Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Conforme combinamos, segue aqui mais um disco dessa série “Os Grandes Carnavais do Passado”, que compreende o volume 3, desta vez apenas com temas carnavalescos dos anos 40, em discos lançados originalmente pela gravadora Odeon. Não sei dizer ao certo se esta série fica apenas nesses três volumes, eram os únicos que eu tinha. Mas, por certo, já foi o suficiente para esses dias e bem porque, muita coisa aqui já foi vista também em nossa série exclusiva, a Grand Record Brazil, tão bem apresentada pelo saudoso Samuel Machado Filho. Sigamos na marcha… Amanhã ainda tem folia por aqui… 😉
Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Vamos aqui nos iludindo, buscando a felicidade, comemorando não sei o quê, mas vamos… vamos em frente, pois se tirar essa alegria a gente chora. No fundo, o que a gente quer mesmo é esquecer os sofrimentos, as tragédias que nós mesmos nos impusemos. Uma pausa para a pandemia e também para a guerra que é outra, já pipocando por aí. Mundo fodido esse em que vivemos… nos amamos e nos odiamos tanto que o melhor mesmo é viver na ilusão… Vixiii… lá vem eu com as crises existencialistas… Esqueçam… Melhor ouvirmos as marchinhas e sambas dos velhos carnavais. Aqui mais um pouco das duas décadas de folia, os anos 30 e 40, em discos lançados originalmente pela Odeon.
Bom dia, foliões, amigos cultos e ocultos! Essa seleção de sambas e marchas antigos, em discos de 78 rpm caiu como uma luva para esses dias de carnaval sem carnaval. Quando não se pode fazer festa, o melhor mesmo é reviver os carnavais antigos, relembrar como erámos felizes e não sabíamos.
Na nossa sequencia, continuaremos investindo nas gravações antigas, nos velhos sucessos que ficaram nos discos de 78 rpm e para tanto, vamos postando aqui outra série lançada em 1988 pela Moto Discos, reunindo gravações da Odeon dos anos 30 e 40. São três volumes e iremos publicando os outros dois nos próximos dias, para não deixarmos o salão e a avenida individual de todos nós vazios frente a pandemia. Vamos nos guardando, ano que vem tem… de verdade 🙂
Boa hora, boa lembrança de carnaval, para todos os amigos cultos e ocultos! Não nos deixemos na tristeza da falta de folia. Ano que vem vai ter o reencontro, com certeza!
Dando sequência, aqui vai mais um disco, uma seleção tal qual a primeira, com diversos sambas e marchas de velhos carnavais, este, o volume 2. Divirtam-se…
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Ok, vocês venceram! É carnaval e mesmo não tendo carnaval não vamos deixar a data passar assim, sem a nossa manifestação musical. Dessa forma, aqui começa a nossa festa. Vamos neste ano relembrar os velhos e clássicos carnavais com seus sambas, suas marchas… Vamos trazendo algumas produções da Moto Disco que foi uma editora especializada em gravações antigas, tal qual a Revivendo, que trouxe o relançamento de muitos discos da fase dos 78 rpm. Através dessas editoras, gravações do passado que nunca tiveram uma reedição, se tornaram acessíveis a novas gerações através desses lps. Aqui temos este, “Os grandes sucessos dos velhos carnavais” que como anuncia o título, reúne doze sambas e marchas dos carnavais de 1935 a 45. Uma preciosidade que, por certo, deve também estar presente, muitas dessas músicas em nossa série exclusiva, a Grand Record Brazil. Mas isso faz pouca importância, ou por outra, só reforça nosso desejo carnavalesco. Assim, aqui vai nosso grito oficial de carnaval, na sala, longe de aglomeração. Amanhã tem mais…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje um dos muitos discos lançados pela Orquestra Românticos de Cuba, que por duas décadas se destacou como uma das mais conhecidas e apreciadas na indústria fonográfica. Como já foi falado aqui, em outras postagens de discos desta orquestra, ela foi idealizada por Nilo Sérgio, músico e empresário que criou aqui no Brasil a gravadora e selo Musidisc. De acordo com a história, os Românticos de Cuba era uma orquestra voltada para os ritmos latinos, muito comuns ainda no final dos anos 50. Era uma orquestra de estúdio, criada para dar nome aos discos produzidos por essa gravadora. E segundo contam, inicialmente, era a Orquestra Tabajara, do maestro Severino Silva. Entre as dezenas de discos lançados pelos Românticos de Cuba passaram também outros músicos e regentes, sempre explorando os ritmos caribenhos, a música romântica orquestral e temas famosos do cinema. De todos os discos, este que apresentamos se difere dos demais. Lançado no final dos anos 60, a orquestra aqui toma um novo formato, cresce e ganha um ‘status’ de sinfônica ao apresentar um trabalho voltado para a música erudita, ou mais exatamente, a música clássica, no qual são apresentadas diferentes peças e das mais conhecidas do público, tendo como o carro-chefe a “Marcha Nupcial”, de Mendelssohn. Um disco interessante também no ponto de vista comercial, pois apresenta temas clássicos que foram muito utilizados, principalmente em festas de casamentos. A Orquestra Românticos de Cuba chegou a lançar mais alguma coisa nessa linha de clássicos populares, mas somente este disco recebeu reedições, como esta que apresento, dos anos 70, distribuída pela Tapecar e nos anos 80 seria novamente relançado pela Som Livre. Confiam no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Nessa nossa salada mista musical e na imprevisibilidade das nossas postagens neste mês de fevereiro, eu trago hoje e mais uma vez a fascinante cantora fraco-americana, ícone de uma época, Josephine Baker. Este lp era para ter sido postado em uma de nossas últimas levas temáticas, em disco de 10 polegadas, mas acabou ficando de fora. Agora, porém, acho que vai caber aqui, no encaixe dessa quarta feira. E para tanto, incluo aqui um texto enviado pelo amigo Francisco Santana de Miranda, corrigindo e complementando o que eu havia escrito anteriormente nesta postagem.
