Bom noite, amigos cultos e ocultos! Eu sei que a cada vez eu falo uma coisa diferente. Havia dito que nesta semana eu me dedicaria às postagens de discos bem velhos (raros), mas de um dia para o outro muita coisa acontece, imprevistos e outros relâmpagos inesperados. Isso para não falar na minha bipolaridade musical (aliás, polipolaridade!). Me convenci, desde ontem, a fazer desta semana algo diferente e para alguns até radical. Postar alguns trabalhos musicais curiosos, herméticos e experimentais. Para não chocar os tradicionais de imediato, comecei pegando de leve, postando ontem um Egberto Gismonti. Hoje, ainda azeitando os ouvidos, vou trazendo a música do compositor Daniel Richard Havens, um nome que, por certo, a grande maioria deve desconhecer. Principalmente porque estamos falando aqui de música erudita e essa nem sempre está no cardápio do dia de nós, brasileiros.
Conjunto Metal Brasil – Havens (1989)
Como amanhã é feriado e Dia das Crianças, dei um passo atrás, pensando se na semana ainda caberia alguma homenagem… tenho até alguns discos, já no ponto para a meninada. Mas como este blog reflete meu estado de espírito e (porque não dizer) mais ainda o psicológico, o maluco aqui vai desbundar, misturar Pires de Oliveira com pratinho de azeitona, hehehe…
Mas deixa eu voltar ao foco principal. Continuando…
Havens é um compositor, regente e instrumentista americano que desde o início dos anos 70 passou a fazer parte da Orquestra Filarmônica de São Paulo como seu o primeiro trompa, a convite do então maestro John Neschling. Logo em seguida se transferiu para a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo. Formou também na década de 70 o conjunto DeCamara, com o qual realizou diversos concertos no Teatro Municipal de São Paulo. Nos anos 80 funda com outros músicos instrumentistas o conjunto Metal Brasil, sendo responsável pela regência, arranjos e composições. Passa a se dedicar apenas à composição, deixando de lado a sua carreira de trompista. O conjunto Metal Brasil, que foi o pioneiro do gênero no país, com uma formação exclusiva de metais e percussão era o único grupo profissional existente na época. Na verdade, eu nem sei se depois dele sugiram outros. O certo é que o conjunto era formado por 4 trompetes, 4 trompas, 4 trombones, uma tuba e dois percussionistas. Neste disco, ao que tudo indica, o único gravado por eles, foi lançado em 1989, de forma independente e sob o auspício do empresário Albino Bacchi Jr. O trabalho é todo voltado para as composições de Havens. Destacam-se nele como intérpretes principais a pianista Terão Chebl e o trompista Mário Sérgio Rocha. Vamos conferir?
1º movimento – north
2º movimento – south
3º movimento – east
4º movimento – west
fanfarra
cenários I
cenários II