Serginho Meriti – Bons Momentos (1981)

Sérgio Roberto Serafim, ou Serginho Meriti, que o Toque Musical põe hoje em foco, é sinônimo de samba. É carioca de Madureira, nascido em primeiro de outubro de 1958, mas foi criado em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, onde tomou gosto pela música. O pai, gaúcho, era violonista e boêmio, e a mãe era cantora e compositora de hinos religiosos. Como compositor, tem mais de 370 músicas, gravadas por nomes do porte de Alcione, Bebeto, Neguinho da Beija-Flor, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. Este último é criador de inúmeras composições de Meriti, entre elas “Deixa a vida me levar”, que se tornou o hino do pentacampeonato mundial de futebol conquistado pelo Brasil, em 2002. Pois o TM apresenta hoje para seus amigos cultos e ocultos o primeiro LP de Serginho como intérprete, “Bons momentos”. Lançado pela Polygram em 1981, tem apenas oito faixas, e nessa ocasião ele estava incursionando pelo suingue à maneira de Jorge Ben Jor. Aliás duas músicas que fez em parceria com Bebeto, e também gravadas por ele, estão neste disco:  “Mona Lisa” e “Batalha maravilhosa”. Em suma, um trabalho que documenta o início de uma carreira bastante promissora. Ouçam e confirmem.

bons momentos
madureira
malandro velho
memórias de um neguinho poeta
neguinho poeta
mona lisa
serjane
tipo help
batalha maravilhosa

*Texto de Samuel Machado Filho

Chiquinho E Sua Orquestra De Danças (1959)

O Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos mais um álbum na linha dançante, desses que eram lançados aos cachos nas décadas de 1950/60, sempre com vendagem garantida. Aqui, quem bate o ponto com sua orquestra de danças é o maestro Chiquinho (Francisco Duarte), também trompetista e compositor. Nasceu no Rio de Janeiro, no bairro da Gamboa, em 3 de dezembro de 1907, e era um dos maestros mais requisitados para os programas de auditório do rádio, pois sua risada, que era engraçadíssima, era utilizada pelos apresentadores como um recurso para contagiar o público presente. Sua simpatia, reconhecida por todos que conviveram com ele, lhe rendeu o slogan de “maestro da simpatia”, conferido pelo apresentador César de Alencar. Chiquinho também era conhecido como “maestro do lenço”, pois tinha mania de usar um lenço na mão enquanto regia, por suar muito nas mãos. O lenço, de dimensão maior que a usual, era colocado na lapela, fazendo dele uma figura de aparência original, fato que lhe deu grande notoriedade. Faleceu em seu Rio natal, em primeiro de novembro de 1983. Neste LP, lançado pela Polydor  em 1959, figuram, como sempre acontecia, sucessos da época, tais como “Ave Maria Lola”, “Ontem e hoje”, “Siete notas de amor” e “Apito no samba”. Tudo com a competência do maestro Chiquinho, em mais uma raridade que o TM nos oferece.

apito no samba
ontem e hoje
ave maria lola
viale d’autunno
padre don josé
trágica mentira
sambando em paris
why wait
vogliamoci tanto bene
calor do samba
siete notas de amor
gostosinho

.
*Texto de Samuel Machado Filho

Erasmo Carlos – Promocional (1982)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com o Tremendão, o grande Erasmo Carlos. Olha só… Em 1982, Erasmo estava lançando o álbum “Amar pra viver ou morrer de amor”, um disco que viria a ser um dos mais importantes em sua discografia. Para tanto, a Polygram criou este disco promocional aqui. Feito para o radialista promover o então recente lp do artista. Um lp bem curioso, pois traz um roteiro de entrevista no qual, ao tocar o disco, Erasmo responde, espaçado, as perguntas feitas em off. Basta então o radialista dar aquela personalizada, fazendo por cima as mesmas perguntas. Grande sacada! Todos saem satisfeitos e o disco vende muito bem, obrigado. Taí, façam os seus programas 😉

entrevista com erasmo carlos
mesmo que seja eu
meu boomerangue não quer mais voltar



.

Ronnie Von – A Misteriosa Luta Do Reino De Parassempre Contra O Imperio De Nuncamais (1969)

Ronnie Von é o tipo de cara que tinha tudo para se tornar um grande artista. Era bonito, talentoso e fazia parte de uma turma de jovens interessantes como os Mutantes, de quem ele era muito amigo. O pequeno príncipe nos anos 60 fez sua fama, tendo até um programa de televisão. Eu não consigo entender como ele foi ao poucos se rendendo ao popular, se tornando um artista medíocre e pobre. Virou uma coisa assim meio brega, sei lá… Acho que ele realmente ‘trancou a vida’. De qualquer forma, não há como negar que o moço chegou a fazer alguns trabalhos interessantes e pretenciosos, como é o caso deste álbum que estou postando. Neste temos coisas “Por quem sonha Ana Maria”, “Dindin”, “My cherie amour”, “De como meu heroí Flash Gordon irá levar-me de volta a Alpha do Centauro, meu verdadeiro lar” (convenhamos, com um título desses a música não precisa nem de letra)

Raimundo Sodré – Massa (1980)

Esse baiano apareceu no cenário musical depois de ter classificado sua composição “A massa”, no MPB 80, festival realizado pela Rede Globo. A música foi um tremendo sucesso, abrindo assim a chance do cara de gravar seu primeiro disco. O álbum em questão tem, além da faixa título, outras músicas bem marcantes como “Vai pra casa esse menino, viu?” e “Recado pro pessoal lá de casa”. Ele depois desse, chegou a lançar outros trabalhos. Quem se interessar poderá encontrar outros títulos postados nos blogs de música. Sei que já vi em algum lugar, mas não me lembro onde. Quem souber, dê a dica…