Boa hora, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Se não estou enganado, esta é a primeira vez que postamos aqui um disco da Revivendo. Em outros momentos já comentamos a respeito dessa editora que resgatou muita coisa importante gravada nos anos 30, 40 e 50, ou seja, músicas e artistas cujos registros ficaram apenas nos velhos discos de 78 rpm. Através de iniciativas como essa as novas gerações puderam ter contato e descobrir diversos artistas e músicas do passado. Nós aqui do Toque Musical nunca postamos seus discos, mas boa parte desse material pode ser encontrado na nossa série exclusiva Grand Record Brazil.
O disco que temos aqui é dedicado a dois cantores, os quais eram contemporâneos, Francisco Alves e Moraes Neto. Chico Alves dispensa apresentações e aqui comparece com seis gravações lançadas entre os anos de 1942 a 44. Já Moraes Neto, foi um cantor que gravou pouco, sua discografia é pequena, com apenas oito discos lançados pela Odeon. Este é o único registro deste artista que veio a ser relançado. Dele temos neste lp sete músicas entre sambas, valsas e canção, composições de Lamartine Babo, José Maria de Abreu, Lupicínio Rodrigues e outros… Confiram no GTM.
Bom dia, boa hora…, caros amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje a presença do grande Orlando Silva em um relançamento dos anos 80, o disco “Relíquias Brasileiras – Vol. 1”, produzido pela Rádio América, de Belo Horizonte. Nessa época, a emissora mineira apresentava um programa com este nome, “Relíquias Brasileiras”, no qual trazia semanalmente uma série de músicas e artistas da época em que os discos eram ainda de 78 rpm, grandes destaques que marcaram a chamada “Era de Ouro do Rádio no Brasil”, nos anos 30, 40 e 50. Acredito que o programa ainda continue no ar, pois até 2019 ele era apresentado aos sábados a noite, com reprise no domingo, também a noite.
“Relíquias Brasileiras” acabou gerando um apanhado de boa parte da discografia de Orlando Silva, sendo lançados vários volumes na sequência deste. A produção inicial foi bem modesta e para tanto, neste primeiro volume, saiu com o selo da RCA Victor, pois os fonogramas eram todos dessa gravadora. Creio que esta foi a primeira reedição em discos de 12 polegadas, reunindo as primeiras gravações do cantor. A partir dessa época outras produtoras e editoras passaram a reeditar esse tipo de material, como foi o caso da Revivendo Músicas, que gerou um dos maiores catálogos nessa linha.
Neste volume 1, temos uma série de gravações, discos de Orlando Silva lançados ainda em sua primeira fase, ou seja, os anos 30. São doze músicas, entre sambas, valsas e marcha. Muitas dessas músicas, inclusive que já foram a presentadas aqui em nossa série exclusiva, a coleção Grand Record Brazil para discos em 78 rpm, pelo nosso saudoso Samuca (Samuel Machado Filho). De quebra e como bônus, incluímos também nesses arquivos um raro jingle comercial da Brahma, com o nosso “cantor das multidões”. Confiram, no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nosso Grupo do Toque Musical, o GTM, onde são colocados os links referentes as postagens feitas aqui, hoje tem uma filiação de quase 5 mil associados. É um número grande de pessoas que tem acesso ao nosso conteúdo. Infelizmente, há aqueles associados que ainda teimam em mexer nas configurações do grupo, no sentido de receberem diretamente em seus e-mails os links, coisa que não aprovamos. Nossa regra é bem simples, o associado precisa ir ao GTM buscar o link. Quando acontece alguma modificação nessa configuração, o associado é sumariamente banido e não pode voltar ao grupo com aquele endereço de e-mail. Toda semana o GTM passa por uma varredura, exatamente para limpar, eliminar qualquer configuração fora de seu padrão. Daí, fica de novo a orientação: NÃO ALTERE NADA NO SEU PERFIL NO GTM PARA NÃO SER BANIDO!
Como vemos, hoje o nosso encontro é com a cantora Maysa. Este é mais um disco dela que não poderia faltar aqui no nosso espaço. Este foi o primeiro disco gravado por ela, quando ainda nem era uma cantora profissional. No texto da contracapa vocês poderão ler como tudo começou, como do acaso surgiu essa grande cantora e compositora. Um disco, por certo, já conhecido por muitos, mas que aqui também encontra seu lugar. Confiram o áudio no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Hoje vamos ‘chover no molhado’, como dizem. Aqui temos um disco e um artista que dispensa apresentações, nosso genial João Gilberto e talvez nem precisaríamos postar dele um lp oficial, visto que já publicamos muitas outras coisas, como alguns registros históricos e em especial as gravações na casa do fotógrafo Chico Pereira, que deu muito ibope e o que falar… Mas desta vez, achei por bem trazer esta rara versão de “O amor, o sorriso e a flor”, segundo álbum de João, lançado em 1960, com produção de Aloysio de Oliveira. Duas curiosidades fazem parte deste disco, foi a primeira vez que se colocava impressa na contracapa as letras das músicas, dando assim ao ouvinte a oportunidade de acompanhar o conteúdo musical. Um tendência que seria adotada desde então para muitos discos. Outra curiosidade e aqui foi a que nos levou a postá-lo, uma versão estereofônica, coisa ainda incomum para discos lançados no Brasil naquela época. E este lp aqui é uma versão original, certamente lançada com a versão mono que é a mais comum. Difícil de se ver um exemplar deste e também de se ouvir. É por essas e por outras que hoje ele é o nosso toque musical. Confiram no GTM…
Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Eis aqui um outro disco que teria servido perfeitamente como uma homenagem a minha mãe, no último dia 5, quando então ela fazia aniversário. Ela tinha um gosto eclético para música e também gostava muito da autêntica música sertaneja. No álbum que apresento hoje temos uma série de músicas que faziam parte do seu repertório, músicas que conheci e aprendi com ela. Eita, saudade!
