E mais uma vez, vamos com Rosinha de Valença, compositora e violonista de primeiríssima linha, neste lp, “Encontro das Águas”, disco lançado de forma quase independente, produzido por Stella Fonseca, em 1983. Os arranjos são de Nelson Angelo que também participa como compositor e artista. Disco super bacana e por certo, pouco conhecido do grande público.
Olha aí, uma coletânea de sucessos nas cordas do genial Waldir Silva. Disquinho bacana onde o cavaquinista nos apresenta uma dezena de sucessos inesquecíveis. Ao que parece, não se trata de uma simples coletânea, de músicas extraídas de outros e antigos discos que o instrumentista gravou, mas sim de uma seleção com diferentes estilos (samba, choro, valsa, seresta, baião, frevo e também rock, balalaika e folclore latino americano) gravada para este selo Europa Music.
E agora, vamos com grande Elizeth Cardoso ao lado de outro grande nome, Radamés Gnattali e a Camerata Carioca num registro histórico de um show ao vivo, em espetáculo criado por Túlio Feliciano e dedicado à Pixinguinha, apresentando em 1983 na Sala Sidney Miller, da Funarte, RJ. “Uma Rosa Para Pixinguinha” foi um momento realmente memorável, que valeu ser lançado em disco naquele mesmo ano.
Entre tantos veteranos, maestros e líder de conjuntos, músicos que fizeram parte dos anos dourados, notamos que até então nunca postamos um disco do pianista, compositor, maestro e arranjador, Fernando Gallo. Ele iniciou a carreira nos anos 50 tocando em boates da noite paulista. Gravou uma dezena de discos por diferentes gravadoras. Como compositor e por certo sendo seu maior êxito, foi o autor de “Na cadência do samba”, uma música que ficou famosa se tornando uma espécie de hino do futebol, muito por conta de ser o tema de abertura do Canal 100, aquele programa sobre o futebol que atencedia aos filmes, nos cinemas. Esta música, de autoria de Gallo, também conhecida como “Que bonito é” tinha letra de Luiz Bandeira. Ficou famosa através de Waldir Calmon que a gravou ainda no final dos anos 50 e foi a versão instrumental usada como abertura do Canal 100, nos cinemas de todo o Brasil.
O disco que hoje apresentamos, trata-se de um álbum não comercial, produzido exclusivamente para o Banco do Brasil para presentear aos seus clientes. Um lp muito bom trazendo um repertório repleto de clássicos da música popular brasileira, com se pode ver na contracapa e na lista logo a baixo. Participam dessas gravações um time de músicos também de primeiríssima, oque garante ainda mais a qualidade deste trabalho. Não deixem de conferir…
Seguindo em nosso novo ano, desta vez trazendo a cantora Dalva de Andrade. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dela e agora vamos com este compacto duplo de 45 rpm lançado pelo selo Polydor em 1959. O disquinho, como se pode ver traz quatro faixas, sendo três sambas e um beguine.
Num grupo sobre música no Facebook alguém perguntava a respeito deste disco do músico gaúcho Carlinhos Hartlieb. Ao que parece, o lp não está totalmente acessível nas fontes músicais livres, como o Youtube e por certo também difícil de baixar em algum blog ou ‘torrent da vida” (isso ainda existe?). Por um instante, achei que já tivéssemos postado o disco aqui no Toque Musical. Há tempos atrás tínhamos uma dezena desse disco dando sopa. Hoje verifico que tudo já seguiu por aí e o úncio que sobrou faltava o encarte. Mas tudo bem, nada que a gente não consiga resolver. Agora digitalizado, na melhor qualidade e completo, vamos então publicá-lo, para a alegria geral de quem o procura.
Carlinhos Hartleib foi um artísta, ícone da música gaucha, que atuou do final dos anos 60 até a década 80. Teve uma tragetória artística voltada muito para festivais regionais, tocou com uma das mais importantes bandas de rock gaucha, a lendária Liverpool, de Mimi Lessa e Fughetti Luz. Teve importante atuação enquanto compositor, produtor de espetáculos e agitador cultural. Foi um dos reponsáveis por levar a música pop gaúcha para os grandes centros de Rio e São Paulo. No verão de 1984 ele foi encontrado morto, misteriosamente enforcado, em uma cabana que tinha no litoral catarinense. Até hoje não se sabe ao certo se ele suicidou ou se foi assassinado.. O fato é que este disco, Risco no Céu, foi uma obra póstuma, lançado quatro anos após seu falecimento. Produzido pela gravadora/editora independente, Nova Trilha, numa tiragem pequena, oque tornou o disco um objeto de procura por colecionadores.
Olha aí um disco bacana! Hoje trazemos Primo e Seu Conjunto, em uma produção de Nilo Sérgio para o seu famoso selo Musidisc. Lp lançado em 1966, trazendo um repertório fino de sambas numa linha jazzística de primeira. Este disco faz parte de uma série criada pela gravadora e voltada para a Bossa Nova. Já apresentamos aqui um outro disco de Primo, aliás, João Peixoto Primo, pianista gaucho que nos anos 50 e início dos 60 tinha um conjunto chamado Flamingo, no qual tinha como cantora a jovem Elis Regina. Também, como já comentamos, Primo, com a transferencia da capital federal para a nova cidade de Brasília, passou a ser uma espécie de músico oficial do governo. Durante muitos anos e alguns presidentes, foi o responsável pelo entretenimento musical das gordas festas e bailes do ‘playground’ de políticos e militares (ô raça…)
Um novo ano, um novo dia, um novo amanhecer… E o dia começa com o café da manhã. E no nosso caso, vamos de pão com manteirga no café e na vitrola. Abrimos nosso 2025 com essa interessante e curiosa banda, Pão Com Manteiga, grupo paulista que surgiu nos anos 70. Gravaram apenas este disco pela Continental, através do selo Fórmula. Um trabalho que realmente chama a atenção, pela sonoridade e letras curiosas, coisa muito fecunda naqueles tempos de grupos como Secos & Molhados, Matuskela, Som Imaginário, Achados & Perdidos. Alguns, como o Pão Com Manteiga ficaram apenas no primeiro disco, mas talvez por conta disso mesmo acabaram sendo redescobertos pelas novas gerações, merecendo inclusive um reedição.