A fascinante cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa, ícone de uma época, Josephine Baker neste LP em disco de 10 polegadas “The Inimitable”. Foi um álbum lançado pelo selo Mercury, em 1951 nos EUA (em 4×10″/78RPM, depois em 4×7″/45RPM e, posteriormente, em LP 10″/33.3RPM), o qual também foi lançado no Brasil em 1952, pela gravadora Mocambo, assim como diversos outros discos em 10 polegadas, quando a nossa indústria iniciava a produção desses, então, moderninhos long-playings. Neste disquinho há referências musicais ao Brasil: Josephine Baker cantando uma versão de “Boneca de Pixie”, sucesso inesquecível também na voz da nossa Carmem Miranda. Há também uma versão interessante para “Chiquita bacana”. Vale a pena conhecer essas versões da vedete que também é luxo só… O lançamento do LP brasileiro se deveu à presença de Josephine para shows no Recife, que ocorreram em agosto de 1952 . O Diário de Pernambuco fez ampla divulgação em 29 de julho; a capa do periódico mais antigo em circulação na América Latina foi totalmente dedicada a um anúncio do show: “A artista mais cara até hoje contratada para atuar no Nordeste”, dizia a arte – o preço do cachê não foi revelado. O acordo contemplava dois shows para o público no Teatro de Santa Isabel, em 16 e 17 de agosto (sábado e domingo), sempre às 21h35. Após a ‘performance’ pernambucana, Josephine Baker seguiu para João Pessoa (PB), onde fez mais um espetáculo.
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Carnaval tá aí, mas vamos de tango? Eu vou, mas estou exatamente como a cara e a animação do bandoneonista da contra capa deste disco (hehehe…). Aliás, animação aqui está por chegar. Ou por outra, estou me guardando pra quando o Carnaval chegar, sem pandemia, é claro! Assim sendo, vamos de tango…
E olha só o que eu achei na gaveta, José Fernandes e sua Orquestra Típica nos brindando com 12 tangos argentinos dos mais conhecidos e tradicionais. Quem aqui não se lembra do José Fernandes, músico e maestro que ficou mais conhecido como o jurado mal-humorado dos programas do Silvio Santos, nos anos 70. O cara era o terror dos candidatos, não tinha um que ele aprovava. Sempre muito rigoroso, levava a brincadeira a sério e dava zero para a maioria. Era o contraponto, comum em programas de calouros. José Fernandes era mineiro, músico, maestro, radialista e também crítico musical desde os anos 50 quando foi morar no Rio de Janeiro. Gravou alguns discos, sem muitos destaques, sempre explorando gêneros ultrapassados. Gostava muito de tango e aqui temos ele, sisudo com o sempre, neste lp lançado pela RCA, com sua ‘orquestra típica’ revivendo, na contramão, um gênero, para a época, embolorado, mas que condiz perfeitamente com sua figura, fechada, conservadora e de direita. O cara era também um reacionário, ressentido e de poucos amigos e demonstrou isso sua vida toda. Vai saber lá oque se passava na cabeça do Zé Fernandes? Acho que nem o Silvio Santos. Melhor, apenas ouvir…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! A sempre falta de tempo acaba atrasando tudo por aqui e a medida em que vão acumulando as postagens diárias a serem feitas, a tarefa de postagem vai ficando cada vez mais desanimadora. Daí, é hora de recorrer aos sempre prontos, “arquivos de gaveta” ou ainda, “discos de gaveta”, aqueles que estão sempre prontos para ocupar um espaço vazio. E é nessa situação que eu estou… Inclusive, tenho pensado seriamente em encerrar de vez o trabalho no Toque Musical em julho, quando estará completando oficialmente 15 anos de existência. Este blog é uma cachaça, mas eu estou chegando num ponto que preciso parar de beber. Não posso mais manter esse compromisso, pelo menos não mais como sempre foi, diário. Vamos ver como tudo segue nos próximos meses. Por enquanto, seguimos…
E aqui vai um tampa buraco, uma coletânea, “Eternos Sucessos”, disco lançado pela Odeon, em 1969) através de seu selo Imperial. Aqui temos reunidos uma série de sucessos de diferentes artistas populares em gravações originais, extraídas de discos dos anos 50 e 60. Possivelmente, quase todos esses discos devem ter sido mostrados aqui. Coletânea tem disso 🙂 Mas mesmo assim ainda vale a pena conferir…
que quere tu de mim – altemar dutra
alguém me disse – anisio silva
bandeira branca – dalva de oliveira
marina – dorival caymmi
sabra dios – gregório barrios
tão somente uma vez – trio irakitan
meu grito – agnaldo timóteo
creio em ti – francisco egydio
leva eu sodade – nilo amaro e seu cantores de ébano
Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Hoje trago para vocês mais um disco do Quinteto Violado. Formado no início dos anos 70 por Fernando Filizola (viola), Marcelo Melo (violão), Toinho Alves (contrabaixo), Luciano Pimentel (bateria) e Generino Luna (flauta), o Quinteto Violado é hoje uma tradição e um dos mais antigos ainda em atividade. Ao logo de sua existência, os “Violados”, como são carinhosamente conhecidos, levaram a música nordestina por todos os cantos do país e também para fora. Foram um dos primeiros grupos a terem seu próprio veículo, um ônibus, no qual percorria levando seus shows. Em sua trajetória de mais de 50 anos o Quinteto Violado gravou dezenas de discos e também por ele passaram vários músicos. Se tornaram conhecidos internacionalmente sendo também um dos grupos brasileiros mais premiados. Foram influência para diversos conjuntos, como a Banda de Pau e Cordas, Bolo de Feira e outros, pelo norte e nordeste.
