Duarte Mendes – Adolescente (1971)

Um bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mostra portuguesa (com certeza), temos desta vez a presença de Duarte Mendes, mais um artista de destaque na música portuguesa dos anos 70. Ao que consta, José Henrique Duarte Mendes foi um dos chamados “capitães de abril’, por conta da sua participação na Revolução de 25 de abril, de 1974, também conhecida como “Revolução dos Cravos”. Duarte Mendes era um militar, parte do grupo dos capitães que se revoltaram contra a ditadura portuguesa. Na música, gravou vários discos, principalmente compactos e participou também dos festivais, muito comuns naquela época. Este é um dos seus discos mais conhecidos e traz duas canções, sendo “Adolescente” uma da músicas que concorreu ao VIII Grande Premio da TV Portuguesa, em 1971. Eis aqui um disquinho com um leve frescor de bossa nova, principalmente nesta canção. Confiram o ‘single’ no GTM…
 
adolescente
dar e cantar
 
 
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Hugo Maia De Loureiro – Canção De Madrugar (1969)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Hoje temos em nosso encontro este compacto simples do cantor português, Hugo Maia de Loureiro, um artista que segundo consta, teve uma carreira curta, pelo menos em disco. Se tornou conhecido em programa da RTP, o Zip Zip, onde se apresentavam diversos artistas da época e o qual se tornaria um selo, editando assim, principalmente em discos compactos, os seus artistas. Como vocês já devem ter percebido, outros dos disquinhos que postamos aqui são deste selo. Aqui, no presente compacto, temos Hugo Maia de Loureiro interpretando duas canções de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, “Canção de madrugar” e “Canção de amanhecer”, sendo a primeira, defendida pelo cantor em um festival. Se tornaria uma música bem popular em Portugal. Confiram no GTM…
 
canção de madrugar
canção de amanhecer
 
 
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Bártolo Valença – Até A Vista Lisboa (1966)

Olá, amigos cultos e ocultos! Continuando nossa mostra ‘luso-musical’, temos para hoje Bártolo Valença e seu conjunto (Rapazes do Ritmo). E havia dito que não teríamos fados, mas isso é quase inevitável. Como diz uma das músicas deste disco, “tudo é fado” quando o assunto é Portugal. E no caso aqui, temos um artista típico da ‘terrinha’ acompanhado pelo conjunto “Rapazes do Ritmo”, seu primeiro grupo musical que mais tarde se tornaria em, Rapsódia Portuguesa, dando mais ênfase as tradições e folclore lusitano. Bártolo Valença iniciou-se nos anos 50 e esteve atuante por toda a década de 60 e no inicio dos 70. Era um artista bem popular, se apresentava em festejos e casas de espetáculos e também gravou vários discos. Aqui temos dele o compacto “Até a vista Lisboa”, lançado ao que costa, em 1966. Ora pois… temos aqui a música portuguesa, com certeza…
 
até a vista lisboa
tudo é fado
lisboa cidade encantada
bailinho dos beijinhos
 
 
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Manuel Freire – Pedra Filosofal (1970)

Bom dia e em boa hora, amigos cultos e ocultos! Em tempos de ameaças ao estado democrático, na eminência de uma tentativa de ditadura por parte de uma direita burra que deu palanque a um imbecil, qualquer manifestação contrária a tudo isso é uma bandeira de resistência. E aqui, como já sabem, a esperança corre pela esquerda. Embora toda vez que faço alguma menção a política sofro alguma retaliação por parte de gente que está aqui só para vigiar, vou continuar levantando bandeiras de nossos ideais libertários. Ditadura, o caralho! Se pregam a máxima de “liberdade de expressão”, então que seja válida tanto para Chico quanto para Francisco, ok?
Então, temos aqui um precioso disquinho do compositor português Manuel Freire que eternizou musicando o poema “Pedra filosofal” do poeta António Gedeão, originalmente publicado em 1956, se tornando em uma espécie de hino de resistência contra a ditadura portuguesa. E, por certo, reflete também para outros países que enfrentaram e enfrentam regimes militares totalitários. Pelas informações colhidas na internet, Manuel Freire tem uma longa trajetória musical, gravando vários discos, sendo “Pedra Filosofal” uma constante de destaque em sua obra. Confiram no GTM…
 
pedra filosofal
menina dos olhos tristes
 
 
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Paulo Carvalho – Festival 71 (1971)

Bom dia, conterrâneos, amigos cultos e ocultos! Mal começamos as postagens portuguesas e já me apareceram aqui colecionadores, de olho nos meus disquinhos. Calma lá, gente! Deixa eu primeiro publicar, depois conversamos… 
Desta vez temos outro cantor bem famoso em Portugal, o Paulo Carvalho. Paulo é um dos pioneiros do rock português, fez parte do grupo Sheiks, uma espécie de versão portuguesa dos Beatles. Também fez parte do grupo Banda 4 (que por acaso já postamos aqui no Toque Musical) e do psicodélico Flúido, tudo raridade hoje em dia, difícil de achar em vinil. E aqui temos dele este disquinho trazendo a canção “Flor sem tempo”, de José Calvário e José Sottomayor, que foi defendida por ele em 1971, no Festival RTP da Canção, ficando em segundo lugar. O compacto traz a música na versão original e também em inglês. Confiram no GTM…
 
flor sem tempo
 
 
 
