Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui estou eu ainda na reserva, parecendo um ‘junk’, cheio de furos de agulha nos braços. Falando assim, parece até que eu estive hospitalizado por semanas, mas não foi nada disso. Apenas tive uma indisposição alimentar, daí fui ao pronto-socorro, tomei na agulha Buscopan, Omeprazol e soro. Seriam no máximo três picadas se não fosse a inexperiência do enfermeiro que me atendeu. Para completar a peneira, no dia seguinte tirei sangue e ainda me aplicaram um contraste para uma tomografia no estômago. Vejam só vocês o que passa um ‘condor’ (realmente, com dor).
E falando em dor, hoje, dia 27 de setembro fazem 57 anos que morreu o Chico Viola. Como é sabido, Francisco Alves morreu tragicamente em um acidente de automóvel na Via Dutra, em 1952. Sua morte causou comoção nacional e até hoje temos ecos daquele momento. Uma grande perda de um dos artistas mais populares e queridos do Brasil.
Em homenagem póstuma, Dalva de Oliveira gravou naquele mesmo ano a marcha rancho “Meu rouxinol”, composição feita por Pereira Mattos e Mário Rossi. Até onde eu sei, esta gravação foi lançada apenas em uma bolacha de 78 rpm. Uma raridade que merece ser revista. O curioso deste disco fica por conta do seu conceito simbólico, temos de um lado a canção interpretada por Dalva e do outro o silêncio. A agulha corre por uma trilha silenciosa da borda ao centro do disco. O Rei da Voz se cala.