Aqui temos uma coletânea de peso, uma seleção com 50 músicas sertanejas de sucesso. Gravações originais extraídas de discos lançados pela própria gravadora, a RCA Victor, ao longo de toda a sua história no Brasil. A Victor foi uma das primeiras e grandes gravadoras a investir no gênero da música rural e isso a gente já viu aqui, inclusive na série Suplementos (discos de divulgação), dos quais chegamos até a postar alguns. “Meio Século de Música Sertaneja” é um condensado dos mais interessantes, onde se pode ouvir músicas e artistas que hoje são difíceis de encontrar, principalmente porque muitos deles só chegaram a ser lançados até então em discos de 78 rpm. Por certo, não se trata de uma seleção definitiva da autêntica música sertaneja, bem porque não foi apenas a RCA quem a muito divulgou. Mas temos aqui verdadeiras pérolas, que não podem ser jamais esquecidas. Pena que agora o ‘agro’ é pop e de sertanejo o que se tem hoje é apenas saudade. Mas este álbum duplo aqui a gente não pode deixar passar batido. Confiram no GTM…
cabocla teresa – raul torres e florêncio
o menino da porteira – luizinho e limeira
saudade de matão – mariano da silva e serrinha
canta moçada – tonico e tinoco
boneca cobiçada – palmeira e biá
não beba mais não – duo ciriema
divino espírito santo – torrinha e canhotinho
vinte anos – nenete e dorinho
saudades de ouro preto – alvarenga e ranchinho
festa na roça -mario zan
saudade da minha terra – belmote e amaraí
o milagre do ladrão – zilo e zalo
passarinho de peito amarelo – tibagi e miltinho
flor do cafezal – cascatinha e inhana
mágoa de boiadeiro – pedro bento e zé da estrada
apartamento 37 – leo canhoto e robertinho
nossa união – caçula e marinheiro
chitãozinho e xororó – zé do rancho e zé do pinho
beijinho doce – brazão e brazãozinho
coração apaixonado – silveira e barrinha
não me abandones – irmãs galvão
meu fracasso – tião carreiro e carreirinho
rio de lágrimas – tavares e zé negrão
chico mulato – raul torres e florencio
promessa do batistinha – sulino e marrueiro
pingo d’agua – raul torres e florencio
pombinha mensageira – belmonte e amaraí
mais uma lição – duo ciriema
disco voador – palmeira e biá
viola cabocla – tonico e tinoco
noite fria – tibagi e miltinho
chalana – mari zan
conselho de amigo – nenete e dorinho
meu velho pai – leo canhoto e robertinho
tchau amor – zé tapera e teodoro
no colo da noite – zé do rancho e zé do pinho
joão de barro – brazão e brazãozinho
mula preta – raul torres e florêncio
amanheci em teu s braços – pedro bento e zé da estrada
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Embora seja ainda muito cedo, que tal um dink? Mas calma aí, turma dos etílicos! Estou me referindo a outro drink, um Drink do passado, uma boate dos anos 50 que acabou também virando etiqueta de disco, no caso, uma produtora fonomusical, criada pelo músico e empresário Djalma Ferreira, no sentido de dar vazão ao que de melhor era apresentado em sua famosa casa noturna e em especial ao seu próprio trabalho enquanto músico a frente de seu conjunto, os Milionários do Ritmo. Quem segue o Toque Musical já conhece um pouco essa história, pois já postamos aqui alguns outros disco dessa série Drink, cujo os álbuns eram produções caprichadas, luxuosas com capas conceituais, coisa que apenas se via em discos importados, ou nos discos de outro músico empresário, o Nilo Sérgio e seus selos Nilser e Musidisc.
Aqui temos “Convite ao Drink”, mais um, certamente lançado no final dos anos 50, no qual Djalma e seus Milionários do Ritmo nos apresentam um repertório essencialmente de sambas. Disco feito para ouvir e dançar bem ao estilo daqueles ‘anos dourados’, onde a noite e as boates eram a grande diversão.