Aqui temos dele este lp, lançado em 1985, cujo título, “Enquanto a chaleira não chia”, só aparece no selo. Foi o único disco que o QV gravou pela RCA. Um trabalho, como sempre, encantador, festivo e alegre, que como tantos outros, não tem como não gostar 🙂
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Dentro do nosso espírito de curiosidades, estou trazendo hoje para vocês um disco que talvez poucos conheçam. Eu também, só vim a conhecer há pouco mais de um ano, quando este lp chegou em minhas mãos e mais exatamente, no meu toca discos. Trata-se do maranhense, Antenor Monturil, um nome mais conhecido em rodas de choro e pagode no norte e centro oeste do país, nos anos 70 e 80. Monturil foi um violonista e compositor maranhense. Gravou apenas este disco, em 1987 pelo selo RCA Victor.
Envolto em um misterioso desaparecimento há 26 anos, em Goiânia, seu corpo nunca foi encontrado. Era também advogado, amigo de políticos e militares. Frequentava a Granja do Torto, onde tocava para militares, na época do general Figueiredo. Também era amigo de José Sarney, de quem musicou o poema “Marimbondos de Fogo” e deu nome a este disco. Por aí, a gente já tem uma ideia… Como dizia o velho ditado, “diga-me com quem andas e te direi quem és”. Mas, Monturil, além de advogado, tinha seu lado artístico, uma sensibilidade musical que atraia também os artistas e isso se vê pelos envolvidos nessa sua primeira e única produção. Participam do disco diversos artistas, como se pode ver acentuado na capa, nomes nacionalmente conhecidos como o mestre Baden Powell, os cantores Francisco Carlos “El Broto” e Renato Castelo e as cantoras Márcia e Marília Barbosa. A ilustração da capa é uma pintura do artista plástico goiano, Siron Franco e na contracapa Monturil é muito bem apresentando em textos pelo Sarney, então Presidente da República e também pelos acadêmicos Herberto Sales e Joaquim Campelo Marques. Vale a pena conhecer…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Novamente, marcando presença em nosso Toque Musical, temos hoje o “Poético”, disco da cantora Maria Creuza, lançado pela RCA Victor em 1982. Está aí um disco que vale a pena ouvir com carinho, pois, além de termos uma grande intérprete, uma cantora excepcional, temos também um repertório que é mesmo uma poesia, ou melhor dizendo, várias poesias… Neste álbum, Maria Creuza retoma sua história com as composições do grande poeta, Vinícius de Moraes e seus parceiros. Temos aqui um repertório maravilhoso, que por certo todos nós já conhecemos e que mais uma vez nos encanta na voz dessa baiana. Confiram no GTM…
Boa tarde, companheiros, amigos cultos e ocultos! Eis um artista que por aqui, até hoje, só postamos músicas individuais presentes em coletâneas. Só vim a dar conta disso, quando o amigo Fáres me pediu sua discografia e para variar percebi que não tinha nada deste compositor, cantor e sambista, a não ser este lp que hoje apresentamos a vocês.
Luiz Ayrão, para quem não sabe, é filho do compositor Darcy Ayrão e sobrinho do saxofonista Juca Azevedo, com quem veio a conhecer grandes nomes da da nossa música e de onde nasceria seu desejo de também se tornar um compositor. Cresceu num ambiente musical, o que lhe garantiu um bom começo. Suas primeiras composições foram gravadas por Roberto Carlos, mas também fez música para muitos artistas da Jovem Guarda. Seu primeiro sucesso veio num compacto lançado em 1973, o samba “Porta aberta”, o que lhe garantiu em seguida o primeiro lp. Daí por diante, Luiz Ayrão se consagraria como cantor e compositor, passando a gravar vários discos e também a lançar vários outros sucessos. Se tornou mais conhecido com um sambista, por conta de suas composições serem quase sempre nesse gênero. “Alegria Geral” foi seu décimo primeiro disco e nele vamos encontrar também muito samba, cabendo também espaço para baião, frevo, choro e canção romântica. Um disco bem honesto, que embora não tenha um sucesso de destaque, traz uma seleção quase toda de composições autorais que agrada em cheio. Confiram no GTM….
