Já faz um tempo que não escuto falar mais na cantora e compositora Junia Horta. Me parece que ela trocou a carreira de artista pela burocrática. A última informação que tive dela foi que estava trabalhando na Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais. Junia, para os que não sabem é parente (prima ou tia?) do guitarrista Toninho Horta. Com ele, ela compôs ainda na adolescência a letra para a música “Flor que Cheira Saudade”, gravada por Aécio Flavio e seu conjunto. Em 1967, outra criação dos dois, “Maria Madrugada”, esteve na primeira eliminatória do II FIC e foi um dos passaportes de Toninho para Rio de Janeiro, que no início dos anos 70 se mudaria em definitivo para lá.
“Não me lembre demais, nem me esqueça” foi gravado na Bemol e contou com um time de feras mineiras nesta produção independente. Me parece que foi seu primeiro e único disco. Não sei se ela chegou a gravar outros e nem os encontrei na rede. Ironicamente, com este título, o álbum chega a ser quase um prenúncio. Mas a sua música tem qualidades que estão no sangue. Além de letrista e compositora ela também tem uma bela voz. Há algo de Sueli Costa… sei lá… Só sei dizer que o disco é bom e vale uma conferida.
memória
veneno
corpo e alma
caldeirão
loucura
de sol a sol
verdade submersa
canto de desalento
contradança
fantasmas
mariana
velas ao mar