Enfim, aqui chegamos ao final de mais um ano, caros amigos cultos e ocultos. Queremos nesta postagem agradecer o apoio de muitos com suas colaborações e doações, sempre muito bem vindas e necessárias para que possamos continuar com nosso toque musical. Desejamos a todos um feliz 2022. Que seja este o ano de renovação, da renascença, do amor, da fraternidade e da empatia. Desejamos a todos muita felicidade, saúde e consciência.
E para fechar o ano tenho aqui este compacto do Carlos Walker, seu primeiro disquinho, o cartão de visita lançado em 1974 para seu lp que viria a ser lançado no ano seguinte. Neste, temos “Alfazema”, belíssima música que fez parte da trilha da novela da Globo, “O Espigão” e “Dizem”, duas canções de sua autoria que também estariam presentes no lp. Por sinal, este lp nós já apresentamos por aqui e na oportunidade incluímos também o compacto. Mas agora ele volta para que a gente possa fechar esse fatídico 2021 de forma positiva, exorcizando de vez e deixando para trás tudo de ruim. Que esta alfazema possa nos relaxar e nos preparar para 2022. Feliz ano novo!
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos finalizando o infame ano de 2021, mas sem deixar a peteca cair. Nesta penúltima postagem do ano temos aqui um raríssimo compacto de 45 rpm, duplo, lançado pelo pequeno selo Tiger e trazendo o excelente Moacyr Marques, o Bijou, como ficou conhecido no meio musical. Um músico que dominava como poucos vários instrumentos de sopro, mas que será sempre lembrado como o grande sax-tenor. Ao longo de sua carreira Bijou participou de momentos importantes da música brasileira, tanto no campo erudito como no popular. Sua história é longa e merecia esta postagem ser feita pelo Samuca, com sua característica riqueza de detalhes. Infelizmente já não temos ele aqui Mas tenho certeza que informações sobre o artista vocês poderão encontrar em outros sites e também aqui onde já havíamos publicado outros discos com Moacyr Marques.
Como se pode ver logo pela capa, temos Moacyr Marques em quatro momentos, três sambas e um bolero, em ritmos dançantes, acompanhado pelo seu conjunto que trazia em na formação Zequinha Marinho, Gabriel Bahlis, Wilson das Neves, Pernambuco do Pandeiro e Pedro Sorongo. Confiram no GTM…
Bom dia, caros amigos cultos e ocultos! Em uma outra mostra de compactos aqui do Toque Musical, postamos um disquinho do palhaço Carequinha, com a promessa de que postaríamos outro numa nova oportunidade. Olha ela aqui… 🙂 Desta vez trazemos um dos seus discos que mais fez sucesso, principalmente por conta da faixa “O bom menino”, música que fez muito sucesso e ainda hoje é lembrada, principalmente pela criançada que hoje está com mais de 50. Mas, neste compacto duplo temos ainda outros sucessos que marcaram época, inclusive no carnaval. As marchinhas que o Carequinha lançava acabavam virando músicas também de carnaval. Neste disquinho, nosso querido palhaço, como de costume, vinha acompanhado pelo grande Altamiro Carrilho e sua bandinha. Altamiro, inclusive é o autor de vários desses sucessos, em parceria com Miguel Gustavo e Irany Oliveira. Este compacto é ainda da fase dos disquinho em 45 rpm, ou seja, dos primeiros fabricados no país, trazendo no centro do selo o furão, típico dos compactos impostados. Certamente, foi lançado em 1960, ou 61. Fica a dúvida…
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disquinho de sete polegadas. Desta vez destacando o competente Sérgio Mendes em um de seus momentos de sucesso nos anos 80. Absorvido totalmente pela cultura americana, nosso artista se transformou numa referência mundial da música pop de qualidade. Sua produção musical, além da Bossa Nova, tem fortes ligações com o jazz, funk, rhytnm blues, soul e consequentemente o pop americano. Neste compacto, lançado em 1982, pela A&M Records temos o ‘hit’ de sucesso mundial, “I neve gonna let you go”, música esta que também fez parte da trilha de uma novela da Rede Globo, “Final feliz”. Do outro lado do disquinho temos a adaptação de “Festa do interior”, música de Moraes Moreira e Abel Silva que aqui recebeu o nome de “Carnaval”. Essas duas músicas só entrariam no álbum Sergio Mendes, de 1983.
Eu havia pensado em postar esse compacto como o último disco do ano, aproveitando o gancho da novela “Final feliz”, mas convenhamos, este ainda não é o final feliz, pelo menos neste ano não. Quem sabe no ano que vem, né? Mas tem que olhar para cima, deixar o negativismo de lado e as más influencias vindas da politização xucra que transformou o Brasil num imenso curral. Por hora, ficamos no arrependimento e na esperança e alegria de um novo carnaval.
