Boa tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Vejam vocês, neste mês de agosto ‘o ceifador’ tem mesmo se mostrado implacável com nossos músicos artistas. Todo dia morre um, êta mêsinho agourento, putz! Desta vez, lá se foi o Altamiro Carrilho, grande flautista da música brasileira. Estamos vivendo um momento, uma época, onde inevitavelmente, as gerações de ouro da música brasileira estão se findando. Vamos aos poucos perdendo nossos verdadeiros artistas, gente que se tornou grande pelo trabalho, talento e competência. Nomes que foram se formando num processo de amadurecimento gradual, sem ajuda de My Space, Facebook e outras ferramentas de sucesso instantâneo, hoje tão comuns. Mesmo o medíocre dessas gerações ainda dá de dez em seu similar atual o que, aliás, no meu entendimento nem se compara, está até a baixo da média. O que estamos vendo agora é o final da festa. Nossos ilustres convidados já estão partindo.
Em homenagem ao Altamiro, deixo aqui este seu disco de valsas, lançado em 1970. Me parece, salvo o engano, que a seleção reúne gravações de 78 rpm, da década de 50. Sem dúvida, um músico como o velho Altamiro Carrilho vai fazer falta. Mas ficará para sempre em nossa memória musical.
Obrigado, senhor flautista! Você brilhou aqui, agora vai brilhar no céu.
saudade de ouro preto
tarde de Lindóia
terna saudade (por um beijo)
suely
teus ciúmes
ledinha
no tempo do onça
vieni sul mar
morrer… sem ter amado
raio de sol
só pelo amor vale a vida
valsa da meia noite