Diz aí, gente boa, amigos cultos e ocultos, que tal um disco de carnaval? É… estamos no mês do Carnaval e por mais um ano a festa não vai se realizar, infelizmente… Não, não é infelizmente! Infelizmente seria se acontecesse, pois como todos nós sabemos a pandemia ainda não passou. O que passou foi só a ideia de que está tudo bem, isso, claro, na mente de quem passa o dia babando e comendo capim no pasto. Se dependesse dessa gente não se fechava nada e máscaras… “Ah, isso é bobagem, basta tomar uma cloroquina que está tudo bem. Vamos para a farra! E nosso direito de ir e vir?” Este é o pensamento vigente dessa raça negacionista, gente que não sabe o que é viver em sociedade. Gente que não sabe respeitar um pacto social, mas adora falar de individualidade. Putz! Como tem gente burra nesse mundo! E são exatamente esses que estão se fodendo, morrendo em hospitais por não terem tomado as vacinas e ainda de quebra contaminam e tomam o lugar de um outro doente ou lotam os hospitais e clinicas. Isso sim é que é ser egoísta, individualista e porque não e só podem ser mesmo bolsonaristas. Eu não posso ficar falando sobre essas merdas aqui porque logo eu sofro retaliação, sou censurado e misteriosamente o site sai do ar. Mas tem hora que a gente precisa falar, se manifestar… Além do mais, este espaço é pessoal, eu e minha equipe temos o direito de nos manifestarmos como quisermos. Porém, a premissa da ‘livre expressão’ para essa gente só vale de um lado, o lado escroto da hipocrisia direitista. Não estranhe se por uns dias a versão WordPress do Toque Musical sair do ar, com certeza será retaliação. É preciso muito jogo de cintura para levar essa gente…
Mas, deixemos de lado as ‘escrotices’ e voltemos ao nosso toque musical de hoje. Como se pode ver, temos aqui um álbum de carnaval, disco lançado pela Top Tape em 1973. Uma seleção das dez melhores escolas de sambas do Rio de Janeiro e seus sambas enredos para a festa daquele ano. Realmente, é notável o nível e a qualidade de um carnaval que hoje já não temos mais. E a isso eu me refiro a questão cultural, a maneira como se fazia uma festa na avenida, num tempo onde a festa não era um espetáculo comercial, um bom negócio onde se ganha muito dinheiro. A indústria do carnaval cresceu, assim como tudo que é popular e pode ser taxado, pode ser vendido (um bom exemplo é também o futebol). Mas essas coisas trazem um algo além, a tradição e é por ela que tudo se sustenta. Quem hoje, em plena pandemia, pede festa e aglomeração está visando apenas lucro, fazer dinheiro, não deixar o negócio carnavale$co morrer, quando o certo seria se guardar para quando o verdadeiro Carnaval chegar. E tenho dito…
o mundo melhor de pixinguinha – portela
brasil ano dois mil – beija flor
heroínas do romance brasileiro – unidos de são carlos
réquiem por um sambista – silas de oliveira – imperatriz leopodinense
dona santa rainha do maracatu – império serrano
mangueira em tempo de folclore – mangueira
a festa do divino – mocidade independente de padre miguel
aruanã-açu – vila isabel
a festa dos deuses afrobrasileiros – em cima da hora
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o músico Ricardo Bomba e seu excelente álbum “Ultralight”, lançado em 1988, com a etiqueta Tropical Jazz, que era um selo independente, creio que criado pelo próprio músico carioca, que também era dono de um excelente estúdio, por onde transitavam grandes músicos. Também conhecido como Ricardo Duna, tocou nas bandas de Jorge Benjor, Lulu Santos e muitos outros. Iniciou sua carreira como um músico pop, mas a experiência e os contatos musicais acabaram levando o artista para o lado do jazz, da música com teor instrumental, o que fez ele muito bem. “Ultralight” foi seu primeiro lp, embora já tivesse lançado um compacto numa linha mais pop. Seu lp de estreia, muito pautado numa linha jazzística, com pitadas de bossa e pop e uma excelência instrumental, deram a ele o premio de melhor revelação masculina na categoria Canção Popular. E neste lp temos 10 músicas autorais, com um autêntico frescor tropical e porque não dizer carioca. Ele vem acompanhado um bom time de músicos que lhe garantem um álbum de qualidade, basta ver a lista da contracapa. Para quem não conhece, fica aqui o nosso toque musical. Disco bacana e que agrada em cheio. Confiram no GTM…