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Depois do pai, é hora do filho… quer dizer, depois do Gonzagão, que tal um Gonzaguinha? Está aí, um compacto da melhor qualidade. E, pessoalmente, acho, este foi o melhor disquinho de 7 polegadas deste artista. Digo isso porque nele temos duas de suas pérolas, músicas que viriam a serem lançadas em seus dois lps, de 73 e 76. Duas músicas que continuam muito atuais e diz muito a respeito do momento cretino que hoje vivemos…
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Passado as comemorações natalinas temos ainda uma semana para finalizar esse triste ano de 2021. Não vou nem entrar em considerações, pois sempre que o faço surgem as retaliações… O fato é que o ano já está acabano e vamos aproveitar para por em dia nossas postagens de compactos. São tantos disquinhos interessante e geralmente costumam trazer um diferencial que nem sempre está presente em suas versões integrais, ou seja, na versão final em lp. Como todos devem saber, o disco compacto foi criado na intensão de ser uma amostra. Compactos para as gravadoras eram discos de testes, disquinhos para se lançar a música. Já os lps eram para apresentar o artista. Porém, os compactos também serviram para produções modestas, para a publicidade e até mesmo como complemento para uma obra que não coubesse de todo em um lp. O certo é que esses disquinhos são mesmo muito charmosos e paixão de muito colecionador.
Aqui temos um compacto de Luiz Gonzaga, lançado pela RCA Victor, em 1972. Pré-lançamento para seu lp “Aquilo Bom!”, produzido naquele ano. Como destaque, para o disquinho, foram escolhidas as faixas “Aquilo bom (garotas do Leblon)” e “Forró do Zé Buchudo”. Ainda complementando, segue aqui um comentário de nosso saudoso Samuca (Samuel Machado Filho) a respeito do disco: “Este lp de 72 (RCA Camden CASB-5360) encerrou a primeira fase de Luiz Gonzaga na RCA, onde estava desde que começou sua carreia fonográfica, em 1941. Depois o Rei do Baião iria se transferir para a Odeon, onde gravou dois lps e um compacto simples. Em 1976, após um ano sem gravar, Gonzagão voltaria com força total a RCA, com o lp “Capim Novo” e ali ficaria até 1988, quando foi para a Copacabana, última gravadora em que trabalhou.”
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Claro que eu não poderia deixar de reforçar aqui nossos votos natalinos e assim e mais uma vez trago para vocês um compacto apropriado ao momento. Tenho aqui os Canarinhos de Petrópolis, côro do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis. Disquinho lançado originalmente em 1959 e novamente distribuído em 1962, na Conferencia Distrital daquele ano. Trata-se de um compacto simples trazendo dois temas: “Ave Maria” e “Noite Feliz”. Os Canarinhos de Petrópolis é talvez o mais antigo coro infantil masculino ainda em atividade no Brasil. Eles surgiram nos anos 40, em uma festa de Primeira Comunhão, em 1942 e ganharam este nome por conta de suas vestimentas que eram amarelas. Este conjunto vocal de Petrópolis, ligado a Igreja Católica, se tornou nacionalmente conhecido e chegaram até mesmo a excursionar pela Europa, indo ao Vaticano, onde foram recebidos pelo Papa. Ao longo de várias décadas eles lançaram muitos discos e nos dias atuais o coro é também formado por meninas e sempre muito atuantes.
Fica aqui então e mais uma vez os nossos votos de uma Noite Feliz. Feliz Natal a todos!
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o dia de deixarmos aqui nossos votos musicais de um feliz Natal a todos. Que em cada lar, em cada pessoa, a Luz maior possa chegar para iluminar nossos caminhos, que neste ano foi de muita treva. Que possamos nos dar as mãos e nos lembrar que a fraternidade é o que nos une. Desejo a todos uma excelente noite de Natal.
Para lembrar o momento, a data, coisa que tradicionalmente fazemos, trago para vocês este raríssimo compacto natalino. Aqui temos “Natal Jovem”, uma produção requintada em discos de sete polegadas, compacto duplo com capa dupla vazada, coisa feita com esmero no intuito de ser um presente, pelo pequeno selo carioca GCA William. É, sem dúvida, um compacto interessante, pois é voltado para um público jovem (da época). Nele, como podemos ver, temos Paulinho Nunes “Quartet”, um conjunto de “yê-yê-yê” interpretando quatro temas clássicos em versões bem divertidas e instrumentais. Pela sonoridade e estilo, acredito que este compacto tenha sido lançado por volta de 67. Não consegui identificar esse artista Paulinho Nunes, mas parece ser um tecladista. Seu conjunto ainda tem baixo , bateria e guitarra, um típico grupo instrumental da Jovem Guarda. Outro detalhe interessante é que “Natal Jovem” foi lançado em dois volumes, ou seja, disco 1 e disco 2. Nós, infelizmente, só temos o volume 1 e dificilmente deve existir algum outro exemplar que já não esteja sendo vendido, em dólar, em sites gringos. Afinal, tudo que tem de bom nesse nosso país acaba sempre indo parar nas mãos de estrangeiros, não apenas a nossa extinta indústria fonográfica e sua rica produção(vejam a Petrobrás, a Embraer, a Amazônia…) E se tem uma coisa que brasileiro gosta é de pagar em dólar, é chique!