Olá, meus prezados amigos cultos e ocultos! Hoje, dia 5 de fevereiro é um dia muito especial para mim. É a data do aniversário de minha mãe e se estivesse viva, hoje estaria completando 94 anos. E a razão de eu estar citando ela é porque, coincidentemente, ela adorava o Chico Feitosa, ou para ser mais específico, este ‘Chico Fim de Noite’. Cantava várias músicas deste disco e que eu só vim a saber que eram do Chico Feitosa tempos depois. Acredito que ela ouvia isso na casa do patrão dela, que era um advogado, homem de muita cultura e que tinha uma bela discoteca em casa. Recentemente este lp caiu em minhas mãos, só não ficou no meu prato porque o preço, para mim, era impagável (nem vou comentar), mas tive antes o prazer de tê-lo nas mãos e nos ouvidos também, claro! E, por certo, eu não deixar passar a oportunidade de compartilha-lo com vocês.
Apenas situando, este lp faz parte de uma série de discos do selo Forma, lançados no meio da década de 60, cuja a proposta era reunir e apresentar artistas de alto nível que estavam desenvolvendo a chamada ‘moderna música brasileira’, no caso, os desdobramento da Bossa Nova.. Chico Feitosa (Francisco Libório Feitosa), ou ainda Chico Fim de Noite (por conta de sua canção “Fim de noite”) foi um compositor carioca, parceiro de Ronaldo Boscoli e também foi secretário do poeta Vinícius de Moraes. Suas músicas foram gravadas por grandes nomes, tipo, Baden Powell, Mari Bethânia, Tim Maia, Wilson Simonal e muitos outros. Gravou pouco tendo apenas este lp e um cd “Um banquinho, um violão…”, lançado em 2001. Está aí um álbum que vale ouvir com atenção. Confiram no GTM…
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Recentemente nós postamos aqui um compacto do Bossa Trio e chegamos a comentar a respeito do selo, o Bossa-Copa, criado pela gravadora Copacabana no intuito de dar vazão a uma música mais moderna que veio a surgir a partir da Bossa Nova. Para tanto, criou o selo e foi em busca de artistas que se despontavam ao ritmo da Bossa Nova. Lançou, primeiramente, em compactos e na sequência veio este lp, “Um Show de Bossa em Bossa-Copa”, que reúne sete desses artistas, uma coletânea que funcionava como um ‘menu’, onde o ouvinte tem a oportunidade de em um só disco conhecer melhor esses artistas. A ideia, talvez, seria a de posteriormente lançar cada qual em um lp, mas parece que a coisa ficou apenas neste long play e em alguns compactos. No texto de contracapa deste lp vocês irão encontrar uma informação mais detalhada. O certo é que temos aqui um disco dos mais interessantes no qual desfilam em suas faixas Cecy, Lita, Miriam Ribeiro, Jorge Nery, Jorge Eduardo, Carlos Sodré e o Banzo Trio. Este último também acompanha alguns dos artistas aqui citados. Disco bem bacana que talvez poucos conheçam, embora já tenha sido postado em outros blogs e também em outra época. Não deixem de conferir no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Passando pelo “D”, achei outro disquinho aqui que há tempos já devia ter sido postado no Toque Musical. Disquinho, no bom sentido, talvez pelo tamanho, um lp de 10 polegadas, aqueles dos anos 50. Dorival Caymmi é um medalhão da nossa MPB e por certo, um dos poucos que fazemos questão, aqui no TM, de compartilhar em nosso grupo, muito embora sabendo que facilmente pode ser baixado e ouvido integralmente em várias outras ‘praças’. Além do mais, convenhamos, este baiano era foda! E aqui temos dele o lp, lançado em 1955, pela Odeon, no qual temos a deliciosa seleção de algumas das suas mais famosas canções relacionadas ao mar, a praia, pescadores, seus amores e suas jangadas. Um retrato musical de uma Bahia litorânea que para muitos ficou na saudade. Além do mais, ouvir Caymmi é sempre uma benção. Estejamos hoje todos abençoados. Salve o baiano!