Bom dia para vocês, amigos cultos e ocultos! No início dos anos 70 o selo Polydor lançou no Brasil uma série chamada “Super Stereo Discotheque”. Uma seleção de intuito promocional, como era de praxe comercial entre editoras e gravadoras. Criavam coletâneas, box com vários discos e também séries como esta, onde reuniam títulos e artistas de seu ‘cast’ no sentido de promover a vendas de seus discos. A série Super Stereo Discotheque foi lançada em 1971, voltada para o público jovem da época, foi editada em doze volumes, cada um trazendo um estilo pop, ou pelo menos procurando fazê-lo a partir de alguns gêneros de sua lista. Nestes foram colocados tanto a ala nacional quanto a internacional, quer dizer, nesta série SSD temos um pouquinho de tudo que a Polydor lançou naquele inicio de década. Desses discos, um dos que trazem artistas nacionais (embora boa parte cantando em inglês) é este chamado “Rock Baby Rock”. Acredito que ainda há poucos ‘colecionadores e catadores de raridades que conhecem realmente esta coleção e em especial este lp. Aqui temos um disco onde foram reunidas várias músicas e artistas em um só bloco, ou dois blocos, considerando lados A e B. Em cada lado, temos uma seleção musical mixada, ou seja, com fusão entre uma música e outra, tal qual se faz em uma sequencia de discoteca, onde não há pausa ou faixas separadas. Dessa forma, virou uma programação musical, sendo o lado A dedicado a diferentes conjuntos da época, todos ‘made in brazil’ (Music Machine, Mutantes, Youngsters e Novos Baianos). No lado B temos outra curiosidade, a obscura Banda (de estúdio, suponho) de 7 Léguas, a qual eu mesmo nunca tinha ouvido falar e nem sei quem eram seus componentes. Neste lado temos uma sequencia em ‘cover’ de diversos sucessos do chamado ‘pop rock’ dos anos 60. Aqui são apresentados também em fusão, mas utilizando para isso a vibração de um público entre as músicas, sugerindo ser uma gravação ao vivo. Outro detalhe interessante diz respeito a capa, ou as ilustrações das capas dessa série que foram feitas pelo artista gráfico Alain Voss.
Sem dúvida, um disco bem interessante e que por certo, depois daqui, passa a ter um novo ‘status’ para vendas no Mercado Livre e Discogs. Não deixem de conferir, no GTM, claro! 🙂
Fala aí, amigos cultos e ocultos! Tudo bem? 🙂 Pra não variar, cá estou eu no atraso de sempre. As vezes chego quase a desistir desta labuta, mas como é uma cachaça eu nunca largo…
Hoje vamos com um disco de músicas para a criançada… Claro, para a alegria da criança que existe em cada um de nós e para tanto, tem que ser algo lúdico, né? Aqui temos um trabalho muito bacana que merece nosso toque musical, o Bloco da Palhoça. Idealizado por Bia Bedran, Victor Larica e Ricardo Medeiros numa noite de festejo, no interior de São Paulo. Nascia aí uma proposta musical voltada para o público infantil. Com a participação de outros músicos (Greggy Anrique, Marcos Amma, Gerson Congolês e Lourenço Baeta) estava formado o Bloco da Palhoça que viria no início dos anos 80 a gravar e lançar este lp, o “Música para brincar e cantar”. Dentro desse campo da música voltada para crianças eles conseguiram um relativo sucesso, excursionando por várias cidades, principalmente do interior, do sul e sudeste do país. Nos anos 90 cada um dos artistas seguiu em carreira solo e projetos pessoais, mas viriam a se reencontrar anos depois para lançarem um novo disco, no caso um novo cd. Infelizmente este primeiro trabalho nunca chegou a ser relançado e pelo que contam, eles perderam a fita master, daí, só extraindo o som do velho lp. Por essas e por outras é que este disco merece estar aqui em nossas fileiras ‘fonomusicais’. E por certo, logo vai estar também completo no Youtube, depois que alguém aqui baixar o arquivo lá no GTM 🙂
Boa hora, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Se não estou enganado, esta é a primeira vez que postamos aqui um disco da Revivendo. Em outros momentos já comentamos a respeito dessa editora que resgatou muita coisa importante gravada nos anos 30, 40 e 50, ou seja, músicas e artistas cujos registros ficaram apenas nos velhos discos de 78 rpm. Através de iniciativas como essa as novas gerações puderam ter contato e descobrir diversos artistas e músicas do passado. Nós aqui do Toque Musical nunca postamos seus discos, mas boa parte desse material pode ser encontrado na nossa série exclusiva Grand Record Brazil.
O disco que temos aqui é dedicado a dois cantores, os quais eram contemporâneos, Francisco Alves e Moraes Neto. Chico Alves dispensa apresentações e aqui comparece com seis gravações lançadas entre os anos de 1942 a 44. Já Moraes Neto, foi um cantor que gravou pouco, sua discografia é pequena, com apenas oito discos lançados pela Odeon. Este é o único registro deste artista que veio a ser relançado. Dele temos neste lp sete músicas entre sambas, valsas e canção, composições de Lamartine Babo, José Maria de Abreu, Lupicínio Rodrigues e outros… Confiram no GTM.
