Coisa mais difícil desse mundo é encontrar a biografia de André Penazzi. Percorri páginas e páginas através do Google e em nenhuma delas achei mais do que uma simples nota. Nem mesmo em sites especializados como o Dicionário Cravo Albim (que de médio ficou pior) e o sempre em construção, Músicos do Brasil, não trazem nada! Até mesmo o respeitadíssimo Aramis Millarch, onde se encontra tudo sobre música brasileira, não havia muita coisa. Só depois me dei conta de que tudo que eu precisava estava na contracapa do disco. Segundo o texto, André Penazzi nasceu em Rio Claro, São Paulo em 1914. Foi um músico talentoso, mas que só conseguiu prestígio após ingressar na Audio Fidelity, em 1962, quando iniciou a série “Doctored”, versão tupiniquim. Seu primeiro disco pelo selo, já postado aqui, foi considerado um dos lps mais vendidos daquele ano. Assim também ocorreu com os álbuns e compactos subsequentes. Atingiram um número de vendagem que a própria crítica não podia acreditar, principalmente numa época onde a bola da vez era a Bossa Nova. Ao contrário do que se pensava, a música de Penazzi foi muito bem recebida pelo público.
Segue aqui o Terceiro Volume, até então inédito na blogosfera. Um álbum com as mesmas características dos outros. Um som que lembra o Walter Wanderley e que hoje soa para novos ouvidos como um som ‘cult’, diferente…, um ‘groove square’. Confiram o toque…
André Penazzi – Orgão Samba Percussão – Terceiro Volume (1964)
bolinha de sabão
o morro não tem vez
por causa de você menina
cafuné
berimbau
o que eu gosto de você
bigurrilho
samba do balanço
mas que nada
tem pena de mim
joão sebastião bach
pra que chorar