 
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Tonicha – Menina Do Alto Da Serra (1971)

Boa hora, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aqui mais um disquinho, um compacto de cantores portugueses. Desta vez um disco de 1971 trazendo a cantora Tonicha, uma artista bem popular em Portugal. Tem em sua carreira uma dezena de discos gravados e ao que consta, ainda continua atuante.
Este compacto traz duas canções de Nuno Nazareth e Ary dos Santos, sendo que “Menina do alta da serra” foi a música classificada e defendida por Tonicha, no festival Eurovisão e no qual alcançou o nono lugar. Confiram no GTM….
 
menina do alto da serra
mulher
 
 
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Simone De Oliveira – Chorar E Cantar (1967)

Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Conforme eu havia dito, estarei nas próximas postagens trazendo alguns discos da música popular portuguesa. São em sua maioria discos compactos, singles, muito comuns naquela época e diferente dos nacionais que por aqui nem sempre caprichavam nas capinhas. As capas de compactos europeus são sempre bacaninhas, laminadas, bem acabadas e geralmente atraentes. E acho que foi muito por conta disso que resolvi trazê-los para um toque musical. Procurei também separar bem as coisas… Nada contra, mas aqui não vai ter fado. Afinal nem só de fado vive a música popular portuguesa e vamos ver isso.
Para começar, temos aqui um raro exemplar, até mesmo em Portugal deste interessante compacto trazendo a cantora Simone de Oliveira. Simone esteve no Brasil, em 1966, no primeiro Festival Internacional da Canção defendendo a canção de seu país. E foi nesta oportunidade que conheceu vários artistas brasileiros e no caso aqui, a compositora Vera Brasil. Coincidentemente, há poucos dias atrás eu postei aqui um disco sobre a obra de Sivan Castelo Neto, que era o pai de Vera Brasil. E neste disquinho, um compacto duplo, a cantora Simone de Oliveira interpreta quatro composições de Vera, sendo duas delas com seu pai Sivan e uma com Adilson Godoy. Como se pode ver, na contracapa há um texto de apresentação, de Vera Brasil no qual ela comenta esse encontro da cantora portuguesa com a música brasileira. O disco foi gravado em Portugal quase um ano depois deste festival. Bem interessante. Vale a pena conhecer e conferir 🙂
 
renascendo
canto de partir
chorar e cantar
tema para sonata
 
 
 
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O Som Do Buy My Records Nos 10 Anos Do New Jirau (1971)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Estava para começar as postagens dos compactos, mas eis que me surge uma novidade… Depois de muito tempo procurando, finalmente consegui um exemplar do “By My Records”, um lp que há tempos faltava em minha coleção. Acredito que pouca gente deve se lembrar deste disco e talvez por isso mesmo, por ser uma produção um tanto obscura, ainda não foi devidamente avaliada pelos especuladores de raridades fonomusicais. Eu já havia visto este lp a venda no Mercado Livre e cheguei até a comprar, mas estava tão ‘lenhado’ que eu preferi devolver. Mas, com certeza, depois desta postagem vai começar a aparecer o disco no Mercado Livre, Discogs e até no Youtube, onde até então, curiosamente, só tem uma ou duas músicas do disco. Bom, por certo, não se trata de uma obra prima do pop/rock nacional, mas é sem dúvida um disco importante para qualquer colecionador de verdade. Quem coleciona discos raros sabe do que eu estou falando, aliás sempre falo… 🙂 Enfim, temos aqui o “By My Records”, um conjunto pop que tocava nas noites do New Jirau, uma boate/discoteca carioca que teve seus dias de glória nos anos 60 e 70. A New Jirau foi uma nova versão da também não menos famosa boate dos anos 50, onde Tito Madi começou sua carreira e também outros grande artistas se apresentavam. Nesse primeiro momento, a Jirau funcionava no “Beco do joga a chave meu amor”, que era a rua Carvalho de Mendonça, em Copacabana. Em 1966 a boate pegou fogo, mudou de lugar e passou a se chamar New Jirau, agora com uma nova administração. No texto interno deste lp de capa dupla há mais informações. O certo é que em 1971 a boate fazia 10 anos e para comemorar resolveram produzir um lp para um trio de músicos jovens que por lá se apresentava. Formado por Bruce, na guitarra; Nanau, nos teclados e Walter nos vocais. Tinha ainda um quarto elemento na bateria, Luís Fernando. Dessa turma só consegui identificar o vocalista que mais tarde se tornaria conhecido como Walter Montezuma, artista muito atuante nos anos 70 e 80, principalmente na área de publicidade e também com trilhas da Rede Globo e Nanau, ao que tudo indica, se tornou um produtor musical (e eu achando que era o lendário repórter policial, Gil Gomes, parece muito, hehehe…). O “Buy My Records” só gravou este lp que foi uma produção independente e edição bem limitada. Saiu também um compacto, hoje tão raro quanto o lp e aqui segue de bônus no pacote. E como podemos ver, o repertório é composto apenas de músicas cantadas em inglês, entre composições autorais e sucessos de Beatles, Stevie Wonder e outros. Sem dúvida, um lp que merece atenção e que por certo, logo estará disponível integralmente no Youtube e também para venda no Mercado Livre e Discogs. 😉
 
my guitar
swans on the canal
my little rose
if
toast and marmelade for tea
please get away
elizabeth my love
all my loving
please come back
never dream you’d leave in summer
king of love
sua mãe quer você vivo (bônus)
jesus (bônus)
 
