Olá, amigos cultos e ocultos! Continuando a nossa jornada pelos Pampas, vamos dessa vez com Jaime Caetano Braun. Se o Tio Bilia está para o gaúcho assim como Luiz Gonzaga para os nordestinos, Jaime Caetano seria algo parecido com a figura de Catulo da Paixão Cearense. Payador é aquele que cria rimas e versos improvisados como um repentista, acompanhado de um solo, normalmente de violão. É uma arte típica do Sul, não apenas no Brasil, mas também no Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. Jaime Caetano é talvez um dos nomes mais famosos nesse gênero. Sua poesia é a essência do gaúcho, dos pampas e de tudo relativo a essa terra e seu povo. No dia 30 de janeiro é comemorado o Dia do Payador (ou Pajador, como dizem alguns), data essa escolhida por ser também o dia de nascimento de Jaime Caetano Braun.
O álbum que eu trago para vocês foi lançado no início dos anos 80. Como diversos outros trabalhos musicais e fonográficos, “Payador” teve pouco destaque na época de seu lançamento, ficou mais limitado ao público regional. No disco encontramos também a presença de Lucio Yanel e Chaloy Jara, músicos nativistas que acompanham o poeta e interpretam algumas faixas instrumentais. Gurizada, confira aí, que eu de cá vou tomando um chimarrão.
Jaime Caetano Braun – O Payador (1983)
payada
el beso aquel
payada das missões
la colonia
galpão nativo
el rancho de la cambicha
bochincho
duas cruzes
mercêditas