Outra vez… estou me servindo do que ficou na ‘gaveta’, pois pelo jeito, a minha semana vai ser corrida. Para não comprometer nosso encontro diário, terei que lançar mão daquilo que tenho pronto e que só não havia sido publicado por já ter sido bastante explorado em outros blogs. Todavia, em se tratando de Elizete Cardoso e mais exatamente deste álbum “Canção do Amor Demais”, não há porquê eu me desculpar. Este disco é um clássico, um marco da música popular brasileira, uma jóia que não tem tempo incerto. Foi lançado em 58, através do selo Festa de Irineu Garcia, antecipando ou anunciando o que viríamos a conhecer como Bossa Nova. Um álbum que na época de seu lançamento não chegou a chamar muita atenção devido a pouca popularidade de seus autores, Vinicius de Moraes e Antonio Carlos Jobim. Somente Elizete, a intérprete, era o nome de peso, uma artista já consagrada. O disco trazia uma outra sonoridade e em duas de suas faixas, “Chega de Saudade” e “Outra Vez’, haviam um ‘quê’ de diferente, a batida do violão de João Gilberto, coisa que até então não se ouvia antes (em termos…). A medida em que a Bossa Nova veio nascendo é que “Canção do Amor Demais” foi adquirindo seu real valor e se tornando um clássico e um marco da nossa música. É um disco que, para o Toque Musical, é bem mais que uma simples postagem de gaveta. É uma necessidade e uma grande honra poder dizer que aqui também tem… E chega de saudade!
Elizete Cardoso – Canção Do Amor Demais (1958)
chega de saudade
serenata do adeus
as praias desertas
caminho de pedra
luciana
janelas abertas
eu não existo sem você
outra vez
medo de amar
estrada branca
vida bela
modinha
canção do amor demais