Patrulha do Espaço – Primus Inter Pares (1993)

Aqui um outro disco de rock para aproveitar o momento… Desta vez temos a banda Patrulha do Espaço em seu quinto lp de estúdio, um disco lançado em memória ao baixista Sérgio Santana, falecido em 1991. Em 92 este lp foi gravado, contando com a participações de Percy Weiss e outros ‘patrulheiros’ e lançado em 93 pelo selo independente Aqualung.
 
satisfação
olho animal
cidade nua
robot
cão vadio
festa do rock
bomba
mulher fácil
columbia
serial killer
 
 
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Sepultura – Chaos A.D. (1993)

Talvez, muitos de nossos amigos e seguidores possam estranhar nossas últimas postagens, mas é sempre bom lembrar que no Toque Musical não temos conceitos e nem preconceitos. Temos limite, mas para esses não vamos dar nem cartaz. Então, seguindo na empolgação do heavy metal, vamos aqui com outro, “Chaos A.D.”, álbum clássico da banda Sepultura, em sua formação também clássica com Max, Igor, Paulo e Andreas. Lançado em 1993 pelo selo americano Roadrunner Records. É, sem dúvida, um dos melhores momentos da banda.
 
refuse – resist
territory
slave new world
amen
kaiowas
propaganda
bitech is godzilla
nomad
we who are note as others
the hunt
clenched fist
polícia
inhuman nature
 
 
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The Evil – Seven Acts To Apocalypse (2023)

Do punk de ontem, passamos hoje para o metal e no caso aqui, um lançamento recente, do ano passado. Apresento a vocês, “The evil – Seven Acts To Apocalypse”, segundo álbum desta sinistra banda de ‘doom-metal’, um subgênero do heavy metal pautado no peso, em um andamento lento e arrastado. Uma trilha bem torturante, sombria. E no caso aqui faz todo o sentido, inclusive pelo tema tratado, “Seven acts to Apocalypse”, aborda os sete pecados capitais, também conhecidos como vícios capitais ou pecados cardeais. O trabalho musicalmente falando (e para o gênero) é muito bom. Tanto assim que recebeu ótimas críticas de revistas especializadas. O curioso aqui e também o motivo de estar sendo postado em nosso Toque Musical é que o The Evil é uma banda mineira, aqui mesmo de Belo Horizonte. Formada por excelentes músicos da cena rock e metal da cidade. Neste disco eles se apresentam com pseudônimos e também não mostram suas caras. The Evil é um quarteto formado por: Theophylactus (baixo), Saenger (bateria), Iossif (guitarras) e Mistres Wournous (vocal). Todos músicos oriundos de bandas como Sepultura, Sarcófago, Chakal, Pesta, Melissa, Vol. 4, Sabbra Cadabra e outras.
Este álbum foi lançado pelo selo francês Osmose Productions e somente dentro do mercado europeu. Aqui no Brasil, os interessados tem que desembolsar uma nota preta para importar o lp que é verdadeiramente um luxo, vinil 180 gramas, capa dupla, incluíndo encartes, poster e livreto, tudo muito bem impresso. Padrão europeu. E a propósito, as fotografias do álbum são minhas 🙂
Confiram no GTM, completo e com direito a fotos extras 😉
 
envy
pride
greed
sloth
lust
voracity
wrath
 
 

Garotos Podres – Pisando Na M… (1988)

Atendendo gregos e troianos, seguimos neste mês de setembro com o mais variado cardápio, uma autêntica colcha de retalhos, para que fique bem claro que aqui se escuta música como outros olhos 🙂
E olha só o que temos para hoje… Garotos Podres e seu impagável primeiro lp, lançado em 1985 sob o título “Mais podres do que nunca”.  Para um disco de punk rock e independente, pode-se dizer que este lp fez sucesso, tendo uma marca de vendagem de 50 mil cópias. Foi eleito como um dos melhores discos de punk rock brasileiro. O trabalho foi gravado em apenas 12 horas. Teve um relançamento pelo selo Lup-Som em 86 e novamente em 1988 e desta vez com uma outra capa e título, “Pisando na M…” Ainda hoje é editado em cd, mantendo a estampa original.  
 
jhonny
anarquia oi
eu não sei o que quero
papai noel velho batuta
insatisfação
liberdade onde está
vou fazer cocô
miseráveis ovelhas
fuhrer
não devemos temer
maldita preguiça
 
 
 

Armandinho Trio Eletrico Dodô & Osmar – Ligação (1978)

E na sequencia, vamos de Trio Elétrico Dodô & Osmar. Uma produção de Armandinho e Moraes Moreira e também uma homenagem a Osmar que naquele ano de 1978 havia falecido. O trio é formado pelo mesmo time familiar de Osmar Macedo, no caso os filhos, Betinho Aroldo e, claro, Armandinho. Moraes Moreira também está presente neste trio elétrico. “Ligação” é um lp que transcende o carnaval, vale ser ouvido em qualquer tempo…
 
ligação
chão da praça
taiane
festa na rua
alegre é o porto
revoada
o menino do trio
atrás do trio
de irmão pra irmão
vôo do colibri
o pierrot do picadeiro
frevo dobrado nº4
frevo do trio eletrico
 