 
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Quarteto Em Cy – Compacto Elenco (1966)

Olá, amigos cultos e ocultos! Que tal passarmos o mês nos compactos? Estou aqui com uma porção deles, disquinhos dos mais variados, inclusive, tenho alguns portugueses que acho interessante de mostrar e que por certo vocês também irão gostar. Mas, vou procurar alternar também com os lps, principalmente aqueles que já trazem um texto informativo na contracapa, assim a gente não atrasa, ok?
E pra começarmos bem, aqui vai um compacto da Elenco trazendo o delicioso Quarteto em Cy em disco lançado em 1966. Como se vê, trazendo duas pérolas, “Pedro pedreiro”, um dos primeiros sucessos de Chico Buarque e “Amaralina”, de Carlos Castilho e Chico de Assis. Creio que este compacto saiu primeiro, antes do lp, o terceiro das baianinhas. Confiram no GTM…
 
pedro pedreiro
amaralina
 
 
 
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Nanai E A Turma Do Sereno – Zé Carioca E Seu Conjunto – Personalidades (1956)

Bom dia, boa hora… amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos e arquivos que recebo, eis aqui um bem interessante, disquinho raro, dos poucos da RGE em 10 polegadas que a gente vê por ai. Não menos raros são os dois artistas que fazem parte deste lp, Nanai e Zé Carioca, dois artistas pouco conhecidos, como o próprio texto de apresentação na contracapa nos fala. Isso por conta de, já naquela época, eram artistas internacionais, ou seja, atuavam fora do Brasil. Nanai foi um artista que se apresentava por países da América do Sul. Zé Carioca, por sua vez, vivia nos Estados Unidos. Dois excelentes artistas os quais a RGE teve a oportunidade de gravar e lançar, em 1956.
Ontem eu estava ouvindo o disco e por uma feliz coincidência, uma das oito faixas se chama “Dois de junho”, interpretada por Zé Carioca e seu conjunto. Perfeito para a postagem de hoje! E como já disse, não irei me estender nas apresentações quando o disco já trouxer as informações na contracapa ou encartes. Isso toma tempo e tempo é coisa curta por aqui. Então, corram atrás… o link já está no GTM, ok?
 
teus olhinhos – nanai
september song – nanai
lula boba – nanai
morro mas não entrego – nanai
três estrelinhas – zé carioca
dois brasileiros em tokyo – zé carioca
dois de junho – zé carioca
desilusão – zé carioca
 
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Sertão Em Festa (1962)

Bom noite, meus caros amigos cultos e ocultos! E chegamos finalmente em junho, o mês da festas populares, as festas juninas, os festejos de São João. E desta vez, voltando as boas práticas, estou eu abrindo o mês com “Sertão em Festa”, uma seleção musical pensada para animar o momento, ou pelo menos o espírito de quem gosta de relembrar. Disco lançado em 1962 pelo selo Califórnia. Bem apropriado… e segue na contracapa as informações complementares. Aproveitem e boas festas!
 
quadrilha cabocla – perigoso
porto murtinho – irmãs souza
brotinhos de rio claro – nicola pizelli e bandinha
piracicaba – dirceu e marília
nenê – dorival
velho gaucho – raul da silva
espalha brasa – edevaldo
acalma coração – trio vitoria
cana verde raul da silva
vem querida – trio avenida
é melhor morrer – jangada e jangadinha
defensor da lei – joão mineiro e mulatinho
 
 
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2º Festival Nossa Música (1987)

Olá, amigos cultos e ocultos! Para encerrar o mês, tenho aqui um disco de festival que adquiri nesta semana e achei bem interessante. Trata-se de um festival dos anos 80 promovido pelo governo do estado de São Paulo. Infelizmente, as informações sobre o mesmo se limita ao que temos no próprio lp, pois não encontrei, numa pesquisa rápida na internet, citações sobre este evento. E chega mesmo a ser curioso, pois aqui já estamos numa segunda edição e não há muito o que encontrar sobre este festival. Daí, o que podemos adiantar é que foi um evento musical que envolveu a capital e também cidades do interior. O disco é gravado ao vivo e traz as dez canções selecionadas. Não há informações sobre quem foram os premiados, mas procuraram, pelo menos, incluir um encarte com as letras, os nomes das músicas e seus intérpretes. Eis aqui um lp que merece atenção, principalmente daqueles que acompanham festivais e por certo, trata-se de um disco histórico e raro, além de ser uma produção independente. Confiram o pacote completo no GTM…
 
sabe deus – grupo de repente
eu e o rio – luiz carlos da silva
todo rio – grupo de repente
essência – rogério césar de aquino
lágrimas reais – sergio
oriente – annette soares
longa espera – grupo de repente
brilho – grupo jasmim
canto guerreiro – jader e tânia
irreal – grupo sem nome
 
 
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Xangô Da Mangueira – Vol. 3 (1978)