Bom dia, boa hora…, caros amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje a presença do grande Orlando Silva em um relançamento dos anos 80, o disco “Relíquias Brasileiras – Vol. 1”, produzido pela Rádio América, de Belo Horizonte. Nessa época, a emissora mineira apresentava um programa com este nome, “Relíquias Brasileiras”, no qual trazia semanalmente uma série de músicas e artistas da época em que os discos eram ainda de 78 rpm, grandes destaques que marcaram a chamada “Era de Ouro do Rádio no Brasil”, nos anos 30, 40 e 50. Acredito que o programa ainda continue no ar, pois até 2019 ele era apresentado aos sábados a noite, com reprise no domingo, também a noite.
“Relíquias Brasileiras” acabou gerando um apanhado de boa parte da discografia de Orlando Silva, sendo lançados vários volumes na sequência deste. A produção inicial foi bem modesta e para tanto, neste primeiro volume, saiu com o selo da RCA Victor, pois os fonogramas eram todos dessa gravadora. Creio que esta foi a primeira reedição em discos de 12 polegadas, reunindo as primeiras gravações do cantor. A partir dessa época outras produtoras e editoras passaram a reeditar esse tipo de material, como foi o caso da Revivendo Músicas, que gerou um dos maiores catálogos nessa linha.
Neste volume 1, temos uma série de gravações, discos de Orlando Silva lançados ainda em sua primeira fase, ou seja, os anos 30. São doze músicas, entre sambas, valsas e marcha. Muitas dessas músicas, inclusive que já foram a presentadas aqui em nossa série exclusiva, a coleção Grand Record Brazil para discos em 78 rpm, pelo nosso saudoso Samuca (Samuel Machado Filho). De quebra e como bônus, incluímos também nesses arquivos um raro jingle comercial da Brahma, com o nosso “cantor das multidões”. Confiram, no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nosso Grupo do Toque Musical, o GTM, onde são colocados os links referentes as postagens feitas aqui, hoje tem uma filiação de quase 5 mil associados. É um número grande de pessoas que tem acesso ao nosso conteúdo. Infelizmente, há aqueles associados que ainda teimam em mexer nas configurações do grupo, no sentido de receberem diretamente em seus e-mails os links, coisa que não aprovamos. Nossa regra é bem simples, o associado precisa ir ao GTM buscar o link. Quando acontece alguma modificação nessa configuração, o associado é sumariamente banido e não pode voltar ao grupo com aquele endereço de e-mail. Toda semana o GTM passa por uma varredura, exatamente para limpar, eliminar qualquer configuração fora de seu padrão. Daí, fica de novo a orientação: NÃO ALTERE NADA NO SEU PERFIL NO GTM PARA NÃO SER BANIDO!
Como vemos, hoje o nosso encontro é com a cantora Maysa. Este é mais um disco dela que não poderia faltar aqui no nosso espaço. Este foi o primeiro disco gravado por ela, quando ainda nem era uma cantora profissional. No texto da contracapa vocês poderão ler como tudo começou, como do acaso surgiu essa grande cantora e compositora. Um disco, por certo, já conhecido por muitos, mas que aqui também encontra seu lugar. Confiram o áudio no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Hoje vamos ‘chover no molhado’, como dizem. Aqui temos um disco e um artista que dispensa apresentações, nosso genial João Gilberto e talvez nem precisaríamos postar dele um lp oficial, visto que já publicamos muitas outras coisas, como alguns registros históricos e em especial as gravações na casa do fotógrafo Chico Pereira, que deu muito ibope e o que falar… Mas desta vez, achei por bem trazer esta rara versão de “O amor, o sorriso e a flor”, segundo álbum de João, lançado em 1960, com produção de Aloysio de Oliveira. Duas curiosidades fazem parte deste disco, foi a primeira vez que se colocava impressa na contracapa as letras das músicas, dando assim ao ouvinte a oportunidade de acompanhar o conteúdo musical. Um tendência que seria adotada desde então para muitos discos. Outra curiosidade e aqui foi a que nos levou a postá-lo, uma versão estereofônica, coisa ainda incomum para discos lançados no Brasil naquela época. E este lp aqui é uma versão original, certamente lançada com a versão mono que é a mais comum. Difícil de se ver um exemplar deste e também de se ouvir. É por essas e por outras que hoje ele é o nosso toque musical. Confiram no GTM…
Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Eis aqui um outro disco que teria servido perfeitamente como uma homenagem a minha mãe, no último dia 5, quando então ela fazia aniversário. Ela tinha um gosto eclético para música e também gostava muito da autêntica música sertaneja. No álbum que apresento hoje temos uma série de músicas que faziam parte do seu repertório, músicas que conheci e aprendi com ela. Eita, saudade!
