Fechando nosso mês de agosto com o grande Luiz Gonzaga neste lp de 10 polegadas, lançado pela RCA Victor, em 1957. Um pequeno, mas rico mostruário da música nordestina através de seu mais legítimo representante. São oito temas clássicos, quase todos de sua autoria com Humberto Teixeira e Zé Dantas.
Mais um disco que chama a atenção, principalemente de colecionadores estrangeiros que nessa altura já levaram possivelmente todos os exemplares que tinham disponiveis nos sebos. Ainda bem que podemos pelo menos escutar e conhecer de maneira digital. E aqui é o lugar 🙂
“Samba Very Kar” é um lançamento do antigo selo CID Internacional com pouquíssimas informações além do que temos na contracapa. Um lp com os seguintes músicos: Chaguinha, Dionysio, Guimarães e Zé Maria, que dão ao disco a garantia de um trabalho de qualidade. Isso sem falar no repertório…
Aqui temos Paschoal Melillo, instumentista (acordeon, piano e sax) que atuou dos anos 30 aos 60. Considerado o primeiro paulista a tocar baião. Tocou em cassinos e nas rádios. Gravou seus primeiros discos nos anos 50. Este lp de dez polegadas apresenta músicas lançadas na época também em discos de 78 rpm. Neste lp temos Paschoal Melillo esbanjando talento ao saxofone nas quatro primeiras faixas. No outro lado do disco temos o compositor e acordeonista. Quatro faixas autorais, desta vez com Melillo no acordeon. Disco que vale a pena ouvir…
Trazemos hoje Ed Lincoln, artista que despensa maiores comentários. Várias vezes apresentado aqui, inclusive em pseudônimos que ele usou para gravar por diferentes gravadoras. Um músico com uma longa trajetória e muitos discos. Inclusive, achavamos que este lp de 1968 já tivesse sido postado. E já que não, porquê não? 🙂 Eis então o lp que ele gravou através de sua própria produtora e selo, Savoya Discos. Um trabalho onde nosso artista tem total liberdade de criação, produzindo assim um de seus melhores discos. Confiram…
Uma boa raridade é este compacto duplo de 45 rpm, primeira geração dos disquinhos de 7 polegadas, lançado pela Odeon e trazendo três grandes gaitistas/harmonicistas brasileiros: Omar Izar, Clayber de Souza e Raymundo Paiva, Os Harmonicistas. Disco imperdível para os amantes da gaita 🙂
Mais uma boa curiosidade fonomusical temos hoje. Trazemos o violonista gaúcho Octacílio Amaral em seu primeiro lp, “S. Excia. O Violão. Um disco da melhor qualidade e que por certo merece o nosso toque musical. A seleção do repertório, bem variada, reforça a versatilidade deste músico. Como ele mesmo nos atenta, duas faixas chamam bem a atenção: “Apanhei-te cavaquinho”, que pela primeira vez foi gravado em violão e dedilhado, sem palheta. Ficou bem diferente. Outra é a faixa “Praça 11”, onde Octacílio dá um verdadeiro show tirando efeitos únicos em seu violão. Muito bom, vale a pena conferir…
Ladico e seu conjunto, grupo instrumental surgido no final dos anos 40 e liderado pelo guitarista e compositor Geraldo da Silva (o Ladico). Tiveram destaque ao longo dos anos 50 chegando a gravar dois lps, sendo este, “Posto 1 ao Posto 6” o primeiro, lançado em 1959 através do selo Todamerica. Um lp cujo o repertório passeia por um grupo de músicas bem selecionadas entre sambas, choros, fox e boleros daquele momento. Vale a pena conferir…
Hoje e mais uma vez temos o prazer de apresentar Trio Nagô, grupo vocal vindo do Ceará, formado por Evaldo Gouveia, Epaminondas de Souza e Mário Alves e quem fez muito sucesso nos anos 50, nas rádios e casas noturnas onde se apresentavam. Também excursionaram pela America do Sul e Europa. Gravaram diversos discos, sendo este o primeiro lp pelo selo da RCA Victor. As músicas contidas neste álbum foram também lançadas em discos de 78 rpm. Neste disco temos uma seleção muito boa, com temas de sucessos que agradam em cheio…
Na postagem de hoje trazemos, mais uma vez, um disco de Dick Farney, artista que dispensa maiores apresentações. Nesta, temos nosso artista em quinteto apresentando oito temas, entre choro e fox, em ritmo dançante para a alegria dos casais. Um descrição detalhada segue na contracapa do lp de 10 polegadas, lançado em 1954 pelo selo Continental. Confirmam…