Boa hora, meus prezados amigos cultos e ocultos! Fechando o mês de maio, aqui vai mais um disco de samba, nas origens e na raiz com o mestre Xangô da Mangueira. Álbum lançado em 1978 pelo selo Tapecar, com produção musical de Ed Lincoln. Por hora, vamos fora de ordem, vamos no volume 3, mas prometo postar aqui os dois primeiros se algum dia aparecer. Neste lp o texto complementar está na própria capa, então confiram na estampa. O tempo é curto e a caravana  já está passando…
 
dá no nego
a cobra sussurana
não xinxa o boi
chico jongueiro
louvação aos grandes e aos pequenos
perdi minha alegria
mineiro é
zé cansado
quem fala alto é gogó
mulher da melhor qualidade
não adianta falar mal de mim
quilombo
 
 
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Zaccarias E Sua Orquestra – Sambas Em Desfile (1955)

Olá, amigos cultos e ocultos! Seguimos já quase finalizando o mês de maio, temos para hoje e mais uma vez, aqui no Toque Musical, o grande maestro Zaccarias e sua orquestra, em disco lançado pela RCA Victor, em 1955. Este é, sem dúvida, um dos discos dele, em dez polegadas, que eu mais aprecio. E isso se deve ao fato de ser um disco de samba. Oito pérolas orquestradas que fariam ainda hoje ambientação e entretenimento em qualquer reunião, seja em casa ou em algum barzinho. Não sei porque, me remeteu as agitações dos bares e cafés no Mercado Novo, de Belo Horizonte. Com certeza é o tipo de música que cairia bem nesse ambiente, tanto pelas manhãs de domingo, quanto nas noites de quinta, sexta e sábado. Quem conhece o local sabe do que eu estou falando…
 
está chegando a hora
madalena
pra seu governo
meu consolo é vocÊ
não tenho lágrimas
palpite infeliz
maria boa
é bom parar
 
 
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Carlos Penha – Bom Balanço Em Bossa Nova (1973)

Boa noite, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Na busca de informações sobre adupla Carlos Penha e Nonato Silva, acabei encontrando um outro disco, desta vez um lp, mas somente com Carlos Penha, que agora, aqui por esta ilustração na capa sugere que ele era também um violonista. O disco consta como sido lançado em 1973, mas creio eu que seja essa capa uma reedição, pois originalmente o lp foi lançado pelo selo AMC, talvez, nos anos 60. Neste, o selo é Beverly, que servia muitas vezes para isso, reedições, principalmente nos anos 70. Assim como me surpreendeu o compacto, este lp não deixou nada a desejar, samba, balanço e bossa numa medida certa. Repertório exemplar em um disco que até me interessei em ter na minha coleção. (aceito doações)  🙂
 
bom balanço
cobrança
yemanjá
fim de estrada
terra santa
é tarde
quem foi
zé povo
confissão
vai solidão
ausência de paz
prelúdio em amor maior
 
 
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Carlos Penha E Nonato Silva – Compacto (1964)

Boa tarde, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Entre umas e outras, vamos trazendo por aqui também alguns discos que nos são enviados e que por certo já estiveram nas postagens de outros blogs. Desta, temos um compacto bem interessante de bossa nova apresentando Carlos Penha e Nonato Silva. Nessas horas é que eu sinto falta do Samuca. Eu, por certo teria passado essa pra ele e ele por certo teria destrinchado quem é esta dupla. Eu, definitivamente, não consegui ir muito longe, até porque já não tenho tanto tempo para fazer aquelas pesquisas investigativas como fazia antes. Em resumo, não tenho  nenhuma informação sobre esses artista, mas acredito que sejam baianos. O compacto é duplo e traz quatro sambas com muita bossa. dois deles até conhecidos, “Balanço do mar”, de Zil Rozendo, música também gravada pela cantora Ana Lúcia e pelo próprio autor, Zil Rozendo. É dele também “Sambambá”. Do lado 2 do disquinho tem mais duas bossas, “Bossa do Gerereco”, de Augusto Messias, Daltro e Zarani e “Tim-dom-dom”, de Codó e João Mello. Compacto lançado pela Philips, segundo informação, lançado em 1964. Confiram no GTM…
 
balanço do mar
sambambá
bossa do gerereco
tim-dom-dom
 
 

Sivan Castelo Neto – 60 Anos De Música (1984)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Depois daquele disco de compositores, Denis Brean e Oswaldo Guilherme, achei que seria bom trazer outro. Assim, temos desta vez, Sivan Castelo Neto, mais um desses grandes nomes da criação musical brasileira, compositor, produtor e publicitário. Nem vou entrar em detalhes aqui, pois o álbum que agora apresentamos faz uma varredura geral na vida e na obra de Sivan. Este lp, promocional, é sem dúvida um álbum raro e de importância fundamental para a história da nossa música popular e também da publicidade no Brasil. Sivan Castelo Neto – 60 Anos de Música foi um projeto criado em homenagem ao autor com produção de Ugo Marotta e Berto Filho, este último, filho de Sivan. Trata-se de um álbum duplo, sendo o primeiro um disco de depoimentos, com trechos originais de músicas e jingles de Sivan. No segundo disco temos uma seleção de suas músicas com diferentes artistas. Sem dúvida, um álbum que merece atenção, inclusive por ser promocional, uma produção para a Petrobrás em edição limitada e gratuita. Ainda é possível encontrar alguns exemplares pelo Mercado Livre e vale muito a pena, pois esse ainda não entrou na lista dos especuladores e se pode comprar por um preço honesto. Quer dizer, isso, até antes desta postagem, pois depois que passa por aqui a coisa muda de figura. Ainda bem que eu já tenho o meu 😉
 