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Fevereiro está aí e vamos que vamos… Hoje e mais uma vez, nosso encontro é com essa beleza de morena, a baiana, Diana Pequeno, uma cantora e compositora que dispensa apresentações, pelo menos no Toque Musical, onde já postamos dela uns três discos. E quando falo em beleza, por certo também me refiro a beleza de sua arte, do seu canto e de seus repertórios. Seu legado está aí, sempre atual. O tempo passou, mas seus discos continuam muito atuais e se por sorte vocês ainda encontram os lps por um preço barato, pois, pelo jeito, só deve ter ficado na memória do povo aquilo que insistentemente se tocava no rádio. E no caso de “Sinal de Amor”, lançado em 1981, temos várias músicas bem divulgadas na mídia rádio-televisiva, além de terem sido também gravadas por outros artistas. Nesta época, a cantora estava vivendo seu melhor momento, participando de shows por todo o Brasil, dividindo palco com o Mestre Sivuca no Projeto Pixinguinha e também no Festival de Águas Claras. Enfim, a moça estava, merecidamente, com tudo. Hoje, vivemos um outro momento onde a informação, a mídia, se diluiu, se fragmentou em tanto pedaços que mesmo um artista dos mais conhecidos, acaba também diluído. Aliás, essa é a nova ordem mundial, não se ouve a obra de um artista, mas sim a música, o hit do momento em alguma plataforma digital. E passa logo… Mas aqui, no Toque Musical, as coisas passam devagar, com o retardo necessário que cabe a toda boa lembrança. E vamos a ela… 😉
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Entramos, enfim, em fevereiro e aqui vamos nós na nossa peleja fonomusical. Para começar, vamos com mais um disco da série, “A voz da RCA Victor” desta vez trazendo o suplemento de lançamentos dos seus discos de 78 rpm para o mês de novembro, de 1959. Esta série é mesmo muito rara e poucos são os colecionadores que possuem esse material. Infelizmente, nós só tínhamos seis deles e este é o último que apresentamos por aqui. Se acaso aparecerem outros, sem dúvida, iremos trazer para vocês. Neste suplemento de número 24, todos os lançamentos são de artistas nacionais. São 24 trechos iniciais das músicas, que mesmo cortadas valem a pena serem ouvidas. Aqui temos…
vinheta de abertura
mariposa / argumento – nelson gonçalves
petite fleur / la chanson d’orphée – guylaine guy
fuba / velhos tempos – jacob do bandolim
la strada del amore / refugio – neusa maria
meu castigo / um pouco de nós mesmo – fernando barreto
prece a chuva / sonho desfeito – ivete siqueira
vem / molengo da morena – jair alves
juvita / aracati – ary lobo
madalena / arrependida – tião careira e carreirinho
resposta da saudade/mariquinha – silveria e barrinha
nossa verdade / passado de boêmio – marreco e marrequinho
Digam aí, amiguinhos cultos e ocultos, o que acharam desta nossa grande mostra de discos de sete polegadas? Hoje damos por encerrada a apresentação exclusiva de compactos, mas eles sempre voltam, sozinhos ou em bloco, ok?
Aqui temos mais uma raridade para fechar de vez a mostra. Em meio a tantos disquinhos fui escolher este compacto simples, lançado em 1968 pela CBS, através de seu selo Epic. Trata-se de um grupo vocal da era Jovem Guarda, Os Inocentes. Eis aí um nome de conjunto que tem tudo a ver com aquela época e por outra, parece que muitos grupos adotaram esse nome já desde essa época dos anos 60 e aí, se a gente não tem a informação correta, corre o risco de gerar mais confusão para quem busca um pouco da história. O fato é que não foi fácil descobrir quem era mesmo esses Inocentes, mas acabei chegando a conclusão que este era mesmo um quarteto vocal vindo do interior de São Paulo, descobertos por Carlos Imperial com quem gravaram o primeiro compacto e posteriormente caíram nas graças de Rossini Pinto, passado para a RCA Victor onde gravaram outro compacto. O grupo se apresentou em shows e programas de televisão, fizeram um relativo sucesso local. E ao que parece, gravaram apenas mais um disquinho, que é este que aqui publicamos. Confiram essa raridade no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como hoje é domingo, Silvio Santos vem aí… Reservei essa curiosidade para hoje, afinal os domingos sempre foram dele na televisão. Fala sobre Silvio Santos é chover no molhado, figura bastante popular nesse nosso Brasil já há décadas. Um homem que soube enriquecer explorando o povão com seu Baú da Felicidade, apoiado sempre pelos governos militares (e vice-versa), conseguiu se dar bem, se tornando um homem poderoso da televisão. Nada como ser conivente com qualquer tipo de governo, seja de direita, militar ou de esquerda. Silvio Santos sempre soube como lidar e tirar proveito dos momentos e é por isso que ele ainda está por aí, mumificado, mas ainda se arrastando… Admiro o sujeito pela sua inteligência e sagacidade. Popular e populista, Silvio Santos é mais que um simples apresentador de programas dominicais. Um tipo que chegou a ser cotado para Presidente de República, mas experto como é, prefere ser ‘eminência oculta’, comendo pelas beiradas. Uma prova de que os meios ‘televisivos’ deram e ainda dão aos seus donos todo o poder e riqueza. Mas deixemos esse lado as canalhices e politicagens, vamos focar na diversão. E neste sentido, SS foi um mestre, como apresentador de programas, comunicador, encantou milhares de brasileiros, se tornou também uma celebridade, que eventualmente gostava de cantar, participar da festa… Certamente, não podemos considerá-lo como um bom