Olá amigos cultos e ocultos! Hoje é um domingo especial, é o Dia dos Pais! Deixo aqui, logo de início, as minhas saudações à todos e ao meu que já se foi. Parabéns senhores pais! Eu também, logo cedo, fui surpreendido ainda na cama pelo meu amado filhão. Ganhei até um presente. Ganhei um livro que há muito vinha namorando, “1001 Discos Para Se Ouvir Antes De Morrer”. Quem gosta de música pop/rock, discos e coisas assim, não podem deixar de tê-lo. Não se trata obviamente do essencial ou do que realmente vale a pena em termos de discos, bem porque ele só contempla, em sua maioria, álbuns americanos e ingleses. Mas nos dá uma boa visão de alguns dos discos que mais se destacaram a partir dos anos 50, indo até os dias atuais. Como um bom virginiano (ou seria mal?) não deixo de fazer minhas ‘crítiticas’. Começando pelo formato do livro, algo próximo do 18×24 cm para um número de páginas que chegam quase a mil. Depois da primeira folheada ele começa a ficar desformado, descola e perde aquele ‘status’ de ‘finebook’, uma pena. Tem que abrir pouco e folhear com cuidado. Ideal seria o formato utilizado no 300 do Gavin. Quanto ao conteúdo, vejo ao ir passando suas páginas o que disse logo de início, só há vez para discos de língua inglesa, em sua maioria. Citação a algum brasileiro ficou só no Tom Jobim, João e Astrud Gilberto e um único disco dos Mutantes. Não que eu queira puxar a sardinha, mas em se tratando de música, deixar o Brasil fora dessas, chega a ser um sacrilégio. Por outro lado eu procuro entender a proposta do livro e a cabeça dos gringos. Sei que no fundo a música que reina no mundo nos últimos 50 anos é o pop e o rock. Esta passou a ser a linguagem musical universal. Toda a música jovem lá fora (para não falar aqui dentro) está baseada no pop/rock. Daí, pensar na inclusão de artistas nacionais seria pedir muito. Tudo bem, tá valendo…. Dos 1001 discos ali apresentados, posso dizer que bem mais da metade eu já ouvi ou tenho em minha coleção. Outros eu nem conhecia e outros ainda eu nem faço questão de ouvir, acho que morreria ao fazê-lo. Seja como for, apesar dos pesares, este livro não deixa de ser uma ótima pedida. Ironicamente, é nessas horas que eu penso: puta merda, nossa música é um tesouro! É prata, é pura, é ouro! Não podemos deixá-la de lado, esquecida e suplantada por ritmos alienados. Viva a música brasileira!
Carlos Drummond de Andrade – Interpretado Por Lima Duarte E Roberto Corrêa (1987)
Bom, agora vamos ao principal… voltemos a postagem do dia. Hoje, especialmente comemorando o Dias dos Pais, resolvi contrariamente postar um disco de poesia. Acho que pode ser um bom presente para o papai. Vamos com a poesia de Carlos Drummond de Andrade neste álbum promocional, interpretado pelo ator Lima Duarte e fundo musical do mestre da viola caipira, Roberto Corrêa. Este disco foi feito especialmente como brinde de aniversário da empresa Makro no seu aniversário de 15 anos e oferecido aos seus clientes e fornecedores. Portanto, não é um álbum comercial e muito menos conhecido do grande público. Um brinde que agora eu repasso à vocês, papais e filhos. E tenham um bom domingo!
poema das sete faces
no meio do caminho
sentimento do mundo
confidência do itabirano
cidadezinha qualquer
josé
em face dos últimos acontecimentos
certas palavras
o enterrado vivo
consolo na praia
também já fui brasileiro
a vida passada a limpo
encontro
para sempre
obrigado
amar
quadrilha
canção para ninar mulher
quero me casar
estes crepúsculos
toada do amor
amor, sinal estranho
o quarto em desordem
quero
amor e seu tempo
coitosob o chuveiro amar
ainda que mal