K-Ximbinho – Saudades De Um Clarinete (1981) 

Aqui um disco bem bacana de um dos grandes músicos brasileiros, Sebastião de Barros, ou como se tornou conhecido, K-Ximbinho, instrumentista, compositor, arranjador e regente. Considerado como um dos mais originais instrumentistas de sua geração, atuou tanto em orquestras populares como em regionais, grupos de choro e jazz. Este disco foi gravado no intúito de ser o primeiro lançamento de um selo/gravadora independente idealizado por Chico Buarque, Paulinho da Viola, o pessoal do MPB-4, Fernando Faro e Toninho Morais. Porém, conforme nos cona Aluízio Falcão, no texto de contracapa, o projeto não vingou. A gravação acabou engavetada. Nesse meio tempo, K-Ximbinho veio a falecer. O projeto foi resgatado no ano seguinte e o disco acabou saíndo pelo selo Eldorado.
Sem dúvida, um trabalho maravilhoso de se ouvir. Quem não conhece, a gente recomenda… 
 
eu quero é sossego
sempre
meiguice
tô sempre aí
gilka
mais uma vez
velhos companheiros
penumbra
simoninha na barra
ternura
autoplagio
catita
 
 
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Quarteto Em Cy – Em 1000 kilohertz (1979)

O toque de hoje é o Quarteto em Cy, Em 1.000 Kilohertz, um dos muitos e excelentes álbuns deste quarteto vocal feminino fantático, que se iniciou com as irmãs, Cyva, Cybele, Cynara e Cylene, nos anos 60. O grupo, ao longo de cinco décadas, teve várias formações, com outras cantoras substintundo as que foram saíndo. O Quarteto em Cy gravou dezenas de disco, uma discografia exemplar que carece maior reconhecimento, ou conhecimento por parte de um público que não chegou a conhecer esse grupo vocal. “Em 1.000 Kilohertz, disco de 1979, a formação do quarteto era Cyva, Cynara, Sônia e Dorinha Tapajós. A direção musical é de Luiz Claudio Ramos. O repertório, como sempre, impecável, 
é parte do show com o mesmo nome, levado a público em junho de 79, no Teatro Vanucci, no Rio de Janeiro.
 
sim ou não
feminina
passageiro
nada além
feira das almas
bom dia
maria maria
vinho amargo
nadando no seco
a cidade contra o crime
sabiá
 
 
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Tibor E Sua Orquestra – Ray-O-Vac 3 (1969)

Seguindo em nosso ‘drops sortido’, temos aqui mais um exemplar Ray-O-Vac. Para aqueles que já seguem o nosso Toque Musical a mais tempo, há de lembrar de outros discos desta série promocional, lançada em 1969 pelo obscuro selo PAT Records, trazendo o maestro Tibor Reisner e sua orquestra. 
Vamos repetir aqui, praticamente, o mesmo texto de uma outra postagem desta série de 4 volumes…
Lançado como promoção das pilhas Ray-O-Vac, este lp nos traz um encontro exclusivo com o maestro e arranjador Tibor Reisner e sua orquestra. Por certo, a maioria das pessoas não fazem ideia de quem foi este músico. Húngaro naturalizado brasileiro, o maestro Tibor viveu e atuou em Joinville – SC por muitos anos. Foi regente da extinta Orquestra Filarmônica-Lyra e diretor da Escola de Música Villa Lobos, ambas nessa cidade. Nos últimos anos de vida mudou-se para São Paulo, depois de ter amargado o desgosto de não conseguir criar em sua cidade uma Orquestra Sinfônica. Segundo informações, ele vivia sozinho em São Paulo. Já doente, foi resgatado por amigos e levado de volta a Joinville. Seu único parente era uma irmã que veio da Alemanha para cuidar dele. Levou-o de volta para a capital paulista para tratamentos. Faleceu aos 73 anos, em 1999. Deixou uma obra volumosa, inédita e inacaba.
Neste álbum promocional, encontramos o arranjador, regente e instrumentista a frente de uma pequena orquestra formada por músicos estudantes, possivelmente da sua Escola de Música Villa Lobos. O repertório, como nos demais discos já apresentados traz em ‘pot pourri’  uma série mista com temas nacionais e internacionais, sucessos dos anos 60. Um trabalho feito exclusivamente para o disco promocional das populares pilhas ‘amarelinhas’ para agradar a todo tipo de público daquela época.
 
afrikan beat
garota de ipanema
balanço zona sul
samba de verão
hully gully portugues
coimbra
uma canção portuguesa
la bamba
amore scusame
monn river
mavie
red roses for a blue lady
san farncisco
i could have dance all night
ganz paris treumt von der liebe
sur le ciel de paris
sur le pont de paris
madmoiselle de paris
le petit valse
 
 
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Jan Garbarek John Abercombie Nana Vasconcelos – Eventyr (1983)

