Olha aí… Ontem eu falava dos ‘troca trocas’ das gravadoras, do uso de fonogramas, matrizes e artistas com pseudônimos. Postei um disco do selo Paladium e agora vamos com outro bem parecido (pelo menos na capa), originalmente lançado por este selo nos anos 60 e relançado vinte anos depois pelo Beverly, um selo da gravadora Copacabana.
Reparem que a foto é a mesma. Não tiveram nem a preocupação de tirar a palavra “seresta”, que até parece uma logomarca. Vemos aqui que não só a Bemol com seu selo para coleções fazia dessas loucuras. Muda-se nomes, muda-se artistas, mas a capa é a mesma. Isso sim é que é economia e reciclagem, hehehe…
Nosso artista da vez é Geraldo Tavares, um nome de verdade. Um dos poucos que tiveram oportunidade de se mostrar através do selo mineiro. Geraldo foi um seresteiro, nascido na cidade de Juiz de Fora. Trabalhou por mais de quaretenta anos em estações de rádios, principalmente na Rádio Guarani e Inconfidência, onde também apresentava um programa dos mais tradicionais da rádio mineira, o saudoso “Noites que não voltam mais”. Não foi por acaso que o presente lp, seu primeiro disco, teve este nome. Segundo as informações colhidas no blog A Música Que Vem de Minas, ele aqui vem acompanhado pelo Regional de Waldir Silva. Geraldo gravou também um outro lp, “Na Casa Branca da Serra” (suponho que seja também pela Bemol). Foi um dos maiores incentivadores da seresta, trazendo em seus programas radiofônicos os mais diversos artista seresteiros. Promoveu e atuou em serestas inesquecíveis, por diferentes lugares dessa Minas Gerais.
Geraldo Tavares – Noites Que Não Voltam Mais (1981)
elvira escuta
gondoleiro do amor
ave maria
mimi
chuá chuá
noites que não voltam mais
é a ti flor do céu
a pequenina cruz do teu rosário
chão de estrelas