 
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Black Future – Eu Sou O Rio (1988)

Na colcha de retalhos que já demonstra ser setembro, temos para hoje este disco da banda de rock carioca Black Future. Foi o disco de estréia deste grupo carioca que fazia uma mistura de elementos do pós punk com rock experimental e até samba. “Eu sou o Rio” foi um lp produzido por Thoma Pappon, da banda Fellini, que também participa em algumas faixas. Da mesma forma, tem também as participações especiais de figurinhas de peso do rock/pop nacional como Edgar Scandurra, Paulo Miklos, Chacal, Edu K e outros… É, sem dúvida, um disco da melhor qualidade, das coisas boas produzidas no rock/pop nacional nos anos 80.
 
dança da chuva (introdução)
interrupção
no nights
sinfonia para um morto
reflexo
piada
eu sou o rio
teatro do horror
cartas do absurdo
bem depois
thor e loki
 
 
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Baden Powell – Canta Vinícius de Moraes E PC Pinheiro (1977) 

Aqui um disco que eu acreditava já termos publicado em outros tempos, porém, se foi não está indexado. Assim, vamos ao disco, pois na pior das hipótesis vale a pena ouvir de novo. Temos então o genial  Baden Powell em um album gravado na França, em 1977. Como se pode ver pela capa e também pelo título, temos um Baden, além de violonista, cantor, interpretando composições sua com dois grandes poetas e parceiros, Paulo Cesar Pinheiro e Vinícius de Moraes. O violonista vem acompanhado por um grupo de músicos franceses e percussionistas brasileiros. O repertório não podia ser melhor. Um disco que surpreende até mesmo o públcio brasileiro…
 
labareda
linda baiana
cavalo marinho
samba da benção
é de lei
cancioneiro
figa de guiné
falei e disse 
besouro manganga
 
 
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André Geraissati – Entre Duas Palavras (1982) 

Na diversidade musical de nossos encontros diários, hoje vamos com André Geraissati, violonista, compositor e produtor musical. Um artista que infelizmente o Brasil não conhece como deveria. Músico de renome internacional. Já o apresentamos aqui no Toque Musical outras vezes e agora trazemos ele de volta em seu primeiro álbum solo, lançado em 1982 pelo selo Carmo, de Egberto Gismonti, que por sinal participa do disco e é também o produtor. Trabalho maravilhoso para quem gosta de música instrumental. Confiram…
 
entre duas palavras
lagoa silenciosa
entre duas palavras
cedral/corumbá
mágico
imagem
 
 

Vinicius Cantuária – Rio Negro (1991)

Vinícius Cantuária é um artista que ainda não tinha passado por aqui, então, boa oportunidade é hoje, neste mês de setembro, onde iremos destacar os lançamentos e curiosidades das décadas mais recentes. E assim, vai um disco do Vinícius Cantuária, o sexto de sua carreira, lançado em 1991 pelo selo Chorus/Som Livre. Cantuária é um músico, multinstrumentista, cantor e compositor de origem amazonese. Sua atuação profissional começa no início dos anos 70. Foi baterista do Terço, da Banda Atômica de Jorge Mautner e também tocou com músicos como Caetano Veloso, Gil e Luiz Melodia. Gravou seu primeiro disco em 1982. De lá pra cá já foram mais de 20 discos e cada vez mais longe do pop, numa postura bem madura em relação a autêntica música popular brasileira. Em “Rio Negro” já se percebe isso, um disco com mais pretenções de qualidade musical e poética do que em busca do sucesso imediato. Porém, duas músicas deste disco fez muito sucesso, “O grande lançe é fazer romance” e “Garotos”. Curiosamente, há uma outra música, talvez um pouco mais antiga, também sucesso do pop nacional, “Garotos II – O outro lado”, de Leoni que é bem parecida com essa de Cantuária. Mas, “Rio Negro” é um disco que vale a pena ouvir. Participam deste trabalho convidados como Chico Buarque, Lulu Santos, Arthur Maia, Victor Biglione e mais um monte de feras, o que garante ser este um trabalho da melhor qualidade. Confiram…
 
somos todos índios
garotos
meu destino
serei feliz?
luto real
brinco
rio negro
o grande lance é fazer romance
joia
 
 
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Sérgio Mendes & Brasil ’77 – Raizes (1972) 

Dia triste para a música, para nós… Lá se foi o Sérgio Mendes, partiu para uma nova jornada. E nós aqui, seguimos e mais que nunca, ouvindo tanta coisa bacana que ele nos deixou. Aqui no Toque Musical já postamos muitos discos dele e hoje fazemos esta postagem em sua homenagem. Uma coisa que nem sempre temos feito, ainda mais nesses tempos onde temos perdido tantos grandes nomes da música brasileira, um atrás do outro… Melhor não… Senão, logo seremos chamados de Toque Final e não Musical. Piadinhas a parte, vamos ao álbum, “Primal Roots”, aqui no Brasil lançado como “Raízes”, também 1972. Entre tantos discos, este é mais um dos seus excelentes trabalhos e por acaso, o único disponível dos anos 70 que ainda não foi publicado aqui. Repertório bacana, música brasileira de raiz com tempero apropriado para gringo degustar. 
 