disco 1:
depoimentos e jingles
disco 2:
tema do boneco de palha – tito madi
me faz um bem – zezé gonzaga
tema para sonata – márcia e luiz eça
se ela perguntar – maurício duboc e chiquinho do acordeon
deixei uma lágrima rolar – conjuntos nó em pingo d’agua e ugo morotta
chorar e cantar – márcia e osmar milito
rococó – marilía barbosa e chiquinho do acordeon
felicidade – zezé gonzaga e conjunto nó em pingo d’agua
quando a noite vem – tito madi, maurício einhorn e ary piasarolo
quatro letras – conjunto ugo marotta e osmar milito
vão falar de mim – helena de lima e luiz eça
brincar de amor – conjunto ugo marotta, marcio lott e don harris
o amor é assim – márcia, tito madi e osmar milito
 
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Raízes – Denis Brean & Oswaldo Guilherme – Serie Grandes Autores (1975)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Sempre correndo contra o tempo, aqui vamos nós sempre atrasados 🙂 E nessas horas o jeito é buscar discos que não nos dê tanto trabalho, seja para montar, seja para resenhar. Assim, aqui vai este discaço, trazendo um pouco da obra dessa dupla de compositores, Denis Brean e Oswaldo Guilherme, na interpretação de outros grandes artistas, como se pode ver na imagem da contracapa. Está aí um disco dos mais interessantes, parte de uma série rara lançada pela RCA/Camden sobre grandes compositores. Vale muito a pena conhecer e ouvir…
 
franqueza- tito madi
zé do contra – isaura garcia
chora coração – haroldo e seu conjunto
baiana no halem – linda baptista
como é buro o meu cavalo – bob nelson e seus rancheiros
brancura – alda perdigão
sei que você volta – isaura garcia
raizes – maysa
boogie woogie na favela – cyro monteiro
conselho – nora ney
cadência do brasil – trio marayá
cachorro de madame – isaura garcia
jardineiro da amargura – mario zan
rodeio – bob nelson e seus rancheiros
 
 
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Ramoncito Gomes – Boleros (1966)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Em nosso leque de variedades cabe um pouco de tudo, afinal este é o Toque Musical, um blog para quem escuta música com outros olhos. E hoje nosso encontro é Ramoncito Gomes, um artista popular que gravou vários discos entre os anos 60 e 70. Para a grande maioria, era um artista mexicano radicado aqui no Brasil. Cantor e compositor, seu nome na verdade era Júlio Cândido Gomes, também conhecido como Ramón Cariz, nascido no estado do Mato Grosso do Sul e pelo que se sabe, sempre foi um apaixonado pela música espano-americana, em especial a música mexicana. Mas também fazia parte de seu repertório a música caipira, sertaneja. Fazia um estilo meio brega romântico e nessa linha não há nada que se encaixe tão bem quanto os seus boleros. E aqui temos um disco dele que é a essência disso, lp lançado em 1966 pelo selo Continental. Confiram no GTM…
 
ébrio de amor
a voz do amor
não vá embora
pouco a pouco
mato grosso
linda paranaense
porta na cara
nasci pra te amar
pedacinho de gente
sei que és noiva
canarinho prisioneiro
quero comprar teus olhos
 
 
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Babi De Oliveira – A Estrela Do Céu (197…)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Entre tropeços, enganos e por certo, correções, aqui vamos nós sempre atrasados 🙂 Para hoje, temos este compacto triplo da pianista e compositora Babi Oliveira, a qual já apresentamos aqui em outra oportunidade. Mais uma vez a Bahia mostrando seu talento musical. Trata-se de uma artista que trilhou tanto pelo caminho da música erudita (a canção erudita brasileira), quanto a popular tradicional, a música folclórica brasileira. Podemos encontrar algumas de suas mais conhecidas obras na interpretação de artistas como Inezita Barroso, Vanja Orico, Vitor e Laurici Ávila Pochet, Vicente Celestino e  muitos outros. Por certo, como já foi dito aqui, em outro disco dela que postamos, Trata-se de uma artista que até bem pouco tempo quase nada se encontrava sobre ela na internet. Hoje já temos várias fontes, sendo a melhor delas uma dissertação de mestrado em Artes, de Vânia Maria dos Guimarães Alvim, a qual está incluída no arquivo que vocês irão encontrar no GTM.
Sobre o disco que hoje apresentamos, trata-se de um compacto produzido pela Academia Santa Cecília de Discos, que foi uma editora musical surgida em 1971 e na qual existem mais coisas sobre Babi de Oliveira em seu catálogo. E neste compacto, como se pode ver, temos dela seis composições. Babi dedica este disco as mães brasileiras, em homenagem a Mãe de Deus. Um belo e singelo disquinho que teria caído melhor se hoje fosse o Dia das Mães. Mas, como todo dia é dia da mães, acho que hoje está valendo também 🙂
 
cantiga para nani
canção de natal
canção de ninar
nana nani
poema para minha mãe
singela canção de maria
 
 
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Carlos Lacerda – O Governador Do Teclado interpreta Djalma Ferreira (1961)