cantor, mas este soube também usar da voz para vida a coisas como essa… Aqui temos dele, em produção independente, um compacto que se não me engano foi lançado em 1969. Um disquinho curioso e raro hoje em dia no qual ele aparece cantando um samba feito para (provavelmente seu time) o Corinthians e do outro lado recitando apaixonadamente uma poesia, que por certo deve ser sua. Musicalmente, o que salva o compacto é a presença do maestro Francisco Moraes, responsável pelos arranjos e orquestração. Uma curiosidade que, por certo, a torcida do Corinthians conhece bem. Confiram no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nada como ser independente, não estar atrelado a regras e poder seguir livremente fazendo as coisas do jeito que a gente quer. Me refiro, por certo, ao próprio blog Toque Musical, esse ‘arremedo informativo fonomusical’ que está na ativa já há quase quinze anos. Sabemos o quanto somos menosprezados pela turma dos expertise da música, gente graduada que escreve em jornais e revistas, publicam livros e coisa e tal, mas torcem o nariz para o nosso blog. Eu até entendo, principalmente por conta de uma certa vaidade e orgulho, ter seu nome associado ao TM pode por em descrédito o profissionalismo. E isso se dá pelo fato de não termos normas, por ser um blog que compartilha no assunto da música o fundamental, a própria música. Ainda hoje somos associados a pirataria, como se tivéssemos mesmo interessados em fazer dinheiro. Estamos há 15 anos por aqui e ao contrário do que possa parecer, nunca ganhamos nada além da satisfação de apresentar diariamente uma produção fonográfica, coisa que, modéstia a parte nós, os blogs musicais, ajudamos a resgatar. Sinceramente, acho mesmo até bom que não tenhamos nos vinculado a parceiros robustos. Por certo, numa dessas já teríamos fechado as portas, como fizeram tantos outros blogs, seja pela pretensão ou pela falta mesmo de estímulos (melhor um incompetente animado do que um competente limitado). É ótimo trabalhar assim, sem amarras, sem uma ordem que nos imponha limite. É bom contar com parceiros que se unem ao TM apenas pelo prazer em cooperar. E se ainda estamos no jogo, isso se deve ao fato de somos exatamente isso o que queremos ser, um blog de caráter pessoal, que posta e compartilha em seu grupo privado, o GTM, o conteúdo de suas publicações. Alguns, por certo, irão questionar o fato de pedirmos doação, coisa que fazemos somente e mediante a solicitação para postagens antigas cujo os links já tenham caducado. Consideramos isso como uma contrapartida, um valor simbólico que nos ajuda a manter a hospedagem da versão WordPress e sua manutenção, nada a mais. Nosso ganho é apenas o prazer de fazermos novas amizades e nesse sentido, temos os melhores amigos cultos e ocultos do mundo, que são vocês…
Mas, deixemos esse assunto para um próximo momento, vamos dando sequencia às nossas postagens que hoje está trazendo o genial Jards Macalé. Já o apresentamos aqui em outros trabalhos, mas como estamos na onda dos discos de sete polegadas, vamos aproveitar a oportunidade para postarmos dele este disquinho que foi seu filho primogênito, um compacto duplo lançado pela RGE, em 1970. “Só morto (burning night)” foi um trabalho produzido pelo próprio Macalé e por Carlos Eduardo Machado, contou com a participação de um time de primeira linha, como se pode ver na ficha da contracapa. Trazia o grupo de rock carioca Soma, Zé Rodrix no piano e orgão e Naná Vasconcelos na percussão. As quatro músicas que compõe o compacto são todas de Macalé em parcerias, sendo uma com Capinan e as outras três com Duda (Carlos Eduardo Machado). Nas quatro faixas Macalé é o responsável pelos arranjos e é quem toca o violão. Neste primeiro disco temos, por exemplo, a música “Sem essa”, que voltaria a ser regravada por ele em seu disco de 1977. Embora seja uma joinha, o disquinho tem uma qualidade de som que ficou a desejar e foi nesse desejo que décadas depois ele mereceu uma segunda edição, feita com maestria pela Discobertas, transformando aquele compacto duplo em um lp/cd e no qual trazia mais dez faixas bônus que são gravações também antigas, feitas ao vivo. Esta versão vocês ainda encontram com facilidade para comprar. Já o compacto original, esse já virou artigo de especulação no Mercado Livre e Discogs. Confiram no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Um artista que sempre gostamos de ver (e ouvir) no Toque Musical é o Dick Farney. E aqui está ele novamente, marcando presença com sua orquestra, neste disquinho de 7 polegadas, lançado em 1963 pelo selo RGE. Como podemos ver logo na contracapa, aqui temos uma seleção de ouro para este compacto duplo, com quatro sambas clássicos, a ver e ouvir com prazer…
Boa noite, meus caros e prezados amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com Fagner, Raimundo Fagner, em seu primeiro disco, no caso, um compacto duplo lançado em 1972. Fagner havia chegado ao Rio de Janeiro há pouco tempo, mas já trazia na bagagem um currículo interessante, que logo foi notado. Quem primeiro gravou sua música foi Elis Regina, uma garantia de sucesso para qualquer compositor e foi nessas e outras que o cearense logo conseguiu um contrato com a Philips para gravar este disquinho, um compacto com quatro músicas, tendo como carro-chefe a faixa “Cavalo Ferro”. Aqui também está presente “Quatro graus”, música sua que concorreu ao VII FIC, mas foi desclassificada. Confiram no GTM mais este disquinho, que hoje é coisa rara.
Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais uma curiosidade fonográfica extraída por debaixo da poeira do tempo. Mais um disquinho obscuro que teria passado batido, não tivesse antes caído em nossa graça. Como todos já devem saber, o Toque Musical se destaca pela variedade. Aqui cabe música, mas também cabe qualquer coisa produzida para ser um fonograma, de textos narrativos, poesias e histórias a documentos sonoros, jingles e até mesmo toques, barulhos e efeitos sonoros. Afinal, para um bom ouvido, tudo pode ser música, inclusive poesia. E sobre poesia que nos encontramos agora. Eis aqui este obscuro disquinho de sete polegadas, uma produção independente de 1967, coisa feita aqui mesmo na capital da ‘Geraes’. Um disco de sete polegadas que cumpre aqui o seu papel de compacto, mas compacto não de um lp, mas de um livro. Sim, aqui temos uma amostra com quatro poemas da poetisa Ulta Nunes Machado, um nome o qual eu não encontrei nenhuma referência na enciclopédia Google. Por certo, esta será a primeira menção a esta poetisa e também a esse disquinho raro. Suas poesias são interpretadas pelo moço, galã da foto e quase meu xará, Antonio Augusto, que conta ainda com um fundo musical feito pelo violonista José Eugênio. Ao que se entende, este compacto foi uma prévia do livro de poesias de Ulta Nunes Machado que estava par ser lançado.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós, mais uma vez, ouvindo discos com outros olhos… Eis que me cai às mãos este disquinho, um compacto com uma capa que me chamou a atenção. Edson da Paz, quem seria? Pela capa, logo pensei se tratar de um samba-rock. O nosso artista aqui é bem estiloso, de cabelo ‘blackpower’, óculos tipo ray-ban e uma guitarra nas mãos. Estava eu com os ouvidos bem abertos achando que viria alguma coisa swingada… qual o quê… Não foi de todo uma decepção, até porque quem vê capa não ouve a canção. E lá estava eu descobrindo o Edson da Paz. O compacto foi lançado em 1981, mas tem aquele ranço de 10 anos trás, aquela pegada meio brega, meio pós jovem guarda, aquela influência ‘robertocaliana’ até mesmo nos timbres vocais deste cantor. É mesmo curioso e disso eu gosto bem e acho que cabe aqui como uma luva, afinal, adoramos as obscuridades ‘fonomusicais’, não é mesmo? Pois bem, mas eis que numa pesquisa rápida pelo Google, descubro que Edson da Paz continua em atividade. É conhecido como o “Cantor Especial”, um artista com deficiências, ele é cadeirante. Segundo informações, ele é um cantor palestrante, que se dedica a levar mensagem positivas e de esperanças ao seu público. Também se apresenta em praças, principalmente na cidade de Aparecida do Norte (SP). Gravou vários discos, vinil e cds e também foi candidato a deputado federal, pelo PT. É um autêntico artista popular, alagoano que fez sua fama em São Paulo. Confiram este disquinho…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Em nossa última semana de janeiro, ainda nos compactos, trago aqui este disquinho do Trio Esperança. Ele já foi apresentado aqui há algum tempo atrás, mas em bloco, com outros discos de sete polegadas e na época foi sem a capa original. Assim, já com o disco na mão, porque não postá-lo novamente, né? 🙂 Então, aqui temos dois sucessos que ficaram marcados nos anos 60: “Festa do Bolinha”, música de Roberto e Erasmo Carlos e “Downtown”, hit internacional em uma versão de Rossini Pinto que se chamou “Não me abandone”. Nada de novo no ‘front’, mas que agrada em cheio. Confiram no GTM…
Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mês de janeiro dedicado ao disco de 7 polegadas, hoje temos aqui este raro disquinho lançado pela Continental, em 1974. Trata-se de um compacto duplo do cantor e compositor pernambucano Carlos Pinto. Um artista que sempre esteve ligado as artes cênicas, desde a adolescência e através dessa veio também a música que, o levou para as capitais, os grandes centros e a conhecer e se envolver com outros artistas também saídos da região nordeste. Quando foi morar na Bahia conheceu a turma dos Novos Baianos e chegou até a tocar com eles no show “Desembarque dos bichos depois do dilúvio universal”. Mas ele só viria para o Rio de Janeiro em 1970 onde se integraria a uma turma de amigos como, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos, Torquato Neto e outros. E foi com Torquato Neto que Carlos Pinto começa uma parceria musical, depois vem Waly Salomão e por aí vai… Gravou apenas dois compactos pela Continental, um primeiro simples e na sequência este duplo no qual aparecem seus dois grandes sucessos, “Luz do sol”, gravado por Gal Costa e “Todo dia é dia d”, gravado por Gilberto Gil. Carlos Pinto seguiu se apresentando em show e com outros parceiros, mas acabou voltando para o seu nordeste nos anos 90, onde se tornaria um produtor cultural, desenvolvendo vários projetos e programas na áreas das artes e cultura de sua região. Também se tornaria compositor de hinos e marchas de carnaval. Sempre muito atuante também como membro de ONGs. Segundo informações colhidas em outros sites, Carlo Pinto faleceu em 2019, vitimado por um AVC.
