Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste ano de renovação e reconstrução do Brasil (em todos os sentidos) o Toque Musical irá retomar suas postagens dando ênfase a música erudita brasileira. Por certo, aqui nunca faltou espaço para ela. O TM é um espaço multifacetado, onde já postamos até as banalidades, seja por curiosidade ou pura diversão. Mas, agora, vamos nos dedicar ao erudito. Existe sim uma grande produção fonográfica para esse gênero e que infelizmente sempre viveu meio as sobras e nos dias atuais, podemos dizer que foram mesmo esquecidas. Música clássica, erudita… não é para qualquer um, só mesmo para iniciados. Os discos que apresentamos aqui é uma oportunidade boa para se conhecer um pouco da música brasileira de cunho erudito, seus intérpretes e compositores.
Sonatinhas nº1
molengamente
ponteado e bem gostoso
bem depressa
Valsa nº 10
choroso
6 Ponteios
nº 13 saudoso
nº 35 dengoso
nº 45 com alegria
nº 12 decidido
nº 22 triste
nº43 grandioso
Estudo nº 16
caprichoso
4 Momentos
nº 7 calmo e tristonho (homenagem a Henrique Oswald)
No início da década de 80, surgiu um dos mais importantes grupos de Porto Alegre, o Raiz de Pedra. Pedro Tagliani – violão e guitarra, Márcio Tubino – flauta e saxofones e César Audi – bateria criaram uma nova linguagem de Jazz progressivo que os tornaria conhecidos e respeitados por toda a Europa. Lançaram seu primeiro LP (Trajetória em 1985) totalmente independente e em seguida mais um LP independente em 1988 (Ao Vivo). Gravaram na Alemanha, em 1989, o álbum Pictures com a gravadora Mazurmuzik e mais tarde em 1996, o álbum Diário de Bordo que contou com a participação de Egberto Gismonti como pianista e co-arranjador. Desde então, o grupo Raiz de Pedra tem atuado em shows e trabalhos individuais pelo exterior.
Olá, amigos cultos e ocultos! Para encerrar o mês, tenho aqui um disco de festival que adquiri nesta semana e achei bem interessante. Trata-se de um festival dos anos 80 promovido pelo governo do estado de São Paulo. Infelizmente, as informações sobre o mesmo se limita ao que temos no próprio lp, pois não encontrei, numa pesquisa rápida na internet, citações sobre este evento. E chega mesmo a ser curioso, pois aqui já estamos numa segunda edição e não há muito o que encontrar sobre este festival. Daí, o que podemos adiantar é que foi um evento musical que envolveu a capital e também cidades do interior. O disco é gravado ao vivo e traz as dez canções selecionadas. Não há informações sobre quem foram os premiados, mas procuraram, pelo menos, incluir um encarte com as letras, os nomes das músicas e seus intérpretes. Eis aqui um lp que merece atenção, principalmente daqueles que acompanham festivais e por certo, trata-se de um disco histórico e raro, além de ser uma produção independente. Confiram o pacote completo no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nessa nossa salada mista musical cada dia é uma nova surpresa, até para mim, pois não estou conseguindo tempo nem para programar o que iremos postar. Todos de férias, eu sozinho pra tocar o barco… Essa é a luta…
Hoje temos a roqueira mineira Júnia Lambert em seu primeiro disco, uma produção independente lançada nos anos 80. onde ela estreia neste EP, com duas músicas: “Telepatia” e “Desistindo e insistindo”. Nos anos 90 ela conseguiria se destacar nacionalmente com seu lp, “Ar de Rock”, no qual emplacou duas canções: “Sem roupa” e “Limusine grana suja”, tocadas em novelas da Rede Globo. Há tempos não ouço falar dela, mas creio que continua na ativa e até gravou outros discos. Por hora, vamos conferir este compacto de 12 polegadas 🙂
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com o cantor e compositor cearense Saldanha Rolim, um artista que começou a se destacar a partir dos anos 80, quando então, decidiu encarar os grande centros da região sudeste. Veio para São Paulo onde conheceu outros artistas. Travou contato com Geraldo Vandré e por ele foi convidado a participar do show que deu no Paraguai, na cidade de Puerto Stroessner. Ali também conheceu o cantador mineiro, Saulo Laranjeiras com quem criou uma grande amizade e acabou chegando a Minas Gerais onde acabou se encontrando. Criou novas parcerias, amigos e um público fiel, se tornado um dos artistas mais atuantes na cena musical mineira. Percorreu diversas cidades pelo interior de Minas, se apresentando em shows e festivais. Nós já tivemos o prazer de apresentá-lo aqui em uma primeira oportunidade, em seu disco de 1994. Agora estamos trazendo “Morenô”, trabalho anterior, lançado em 93 pelo selo independente Sinfonia Discos. Um belo trabalho, praticamente todo autoral e em parcerias. Há também uma bela composição de Renato Teixeira, “Uma noite não é nada”.