Aqui um disco que também vale a pena conhecer e ouvir. Uma produção da RGE Discos lançada em 1970. Pap’s Modern Sound é um super conjunto instrumental liderado pelo lendário pistonista Papudinho. Um time de feras formado por músicos de estúdio: José Lídio (o Papudinho), Cido Bianchi, Roberto de Azevedo (o Capacete), Carlos Alberto de Alcantra, Valério Costa (o Alemão), Dirceu Medeiros e os ritmistas Ney de Castro e Paulinho. Juntos, esses craques dão uma outra roupagem a temas de sucessos, nacionais e internacionais daquele momento. Disco bacana que desperta atenção de muito gringo colecionador e por consequencia, os poucos exemplares que ainda existem vão ficando cada vez mais caro…
Não faz nem um mês que postamos aqui um disco do Zé Maria e seu conjunto. A coisa é tão boa de se ouvir que tivemos que pedir mais uma dose. E desta vez vamos com o lp, lançado pela RCA Victor, em 1965, um trabalho deliciosamente interessante com muito samba. balanço e suingue. Olha só o repertório…
Seguindo em nosso agosto e ao gosto de gregos e troianos, pois aqui o importante é que todos seja felizes 😁, hoje vamos com este lp de 10 polegadas do acordeonista paulista, Carlinhos Maffasoli e seu conjunto. Este foi o seu segundo lp, lançado pela Columbia, em 1956. Assim como o primeiro, lançado no mesmo ano, reúne músicas gravadas entre 1954 a 56 em discos de 78 rpm. O repertório segue bem o que se produzia nessa época, música para dançar. E no repertório, um misto com temas populares nacionais e internacionais que bem agradava a turma daquela tempo. Quem não podia ir às boate$, dançava na sala de casa mesmo.
Eis aqui um disco curiosamente interessante… “Garoto Revive Em Alta Fidelidade Ary Barroso” é um lp lançado pela Odeon, em 1957, trazendo um trabalho inédito de Anibal Augusto Sardinha, o genial Garoto, onde ele interpreta músicas de Ary. Porém, trata-se de um disco póstumo. Gatoro havia falecido dois anos antes, em 1955. Um técnico da Odeon achou, por acaso, uma fita com gravações feitas pelo violonista, ao que parece, seria um projeto para um disco que ficou esquecido. A gravação trazia Garoto, numa tacada só, interpretando ao violão essa série de música sem pausa. Como a gravação era pequena demais para um disco, tiveram a ideia de engrossar o caldo. Chamaram o maestro Leo Peracchi para colocar uma orquestra dentro dessa gravação, realmente encorpando uma obra onde agora Garoto era o solista. O trabalho de fundir uma gravação com orquestra ficou muito bom. Com certeza Garoto teria aprovado 🙂
Em um outro momento, postamos aqui um lp do Déo (Ferjalla Rizkalla), cantor que fez muito sucesso nos anos 30 e 40. Era conhecido como o “ditador de sucessos” pois só interpretava sucessos de outros cantores e por certo, fazia também sucesso. Por falha, percebemos que Déo também havia gravado lps de 10 polegadas. Aqui temos ele interpretando oito sucessos dos anos 30 e 40 e também daqueles anos 50. Disco lançado pelo selo Columbia, em 1957.
Nosso encontro de hoje é com Ubirajara Silva, músico gaúcho que iniciou sua carreira tocando na Argentina. Atuou em casas noturnas deste país por muitos anos. Nunca chegou a gravar lá fora, ainda mais se tratando de um instrumentista brasileiro de bandoneon. Seus primeiros discos foram lançados nos anos 50, o solovox entrou em seguida, fazendo parte de discos lançados, já nos anos 60.
Neste lp, o quarto da série “Solovox de Ouro”, temos uma seleção de sucessos internacionais. Ubirajara vem acompanhado de orquestra sob a regência e os arranjos do maestro Hector Lagna Fietta.
A propósito, só por curiosidade, Ubirajara era o pai de Taiguara.
Trazemos hoje para o nosso toque musical, Heleninha Costa, cantora paulsita, uma das grandes vozes da era de ouro do rádio. Aqui temos dela este lp, “Heleninha Costa Canta”, lançado pelo selo Todamerica, em 1959. Um long play de 12 polegadas que começa bem, de samba para samba canção, chegando ao ápice com “Máxima culpa”, bossa romântica de Sérgio Ricardo. Depois, o disco entra num ritmo quase sonolento em contraste com a entrada, mas a voz de Heleninha desperta e nos envolve. As regências e orquestração ficam por conta de Radamés Gnatalli e Guido de Morais. Um bom disco, com certeza!