Que salada mista está sendo este mês de novembro. Cada dia algo diferente, alegrando gregos, troianos e quem mais chegar. Na postagem de hoje nosso destaque é para o genial Naná Vasconcelos. Como sabemos, ele construiu uma sólida carreira internacional se tornando um dos mais respeitáveis percursionistas mundiais. Tocou com inúmeros artistas, estando presente em dezenas de discos nacionais e internacionais. Aqui temos ele em sua fase tocando e gravando pelo conceituado selo ECM, dedicado a música instrumental jazzistica. Já apresentamos Naná em outro disco desta gravadora e agora trazemos “Eventyr”, trabalho que ele participa ao lado do saxofonista Jan Garbarek e do violonista e guitarrista John Abercrombie, gravado no início dos anos 80.
 
soria maria
liliekort
eventyr
weaving a garland
once upon a time
the companion
snipp snapp snute
east of the sum and west of the moon
 
 
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Astrud Gilberto – I Haven’t Got Anything Better To Do (1969)

Seguinos desta vez com a cantora brasileira radicada nos Estados Unidos, Astrud Gilberto, artista já apresentada em nosso Toque Musical diversas vezes. Volta, literalmente, a mostrar a cara neste lp, “I Haven’t Got Anything Better To Do”, pelo conceituado selo americano Verve, lançado também no Brasil, em 1969. Um repertório pop com arranjos e regência de Albert Gorconi. O interessante para nós neste disco é a última faixa do lado A, a música de Dori Caymmi e Nelson Motta, “O mar é meu chão” que ganha uma versão em inglês,”The sea is my soil”.
 
a time for us
i haven’t got anything better to do
didn’t we
wailing of the willow
where’s the love
the sea is my soil
trains and boats and planes
world stop turning
without him
weesmall hours
if
 
 
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Melão – Box Blindex (1988)

Embora não tenhamos encontrado nada a respeito deste disco na internet, além de anúncios de vendas, montamos aqui nosso quebra-cabeça. Se não estamos enganados, Melão é um músico mineiro que no fim dos anos 70, ao lado de outro, Lery Faria Jr gravaram “Jequitinhonha – Notas de Viagem”, disco maravilhoso que já tivemos o prazer de apresentar aqui no Toque Musical. Ao que parece, Melão seguiu para o Rio de Janeiro, trabalhou ao lado de grandes artistas e lançou nos anos 80 este lp, “Box Blindex”, em 1988, pelo selo Continental. Um trabalho bem condizente com aquele momento, os anos 80, ou seja, um disco pop, mas com um diferencial importante, a qualidade musical. Melão vem acompanhado por um excelente grupo de instrumentistas com direção artística do saudoso Arthurzinho Maia. Trabalho inteiramente autoral bem a cima da média pop daqueles tempos. Confiram…
 
box blindex
dance dance
broto coconut
amor a dois
estranho romance
alucinação
flor do mal
blue coração
poeta pop star
eu e minha noiva
 
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A Barca Do Sol – Durante O Verão (1976)

Verificando aqui em nossa lista de postagem, percebo que até então não chegamos a postar nada sobre A Barca do Sol, além do excelente lp “Corra o risco”, da cantora Olivia, que na verdade não deixa de ser também um disco da banda, visto que são eles quem acompanham a cantora e o repertório também é praticamente deles. A Barca do Sol foi uma banda carioca surgida nos anos 70, com fortes influências do rock progressivo, mesclado ao folk e também com o bom tempero de elementos da música popular brasileira. “Durante o verão” foi o segundo disco deles, lançado em 1976 pelo selo Continental. A Barca do Sol ao longo de suas existência, quase dez anos, lançou três discos e teve um bom time de músicos. Nando Carneiro, Muri Costa, Beto Resende e Marcelo Costa estiveram presentes do início ao fim do grupo. Passaram também pela Barca, Jaques Morelenbaum, Marcelo Bernardes, Ritchie, David Ganc, Marcos Stul e Alain Pierre.
 
durante o verão
hotel colonial
a língua e a bainha
os pilares da cultura
karen
memorial day
banquete
belladonna lady of the rocks
outros carnavais
 
 

Armandinho – Armando Macedo (1970) 

Desta vez, temos Armandinho, da Cor do Som, aqui então, Armando Macedo, em seu primeiro disco, lançado em 1969. Ainda um adolescente, mas já com um domínio excepcional de instrumentos de corda. Foi através do lendário programa, A Grande Chance, do também lendário Flávio Cavalcanti que o jovem Armando Macedo faturou o primeiro lugar e com isso a chance de gravar um compacto que algum tempo depois viraria este lp, lançado pela Codil e seu selo Ritmos…
Veririficando aqui agora, percebo que já havia postado este lp ainda em 2010. Sem querer ser repetitivo e até porque já havíamos programado, segue mais uma vez o disco e também o compacto de bonus.
 