Mas é isso… por hora vamos comemorando o nascimento de Jesus e ouvindo nesta noite…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Dentro dessa nossa mostra de discos compactos, trago desta vez um outro raríssimo exemplar e de um artista também raro. E quando digo raro, quero dizer, um artista que se destaca em seu universo musical pela qualidade, beleza e simplicidade de sua música, também raro porque, mesmo hoje em dia pouco se fala dele. Estou, por certo, me referindo ao grande artista pernambucano, Gilvan Chaves, músico, cantor, compositor e um ferrenho divulgador da cultura nordestina. Era considerado o Dorival Caymmi de Pernambuco, pois sua música traz as mesmas semelhanças, tanto pelo estilo quanto pelo temas explorados em suas canções. Gravou uma dezena de discos, obras hoje raras, difíceis de encontrar ou absurdamente caros quando os achamos num Discogs ou Mercado Livre. Felizmente, para nossa sorte, existem aqueles que não deixam a peteca cair e neste caso, a obra de Gilvan Chaves foi resgatada, digitalizada pelo Cacai Nunes, músico e produtor do blog/site Acervo Origens. E consequentemente, claro, já foi compartilhada, tanto em seu site como também no Youtube. Aqui no Toque Musical, por estranho que pareça, nunca postamos nada deste artista, assim e agora, temos esta oportunidade através deste compacto duplo, lançado pelo selo Rosenblit/Mocambo. Este foi um dos primeiros compactos lançados por aqui, quando este formato começou a ser fabricado e produzido no Brasil. É interessante notar que os discos de 7 polegadas surgiram no intuito de serem promocionais, ou seja, discos feitos para divulgar uma determinada música, um possível sucesso. E nesta, eles também foram pensados para serem usados em máquinas, as charmosas Jukebox, por isso traziam um furo maior no seu centro e inicialmente eram, como este, discos de 45 rpm. O primeiro compacto de 33 rpm aqui no Brasil nós já o apresentamos no Toque Musical, foi um disquinho lançado de forma independente pelo compositor mineiro Pacífico Mascarenhas chamado “Carlos Hamilton Canta Para Os Namorados”. Bom, mas isso é outra história. Vamos curtir aqui o Gilvan Chaves…
Caros amigos cultos e ocultos, aqui seguimos em nossas postagens até o fim do ano trazendo alguns disquinhos de 7 polegadas, os charmosos discos compactos. E para hoje temos um exemplar raríssimo da dupla Márcio & Márcia, em um compacto duplo, ou seja, com quatro faixas. Lançado pela Polydor, em 1963, este disquinho foi o filho único deste par de cantores que eram na verdade, Márcio Ivens, um jovem talento descoberto por Luiz Bonfá e Márcia, um pseudônimo para Selma Rayol, irmã de Agnaldo Rayol. Os dois só gravaram este compacto que foi produzido por Bonfá, que também, segundo contam, participa do disco. É mesmo um belo disquinho todo pautado na Bossa Nova, inclusive duas das músicas, “Samba de roda” e “Poema de alguém”, são de autoria de Luiz Bonfá e sua esposa, a cantora Rosana Toledo. Imperdível, sem dúvida! Confiram no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aproveitando o ensejo futebolístico, os discos compactos e tudo mais… E para não dizerem que eu sou tendencioso e só valorizo o Galão, eu hoje resolvi mostrar que não é bem assim. Afinal, temos também por aqui muitos bons amigos, cultos e ocultos, que infelizmente são cruzeirenses. Gosto não se discute, apenas lamenta-se e cada um na sua. Oque seria do futebol se não houvesse a rivalidade esportiva, sadia, é bom dizer… O que aconteceu ao time do Cruzeiro foi mesmo uma tragédia, do tamanho de sua vaidade. Um tremendo ‘calaboca’ para baixar um pouco o topete. E lá se vão dois anos de série B. Mas o pior não é isso, pois até aqui é gozação, é sarro de atleticanos. A coisa ficou séria e triste quando a falência tomou conta, pois ficou a um passo de deixar de existir. E isso é muito ruim. Péssimo para o torcedor e também para o rival e mais ainda para Minas Gerais que perderia um de seus times tradicionais. Por certo, os torcedores perderam, pois o futebol já não é mais o mesmo. Já não se torce para um time, mas sim para uma empresa e agora tem um dono, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que deveria a partir de então se chamar Ronaldo Salvador, pois é o cara quem irá tentar salvar a empresa. Finalmente, surgiu uma luz no fim do túnel e o cruzeirense vaidoso já volta a sua velha postura pretenciosa. Já estão sonhando com campeonato mundial, vejam vocês! Hehehe… é muita pretensão e vaidade… Mas, ainda assim é louvável ver que um jogador que saiu de suas bases ainda menino, voltaria um dia não apenas como o ‘dono da bola’, mas sim, o dono do time. Sinceramente, espero que o Cruzeiro se recupere, pelo menos até o ponto de poder enfrentar o Galão, pois não há nada mais desestimulante que ter um adversário que só fica na série B. Boa sorte ao Cruzeiro! E para tanto, aqui vai nossa menção, nosso toque musical para este disquinho de 7 polegadas, lançado em 1976 e no qual, como podemos ver pela capa, traz o hino do clube, de um lado e do outro uma versão ‘moderninha’ para a tradicional “Peixe vivo”, que não sei porque cargas d’água veio parar aqui. Sou mais a “Aquarela do Brasil” 🙂
