Um Adeus Ao Samuca

A postagem de hoje é para dedicar um momento, ou ainda, prestar uma homenagem ao nosso companheiro, amigo culto e oculto, nosso colaborador resenhista, Samuel Machado Filho, o Samuca que infelizmente partiu para ouvir música no céu. Infelizmente, perdemos o nosso amigo para o covid :(. Mais um entre tantos brasileiros vitimados pela irresponsabilidade desse governo canalha, dessa política genocida de um monstro e seus asseclas. Juro, não tenho mais como ficar indignado, triste e pesaroso. O Samuca foi um bom companheiro, tivemos uma relação de amizade por quase dez anos e curiosamente, nunca nos encontramos pessoalmente. Mais um que vai fazer muita falta entre nós. Aqui, então, com certeza, pois seus textos sempre foram feitos de forma detalhada e de uma maneira que abrilhantava e cativava nosso público. 
É lamentável tudo isso e não é de agora que tenho vivido momentos tão ruins com a perda de amigos queridos. Vocês não fazem ideia de quantas histórias tristes tem passado por aqui. Quem me vê postando discos deve pensar que estou no paraíso. Sim, é um paraíso no qual eu me escondo para fugir da tristeza e indignação, para procurar me distrair e distrair quem está assim como eu. Nesses últimos três meses perdi alguns bons amigos e outros, mais triste ainda, perderam toda família, perderam seus pais, seus irmãos e mais, perderam seus amores, seus maiores tesouros… Confesso que chorei. confesso que estou ainda chorando… E de tudo, o que resta é uma dor, um pesar que somente o tempo poderá aplacar. Tenho muito pesar por aqueles que se foram e talvez mais ainda por aqueles que sofrem a perda do seu grande amor. Isso não é justo… (mas eu rezo por todos)

 

Claudette Soares – Claudette (1968)

Olá, amigos cultos e ocultos! E não é que daqui há um mês o Toque Musical estará completando oficialmente 14 anos? Sim, o tempo passa e quando a gente vê, lá se foi mais de uma década. Mas vamos deixar para falar disso daqui um mês 🙂
Hoje nosso encontro é com a encantadora Claudette Soares. Estou trazendo aqui um disco o qual eu acreditava já tê-lo postado. Lp originalmente lançado em 1968, pela Mocambo. Mas, recebeu reedição nos anos 70 e também nos 80, 1983 para ser exato. E é exatamente essa última reedição, pelo selo Beverly que eu apresento a vocês. Este é um disco já bem rodado nesse nosso universo dos blogs musicais de compartilhamento. Aqui temos um dos bons momento de Claudette, num repertório fino, cheio de bossa e uma interpretação que dispensa comentários. Não vou nem tomar o tempo de vocês. Corram lá no GTM e confiram…
 
primavera
razão de viver
gente
a resposta
vivo sonhando
barquinho diferente
mar amar
preciso aprender a ser só
eu só queria ser
chuva
tem que ser azul
ode a primavera
 
 