Olás, caríssimos amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marquei bobeira… creio que foi por conta da pressa, cometi um engano, no mínimo engraçado. Confundi o maestro baiano Carlos Alberto Freitas de Lacerda com o político Carlos Lacerda. E isso se deu, confesso, pela minha total ignorância musical que não procurou checar a história do disco e nem me toquei para a existência do músico baiano. Mas, antes tarde do que nunca, vamos aqui fazendo as correções, graças ao amigo Salvador Lacerda Falcão, que atenciosamente me fez essa observação.
Então, aqui temos o Carlos Lacerda baiano, pianista, compositor, maestro e arranjador. Atuou na fase áurea do rádio na Bahia, pela Rádio Sociedade da Bahia. Foi diretor musical da gravadora JS (Jorge Santos) e também da TV Itapoan. Conforme o texto do excelente blog TempoMusica, este foi o primeiro lp do maestro baiano que, coincidentemente, tendo o mesmo nome do governador da Guanabara, acabaram criando essa associação entre o músico e o político. Uma galhofa, por certo. Mas convenhamos, se o disco não vendeu muito, isso se deve a essa infeliz associação. Por essa, os dois Carlos chegaram até a se encontrar, mas convenhamos, de semelhança, só mesmo no nome e aquele óculos típico dos anos 60. Se fez bem para o político, com certeza, não foi a melhor escolha para o músico. Mas isso em nada afeta a reputação deste grande maestro baiano. Salve a Bahia!
“O Governador do Teclado” interpreta neste seu primeiro disco obras de outro grande músico, o internacional Djalma Ferreira, o qual já apresentamos aqui vários de seus discos. A capa deste lp é de uma reedição, se fosse a original, eu não teria trocado as bolas, pois nela consta um texto de Canio Ganeff falando sobre o músico e também traz seu retrato. Enfim, acho que está corrigido o texto de apresentação. De acordo, Salvador? 🙂
 
recado
lamento
samba do drink
devaneio
murmúrio
casa da loló
confissão
volta
samba do perroquet
fala amor
choro sim
cheiro de saudade
 
 
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Serginho Beagá – Impressão Digital (1994)

Boa tarde, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje eu tenho para vocês um disco de samba. E samba mineiro, diga-se de passagem. Temos aqui o cantor, compositor, instrumentista e porque não dizer, sambista Serginho Beagá, um dos muitos talento da nossa cidade, Belo Horizonte. Serginho está presente na cena musical, do samba, desde o final dos anos 70. Músico com suas qualidades, acabou sendo também ouvido e gravado para além das montanhas. Já teve seus sambas interpretado por grandes nomes da mpb. Um de seus maiores sucessos, gravado por vários artistas é o samba “Me leva” que está presente aqui neste lp, lançado em 1994. Se querer puxar a sardinha… “Impressão digital” é um disco que merece um toque musical. Não deixem de conferir no GTM…
 
flor de seda
lei do silêncio
me leva
é bom te amar
rascunho
legitima defesa
brilha por si
impressão digital
nó de marinheiro
medo e segredo
fica
folclore mineiro
 
 
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Radamés Gnattali – Em Ritmo De Samba (1958)

Boa hora, meus prezados amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui desta vez trazendo o mestre Radamés Gnattali, em lp lançado pela Continental, em 1958. Como podemos ver, pela capa, trata-se de um disco dedicado ao samba. Uma seleção de sambas que hoje são verdadeiros clássicos da nossa música. Como já disse, quando houver um texto descritivo na contracapa sobre o trabalho, não irei me estender na ‘resenha’. É o que me pede a preguiça e mais ainda, a falta de tempo. Taí, um belo disco, que vocês não podem deixar de conferir…
 
atire a primeira pedra
fim de semana em paquetá
copacabana
agora é cinza
já é demais o meu sofrer
vem meu amor
duas contas
o morro canta assim
foi a noite
nova ilusão
quem foi que prometeu
esquina da saudade
 
 

 

Gaúcho E Seu Conjunto – Em Ritmo De Boite (196…)

Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Segue aqui um disco raro, que eu mesmo nunca tinha visto. São coisas que fazem parte dos meus arquivos, de coisas que encontro ou que me são enviadas. Daí, vou guardando até achar uma hora para postar. E no caso deste lp, o que temos é quase nada em matéria de informação. Estou entendendo este artista como sendo o gaúcho Auro Pedro Tomaz, nascido na cidade de Santo Ângelo, segundo informações colhidas pelo nosso saudoso Samuca e que aqui eu apenas copio e colo. “Seu primeiro instrumento foi o banjo, então na moda, que tocava no conjunto orquestral de seu pai, o Jazz Elite, em 1942. Mais tarde, transferiu-se para a capital do estado, Porto Alegre, e ficou três anos na Rádio Gaúcha, atuando no conjunto de Paraná e na orquestra típica da emissora. Aperfeiçoando sua técnica no acordeom, do qual seria autêntico virtuose, logo que ingressou na Aeronáutica, foi nomeado sargento-músico, depois mudando-se para a capital pernambucana, Recife, onde tomou parte nos festejos de inauguração da Rádio Tamandaré, como chefe do conjunto dançante. De lá, foi para a Rádio Jornal do Commercio, criando uma orquestra de danças, e seu acordeom é inclusive ouvido nos primeiros discos de Jackson do Pandeiro, lançados pela Copacabana entre 1953 e 1955. Em 1955, Gaúcho desliga-se da Aeronáutica e muda-se para o Rio de Janeiro, ingressando na lendária PRE-8, Rádio Nacional, então “a estação das multidões”. Atuou ainda nos conjuntos do violonista Djalma de Andrade, o Bola Sete (com quem excursionou pelo Chile, Peru e Argentina), e do flautista e maestro Copinha. Participou ainda da terceira formação do Trio Surdina, com o violinista Al Quincas e violonista Nestor Campos, e teve orquestra própria, que tocava no Dancing Avenida”. 
Porém, o que temos aqui neste lp são, na verdade, dois conjuntos, Gaúcho e seu Conjunto e Don Agustin e Sus Muchachos. Este último, ao que parece, era um saxofonista e possivelmente era um pseudônimo de algum instrumentista conhecido gravando por um selo obscuro. O disco, no geral, é bem interessante, com temas bem conhecidos por todos nós. Música de boate dos anos 50. Contudo, o disco tem uma cara de ser coisa produzida no início dos anos 60. Confiram no GTM…
 