promessas de pescador
após o amanhecer
canto de ubiratan
iemanjá
pomba gira
jogo de roda
promessa de pescador
 
 
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Serguei (1991)

E então, chegou a vez do Serguei, a lenda da psicodelia, figurinha rara no mundo do rock’n’roll tupiniquim. Aliás, mais figura do que roqueiro. Seu maior triunfo foi ter cruzado com a Janis Joplin. Uma história que todo mundo já sabe. Dizia ele que ‘comeu’ a cantora, mas cá pra nós é mais fácil ela ter comido ele. Enfim, histórias… Aliás, ele tinha muitas histórias. Nunca conseguiu um sucesso, mesmo assim, por conta da sua postura, poser de roqueiro de alguma super banda, acabou conquistando uma legião de fans. Teve a grande oportunidade de participar do primeiro Rock In Rio e por conta dessa visibilidade toda ganhou até um contrato para gravar este lp, lançado em 1991, com produção de Michael Sullivan. O repertório é legal, mas ele consegue fazer ficar ilegal, hehehe…
 
coleção de vícios
help
rolava bethania
estou na lona
a noite inteira
rock do papai
summertime
não tem jeito
lindo anjo
mercedes benz
 
 

Dalto – Em Espanhol (1984)

Mais uma boa curiosidade nos espera… Desta vez temos o cantor e compositor Dalto em um disco que fez muito sucesso… Bom, pelo menos é o que parece quando olhamos a capa. Porém este não é o lp “Pessoa”, lançado em 1983. Este aqui é um disco com a mesma capa, porém, uma coletânea com alguns de seus sucessos em espanhol. Seria de se supor que fosse para o mercado internacional, porém, este disco foi também lançado no Brasil. Curiosidades…
 
saber de ti
algo extraño
angel
te falta decir
flashback
piernas para volar
puedes disponer de mi
relax
luz de velas
 
 
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Franco (1978)

Há pouco mais de um mês postamos aqui o primeiro disco do cantor e produtor gaúcho, Franco. Atendendo a pedidos (isso porque o disco já estava a mão), trazemos o segundo, lançado pela Continental em 1978. Este é um lp que desperta muito interesse em djs por conta de alguma sequencias de samba-rock e o suingue das composições de Luiz Vagner, Bedeu, Helio Matheus e outros. Interessante…
 
bloco maravilha
o rock do rato
coqueluche
fazer molho é na cozinha
coisas antigas
guitarreiro
nostalgia transvida
como?
moro no fim da rua
black samba
 
 
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Aguilar E Banda Performática (1981)

E para hoje temos Aguilar e Banda Performática. Um disco de artista para artistas. Uma proposta poetica visual e musical criada em no início dos anos 80 pelo artista José Roberto Aguilar. Segundo ele, “foi uma epécie de ícone transgressivo que aconteceu na contracultura daquele momento. Fundada por (ele) um pintor performático que não sabia nem cantar…” Reunindo uma turma de jovens amigos (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Lanny Gordin e outros…) E assim nascia a Banda Performática e este lp, produção independente e por essas e outras, também um disco raro. Aguilar daria sequencia a banda que mais tarde se tornaria a Orquestra Perfomática e depois, mais uma vez, Banda Performática. Este lp recebeu uma segunda edição com uma capa um pouco diferente. Aguilar gravou outros discos com sua Banda Performática com outras formações. Vale a pena conhecer…
 
você escolhe errado o seu super herói
carioca canibal
monsieur duchamp
revolução francesa
tribo
ma
nos espancaremos o urubu
estranheza
parangolé
 
 
 
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Sergio Murillo – Tira Teima (1989)

E entramos em setembro… Neste mês vamos dar atenção aos discos a partir da década de 70. Tem muita coisa pedindo um toque musical 🙂 E entre nossos interesse há um pouco de tudo, seja pela raridade, pela curiosidade, seja pela necessidade…
E aqui temos um disco do cantor Sérgio Murilo, alías, o último disco que ele gravou. Uma produção independente que infelizmente não ajudou muito o nosso artista que já passava por uma fase de depressão. “Tira-teima” foi um verdadeiro fracasso. Disco um tanto inexpressivo, talvez por conta da própria produção. Porém, é um lp raro, deve ter tido uma tiragem pequena. O peso do nome do artista faz a coisa valer.
 
tira-teima
fuga
curvas e ciladas
calamaria do meu porto
na próxima semana
viver é ser bom
outro astral
armadilhas
tapete mágico
rebuscando
tarde de verão
os dia não são iguais
apesar dos pesares
descendo pelo são francisco
 
 
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