Bom dia, companheiros, amigos cultos e ocultos! Porque hoje é sábado… hehehe… Uma boa desculpa ou razão para trazer de volta este compacto do Marcos Valle, uma amostra do seu lp de 1968, “Viola Enluarada”. Eu já havia postado este disquinho aqui há uns 10 anos atrás, mas só que foi em bloco, num conjunto de outros discos de sete polegadas, creio que ninguém nem lembra mais, nem eu me lembrava e talvez sabendo disso, nem teria re-postado, mas em se tratando de um artista como o Marcos Valle, sempre vale a pena ver e ouvir de novo. Aqui temos ele em dois momentos apresentando a canção título do lp, “Viola enluarada”, com a participação de Milton Nascimento e “Pelas ruas do Recife”, também de sua autoria com o irmão Paulo Sérgio. Disquinho encantador, merece estar aqui e em destaque 😉
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me lembro ainda de uma viagem que fiz a São Paulo nos anos 80. Fiquei em um hotel no centro e por acaso fiquei conhecendo um rapaz que era do interior paulista. Estava na capital para assistir a apresentação de um conjunto musical de sua cidade que iria se apresentar num programa de televisão. Estive com ele em dois momentos, no café da manhã do hotel, onde conversamos e foi justamente no segundo dia que ele me mostrou este disquinho, da banda do primo. Creio que ele havia comprado ou ganhado na noite anterior, mas por infelicidade, acabou esquecendo o compacto na cadeira. Tomamos café e ele se foi. Meia hora depois alguém do hotel veio me trazer o disco, eu informei que não era meu, mas nessa altura o dono já estava voltando para a sua cidade. Sabendo eu da felicidade do cara, por conta do disquinho, achei por bem enviar a ele pelo Correios e foi o que fiz, peguei o endereço no hotel e ainda pela manhã enviei o disco para ele. Duas semanas depois recebi uma carta dele super agradecido. Coincidentemente, mais de trinta anos depois volto a encontrar esse disquinho e não poderia dessa vez deixar passar em branco, fui ouvir…
A Apollus Band era um conjunto de baile que se apresentava em cidades do interior paulista. Acredito que eram da cidade de Apucarana. Gravaram este disquinho, com produção de Osmar Zan, músico, filho do lendário Mario Zan, que também é o autor das versões para as duas músicas deste compacto. Os arranjos e regências são de Hélio Santisteban, do conjunto Pholhas. Achei bem interessante, perfeito para o nosso ‘hall de curiosidades fonomusicais’. Confiram no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos. Segue nesta postagem um compacto do VI Festival Internacional da Canção, de 1971 e conforme já se vê pela capinha, foi um festival com participação de cantores/músicas de outros países, realizado no Maracanãzinho e patrocinado pela Rede Globo, com promoção da Secretaria de Turismo da (então) Guanabara. A capa do compacto sugere com estampa uma folha de telex (telegrama), onde constam as informações, porém sem apresentar a lista das quatro faixas que fazem parte deste compacto. Aqui estão reunidas, segundo a Polydor, as quatro músicas favoritas do festival…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Definitivamente, eu não estou conseguindo manter nossas postagens diárias, mas também não quero deixá-las espaçadas, considerando apenas os dias em que realmente faço as publicações. Por isso elas seguem, embora com atrasos, sempre na sequencia dos dias.
Hoje tenho para vocês este disquinho lançado pela RGE/Fermata, em 1973. Nele temos quatro temas que fizeram parte da novela “Carinhoso”, da Rede Globo. Nesta época, embora a Globo já tivesse seu editorial para trilhas e o selo Som Livre, era muito comum se pegar carona no sucesso deles e aqui temos um bom exemplo disso. A RGE. aproveitando desse sucesso, produziu um disco com temas musicais da novela, no caso, versões geradas certamente por músicos de estúdio da gravadora que aqui aparecem como grupos: Thad Sunshine, Nuvens e Clouds. A direção artística é de Toninho Paladinho e os arranjos e solos de sintetizador é do mestre Renato Mendes, que dá uma outra roupagem as músicas. Disquinho curioso, que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Aqui para vocês, um compacto de uma dupla inesquecível, não é nada de raro, no sentido de restrito, mas é raro sim na qualidade. Este sete polegadas lançado em 1972pela RGE, é uma amostra do álbum “São demais os perigos desta vida”, terceiro disco da dupla. Neste disquinho temos dois sucessos…
Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Na sequencia de nossa mostra em discos de 7 polegadas, hoje vamos com The Clevers, uma das pioneiras bandas de rock brasileira. Nascida em São Paulo no início dos anos 60, fez bastante sucesso ao longo de sua existência, se transformando em seguida em Os Incríveis, banda que alcançou ainda mais sucesso, ainda nos anos 60 e início dos 70. A história é longa e para quem não conhece eu sugiro pesquisar no Google. Informações não faltam, exceto aqui, tanto pela redundância quanto pele pressa. Como sabem, meu tempo sempre é muito curto 🙂 Mas eis aqui o que podemos considerar como sendo o segundo compacto lançado pelo grupo, em 1964, quando estavam em excursão pela Europa, acompanhando a cantora italiana Rita Pavone. Logo em seguida ao retorno o grupo, cheio de fama, encerra com o empresário Antonio Aguillar e começam uma nova fase como os Incríveis The Clevers. Neste compacto duplo temos quatro ‘roquinhos instrumentais’ que na época estavam em moda como ‘hully gully’, um gênero dançante que agradava bem a juventude. Confiram no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Nosso disquinho deste domingo vai ser este aqui da Rita Lee. Lançado em 1970, trazia dois grandes sucesso de seu primeiro disco solo, o “Build Up”: “José”, uma versão adaptada de Nara Leão para “Joseph”, de George Moustaki e rock “Eu vou me salvar”, de sua autoria e Elcio Decário. Compacto de pré-lançamento do álbum, o qual nós já apresentamos aqui. Vale a lembrança. Bem legalzinho 🙂
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra de compactos, disquinhos de 7 polegadas, tenho hoje para vocês o Caetano Veloso, um artista que dispensa comentário, ou por outra, que merece até demais. Porém, aqui, vamos apenas apresentar uma sugestão fonomusical, compacta, simples, mas sempre agradável. Esta postagem tem apenas o intuito de ser agradável e Caetano Veloso, por certo, representa muito bem. Tenho aqui este compacto simples lançado pela Philips, em 1978, trazendo duas canções na voz do artista que fizeram parte da trilha de dois filmes nacionais: “Amante amado”, música de Jorge Ben para “Na boca do mundo”, filme de Antônio Pitanga e “Pecado original”, música do próprio Caetano para o filme “A dama do lotação”, de Neville d’Almeida. Todos os dois filmes foram lançados naquele ano de 1978. Essas duas músicas nunca foram editadas em lps, só vieram a aparecer no cd “Singles” anos mais tarde. Está aí, mais uma curiosidade e um disquinho ótimo de se ouvir. Confiram no GTM…
Olá, meus amigos cultos e ocultos! Lembrei que tinha este arquivo aqui que me foi enviado há algum tempo atrás. Como verifiquei, ainda não foi postado, então é agora mesmo… 🙂
Aqui temos Geraldo Vandré em duas gravações feitas no Chile, em 1969, durante seu período de exílio naquele país. No compacto simples “Desacordonar”, composta no Chile e em espanhol e uma versão para “Pra não dizer que não falei de flores”, aqui chamada apenas de “Caminando. Essas gravações nunca chegaram a ser lançadas aqui no Brasil até 1983, quando então apareceu em uma produção independente e limitada. Eu, sinceramente, nunca tive em mãos este disquinho. Coisa rara, mas já bem rodado em outros blogs musicais e lá no Youtube. Ou seja, já está lá no GTM aguardando vocês.
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Fique neste mês com a promessa de postar somente discos compactos, de sete polegadas. No fundo, queria mesmo é revisitar o arquivo, descobrir o que tem além nesses disquinhos que muitas vezes, apenas pelo selo, considerando suas capas genéricas, não é possível saber o seu conteúdo. E é assim que eu vou descobrindo…
Entre tantos, eu hoje escolhi este compacto lançado pela CBS, através de seu selo Epic. Leonardo… para mm, até então um desconhecido. E para se ter uma ideia do meu descontrole, só agora percebi que já havia postado este disquinho aqui, há coisa de uns sete anos atrás, em uma dessas nossas mostras de compactos. Porém, relendo a postagem, percebo que (assim como tantas outras) a fiz meio a ‘toque de caixa’, como dizem por aí. Não dei a devida atenção… há vezes, em que escrever essas postagens como um ato diário e obrigatório me dá um tremendo desânimo, por isso, as vezes sai ‘merda’ (com o perdão da palavra) e a postagem fica mesmo muito pobre. O que, então, reforça a necessidade de uma nova postagem para esclarecer melhor os fatos 🙂
Então, temos aqui Leonardo, neste compacto lançado em 1968. Numa rápida pesquisa que fiz aqui, acabei caindo no Youtube e foi lá que encontrei as informações que faltavam. E que interessante, até aqui, meu saudoso amigo virtual Samuca está presente. Foi através de seu comentário e de outros na postagem deste disquinho, no Youtube, que colhei as informações necessárias…
Leonardo foi um pseudônimo usado pelo compositor carioca Nenéo (Nelson de Moraes Filho). Um cara que por conta da tragédia, a morte num mesmo momento dos pais e irmão, lhe deixou aos 13 anos sozinho, como tutor de seus outros irmãos mais novos. Encontrou na música, na composição, inspirada em seu ídolo Roberto Carlos, a retomada da vida e o sucesso como músico. Na verdade, foi através do cantor Paulo Sérgio, que tudo começou. Foi ele quem gravou primeiro a sua música. Depois viria Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Márcio Greick, Zezé de Camargo & Luciano, Sandy & Junior e muitos outros. Enfim, este foi o primeiro momento, o primeiro disco deste compositor que continua ativo, compondo e também gravando. Confiram o disquinho no GTM…