Boa noite, amigos cultos e ocultos! Enquanto ainda me sobra um tempo, vou mandando ver nas postagens, que de uns tempos para cá passaram a não ser tão diárias como antes. No receio de não conseguir segurar a peteca, escalei o amigo Samuca para cuidar das reservas. Logo ele também estará aqui e certamente apresentando nossos discos de uma forma mais completa e envolvente. Aguardem!
Eu hoje estou trazendo um disco que comprei recentemente. Não fosse o amarelado, a oxidação do papel da capa, eu diria que este é um disco novo. Aliás, o vinil realmente é novo e ao tirá-lo da capa a impressão que me deu foi a de que nunca foi tocado por mãos ou agulha. Ficou guardado por 47 anos e só agora está entrando na trilha. Adoro isso. Adoro escutar discos antigos e novos assim. Melhor ainda quando o artista é de primeira linha e traz no álbum um repertório no mesmo nível. Claro, estou falando do Ely Arcoverde que neste lp, produzido pela Fermata através de seu selo Premier, dá um verdadeiro show nos teclados. Peraí… teclados não, orgão elétrico! E o que ele faz no instrumento é mesmo genial, o título do álbum já diz tudo, “o orgão que canta sambas”. E canta mesmo. O cara consegue tirar sons em seu orgão que parece mesmo canto. Muito bacana! E como vocês mesmos podem ver, o repertório é ótimo!
Ely Arcoverde – O Orgão Que Canta Sambas (1967)
helena, helena
eu não tenho onde morar
marina
rosa morena
não tem solução
favela
nunca mais
o nosso amor
copacabana
ta-hi (taí)
carinhoso
fechei a porta
.