Celso Murilo – Disco De Ouro (1964)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Uma coisa que até hoje eu não entendi e não encontrei qualquer informação a respeito é sobre o organista e pianista mineiro Celso Murilo. A isso me refiro a sua discografia. Sabemos que ele gravou seus primeiros discos no início dos anos 60 e boa parte de suas gravações foram para selos pequenos como Drink e Pawal. Há também registros em outros selos como Paladium, Coledisc e provavelmente em outros ainda mais obscuros e nos quais criaram para ele até um outro nome, ou um pseudônimo. Curiosamente, ele também aparece no selo RCA Victor e posteriormente iria para a Odeon. Aqui temos um desses discos onde surge a confusão. O álbum “Disco de Ouro”, lançado pela Pawal, também foi lançado pela RCA Victor. E ao que tudo indica, este lp, originalmente, saiu pela RCA e só depois veio a ser publicado pela Pawal. Isso se percebe pela capa original aproveitada pela Pawal que na cara dura não se deu nem ao trabalho de excluir a logomarca da multinacional, Daí, talvez a razão pela qual todos os discos dessa ‘montagem’ aparecem com adesivos colados na capa e também nos selos do vinil. Certamente essa produção foi barrada quando já estava na boca do comércio, assim, a maneira que encontraram para anulá-lo foi essa. O pior é que os adesivos que colaram nos selos comprometem também a trilha nos sulcos das últimas faixas, uma pena… Mesmo assim, procurei limpar ao máximo para não afetar a audição. Entendo que este disco seja uma coletânea, ou então que algumas dessas gravações vieram a entrar em outros lps do Celso Murilo. Vai entender…? 
Certo é que temos aqui um grande disco, com um super repertório e um estilo inconfundível desse artista que a partir dos anos 70 foi sumindo da praça. Felizmente, um pouco da sua música foi resgatada em cd, em um box da editora Discobertas. Mas também para nossa sorte, muitos desses discos ainda podem ser encontrados a venda em sebos e no Mercado Livre. Difícil é achar um em bom estado. Enfim, melhor conhecer pelo Toque Musical. Confiram no GTM…
 
samba triste
quem manda na minha vida
chorou chorou
rosa morena
volta
boato
corcovado
zelão
teleco teco nº1
chora tua tristeza
se você disser que sim
poema do adeus
 
 
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Conjunto Sambachoro – Sambachoro (1979)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! Aqui vai um disco que era para ter entrado há algum tempo atrás, quando então postamos uma série de discos de choro. Por falha nossa ele acabou ficando de fora. Mas, no Toque Musical, nunca é tarde para ser feliz… Este foi o primeiro e talvez o único lançamento do selo Musiquim, uma editora cuja a proposta era trazer uma música popular brasileira de qualidade e que, no caso, tivesse pouco apelo comercial. É nessa que eles começam com o conjunto Sambachoro, um grupo musical que até então fugia do padrão de grupos de samba e choro. Aqui eles traziam uma releitura do choro, de uma forma ousada, porém sem perder a essência do que é o samba e o chorinho. Repertório impecável, um disco que merece destaque. Só lamento um pouco a qualidade da digitalização, ou ainda, do próprio disco, recuperado, resgatado de uma lata de lixo que seria o seu destino. Ainda bem que eu cheguei a tempo 🙂 Então, agora podemos ouvir. Eu recomento…
 
pimpolho
carinhoso
linda flor
doce de côco
urubu malandro
segura ele
lamento
chiquita
thaís
brasileirinho
 
 
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Orestes Barbosa (1962)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! No vai em vem de valsas, achei aqui um disco que a muitos irá agradar. Como se pode ver, nesta postagem temos um disco dedicado ao grande compositor, poeta, cronista e jornalista brasileiro, Orestes Barbosa. Este lp lançado pelo selo Som, em 1962, nos traz uma seleção de doze de algumas das mais importantes obras deste compositor, onde encontramos suas parceiras com Silvio Caldas, Francisco Alves e Newton Teixeira. Para tanto, a Continental, através de seu selo Som Hi-Fi, lançou mão de alguns dos artistas de seu ‘cast’, da época. Assim temos Roberto Silva, Luiz Roberto, Gilberto Alves, Ted Moreno, Jorge Roberto, João Dias, Elizete Cardoso e Wilson Ferreira. Sem dúvida, um disco imperdível que não poderá faltar na sua coleção de mp3 🙂 Quer conferir?
 
serenata – roberto silva
o vestido de lágrimas- luiz roberto
tens razão – gilberto alves
o nome dela não digo – ted moreno
a mulher que ficou na taça – jorge roberto
por teu amor – joão dias
chão de estrelas – elizete cardoso
arranha-céu – roberto silva
suburbana – jorge roberto
quase que eu disse – wilson ferreira
meu companheiro – luiz roberto
soluços – ted moreno
 