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Temos aqui este compacto tripo promocional, lançado pela Philips como parte de seu calendário de 1972. Nessa época, a gravadora Philips tinha por costume distribuir calendários, aqueles bem ilustrados, tipo poster, de se por na parede. Para cada ano era escolhido um tema e neste de 72 traziam fotos de festas populares no Brasil. Uma cortesia da gravadora oferecida aos seus lojistas revendedores e junto vinha um disquinho de 7 polegadas com músicas relacionadas ao tema proposto para o ano. E aqui temos o “Folgedos Populares do Brasil”, ou seja, um grupo com seis temas da cultura popular, músicas de festas folclóricas, geralmente de origem religiosa ou de cultos africanos e tradicionais. Muito interessante, com certeza irá agradar 🙂
cordão dos bichos (‘vai saudade’ – corporação musical santamarense)
congada (gravação original do grupo de congada de s. antonio da alegria – sp)
caipó (gravação original do grupo de caipó da cidade de s. josé do rio pardo – sp)
moçambique (gravação original do grupo moçambique união de s. benedito de taubaté – sp)
folia de reis (gravação original do grupo de folia de reis baiana de olimpia)
bandeiras – (“companhia do divino” – dirigida por sebastião ribeiro da silva)
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Um disquinho meio fora de hora, podia ter entrado no meio do ano, em época de festa junina, mas só agora me lembrei dele. E em se tratando do grande Ângelo Apolônio, ou Poly, excepcional instrumentista que dominava como poucos diferentes instrumentos de cordas, este disquinho é bem vindo a qualquer momento. Como podemos ver, este é um compacto duplo onde Poly nos apresenta quatro temas tradicionais juninos, ou no caso, uma bela festa caipira. Confiram…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Como havia dito, vamos encerrar o ano postando os disquinhos de 7 polegadas, os famosos compactos. Temos alguns aqui e antes que acabem indo embora, vamos apresentá-los a vocês, ok? E aproveitando a onda ‘futibolística’, já que postei aqui uns compactos do meu Galão, agora vou fazer a alegria dos amigos americanos, afinal o América mineiro está de volta a primeira divisão do futebol, não é mesmo? Merece aqui nosso destaque. E eis que temos este raro compacto lançado em 1968 pela Bemol e trazendo de um lado o hino do clube e do outro a divertida “Coelhinho Barra Limpa”, composição de Vicente Mota e Nelson Carvalho. Confiram no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui estamos novamente saudando o meu Galão, afinal a alegria é grande, né? Este compacto teria entrado ontem, não fosse eu me lembrar do lp, que achei mais apropriado. Mas eu já havia planejado para esta ultima quinzena do ano postar aqui uma série de discos compactos, fechando o ano com os disquinhos de 7 polegadas. Desta então, achei também apropriado começarmos com este compacto do Clube Atlético Mineiro, no qual temos de um lado o hino do clube e do outro (fazendo jus ao nível de qualidade, hehehe…) nada menos que a Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Creio que este compacto já foi apresentado aqui, mas sem esta capa, onde temos estampado o símbolo do maior campeão do Brasil em 2021. É só alegria 🙂 Salve o Galão!!!
Boa hora a todos os amigos cultos e ocultos! Aliás, uma ótima hora, porque não dizer. Apesar dos percalços, tropeços e atropelos eu não poderia deixar passar em branco mais uma vitória do meu Galão. Embora a semana tenha sido um tanto ingrata comigo, a recompensa futebolística salvou o dia. E em homenagem a mais um título nesta temporada, depois de ter se tornado Campeão Mineiro, Bicampeão Brasileiro, agora nós o saudamos pelo seu bicampeão da Copa Brasil. Para comemorar, estou trazendo para vocês, não apenas atleticanos, mas para todos que amam futebol este lp, lançado em 1971, ano em que o Galão conquistou a taça de primeiro campeão do então recém-surgido Campeonato Brasileiro. Neste lp temos um resumo da campanha do time ao longo daquela temporada que o levou ao título máximo e o qual neste ano ele volta a conquistar. É muita alegria depois de esperar tanto tempo. Salve o Galão, meu time de coração. Atlético Mineiro, o bom! 😉
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Hoje eu quero fazer uma postagem diferente, não é nenhum disco, mas é sobre discos, ou talvez nem seja exatamente sobre eles, pois o que quero falar aqui é algo que tem a ver com amizade, parceria e como, as vezes, tudo pode vir a baixo quando não sabemos lidar com situações. As vezes não sabemos lidar com alguns incômodos vindos de amigos, isso é prova de que no fundo não somos muito amigos, pois amizade envolve intimidade, pelo menos até o ponto de um chegar para o outro e dizer o que pensa. Amigos de verdade são parceiros, direta ou indiretamente. Mas isso só acontece com os verdadeiros amigos. Graças a Deus, tenho um bom círculo de amizades, a começar por essas aqui, os amigos cultos e ocultos. Mas também tenho amigos próximos, bem próximos que eu diria ter mais intimidade do que com meus próprios irmãos. Embora irmandade não seja sinal de amizade, tenho alguns poucos amigos que considero como irmãos. E há ainda aqueles que por alguma força da empatia nos aproxima, mesmo estando distantes, mesmo com poucos encontros e conversas. “Amigos a gente encontra, o mundo não é só aqui…”
