Bom dia, amigos cultos, ocultos e acomodados 🙂 Por enquanto, quase ninguém se manifestou, quanto a tudo o que tenho dito aqui. Está claro que a maioria não perde tempo com leitura, ainda mais se o principal vier de bandeja, por e-mail. Outros, ainda, que estão chegando agora, também não se dão ao trabalho de ler as informações e orientações do blog. Eu, de agora em diante, não vou ficar dando explicações para o que é óbvio e explícito. Quem não se tocar, vai ter que rebolar. Seja feio ou bonito, fraco ou espirituoso, inexpressivo ou insignificante, o que eu escrevo aqui é para ser lido. Quem não se dá ao trabalho da leitura também não merece ser lido (no meu caso, respondido). Pronto, já fiz a ‘pagação’ do dia. Agora vamos à postagem…
Temos aqui o Oswaldo Montenegro estreando em grande estilo em nosso Toque Musical. Curiosamente, eu até então nunca havia postado nada desse artista. E não é por falta de discos ou simpatia pela sua obra, muito pelo contrário. Acho o Oswaldo Montenegro um grande artista e de uma certa forma, meio injustiçado, figurando como uma estrela de segundo plano. Isso talvez me pareça devido ao seu estilo plural. O cara passeia bem por diferentes caminhos, faz uma música que ultrapassa estilos e se coloca bem mais como um compositor do que como intérprete. Acho que isso se deve muito ao fato da sua ‘veia teatral’. Sua música tem sempre algo de cênico e no geral sua estrutura melódica é complexa e de muita qualidade. Isso talvez afaste a sua arte do chamado ‘gênero popular’.
Neste álbum, gravado em 1987, vamos encontrar um pouco de tudo isso que eu falei. “Aldeia dos ventos” foi concebido para ser um musical. Teve além desta, mais duas edições posteriores com capas diferentes. Como se pode ver pela ilustração da capa, participaram da gravação grandes nomes da nossa música, com destaque para Ney Matogrosso, Sivuca, Gonzaguinha, José Alexandre, Antonio Adolfo e Lucinha Lins. Pessoalmente, acho este um dos melhores trabalhos do Oswaldo, o qual eu chamaria de uma espécie de ‘progressivo’. Até na capa a ideia nos remete à um estilo de música ‘viajante’. Mas, peraí… não me entendam mal, não estou me referindo aqui à bandas de rock. Eu viajei foi em outras paradas 😉
a lenda do castelo – ney matogrosso
sempre não é tod dia – zizi possi
canário amarelo – lucinha lins
o desajeitado e feliz – oswaldo montenegro e antonio adolfo
o país dos tristes – josé alexandre
o travesti – oswaldo montenegro e nejandro arbo
simpatia de giz – oswaldo montenegro
o país das atrizes – glória pires
o país da esperança – gonzaguinha
o apís dos apressados – sivuca e oswaldo montenegro
o pais das bruxas – josé alexandre
o país da vaidade – noel devas