Jongo Trio – Compacto (1965)

Pois é, meus prezados amigos cultos e ocultos, segue agora o compacto de bônus ou, o toque extra para começarmos uma outra comemoração. Vejam vocês como uma coisa leva a outra. Falamos de Dick Farney Trio e vamos na sequência novamente com Toninho e Sabá, ao lado do pianista Cido Bianchi. Juntos eles formavam o Jogo Trio. O grupo foi formado em São Paulo, em 1965. Fizeram diversos shows, tocando no Teatro Arena, Paramount, na boate Cave e na TV com ‘Hélice’ Regina e Jair Rodrigues, no histórico programa “O Fino da Bossa”. Foi nele que surgiu a oportunidade do trio gravar um disco pelo selo gaúcho Farroupilha. Veio primeiro o compacto duplo, para anunciar a chegada do lp, que foi lançado naquele mesmo ano de 65.
Como eu dizia, uma coisa leva a outra e mais outra… Nesta semana o Toque Musical está também comemorando os seus 4 anos de vida. Sinceramente, eu não esperava chegar até aqui. Não que me falte munição. A verdade é que muita coisa aconteceu ao longo desse tempo, alegrias e também frustrações, ânimos e desânimos. Muita pressão, pouco tempo, mas acima de tudo um desejo incontrolável de tratar de um assunto que é uma das minhas paixões: a música, seus artistas e seus discos. Vejo que todo esse tempo não foi em vão, por isso mesmo ainda e cada vez mais rico fica este nosso Toque Musical. O administrador aqui, também ficou rico, mas não foi pedindo doações e nem alugando espaços para propaganda (na cara e ocultas). Eu me enriqueci foi conhecendo mais sobre a música brasileira. Foi tendo a honra de conhecer e ser reconhecido por esses artistas maravilhosos que em sua maioria sempre aprovaram a minha conduta. Foi levando alegria àqueles que por conta do progre$$o da indústria fonográfica se viram iludidos pelo brilho falso de uma coisa chama ‘compact disc’, que deixou para trás (ou passou  para os de fora) o momento mais importante da nossa música popular brasileira. Sucateados fomos todos nós, que a custa do anarquismo e de uma suposta ilegalidade, tivemos que recorrer ao uso da mesma tecnologia para recuperar um pouco a nossa dignidade musical. Vocês já pararam para pensar onde estaríamos se essa revolução do compartilhamento não tivesse existido? O que estariam produzindo os nossos novos artistas, sem referências ou influências históricas? Talvez estaríamos agora totalmente dominados por macaquices, tolices e outros lixos que ‘eles’ tentam nos vender como a nova música brasileira de qualidade (no máximo curiosidade!). O popular não precisa necessariamente ser pobre, copiado, obtuso e obsceno. É preciso que haja luz para iluminar o caminho dos que chegam e uma cultura musical descente, própria do nosso povo! Viva o Brasil, meu irmão!
Para finalizar a minha prosopopeia, irei nesta semana de aniversário fazer postagens como a de hoje, ou seja, um lp e em seguida um compacto. É o meu presente de aniversário 😉

feitinha pro poeta
seu chopin, desculpe
terra de ninguém
eternidade

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