Estou falando de tudo isso, inicialmente, para relatar aqui um fato triste que nesses dias me ocorreu. De um projeto que não durou muito e que talvez nem chegou a existir. Me refiro ao projeto Sábado Som, uma ideia que tive a partir de agosto quando aluguei um espaço, uma casa, para nesta dar sequencia a duas coisas que gosto, música e fotografia. Montei um espaço o qual se chama Casa de Fotografia, no qual eu desenvolvo trabalhos, projetos, cursos, encontros e serviços ligados a fotografia, em especial a fotografia de base química (fotografia analógica). Dentro deste espaço, reservei um cômodo para também colocar meus discos, meus muitos discos. E o fiz bem ao molde de uma lojinha de discos, ficou realmente como se fosse uma pequena loja de vinil. Me propus a dar atenção a essa lojinha somente aos sábados, quando então teria um tempo livre para me dedicar a eles. Já não é de hoje que, como colecionador, compro, vendo, ganho e doou discos e foi muito por conta deles que um dia resolvi criar o blog Toque Musical. Mas enfim, agora em novembro a Casa de Fotografia e a lojinha Sábado Som começou a se despontar, se destacar como um ponto agradável para aqueles que tem as mesmas afinidades. Porém e infelizmente meu projeto não agradou, justamente quem eu mais acreditava como amigos numa parceria e empreitada como essa. Tanto do lado da fotografia quanto da música fui abandonado pelos ‘parças’. Na fotografia eu até entendo a situação, a incompatibilidade nas ideias, mas na música, nos discos, a coisa foi diferente, diria decepcionante… Uma pessoa que eu tinha como grande amigo, com a qual há mais de 15 anos venho apoiado, de repente, viu em mim um concorrente, Isso porque ele também tem uma loja (muito boa, por sinal), mas não gostou quando eu abri a minha, principalmente por estar a menos de cem metros de sua loja. Por conta disso começou a me ignorar, não atendeu aos meus convites para uma visita e passou a não responder minhas mensagens. Por um tempo deixei, pois não estava entendendo bem o que se passava, mas ontem dei nele uma cutucada e em resposta o cara abriu o jogo. Decepção total… Sinceramente, jamais esperava ler o que ele escreveu. Digo escreveu porque na verdade não teve coragem de olhar na cara de um amigo e dizer o que lhe incomodava. Preferiu remoer suas ideias mesquinhas dizendo que eu estaria aproveitando de seu sucesso, de seu empreendimento de 16 anos. Disse que eu estava querendo pegar carona em seu sucesso (sucesso?). Que eu fiz tudo de caso pensado, uma estratégia sórdida para lhe roubar a freguesia. Agora, vejam só… Belo Horizonte tem uma dezena de lojas de discos e ele, inclusive, é um promotor de feiras de vinil, feiras essas que sempre participei e confesso, participei mais em consideração do que pela vontade de vender ou ganhar dinheiro com discos (na verdade levei mais prejuízo). Sinceramente, eu não preciso. Aliás, me dá mais prazer em dar um disco de presente do que em vendê-lo. E nesse sentido o que eu já havia dado de discos para esse cara, demonstraria a ele o quanto meu apego está relacionado ao prazer de uma boa amizade. Contudo, não posso negar que em muito ele me ajudou emprestando seus discos para eu colocar aqui no Toque Musical. Em contrapartida, conhecendo o seu nicho colecionável, sempre achei que alguns tipos de discos deveriam ficar com ele, para enriquecer ainda mais aquele seu acervo, o qual ele o chama de “Publico”. Doei muita raridade e agora me arrependo. Já não é de hoje que as dificuldades da vida levou o cara a iniciar um processo de desfazimento do acervo. Descobriu que podia fazer muita grana com seus discos raros e vez por outra vai queimando a lenha. Hoje eu já não encaro aquilo lá como um centro cultural público, a coisa virou loja mesmo e o negócio é ganhar dinheiro. Tudo vira lenha e queima… Lastimável e lamentável. Reforço porque nessa eu também sai perdendo e para mim, a maior perda foi a da amizade. Fiquei mesmo muito decepcionado com uma pessoa que tinha como um grande amigo. Por conta desse mal estar e também em consideração a tudo que já vivemos como amigos, decidi fechar as portas da Sábado Som. Não irei fazer frente e muito menos sombra para seu egoísmo. Fecho a loja, tiro a placa, não existo mais ali perto dele. Não serei eu quem irá levá-lo a falência. Deixa ele com seu engodo, com seus amigos, com seu sucesso. A ironia de tudo isso é que eu havia montado esse espaço para os discos, de maneira a buscar junto dele uma parceria. Nada hoje em dia funciona bem sem parceria. Como também sou funcionário público e a partir do próximo ano estarei de volta as atividades presenciais, sei que a lojinha de discos não iria para frente e por conta disso já havia até planejado passar boa parte desses meus discos para a sua discoteca. Mas nada como uma decepção para fazer a gente mudar de ideia. A Sábado Som do Augusto acabou sem mesmo ter começado. Estou sim, bem chateado com tudo isso, mas não vou ficar dando trela. Partimos para outra, fala a minha resiliência.