 
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Alberto Calçada – Cascata De Valsas (1958)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, atendendo a um pedido especial, que necessariamente não era o de postagem, mas que achei por bem publicá-lo, afinal, é aqui o reduto de tudo aquilo que se esconde na poeira do tempo. E assim, temos para hoje este lp do acordeonista Alberto Calçada e seu conjunto. Já apresentamos algumas coisas desse artista no nosso Toque Musical.
 Agora, aqui temos um lp lançado pela Chantecler, em 1958.Um disco dedicado a valsa brasileira. Uma seleção clássica de temas populares, repertório seresteiro que ainda agrada a muita gente. Vamos conferir? 
 
cascata de beijos
rapaziada do bom retiro
último beijo
são judas tadeu
luar de são paulo
morrer sem ser amado
saudades de minha terra
nossa senhora do amparo
e o destino desfolhou
vera
cascata de lágrimas
 
 
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Quinteto De Dalton – Música Na Madrugada (1959)

Boa noite a todos os amigos cultos e ocultos! Aqui um disco que ganhei de um vizinho, ao saber da minha paixão por discos de vinil. Na verdade foram vários discos e o que mais me chamou a atenção foi o estado de conservação desses lps, discos aí na faixa dos 60 anos ou mais, impecáveis! E claro, eu não poderia deixá-los de fora do nosso Toque Musical, não é mesmo? 🙂
Então, temos aqui o Quinteto de Dalton no álbum de 1959. “Música na madrugada”, lançado pelo selo  para músicas dançantes, CID Internacional. Um disco cujo o repertório segue aquela linha dos lps da época, trazendo um misto de ‘standards’ da música dançante internacional, juntamente com as composições nacionais, no caso, fox e samba.
O Quinteto de Dalton surgiu nos anos 40, criado por compositor e multi-instrumentista carioca Dalton Vogeler. Atuou por mais de dez anos em estações como as Rádio Club e Rádio Tupi. 
Confiram no GTM…
 
a morena que eu gosto
velvet glove
ruega por nosostros
suas mãos
reconciliação
serenade in blue
love letters
no one but you
se você soubesse
balada triste
so in love
patrícia
 
 
 

Trio Nagô (1956)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eis que pela primeira vez temos em nosso Toque Musical um disco do lendário Trio Nagô. Grupo vocal vindo do Ceará, formado por Evaldo Gouveia, Mário Alves e Epaminondas de Souza. Foi um trio muito popular nos anos 50. Atuaram no eixo Rio-São Paulo e também excursionaram pela América Latina e Europa. Gravaram diversos discos de 78 rpm e também registraram em 12 polegadas. O Trio Nagô durou até 1961. Aqui temos deles um lp de 10 polegadas, lançado pelo selo Rádio, em 1956. Disquinho bacana, não apenas pelo trio, mas também pelo repertório, hoje, clássico com oito temas do cancioneiro popular focados no nordeste. Taí, um álbum que não poderia faltar por aqui. Confiram no GTM…
 
tropeiro
meu pião
yaya da bahia
o vaqueiro
o jangadeiro
o gemedor
rabo de peixe
adeus de xique-xique
 

 

Suplemento Antecipado – Novidades Em Long-Plays (1967)

Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Olha só que disco bacana eu tenho aqui. Na verdade, trata-se de um álbum duplo não comercial, lançado pela Odeon. Digamos que este é um super catálogo da gravadora que reuniu aqui nada mais, nada menos que uma amostra de seus vinte lançamentos para o ano de 1967. Eis aqui um álbum realmente curioso e interessante destinado como já informam na capa, aos revendedores de rádio e televisão, disc-jockeys e cronistas especializados. Como se pode ver aqui pelas imagens temos músicas extraídas de discos de Agnaldo Timóteo, Altemar Dutra, Wilson Simonal, Deny e Dino, Elza Soares e Miltinho, Geraldo Vandré, Quarteto Novo, Eduardo Araújo, Coro Odeon, Lyrio Panicali, Los Cubanacans, Ed Maciel, Meireles e Orquestra, Banda dos Coroas e ainda sobra espaço para artistas internacionais como Franck Pourcel, Montavani, The Outsiders, Bobbie Gentry e The Beach Boys. Não me recordo da Odeon ou outra gravadora fazer uma coletânea promocional como esta. Está aí, mais um álbum raro que muito colecionador corre atrás. Vamos conferir no GTM…
 