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Como vez por outra eu recebo e-mails de gente pedindo música sertaneja, vez por outra eu atendo. E nesse caso, trazendo a alegria para um grupo de pessoas lá da cidade mineira de Pará de Minas, que por três vezes me perguntou sobre este disco do Trio Paraense. Coincidentemente, eu vim a encontrá-lo há alguns anos atrás, mas acabou ficando na gaveta, esperando a sua vez. E como dizem, toda araruta tem seu dia de mingau.
O Trio Paraense é um grupo de música popular caipira vindo da cidade de Pará de Minas. Para quem gosta do gênero, este disco tem um bom enredo. Mas, cá pra nós, o melhor mesmo é a capa, a fotografia da capa, ela já diz tudo. E nessa, mais uma vez relembrando, aqui é um lugar para se ouvir música com outros olhos. Guarde seu preconceito e seja feliz 🙂
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguimos no atraso, mas logo a gente acerta os ponteiros…
Hoje trago para vocês uma produção independente aqui das Minas Gerais. Um disco bem interessante do cantor e compositor, Housemberg Pettersen, conhecido como Velho Rosa. Ao lado do irmão Jacenguay Pettersen, o Guay, formou com outro amigos, no final dos anos 70 o Grupo Temucorda, em Governador Valadares. Eu já cheguei a postar aqui há alguns anos atrás o lp “Sangria”, do Temucorda. Inclusive, na época, pouca informação sobre eles havia disponível na internet e no texto eu deixava em aberto, sem saber dessas informações. Depois que o grupo acabou, Velho Rosa seguiu, tocando e compondo até vir a gravar este seu primeiro e único lp, “Peregrino”. Gravado aqui mesmo em Belo Horizonte. Creio que ainda gravou outras coisas, mas já na era do cd. Infelizmente, não há quase nenhuma informação sobre ele, mas garanto que vale a pena conhecer. É só conferir no GTM, ok?
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o músico Ricardo Bomba e seu excelente álbum “Ultralight”, lançado em 1988, com a etiqueta Tropical Jazz, que era um selo independente, creio que criado pelo próprio músico carioca, que também era dono de um excelente estúdio, por onde transitavam grandes músicos. Também conhecido como Ricardo Duna, tocou nas bandas de Jorge Benjor, Lulu Santos e muitos outros. Iniciou sua carreira como um músico pop, mas a experiência e os contatos musicais acabaram levando o artista para o lado do jazz, da música com teor instrumental, o que fez ele muito bem. “Ultralight” foi seu primeiro lp, embora já tivesse lançado um compacto numa linha mais pop. Seu lp de estreia, muito pautado numa linha jazzística, com pitadas de bossa e pop e uma excelência instrumental, deram a ele o premio de melhor revelação masculina na categoria Canção Popular. E neste lp temos 10 músicas autorais, com um autêntico frescor tropical e porque não dizer carioca. Ele vem acompanhado um bom time de músicos que lhe garantem um álbum de qualidade, basta ver a lista da contracapa. Para quem não conhece, fica aqui o nosso toque musical. Disco bacana e que agrada em cheio. Confiram no GTM…