Desculpem esse desabafo, mas por alguma razão eu precisava torná-lo público e aqui…
Bom dia, boa tarde, boa noite, boa hora… a todos os amigos cultos e ocultos! Mais uma vez aqui um exemplar dos raríssimos discos de demonstração da gravadora RCA Victor. Sempre lembrando, esta série promocional da gravadora era usada nos anos 50 para divulgar os seus lançamentos mensais de discos de 78 rpm. O curioso é que estes discos eram de 12 polegadas e rodavam em 33 rpm. Aqui temos a edição para o mês de setembro de 1959 com a lista de todos os discos, nacionais e internacionais…
meu triste long play / revolta – nelson gonçalves
andarilha / doída – dicinha baptista
egoísta / madrugada – francisco carlos
adeus praia do flamengo / stanislau ponte preta – linda baptista
a noite e prece / ansiedade – trio nagô
amor e gaita / ritmo quente – fred williams
coração de artista / verde e amarelo – nardell
mocinhas da cidade / paranaguá – nhô belarmino e nhá gabriela
xamego do henrique / lambari dançante – gerson filho
saudade do nosso amor / triste separação – rião carreiro e carreirinho
menino branco / saci pererê – torradinha e canhotinho
linda ciganinha / chega de sofrer – silveira e barrinha
round the bay of mexico / fifteen – harry belafonte
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Como já dizia o ditado, “toda araruta tem seu dia de mingau”. E aqui, sem com isso querer ser pejorativo (muito pelo contrário), eu hoje estou trazendo o Roberto Carlos, figura, claro, que dispensa apresentações e talvez por isso mesmo, por ser um ‘medalhão’, não carecesse de estar por aqui, pois como todos já devem saber, no Toque Musical a gente só publica coisas que nem sempre se vê e se ouve por aí. Mas, em se tratando de um disco em espanhol do Bob, a gente até anima, afinal, foram lançados lá fora, né? “La Distancia” foi um dos muitos discos que Roberto gravou para o mercado latino, tanto para Europa quanto aqui, em países da América do Sul. Nada de novo, mas ainda assim de grande interesse, principalmente quem gosta do Rei. E aqui cabe bem, como curiosidade, porque não? Confiram no GTM…
Olá, caros amigos cultos e ocultos! Hoje tenho aqui para vocês este raro lp lançado em 1959, pelo selo Copacabana. Trata-se de um disco bem interessante no qual temos o pianista Durval Ribeiro e seu conjunto. Durval trabalhou em rádio e televisão, fez parte de várias orquestra e também tocava na noite (paulista), como era comum a todo músico naqueles tempos. Foi um músico muito atuante nos anos 50 e 60. Aqui temos o que foi o seu primeiro e talvez único lp, ou seja, o disco que ele gravou com este seu conjunto formado especialmente para essas gravações. No álbum também temos como destaque a cantora Odysséa que aqui aparece interpretando quatro das faixas que são cantadas. Odysséa foi uma excelente cantora e isso se percebe em sua interpretação neste disco. Infelizmente, não há na internet mais informações sobre essa cantora, sabemos apenas que ela atuou também em outros discos como crooner para outros conjuntos e orquestra. “Daqui e dali” é um trabalho bem interessante no qual temos no repertório temas variados, nacionais e internacionais, sendo algumas faixas, músicas de autoria do próprio grupo. Uma boa pedida, um bom toque musical, podem conferir…
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Tenho hoje para vocês um disquinho de 10 polegadas. Um lp que já pela capa nos chama a atenção, no mínimo, muito divertida. Aqui temos Sylvio Vianna e seu conjunto de danças. Sylvio Vianna era um pianista, gaitista e vibrafonista que fez muito sucesso em casas noturnas do Rio de Janeiro. Ele fez parte do conjunto de Dick Farney e posteriormente formou seu próprio conjunto no qual fazia o que todos os músicos/artistas da época faziam, música para dançar. Este foi o primeiro lp que Sylvio Vianna e seu conjunto de danças gravou. No repertório ele traz um leque misto de composições nacionais e internacionais, bem comuns naqueles anos 50 e claro, feito para dançar. O diferencial está mesmo nos arranjos e num conjunto instrumental único. Vale a pena conferir…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Há tempos eu coloquei aqui que não mais estaria atendendo a pedidos, pois isso se torna um compromisso e a cobrança não fica por menos. Como promessa é dívida, melhor não prometer. Estou dizendo isso porque num outro momento postei aqui um disco deste cantor português, Tony de Matos, que esteve no Brasil durante as décadas de 50 e 60, onde morou e chegou a gravar alguns lps. Recebi na época da postagem alguns e-mails pedindo que postasse mais disco dele. Mais recentemente os e-mails voltaram com novos pedidos e justamente para este disco que agora estou postando aqui. Foi mesmo muita sorte e coincidência pois o disco acabou aparecendo por aqui. Então, para não dizer que não falei de flores, segue aqui mais um disco do lusitano cantor. Lp gravado pela Continental em 1962. Creio que foi o último que Tony de Matos gravou por aqui. Uma seleção de fados, repertório essencialmente português, para a alegria daqueles que por este tanto esperavam. Confiram no GTM…
Olá! Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa variada mostra ‘fonomusical’, desta vez estou trazendo um disco de música erudita, afinal, também nesse gênero o Brasil se destaca. Tenho aqui um álbum promocional, um lp que por certo não foi oferecido em lojas comerciais. Aliás, é bom que se diga, música clássica/erudita num país onde existem tantos ignorantes orgulhosos, se torna uma arte para iniciados, para uma outra classe de pessoas. E quando falo em classe, não me refiro as pessoas de classes sociais, está provado que mesmo quem tem dinheiro, nem sempre tem cultura e aqui nesse Brasil ‘boçalnariano’ isso é fato.
