Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste domingo é vou me dedicar às solicitações e reposição de alguns ‘toques’ que a turma, há tempos vem esperando por aqui. Infelizmente este é um trabalho solitário e amador, o que pede aos que o seguem uma certa paciência. Posso demorar a atender um pedido, mas se estiver ao meu alcance, tá na mão 🙂
Estou trazendo aqui um disco que vale por dois, ou, um disco que teve dois momentos na indústria fonográfica. Lançado inicialmente em 1957, este interessantíssimo lp, cujo o título e subtítulo já dizem tudo, “As melhores mulheres – cantadas por um homem qualquer ou por qualquer homem”. Sim, uma seleção de canções clássicas do nosso repertório popular, com nomes de mulheres. Algo bem parecido com outros discos que eu já postei aqui, como o especial “Há sempre um nome de mulher” e o Lúcio Alves no lp com arranjos de Chico Moraes. Este último foi uma produção do Aloysio de Oliveira, o qual, eu suspeito é também o produtor deste álbum de 57. Aliás, não só o produtor, ele também participa do côro masculino, embora não conste em nenhum momento o seu nome no disco. Este belíssimo lp nos traz apenas as informações de que foram Antonio Carlos Jobim e Orlando Silveira os responsáveis pelos arranjos, músicos e intérpretes não são citados. Curiosamente, já na década de 60, possivelmente entre 62 ou 63, essas mesmas gravações foram relançadas, através do selo Imperial, da Odeon, como o nome de “Dançando com as garotas”. Já neste relançamento, com uma capa de César Vilela, o disco assume uma outra identidade e passa a ser “Os Guanabara Boys”. Eis aí uma prática comum na Odeon daqueles tempos, que relançava seus velhos álbuns com nova roupagem através do estilismo da Imperial.
Bom, mas seja como for, este trabalho, com nome, sobrenome e apelido é acima de tudo um disco imperdível. Quem ainda não o ouviu, faça-me o favor…