Aqui temos uma coletânea de peso, uma seleção com 50 músicas sertanejas de sucesso. Gravações originais extraídas de discos lançados pela própria gravadora, a RCA Victor, ao longo de toda a sua história no Brasil. A Victor foi uma das primeiras e grandes gravadoras a investir no gênero da música rural e isso a gente já viu aqui, inclusive na série Suplementos (discos de divulgação), dos quais chegamos até a postar alguns. “Meio Século de Música Sertaneja” é um condensado dos mais interessantes, onde se pode ouvir músicas e artistas que hoje são difíceis de encontrar, principalmente porque muitos deles só chegaram a ser lançados até então em discos de 78 rpm. Por certo, não se trata de uma seleção definitiva da autêntica música sertaneja, bem porque não foi apenas a RCA quem a muito divulgou. Mas temos aqui verdadeiras pérolas, que não podem ser jamais esquecidas. Pena que agora o ‘agro’ é pop e de sertanejo o que se tem hoje é apenas saudade. Mas este álbum duplo aqui a gente não pode deixar passar batido. Confiram no GTM…
cabocla teresa – raul torres e florêncio
o menino da porteira – luizinho e limeira
saudade de matão – mariano da silva e serrinha
canta moçada – tonico e tinoco
boneca cobiçada – palmeira e biá
não beba mais não – duo ciriema
divino espírito santo – torrinha e canhotinho
vinte anos – nenete e dorinho
saudades de ouro preto – alvarenga e ranchinho
festa na roça -mario zan
saudade da minha terra – belmote e amaraí
o milagre do ladrão – zilo e zalo
passarinho de peito amarelo – tibagi e miltinho
flor do cafezal – cascatinha e inhana
mágoa de boiadeiro – pedro bento e zé da estrada
apartamento 37 – leo canhoto e robertinho
nossa união – caçula e marinheiro
chitãozinho e xororó – zé do rancho e zé do pinho
beijinho doce – brazão e brazãozinho
coração apaixonado – silveira e barrinha
não me abandones – irmãs galvão
meu fracasso – tião carreiro e carreirinho
rio de lágrimas – tavares e zé negrão
chico mulato – raul torres e florencio
promessa do batistinha – sulino e marrueiro
pingo d’agua – raul torres e florencio
pombinha mensageira – belmonte e amaraí
mais uma lição – duo ciriema
disco voador – palmeira e biá
viola cabocla – tonico e tinoco
noite fria – tibagi e miltinho
chalana – mari zan
conselho de amigo – nenete e dorinho
meu velho pai – leo canhoto e robertinho
tchau amor – zé tapera e teodoro
no colo da noite – zé do rancho e zé do pinho
joão de barro – brazão e brazãozinho
mula preta – raul torres e florêncio
amanheci em teu s braços – pedro bento e zé da estrada
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Embora seja ainda muito cedo, que tal um dink? Mas calma aí, turma dos etílicos! Estou me referindo a outro drink, um Drink do passado, uma boate dos anos 50 que acabou também virando etiqueta de disco, no caso, uma produtora fonomusical, criada pelo músico e empresário Djalma Ferreira, no sentido de dar vazão ao que de melhor era apresentado em sua famosa casa noturna e em especial ao seu próprio trabalho enquanto músico a frente de seu conjunto, os Milionários do Ritmo. Quem segue o Toque Musical já conhece um pouco essa história, pois já postamos aqui alguns outros disco dessa série Drink, cujo os álbuns eram produções caprichadas, luxuosas com capas conceituais, coisa que apenas se via em discos importados, ou nos discos de outro músico empresário, o Nilo Sérgio e seus selos Nilser e Musidisc.
Aqui temos “Convite ao Drink”, mais um, certamente lançado no final dos anos 50, no qual Djalma e seus Milionários do Ritmo nos apresentam um repertório essencialmente de sambas. Disco feito para ouvir e dançar bem ao estilo daqueles ‘anos dourados’, onde a noite e as boates eram a grande diversão.
Olá, meus prezados amigos cultos e ocultos! Hoje, dia 5 de fevereiro é um dia muito especial para mim. É a data do aniversário de minha mãe e se estivesse viva, hoje estaria completando 94 anos. E a razão de eu estar citando ela é porque, coincidentemente, ela adorava o Chico Feitosa, ou para ser mais específico, este ‘Chico Fim de Noite’. Cantava várias músicas deste disco e que eu só vim a saber que eram do Chico Feitosa tempos depois. Acredito que ela ouvia isso na casa do patrão dela, que era um advogado, homem de muita cultura e que tinha uma bela discoteca em casa. Recentemente este lp caiu em minhas mãos, só não ficou no meu prato porque o preço, para mim, era impagável (nem vou comentar), mas tive antes o prazer de tê-lo nas mãos e nos ouvidos também, claro! E, por certo, eu não deixar passar a oportunidade de compartilha-lo com vocês.