luz y sombra – don agustin
tender is the night – don agustin
recuerdo ipacarai – gaúcho
la mer – gaucho
contigo en la distancia – gaucho
esperame en el cielo – gaucho
stela by starlight – don agustin
vivemos para amar – don agustin
que murmurem – gaucho
perfidia – gaucho
angustia – gaucho
sonãndo contigo – gaucho
 
 
 
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Chrystian, Day By Day, Lee Jackson, Light Reflections E Paul Bryan – Compactos 70’s

Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje estamos fazendo uma espécie de reprise. Estou trazendo aqui seis compactos que representam bem a fase da música pop nacional, quando alguns grupos e artistas se travestiram de pop internacional, buscando mais destaque e sucesso. Afinal, este é o “Brazil”, que não fala inglês, mas sempre adorou a pompa de se ouvir e cantar em outra língua, é chique, é pop! E foi mesmo um sucesso quando começaram a aparecer nas rádios artistas com nomes como Chrystian, Lee Jackson, Ligh Reflections, Paul Bryan, Pholhas e tantos outros, que por sinal já citamos e postamos aqui no Toque Musical. Tudo artista brasileiro produzido com cara de importado. E o povo por aqui consumiu com gosto. 
Agora estou trazendo em uma só postagem, seis compactos lançados por alguns desses grupos e artistas na década de 70. Alguns até já foram postados aqui em outros tempos, mas, achei que seria bom reunir esse grupinho, que equivale a um lp. Assim, vamos a eles, relembrando o que ainda hoje é sucesso, ou já seriam clássicos do pop (inter)nacional?
 
chrystian – for better
day by day – never goin’ back / we can work it out
lee jackson – hey girl / somenthing in the way she move
lee jackson – adelita / mais que nada / xica da silva / only you / el bodeguero
light reflections – tell me once again / send it for tomorrow
paul bryan – windows
 
 
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Banda Do Corpo De Fuzileiros Navais (1958)

Boa noite, meus camaradinhas cultos e ocultos! Como dizem e como já disse outras vezes, toda araruta tem seu dia de mingau. Hoje resolvi postar este lp aqui de marchas militares, lançado em 1958, pelo selo Rádio. Me recordo bem dessas músicas e por certo muitos de vocês também. afinal esses eram os hits de um Brasil da ditadura, dos tempos de chumbo. Na escola onde eu estudava, o sinais de entrada e de saída eram sempre essas marchas. Se ouvia isso todos os dias, era um saco. Nunca pensei que viria uma hora a postar esse gênero musical, ainda mais nos tempos de hoje, onde cada vez mais tomamos antipatia por essa rainha da mamatas, a qual chamamos de Forças Armadas. Fica difícil desassociar… Porém e todavia, seria uma injustiça da minha parte condenar o que de menos ruim há nessa coisa… que pelo menos a música os salve e lhes dê sensibilidade…
 
salve fuzileiros
velhos camaradas
bandeira americana
sambre et meuse
quand madelon
cisne branco
batista de mello
barão do rio branco
na vanguarda
alvorada
 
 

Les Paul – The New Sound (1950)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Já que o domingo amanheceu trazendo uma friagem danada, eu vou aqui mudando o disco… E mais ainda, tocando o que se escuta com outros olhos. Hoje, para variar um pouquinho, vamos com um disco internacional, mas sem perder o norte, ou seja, trazendo sempre um referência brasileira, é claro. E aqui temos um disquinho bem bacana e de uma certa forma até raro, considerando ser um lp de 10 polegadas, lançado em 1950. Aqui temos um importante músico americano, que por certo, muitos devem conhecer, o genial Les Paul. Músico que foi um dos pioneiros no uso da guitarra elétrica e se tornou mundialmente conhecido, não apenas pela sua técnica, mas também por ter projetado uma guitarra de corpo sólido, na década de 40, que viria a ser um protótipo das guitarras elétricas atuais e daí um dos modelos mais usados desde então, recebendo seu nome, as Gibson Les Paul, instrumento que hoje em dia é o sonho de consumo de muitos guitarristas.
“The New Sound” de Les Paul, segundo contam, foi o primeiro seu primeiro lp, lançado pelo selo Capitol, em 1950. Naqueles tempos havia um gênero musical adotado por muitos, chamado de ‘exotica’, no qual se destacava por uma sonoridade rica e diferenciada de ritmos e músicas de outros lugares do mundo e que para os americanos eram considerados exóticos. Fez muito sucesso e nesse embalo podemos lembrar nomes como Martin Denny, Enoch Light, Les Baxter, Raymond Scott, Arthur Lyman, Esquivel e outros… ‘The New Sound’ é também um pouco disso. Les Paul demonstra sua técnica virtuosa em uma sonoridade inovadora, em ‘standards’ nos quais se inclui o samba de Ary Barroso, “Aquarela do Brasil”, aqui chamado apenas de “Brazil”. Por certo, o disquinho não se limita a apenas esse sucesso e vocês podem conferir aqui na lista do repertório e se certificarem no GTM…
 