arrependimento
viola enluarada
tico tico no fubá
martinha
desespero
hino do senhor do bonfim
aquarela do brasil
peguei um ita no norte
iracema
vassourinhas
prenda minha
minas gerais
são paulo quatrocentão
cidade maravilhosa
na baixa do sapateiro
pra frente brasil
molambo
divagando pelo cais
bentevi atrevido
carolina
o destino desfolhou
 
 
 
 

Banda Metalurgia (1982)

Nossa sequência hoje é com música instrumental. E para tanto, temos aqui a Banda Metalurgia, grupo musical nascido na cidade de São Bernardo do Campo, em 1982. Formado por dez talentosos músicos, sendo predominante a presença  de instrumentos de sopro, o que de certa forma dava nome a banda. A Metalurgia gravou apenas este lp. Embora tenha sido considerando o melhor disco de música instrumental daquele ano de 1982, a banda não durou muito. Seus elementos, os músicos logo partiriam para suas carreiras individuais, entre esses destacamos o trombonista Bocato (o qual já apresentamos aqui dois de seus discos) e o baterista Claudio Baeta. É bom também lembrar que antes de serem a Metalurgia, esses músicos acompanhavam Elis Regina nos anos de 79 e 80.

multinacional
amarelo
impulso oi
ap 403
barra pesada
lá em guayaquil
ermelindo e casanova
a sala e o cheiro verde
esperando edmundo
em tempos de baeta
samba de volta ao berno
 
 

Paulo Diniz – É Marca Ferrada (1978) 

Hoje o nosso encontro é com Paulo Diniz, artista que dispença maiores apresentações. Pernambucano que no início dos anos 60 veio para o Rio de Janeiro para trabalhar em rádio. Gravou seu primeiro disco e sucesso, “O chorão”, em 1966 e daí para frente fez só crecer sua popularidade como outros tantos sucessos que viria a lançar na primeira metade dos anos 70. Aqui temos dele um dos últimos discos com músicas que se destacaram, tal como “Me leva morena”, em parceria com Marconi Norato e Juhareiz Correya e também “Severina Cooper (It’s not mole não)”, de Accioly Neto. Ele também regrava aqui outro de seus grandes sucessos, a música “Pingos de amor”. O lp foi lançado pela EMI em 1978. Confiram no GTM…
 
me leva morena
limoeiro
folia
severina cooper (it’s not mole não)
candente
pelas ruas
marca ferrada
um chopp pra distrair / pingos de amor
depois de você, ninguem
essanegra fulô
bela bela
 
 
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The Elevens – Surfing Success (1965) 

De volta aos obscuros lançamentos de pequenas gravadoras dos anos 60. Aqui temos, “Surfing Success”, um raro (e caro) lp lançado em 1964 pelo selo Caravelle. The Elevens é o nome do conjunto que desfila as treze faixas, sucessos dos mais variados e aqui transformados em uma espécie de ‘surf music’, gênero que se caracterizou a partir dos anos 50 e 60 pela presença acentuada do saxofone. Aqui, podemos dizer que é algo tipo ‘latin surf music’. E pelo nome do conjunto podemos já supor que fosse quase uma pequena orquestra com onze músicos, conjunto de beira de piscina, grupo de baile… Infelizmente, não há nenhuma informação sobre o disco ou mesmo o conjunto. Curiosamente, o disco parece ter sido lançado com versões diferentes da capa. Seria esse o motivo de um sujeito estar oferecendo sua versão no Discogs por mais de mil reais? Bom, seja como for, aqui temos a nossa versão e é por ela que você poderá dizer se vale ou não. Vamos conferir?
 
la raspa surf
la bamba
america
datemi un martello
marcacafoo
i could have canced
o calhambeque
bienvenido amor
california sun
che me ne faccio del latino
perereca da vizinha
bamboleio
beachy party
 
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Arthur Moreira Lima – Com Licença… (1987) 

Iniciamos nosso novembro chuvoso prestando uma homenagem a Arthur Moreira Lima, um dos mais importantes pianistas eruditos brasileiros que infelizmente nos deixou, há dois dias atrás. Músico excepicional, reconhecido internacionalmente, foi um dos poucos artistas da música clássica a flertar com o popular, ganhando com isso mais notoriedade até mesmo dentro da MPB. Entre os trabalhos que realizou tem este disco, lançado pela Kuarup Discos, em 1987, que reune gravações que ele fez a partir de seu retorno ao Brasil. Uma seleção com composições célebres de Joaquim Callado, Henrique Alves de Mesquita, Chiquinha Gonzaga, Eduardo Souto, Pixinguinha e também de compositores contemporâneos com Elomar, Heraldo do Monte, Paulo Moura e Laércio de Freitas. Piano solo para conferir.
 
flor amorosa
la brésilienne
despertar da montanha
fandangoso
carinhoso
gaúcho
mão esquerda
subindo ao céu
o cabo pitanga
seresta sertaneza
chuva morna