Seguimos com mais um disco, desta vez para os amantes da valsa, um gênero tão popular e que muito agrada. Ainda mais sendo uma interpretação de Radamés Gnatalli e sua orquestra, com participação especial do violonista Dilermando Reis. O repertório é clássico…
Este disco era para ter sido apresentado aqui no periodo do carnaval. Acabou ficando para depois… Mas diante do nome de Joel de Almeida, cabe a qualquer momento. Cantor e compositor (também radialista), dedicou boa parte de sua vida ao carnaval, com intérprete e compositor. Atuou no cimena cantando em uma dezena de filmes. Formou dupla com o cantor Gaúcho (Joel e Gaucho) e também gravou vários discos. Já postamos algumas outras coisas dele aqui no TM e desta vez, temos um lp lançado em 1973 pela Odeon onde ele interpreta boa parte desses seus sucessos…
Um dos artistas mais presentes no Toque Musical é, sem dúvida, o Leal Brito, ou Britinho. Ou ainda um dos muitos sobrenomes que ele usou para poder atuar por diferentes gravadoras. Aqui, por exemplo, temos ele e seu conjunto num gostoso lp feito, por certo, para dançar. Sua sonoridade ainda hoje é empolgante e convida qualquer um para uns passinhos. Repertório da melhor qualidade 😉
Mais uma boa curiosidade musical… aqui temos e mais uma vez o conjunto The Rebels, que foi um grupo de rock/twist, formado no final dos anos 50. Em alguns sites informam que eles surgiram no Rio de Janeiro e depois mudaram-se para São Paulo. Eu, porém, me apoio em outras fontes* que dizem que o grupo é mesmo paulista. Formado inicialmente por José Gagliardi Jr (guitarra base e vocal); Romeu Benvenutti (guitarra solo); Lídio Benvenutti, o Nene (bateria); José Carlos Camargo (baixo) e Gaspar (piano). Em 1960 José Gagliardi Jr sai do conjunto para se tornar o Prini Lorez, lembram dele? Os rebeldes dão uma pausa, mas retornam em 62 com uma formação diferente. No lugar de Gagilardi entra Constantino, Nene se transfere para o baixo, entra Nino na bateria e José Carlos Camargo assume a guitarra solo, além de se tornar o principal compositor. Sim, além dos ‘covers’ eles também compunham. Com esta formação eles gravaram ainda mais dois discos, cada um em gravadoras diferentes. Gravaram também um disco com um cantor americano chamado Dave Gordon (King Dave And The Rebels) que também já postamos aqui. No final dos anos 60, os rebeldes já com outros ‘ares’ se tornam um grupo vocal, bem ao estilo conjunto de baile e também com uma nova formação lançam este que foi seu último disco, pelo selo Musicolor. Um lp essencialmente de ‘covers’ de sucessos nacionais e internacionais daquele momento…
Mais uma vez, merecendo o nosso toque, temos a presença fonomusical de Ayres da Costa Pessoa, músico, instrumentista, maestro e compositor pernambucano, que por isso mesmo ficou conhecido como Pernambuco. Começou sua carreira vindo para o Rio de Janeiro onde inicialmente atuou como pistonista da orquestra do maestro Fon-Fon. De pistonista passou para o piano, se dedicando a composições e arranjos. Já postamos outros discos dele aqui e como já foi dito, há poucas informações sobre este artista.
Aqui temos dele “A Bossa Velha – Viagem Musical”, lp lançado em 1960 pelo selo CID Internacional. Um álbum bem bacana onde Pernambuco e seu conjunto passeiam por diferentes temas clássicos, de diferentes regiões do Brasil.