Mas voltando ao disco do dia, aqui temos um encontro da música brasileira com a música da região Escandinávia, o canto da contralto sueca Gunnel Skold e o piano da brasileira Eudóxia de Barros. Dois nomes de peso da música erudita mundial que neste lp nos apresentam temas que aparentemente não teriam muita conexão. Mas na música há sempre conexões, independente das diferenças de realidade entre as duas regiões e é muito nesse refinamento e conhecimento musical erudito que as coisas se assemelham, ou quando não, se aproximam. Tanto Gunnel Skold quanto Eudóxia de Barros são artistas de um mesmo universo, o da música clássica e como tanto, há entre elas muita coisa em comum. Gunnel, inclusive, conhece muito bem a obra de Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga… e a Canção Brasileira , tendo em seu currículo várias gravações. Eudóxia, nossa grande pianista, também não deixa por menos, é uma das figuras mais importantes da música de concerto no Brasil, premiadíssima e também conhecida mundialmente. Neste lp, dividido em dois momentos, temos peças bem representativas da música escandinava e brasileira. Mesmo sendo um disco de caráter erudito, soa muito bem ao ouvido comum, ou seja, agrada até mesmo os populares.
Não vou me alongar, pois o meu tempo é curto e por sorte temos estampado na contracapa um texto mais que esclarecedor. Confiram este lp no GTM.
forró (brasiliana nº9) – osvaldo lacerda
melodia sentimental – villa-lobos
duas canções nortistas – José siqueira
azulão – jayme ovalie e manoel bandeira
atraente – chiquinha gonzaga
quando uma flor desabrocha – francisco mignone
morena morena – francisco mignone
congada – francisco mignone
varen – edvard grieg
jeg elsker dig – edvard grieg
sommarsang – peterson berger
jungfrun under lind – peterson berger
lawn tennis peterson berger
flickan kom ifran sin alklings mote – jean sibelius
Olá, meus caros amigos cultos e ocultos! Eis que de vez em quando trombamos com algumas surpresas em nosso caminho ‘fonomusical’. Disco que a gente nunca imaginou, as vezes aparecem no garimpo e creio que é isso que faz a coisa ficar boa. Recentemente encontrei este disco em um sebo. Não tivesse eu olhado com mais atenção teria passado batido, como certamente deve ter passado para muitos que ali conferiam aquele lote de discos. A capa realmente não é lá muito convidativa, parece disco religioso ou coisa dessa natureza. Mas quando vi o nome do Juca Chaves também estampado na capa, achei que seria interessante dar mais atenção e realmente valeu a pena… Me surpreendeu o recheio deste bolo. Temos aqui um raro exemplar deste conjunto liderado por Severino Valeri que nos é apresentado por Juca Chaves como músico e também dentista (faz ele até uma piadinha). De fato, Dr. Severino e o Conjunto Subverson formam um grupo competente cujo o repertório, bem variado, contemplado temas do momento, nacionais e internacionais são por eles muito bem interpretados e com bons arranjos. O disco foi lançado em 1968 através do pequeno selo PAT, que se não estou enganado era do maestro Tibor Reisner. Podem conferir, pois vale a pena 🙂
Bom dia, amigos cultos e ocultos! A medida que o tempo passa por aqui, se eu não seguir pelo index, acabo postando discos repetidos. Foi mais ou menos isso que aconteceu nas últimas semanas, quando tive o trabalho de selecionar alguns discos para as nossas postagens. Verifiquei posteriormente que já os havia publicado aqui no Toque Musical, daí, me vejo obrigado a recorrer aos ‘arquivos de gaveta’, ou ‘discos de gaveta’, aqueles que estão sempre prontos para entrarem numa emergência. E assim vamos nós… E nesta temos aqui, mais uma vez neste ano, o tradicional Conjunto Época de Ouro que vem neste disco, lançado em 1977 pela Continental, trazendo a música de dois grandes, Pixinguinha e Benedito Lacerda. Um repertório, por certo, já bem conhecido de todos, mas que sempre chama a atenção, principalmente quando interpretado pelo mais famoso grupo de choro de todos os tempos. Confiram no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Sempre na sequencia, aqui temos para hoje uma dessas curiosidades que só se vê aqui no Toque Musical. Mais um representante dos obscuros, anônimos, curiosos e irrelevantes discos lançados no Brasil. Temos aqui o The Brothers Sing Hits”, uma coletânea de sucessos do início dos anos 70. Este álbum, embora não traga nenhuma informação, nos faz crer que tenha sido lançado em 1974. E os sucessos aqui são todos internacionais, lançados mais ou menos na mesma época, salvo uma única faixa, “Promessa de pescador”, de Dorival Caymmi, que é dos anos 50. Daí, vocês perguntam, oque tem essa música a ver com as demais? Não sei. Foi o que me despertou ainda mais a curiosidade em conhecer o lp. Dando uma geral só pela capa e selo, observo que não há muito oque contar, não há muitas informações. Álbum simples, selo genérico. Mas buscando todos os elementos, inclusive o próprio conteúdo musical, podemos supor a seguinte apresentação: The Brothers é o nome do grupo/artistas e ao que parece, seria uma dupla, os irmãos. Seria? Bem possível… Buscando fazer um ‘cover’ o mais semelhante possível. Chega a ser divertida essa construção, pois há competência musical, porém ‘os brothers’ desafinam que é uma beleza. Mesmo assim o disco chega a ser interessante. E o interessante disso tudo é que a faixa mais legal é justamente “Promessa de pescador”. É a única música que não segue o arranjo original e acaba sendo a