José Miguel Wisnik (1992)

Bom dia, meus queridos amigos cultos e ocultos. Hoje eu acordei num ótimo astral, mesmo apesar da manhã está assim meio nublada, parecendo Sampa. Mas como na capital dos paulistas, ao longo do dia, o sol aparece e o dia fica mais vibrante. Afinal, hoje é sexta-feira! E por falar em Sampa, eu hoje resolvi postar um disco que eu comprei nesta cidade há mais de 10 anos atrás e que pela sua beleza, vem me acompanhando como trilha desde então. Posso dizer que venho escutado este disquinho continuamente ou mesmo cantarolando suas inspiradas faixas que a muito eu sei de cor. Obviamente, estou me referindo ao músico e compositor José Miguel Wisnik, também ensaísta e professor de literatura na USP. O cara é genial, de uma sensibilidade ímpar, um grande poeta. O presente disco, se não me engano, foi seu primeiro trabalho e no pouco ou muito que ouvi dos outros discos dele, acho este o melhor. Destacar uma ou outra música do disco seria uma injustiça, sendo que todas são maravilhosas. Mas é de comover, em alguns casos, a perfeita união da poesia com a música. Sensibilidade pura! Deixo aqui para os que ainda não conhecem essa pérola musical. Um dos melhores trabalhos fonográficos produzidos nos anos 90, pode acreditar!

se meu mundo cair
mundo cruel
laser
vírus
mais simples
estranho jardim
a olhos nus
polonaise
a primeira vez, mamãe, que eu fui ao cinema
vôo cego
subir mais
pesar do mundo
som e fúria
soneto do olho-do-cu
mestres cantores

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