Aqui um disco que vale o toque musical de hoje. “Festival de Bossa” é uma coletânea com artistas e músicas que não se encontra fácil por aí. Boa parte dos discos de artistas apresentados nesta seleção, hoje são raridades e muitos nem chegaram a ser relançados. Na contracapa do lp temos um texto da Vera Brasil apresentando cada um dos artistas. Disco bem conhecido do público, mas não custa nada ouvir de novo. Ou melhor, aqui no Toque Musical. Confira no GTM…
sambalanço trio – samblues
alaide costa – terra de niguém
sansa trio – primavera
geraldo vandré – canção nordestina
elenco de arena contra zumbi – eu vivo num tempo de guerra
Iniciamos nosso textinho com uma pergunta: Vocês conhecem este moço? Este é Mário Augusto, um cantor e compositor que embora tenha gravado alguns discos é um completo desconhecido. Tentar encontrar informações sobre ele é mesmo um trabalho de detetive e toma tempo. As poucas informações sobre este artista só encontramos mesmo no Dicionário da MPB e quase nada além do que replicamos aqui. Mario Augusto foi um cantor popular, versátil em diferentes estilos musicais, o que pode ser comprovado neste lp lançado pela Copacabana, em 1961. Mário Augusto faz um estilo Agostinho dos Santos o que o torna bem agradável. Confiram…
Hoje temos “Em Tempo de Samba”, lp de estréia de Erlon Chaves na RCA Victor. Disco dos mais bacanas, recheado de clássicos e uma orquestra que parece um festival, explosiva e ao mesmo tempo na medida. Erlon Chaves era mesmo fenomenal…
Desta vez temos um Antonio Carlos Jobim em um disco impecável. Gravado nos Estados Unidos, Jobim vem acompanhado pela orquestra de Nelson Riddle, responsável também pelos arranjos. Foi lançado originalmente pela Warner com o título “The Wonderful World Of Antonio Carlos Jobim”. No Brasil o disco saiu pelo selo e supervisão da Elenco/Aloysio de Oliveira. Um lp fabuloso, um clássico que não pode faltar em nosso Toque Musical.
Diquinho interessante este que postamos hoje. “Jam Sesseion”, um lp da RGE trazendo Dick Farney Trio e Brook Pittman. Embora isso não fique claro nas informações do álbum, Dick Farney não toca ou canta ao lado do americano Book Pitman. São dois momentos distintos. O lado que abre o disco é de Dick Farney e seu conjunto, gravado, por certo, em estúdio, diferente do lado B com Brook Pittman, cuja a gravação é ao vivo no Auditório do Jornal Folha de São Paulo..
Começando bem a semana, vamos aqui apresentando este lp com grande Ary Barroso. Gravado nos anos 50, este é o volume 2 de um lançamento da Musidisc, selo e editora do músico Nilo Sérgio. Neste disco temos o compositor sendo interpretado por artistas como Orlando Silva, Horacina Corrêa, Nilo Sergio, Leal Brito e Rud Wharton. Por certo, fonogramas extraidos de gravações originais para discos de 78 rpm.
Hoje, passei a tarde ouvido este disco, Zé Maria, Seu Orgão (seu orgão é otimo!) e Seu Conjunto, em “Bossa & Balanço S/A”. Um discaço que, por certo, muita gente desconhece. Aliás, não somente este lps, mas tudo que conheço desse músico e seu conjunto. Música brasileira tipo exportação e isso é inegável, pois estilos como este são os mais visados por jd’s e colecionadores gringos. Muito balanço que faz a alegria em qualquer festa. Curiosamente, ainda é possível encontrar discos do Zé Maria em sebos e vendedores no Mercado Livre. Discoteca básica para qualquer colecionador ‘de responsa’…
“O Samba de Cartola”, eis aí um disco que a primeira vista, pelo título, pode nos enganar. Tem gente que há de pensar que é um disco com músicas do sambista Cartola. Outros, talvez, dirão o que o texto de contracapa nos fala, achar que se trata de um lp de sambas, mas com uma roupagem mais apropriada para agradar os pequenos burgueses em seus salões de festas. Aqui eles negam, mas, sem dúvida a intensão foi sofisticar o samba a partir de arranjos jazzisticos feitos pelo mestre K-Ximbinho. Nada contra, enquanto uma modernização da harmonia e dos arranjos, inclusive demonstra a versatilidade do samba e a genialidade de músicos como o K-Ximbinho. Mas não há como negar que o samba para chegar , por exemplo, no lendário Vougue, teve antes que se vestir a caráter e colocar a cartola. Mas isso é outra história. O certo, aqui, é que temos um disco musicalmente e instrumentalmente diferente do comum. Uma seleção de sambas clássicos com fortes influências da música americana daquela época, uma pegada jazzística que se por um lado causa espanto, por outro, uma grande surpresa que agrada facilmente o ouvido ‘culto’e estrangeiro. Um disco, acima de tudo, da melhor qualidade.
Mais uma vez temos aqui no Toque Musical a presença de Helena de Lima, uma das grandes cantoras da noite carioca e paulista. Iniciou sua carreira nos anos 40 atuando no rádio e ao longo dos anos gravou vários discos e também cantou nas famosas boates de Rio e São Paulo.
“Dentro da noite” é um lp de 10 polegadas lançado em 1956 pelo selo Continental, trazendo as tradicionais oito faixas, no caso aqui, oito sambas, então inéditos, de compositores como Vadico, Mário Rossi, Antonio Carlos Jobim, Cesar Siqueira, Paulo Soledade, Marino Pinto e outros. Este foi o primeiro lp da cantora que até então só havia gravado em 78 rpm…