capas duplas e algumas até um tanto conceituais. Eita, como era bom aquele início da nova indústria fonográfica! Momento de ouro, com certeza, que durou até os anos 60. Logo depois a indústria fonográfica se moderniza durante os anos 70 até entrar em declínio no início dos 90. Daí pra frente qualquer tentativa de retorno é puramente passional, nostálgica… reverberação do que realmente foi a música e essa indústria fonográfica, hoje inexistente. Mas ainda assim é um alento para pessoas como nós, que vivemos esse passado e temos hoje essa sensação de que tudo está de volta. Vamos nos enganando, colocando nossos discos para rodar, pois ainda somos muitos e essa onda é mesmo uma cachaça.
Então, temos aqui este lp de 10 polegadas, lançado pela Musidisc, em 1956. Eis aí um albinho que chama a atenção, logo pela capa, um trabalho de arte gráfica de primeiríssima. Não duvido nada que tenha sido inspirada em algum lançamento estrangeiro, mas ainda assim é belíssima. Capa bacana, mas ainda assim, pecando pela falta de informações, que se limitam a frente e aos selos. A contracapa, como podemos ver é somente um mostruário das dezenas de discos publicados por esse selo. Porém, não deixa de ser também um informativo do catálogo da gravadora. O fato é que sem as informações sobre a produção deste lp fica mesmo difícil encontrar dados sobre quem realmente eram “Los Latinos”, pois nesse período, outros discos também aparecem com essa nomenclatura, inclusive discos de artistas estrangeiros. Mas creio que não é o caso aqui. Por certo, “Los Latinos” era um grupo de estúdio, com músicos do ‘cast’ da Musidisc. Inclusive, quando surge os discos de 12 polegadas, Nilo Sérgio, através de seu outro selo Nilser, lança nos final dos anos 50 sua série de álbuns com capas luxuosas e conceituais e entre esses “Latino Fantástico”, com Rubens Bassini Y Los Latinos (discaço, por sinal). Mas acredito que não seja o mesmo time de músicos e nem a participação do genial percussionista Rubens Bassini. Infelizmente, pela internet e como sempre, não há muito o que encontrar, além de anúncios de vendas, referências incompletas em sites que não passam de indexadores de títulos fonográficos. Quanto ao repertório, esse, embora com apenas oito faixas, nos traz de um lado quatro mambos e do outro quatro cha-cha-cha, todos deliciosamente cubanos, ou inspirados no momento como é o caso da faixa, “Blue Cha-cha-cha”, de autoria do próprio Nilo Sérgio. Disquinho bacana, imperdível e que primeiramente vocês só encontrarão aqui e no GTM 😉
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Era para começarmos pelo primeiro volume, mas nem sempre conseguimos seguir essa ordem. Eis aqui Os Cinco Crioulos e o “Samba no duro”, volume 2. Este lendário grupo, com cinco feras do samba carioca: Jair do Cavaco, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Mauro Duarte e Anescarzinho do Salgueiro surgiu em 1967, gravando o primeiro volume dos três que se seguiram, em 1967. Todos os três discos foram lançados pela Odeon. É certo que no primeiro volume, no lugar de Mauro Duarte havia Paulinho da Viola. Mauro entra a partir deste segundo disco. Realmente, um time fantástico de sambistas e uma seleção musical exemplar, não foi atoa que rendeu três disco. Neste volume 2 vamos encontrar…
Olá, amiguinhos cultos e ocultos, cá estou eu com mais um disco de artistas estrangeiros e em especial, um lp da chamada ‘latin music’, ou ainda e mais próximo de nós, música cubana. Eu sei que há alguns aqui que até arrepiam quando se menciona Cuba. Para esses, tudo relacionado a Cuba é coisa de comunista, de esquerdista e aqui, porque não, de ‘petista’. Não sei se levo para o lado da piada ou da ignorância mesmo…
Mas, voltemos a música, que é disco que a gente gosta! E como não gostar de Miguelito Valdés e os Afro Cubanos de Machito? Se não conhece, a hora é agora. A música cubana sempre influenciou a nossa música brasileira e portanto muito tem em comum. E este disquinho de dez polegadas de Miguelito Valdés e Os Afro-Cubanos de Machito é um bom exemplo. Lançado originalmente em 1949, creio que aqui no Brasil ele chegou no início dos anos 50, quando também por aqui chegavam e também passavam a serem fabricados os primeiros discos de microssulcos, esses maravilhosos álbuns de 33 rpm, em dez polegadas. Aqui temos o cantor e compositor cubano Miguelito Valdés um dos grandes nomes da cena cubana dos anos 40 e 50, ao lado do grupo de Machito (Francisco Raúl Grillo), os Afro-Cubanos, no qual também se destaca outro grande músico cubano, o trompetista Mario Bauzá. Na contracapa há um texto de apresentação sobre a música cubana e esses seus artistas. No arquivo inclui também a capa original. O repertório é, sem dúvida, dos mais agradáveis. Confiram na íntegra lá no GTM…
Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós trazendo mais um grande toque musical. Desta vez temos o intitulado conjunto “Brasília Ritmos”, nome dado a um grupo de artistas que excursionou pela Europa, em 1959, dentro de um projeto cultural destinado a promover a cultura e a música popular brasileira. Esta foi a segunda excursão promovida por uma lei federal, que no ano anterior levou um outro grupo, chamado de “Os Brasileiros” e que fez lá fora muito sucesso, o que levou a essa segunda investida. Tanto a grupo da primeira viagem, quando este segundo tiveram registros em discos pela Odeon. Inclusive, os discos chegaram a ser lançados também lá fora, através do selo Parlophone, inclusive em compacto de 45 rpm. Curiosamente, também, este lp teve outros relançamentos com algumas diferenças na capa, criada por Cesar Vilela, com foto do Chico Pereira. O conjunto Brasília Ritmos dessa excursão trazia nomes como Waldir Azevedo, Sivuca, Jorge Santos, Tião Marinho, Trio Fluminense e outros mais. Na contracapa temos um texto de Humberto Teixeira detalhando melhor essa produção. O repertório é cheio de samba, choro e até frevo, clássicos imortais da nossa canção popular. Disco realmente maravilhoso que por certo, não poderia faltar por aqui. Vamos conferir?