Apenas situando, este lp faz parte de uma série de discos do selo Forma, lançados no meio da década de 60, cuja a proposta era reunir e apresentar artistas de alto nível que estavam desenvolvendo a chamada ‘moderna música brasileira’, no caso, os desdobramento da Bossa Nova.. Chico Feitosa (Francisco Libório Feitosa), ou ainda Chico Fim de Noite (por conta de sua canção “Fim de noite”) foi um compositor carioca, parceiro de Ronaldo Boscoli e também foi secretário do poeta Vinícius de Moraes. Suas músicas foram gravadas por grandes nomes, tipo, Baden Powell, Mari Bethânia, Tim Maia, Wilson Simonal e muitos outros. Gravou pouco tendo apenas este lp e um cd “Um banquinho, um violão…”, lançado em 2001. Está aí um álbum que vale ouvir com atenção. Confiram no GTM…
Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Recentemente nós postamos aqui um compacto do Bossa Trio e chegamos a comentar a respeito do selo, o Bossa-Copa, criado pela gravadora Copacabana no intuito de dar vazão a uma música mais moderna que veio a surgir a partir da Bossa Nova. Para tanto, criou o selo e foi em busca de artistas que se despontavam ao ritmo da Bossa Nova. Lançou, primeiramente, em compactos e na sequência veio este lp, “Um Show de Bossa em Bossa-Copa”, que reúne sete desses artistas, uma coletânea que funcionava como um ‘menu’, onde o ouvinte tem a oportunidade de em um só disco conhecer melhor esses artistas. A ideia, talvez, seria a de posteriormente lançar cada qual em um lp, mas parece que a coisa ficou apenas neste long play e em alguns compactos. No texto de contracapa deste lp vocês irão encontrar uma informação mais detalhada. O certo é que temos aqui um disco dos mais interessantes no qual desfilam em suas faixas Cecy, Lita, Miriam Ribeiro, Jorge Nery, Jorge Eduardo, Carlos Sodré e o Banzo Trio. Este último também acompanha alguns dos artistas aqui citados. Disco bem bacana que talvez poucos conheçam, embora já tenha sido postado em outros blogs e também em outra época. Não deixem de conferir no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Passando pelo “D”, achei outro disquinho aqui que há tempos já devia ter sido postado no Toque Musical. Disquinho, no bom sentido, talvez pelo tamanho, um lp de 10 polegadas, aqueles dos anos 50. Dorival Caymmi é um medalhão da nossa MPB e por certo, um dos poucos que fazemos questão, aqui no TM, de compartilhar em nosso grupo, muito embora sabendo que facilmente pode ser baixado e ouvido integralmente em várias outras ‘praças’. Além do mais, convenhamos, este baiano era foda! E aqui temos dele o lp, lançado em 1955, pela Odeon, no qual temos a deliciosa seleção de algumas das suas mais famosas canções relacionadas ao mar, a praia, pescadores, seus amores e suas jangadas. Um retrato musical de uma Bahia litorânea que para muitos ficou na saudade. Além do mais, ouvir Caymmi é sempre uma benção. Estejamos hoje todos abençoados. Salve o baiano!
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Fevereiro está aí e vamos que vamos… Hoje e mais uma vez, nosso encontro é com essa beleza de morena, a baiana, Diana Pequeno, uma cantora e compositora que dispensa apresentações, pelo menos no Toque Musical, onde já postamos dela uns três discos. E quando falo em beleza, por certo também me refiro a beleza de sua arte, do seu canto e de seus repertórios. Seu legado está aí, sempre atual. O tempo passou, mas seus discos continuam muito atuais e se por sorte vocês ainda encontram os lps por um preço barato, pois, pelo jeito, só deve ter ficado na memória do povo aquilo que insistentemente se tocava no rádio. E no caso de “Sinal de Amor”, lançado em 1981, temos várias músicas bem divulgadas na mídia rádio-televisiva, além de terem sido também gravadas por outros artistas. Nesta época, a cantora estava vivendo seu melhor momento, participando de shows por todo o Brasil, dividindo palco com o Mestre Sivuca no Projeto Pixinguinha e também no Festival de Águas Claras. Enfim, a moça estava, merecidamente, com tudo. Hoje, vivemos um outro momento onde a informação, a mídia, se diluiu, se fragmentou em tanto pedaços que mesmo um artista dos mais conhecidos, acaba também diluído. Aliás, essa é a nova ordem mundial, não se ouve a obra de um artista, mas sim a música, o hit do momento em alguma plataforma digital. E passa logo… Mas aqui, no Toque Musical, as coisas passam devagar, com o retardo necessário que cabe a toda boa lembrança. E vamos a ela… 😉
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Entramos, enfim, em fevereiro e aqui vamos nós na nossa peleja fonomusical. Para começar, vamos com mais um disco da série, “A voz da RCA Victor” desta vez trazendo o suplemento de lançamentos dos seus discos de 78 rpm para o mês de novembro, de 1959. Esta série é mesmo muito rara e poucos são os colecionadores que possuem esse material. Infelizmente, nós só tínhamos seis deles e este é o último que apresentamos por aqui. Se acaso aparecerem outros, sem dúvida, iremos trazer para vocês. Neste suplemento de número 24, todos os lançamentos são de artistas nacionais. São 24 trechos iniciais das músicas, que mesmo cortadas valem a pena serem ouvidas. Aqui temos…
vinheta de abertura
mariposa / argumento – nelson gonçalves
petite fleur / la chanson d’orphée – guylaine guy
fuba / velhos tempos – jacob do bandolim
la strada del amore / refugio – neusa maria
meu castigo / um pouco de nós mesmo – fernando barreto
prece a chuva / sonho desfeito – ivete siqueira
vem / molengo da morena – jair alves
juvita / aracati – ary lobo
madalena / arrependida – tião careira e carreirinho
resposta da saudade/mariquinha – silveria e barrinha
nossa verdade / passado de boêmio – marreco e marrequinho