mais original. Ao que vê e considerando outras histórias parecidas, The Brothers foi um produto de alguma agência que vendia a coisa pronta, música genérica. Pegava um grupo de músicos e músicas conhecidas, gravavam e depois vendiam com diferentes embalagens, para diferentes gravadoras. Geralmente quem comprava material já pronto eram os pequenos selos que estavam mais interessados em vender música, sucessos, independente de serem originais. Este disco, pelo que eu pesquisei, é algo assim e por certo foi usado em outras edições. Porém, por ser lançado por selos obscuros, na obscuridade até mesmo da lei, em edição de prensagem pequena e ainda, por não ser coletânea original, esse disco não deve ter chamado muita atenção na época de seu lançamento. Seja como for, este é um disco que atrai e de todo não decepciona. Vale dar uma conferida…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Há poucos dias atrás uma amiga me trouxe de presente este disco da dupla Leno e Lilian. Se lembrou do tempo em que éramos criança, de quando a gente ficava no alpendre de sua casa vendo seus irmãos mais velhos e amigos dançando ao embalo da Jovem Guarda. Este lp era um dos muitos que eles punham para rodar e na época era um dos que eu mais gostava. Cheguei inclusive a copiar a capa com lápis creon em cartolinha rosa e essa amiga se lembrou disso e trouxe para mim o velho disco que a gente tanto ouvia. Para meu espanto, passados mais de 50 anos, o disco continua em bom estado, segundo ela, ficou por décadas guardado e somente agora foram descartados. Ela jogou tudo no lixo e só salvou este disco porque lembrou de mim. Lembrou pelas metades, né? Hehehe… Podia ter me dado todos, ao invés de jogar fora, fiquei chateado… Enfim antes um do que nada. Adorei 🙂 e agora eu o compartilho com vocês. Por certo, este é um disco já bem rodado em blogs musicais e facilmente de achar no formato digital, porém, por essas e outras razões eu não poderia deixá-lo de fora, não é mesmo? Então aqui temos Leno e Lilian, dupla que surgiu na onda da Jovem Guarda. Gravaram um primeiro compacto trazendo as músicas “Devolva-me” e “Pobre menina”, duas versões que fizeram muito sucesso e abriram para eles a chance de gravarem o primeiro disco, no caso, este lançado em 1966. O lp fez ainda mais sucesso pois trazia outras canções que conquistaram o público, como “Eu não sabia que você existia”. Disquinho bacaninha…
Então, caros amigos cultos e ocultos, como vamos? 🙂 A gente as vezes pega uns discos para postar aqui sem fazer ideia do trabalho que vai dar para conseguir informações sobre eles. É bem o caso deste aqui, do músico e produtor Sergio Mello. Pelo pouco que encontrei, me parece que este artista é gaúcho. Digo isso porque a única referencia ao seu nome está num texto de apresentação da banda de pop/rock gaúcha “Garotos da Rua”, nome inspirado em uma composição de Sérgio Mello e Carlos Caramez. Esta música, inclusive, fez parte de um lp lançado em 1983, uma coletânea chamada MPB Independente, com participação de artistas importantes. “Deixa Barato” foi um disco lançado também em 83, trazendo, além desta, outras doze composições, um rock pop bem interessante. No lp participam artistas como Lucinha Turnbull, Manito, além de Pedrinho (do Som Nosso de Cada Dia) e Raulito Duarte que junto a Sérgio formam a banda. Confiram no GTM…
Olá, caros amigos cultos e ocultos! Cá estamos novamente trazendo um disco do fictício músico Bob Fleming, criado no final dos anos 50 pelo músico e também empresário, dono da Musidisc, Nilo Sérgio. Já postamos aqui alguns outros discos de Bob Fleming e sempre ficou a dúvida e o entendimento de quem realmente encarnava o personagem. Três nomes são geralmente citados como sendo o saxofonista de nome americano: Moacyr Marques, Moacyr Silva e Zito Righi. E em uma outra postagem aqui do Toque Musical sobre Bob Fleming, inclui um texto extraído de uma discussão no grupo Samba Choro, uma carta enviada por Moacyr Marques Silva que afirma não ser ele, mas sim o outro, Moacyr Silva e posteriormente o Zito Righi os verdadeiros Bob Fleming. Tremenda confusão esse povo fazia, heim? Pois é, essa era uma época meio sem lei, onde se podia facilmente criar pseudônimos para um determinado artista atuar como sendo outro. Isso para não falar de gravações… quantos foram os músicos que deram seus talentos para serem usados com outra embalagem… Coisas da indústria fonográfica brasileira.
Então, aqui temos o Bob Fleming em seu terceiro disco, lançado em 1960. Um disco de primeira linha, como cabia as produções da Musidisc, capa dura, gravação de alta qualidade. E para tanto, um músico de qualidades excepcionais, interpretando um dos gêneros do momento, o bolero. Neste, temos uma seleção de 24 boleros, dois para cada faixa, com pausas, mas feito para dançar. Este disco, curiosamente, foi relançado há tempos atrás na versão cd e ainda hoje é muito apreciado depois que ganhou o rótulo de ‘easy listening’. Ainda é possível encontra-lo em versão original, em algum sebo ou mesmo no Mercado Livre e se tiver muita sorte até um como o meu, que está zerado 🙂 Vamos conferir?
frio em al alma – aquello ojos verdes
una mujer – desesperadamente
por que ya no me quieres – ojos castanõs
te quiero diste – tres palabras
adios – se muy bien que vendras
solamente una vez frenesi
maria elena – la violetera
quiereme mucho cubanancan
torna a surrento – sole mio
poinciana – marta
estrellas em tus ojos – oruideas a la luz de la luna