Amigos cultos e ocultos, boa noite! Seguindo nessa ‘dobradinha’ dos discos de 10 e 12 polegadas, vamos hoje num de 10. Vamos com a cantora paulista Heleninha Costa. Um dos grandes nomes femininos da chamada ‘Era de Ouro do Rádio”. Atuou como cantora a partir dos anos 40 e já nos 50 era uma cantora famosa. Também foi bailarina, fazendo parte do elenco no Cassino da Urca e também no Cassino Quitandinha. Foi casada com Ismael Neto, do grupo “Os Cariocas”.
Esta é a primeira vez que postamos aqui um disco inteiramente dela. Seus discos, na maioria, são bolachas de 78 rpm e este lp de dez polegadas foi o primeiro em 33 rpm. Aqui temos uma seleção de sucessos que ela cantava na Rádio Nacional. Disquinho bem bacana que merece nosso toque musical. Confiram no GTM…
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! De vez em quanto eu costumo dar umas olhadas naquilo que já foi postado aqui no Toque Musical, principalmente quando estou a escolher os discos que irei ainda publicar. São tantas as emoções que as vezes eu fico na dúvida. São hoje mais de 4 mil títulos/discos, 14 anos de postagem! Só mesmo com um index organizadinho, coisa que a gente só se dá conta quando se chega nesse patamar. O certo é que eu acreditava que já havia postado o disco que hoje apresento, “Ivon Curi – Eu em Portugal”. Na verdade, eu só publiquei mesmo o segundo volume e já faz um bom tempo. Assim sendo, vamos então ao primeiro volume, ou melhor dizendo, o registro da primeira temporada, em 1956, quando então ‘nosso Maurice Chevalier’ pisou pela primeira vez no palco português, do Teatro São Luiz, em Lisboa. Neste lp temos então, condensado, o show de despedida, do último dia. Na contracapa do lp temos um relato do próprio artista a respeito do show e do disco. Assim, a única coisa que tenho a acrescentar é que também estou ativando no GTM o link do segundo disco, que por acaso saiu aqui primeiro. Por se tratar de um show e no disco não haver pausa ou faixas, temos apenas dois arquivos de áudio, lado A e lado B. Confiram no grupo…
Boa noite a todos amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com o organista Steve Bernard, figura que já esteve presente aqui em coletâneas da Odeon, onde este artista gravou seus primeiros discos no Brasil. Steve Bernard era um músico romeno que fugindo da guerra na Europa, veio parar por aqui, onde acabou se tornando conhecido como músico, tocando em rádios, televisão e também fazendo apresentações em algumas casas noturnas. Steve Bernard acompanhou Edith Piaf, Yves Montand e outros grandes nomes da música internacional. Seu instrumento era o orgão Hammond e aqui neste pequeno lp de dez polegadas temos ele acompanhado por um conjunto, numa seleção musical dançante, mista, com temas famosos, nacionais e internacionais. Sinceramente, me atraiu mais pela capa, mas isso é uma questão pessoal. Posso dizer que boa parte do que postei até hoje no Toque Musical, necessariamente, não é o meu gosto pessoal. Ou por outra, eu diria, tudo em sua hora. O que não pode faltar é qualidade ou algo de especial ou diferente, que valha estar aqui em nosso Toque Musical. E nesse sentido, este lp não foge a regra. Confiram no GTM…
Boa noite a todos os amigos cultos e ocultos. Dando sequencia as nossas postagens, pois o tempo não pára, vamos hoje com esta maravilhosa orquestra e sem dúvida uma das mais importantes no cenário musical dos anos 60, os Namorados do Caribe. Um verdadeiro espetáculo de orquestra, capaz de dar de dez em muitas orquestras latino-americanas. Para quem não conhece há de achar que são cubanos, tamanha a destreza e virtuosismo da turma dessa orquestra. Não é atoa que gravavam para a poderosa RCA Victor e ao que se sabe foram muitos discos. Os Namorados do Caribe era uma orquestra dirigida pelo grande clarinetista e maestro, Aristides Zaccarias. “Caribe a noite” foi o primeiro lp que gravaram, em 1962 e nele temos uma seleção fina e clássica de alguns dos melhores boleros e rumbas, com a qualidade indiscutível dos discos da RCA…