brazil
hip-billy boogie
swiss woodpecker
caravan
lover
the man on the flying trapeze
by the light of the silvery moon
what is this thing called love
 
 
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Leal Brito – Rítimos Do Brasil Nº 1 (1953)

Bom dia, amiguinhos cultos e ocultos! Existem alguns artistas que, aqui no Toque Musical, que vez por outra sempre acabam aparecendo mais do que outros. Isso se deve ao fato de gostarmos deles, mas também porque temos muitos discos e de tão interessantes, seria um pecado não publicá-los. Este é o caso do gaúcho, pianista João Adelino Leal Brito, também conhecido como Leal Brito ou Britinho. Também compositor, maestro e arranjador, foi um músico muito atuante, principalmente entre os anos 40 e 60. Tocou em boates, quando então era conhecido como Britinho e a partir dos anos 50 entra na fase dos discos, das gravações e nas quais conta com mais de 120 discos. Eis aí uma razão para termos dele tantos discos e por certo, muitos desses discos ele aparece com pseudônimos, ou em participações. Aqui temos dele este lp de 10 polegadas, lanaçado em 1953 pela Musidisc. Um disco essencialmente de de choros, sendo três deles de sua própria autoria.. Confiram, no GTM….
 
brejeiro
neusa
bem-ti-vi atrevido
kaximbodega
andré de sapato novo
porto alegre
tico-tico no fubá
tristonho
 
 
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Vanja Orico – A Volta De Vanja Orico (1967)

Olá, amigos cultos e ocultos! Em tempos como os que estamos vivendo, em especial o momento político, onde militares (as Forças Armadas), se vendem por leite condensado e viagra, pela manutenção das mamatas que sempre tiveram, em troca de se sujeitarem a ser comandados por um capitãozinho louco, insubordinado e que chegou a ser expulso da corporação. Tempos vergonhosos para as fardas militares que mais uma vez se sujam, se sujeitam a serem comandados por um crápula e sua família de milicianos. Triste momento para o Brasil. E mais triste ainda é perceber o quanto este nosso povo é tosco, rude, mal informado e mal educado, burro, mas essencialmente pretencioso. Triste ver que uma boa parcela desse povo sofrido ainda não tenha conseguindo ver quem realmente é seu opressor. Gente com memória fraca, gente que ignora seu próprio câncer e acha graça da dor que sente no seu próprio estômago. Em momentos como este, de ataques a Democracia, ao Congresso e a Justiça em nome de um radicalismo de direita que assola o país, a gente as vezes precisa lembrar os fatos do passado, trazer de volta nossa luta por liberdade, palavra que hoje caiu na boca dessa gente de forma errada. Seria irônico se não fosse trágico ver essas ‘tosqueiras’ pedindo liberdade de expressão e ao mesmo tempo ditadura militar. 
Estou fazendo esta introdução porque de certa forma ela tem a ver com Vanja Orico. Cantora, atriz e cineasta, surgiu no cenário artístico cantando o tema ‘Mulher rendeira” no filme “O Cangaceiro”. Foi uma artista internacional, mas sempre valorizou a cultura nacional e por ela esteve sempre a frente defendendo o que é nosso. Inclusive, há de se lembrar, em 1968, em plena ditadura, no dia 07 de novembro Vanja, em protesto se ajoelhou na rua, impedindo a passagem de um comboio militar que ia de encontro a manifestantes que carregavam o corpo de um estudante assassinado pela repressão. Uma cena triste de se ver e que boa parte dessa gente burra e sem noção, talvez não façam a mínima ideia do que foi e do que simbolizou aquele momento. Essa era uma das facetas dessa mulher incrível, a qual já falamos e postamos vários outros discos. Agora trazemos para vocês este lp, lançado em 1967, pela Chantecler. “A volta de Vanja Orico”, como o próprio título afirma, marca o retorno da artista ao Brasil. Neste lp ela canta um repertório cheio de clássicos, um disco maravilhoso de se ouvir, com músicas de Fernando Lona, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Gil e Torquato Neto, Catulo de Paula, Paulinho Nogueira, Tom e Vinícius, Nonato Buzar e Carlos Imperial. Por aí já dá para se ter uma ideia do quanto este disco é legal. Confiram no GTM…
 
cantilena
contracanto
é ou não é
andam dizendo
mulé rendeira
casa de pau po pa
a banda
minha zabelê
a lua girou
depois do amor
samba de protesto
 
 
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