quem será – agnaldo timóteo
eu sou aquele – agnaldo timóteo
dedicatória – altemar dutra
minha oração – altemar dutra
agora é cinza – wilson simonal
vesti azul – wilson simonal
volta amanhã – hebe camargo
frevo – hebe camargo
o ciúme – deny e dino
pra ver você chorar – deny e dino
boogie woogie na favela – elza soares e miltinho
ventania – geraldo azevedo
o ovo – quarteto novo
alta tensão – eduardo araújo
combustão lenta – eduardo araújo
canta brasil – coro odeon
só vou gostar de quem gosta de mim – lyrio panicali
l’important c’est la rose – ed maciel
a little bit me a littel bit you – ed maciel
mas que nada – meirelles e sua orquestra
caderninho – banda dos coroas
this is my song – franck pourcel
the shadows of your smile – montavani
i’m not tryin to hurt you – the outsiders
ode to billie joe – bobbie gentry
 
 
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Eliana Estevão – Bailarina (1981)

Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Estão vendo só como o Toque Musical é cheio de surpresas? Agora, saímos de rap e entramos em outra onda, numa espécie de movimento, também ocorrido em São Paulo, onde surgem uma nova leva de artistas com uma nova proposta, a chamada “Vanguarda Paulista”, na qual se destacam artistas como Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Banda Isca de Polícia, Grupo Rumo, Premeditando o Breque e outros… É nesta cena que também está a cantora Eliana Estevão. Aliás, que cantora! Uma das mais belas vozes e em um disco também sensacional, realmente de grande sensibilidade e beleza. Lançado em 1981, de maneira independente, o disco traz a participação de vários artistas desse momento. Os arranjos são também de várias mãos, entre essas de Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção. Eliana Estevão é também lembrada na versão em português do desenho animado “O Rei Leão”, da Disney, onde ela canta o tema “Ciclo sem fim”. Hoje, uma cantora com uma carreira internacional. Vale a pena ouvir e conhecer…
 
flor da nostalgia
estrelas em revista
bailarina
vai
amor de verão
com a perna no mundo
nêgo dito (beleleu)
profunda solidão
será que a nossa tribo está no fim
segredo
corre corre
 
 
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Racionais MC´s – Raio-X Brasil (1993)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Só mesmo aqui no Toque Musical… depois do choro, da valsa e do bolero, aqui vou eu com um disco de rap. Gosto é assim, fazendo a cabeça de todo mundo. Nesta praça cabe de tudo, pois como já dizia o poeta Paulo Cesar Pinheiro, o importante é que a nossa emoção sobreviva. E aqui é só emoção…
Fiquei na dúvida se já havia ou não postado este disco do grupo de rap paulista Racionais MC’s. Creio que até hoje eu nunca havia feito postagem de artistas do rap. Pessoalmente, não é algo que me atrai, prefiro o repente que é coisa de raiz. O rap, embora seja um gênero importado, se adaptou bem aos centros urbanos, em especial na cidade de São Paulo. E sem dúvida, o mais expressivo grupo de rap é o quarteto Racionais MC’s, formado por Mano Brown, KL Jay. Edi Rock e Ice Blue. O grupo surgiu nos anos 80 e se tornou um lenda, mostrando serem mais que um simples modismo. Eles se destacaram por conta de suas letras que falam de questões sociais, em especial das condições de vida do jovem negro de periferia, da violência, preconceito, das drogas e a miséria urbana. Ao longo de mais de 30 anos de estrada o Racionais MC’s recebeu vários prêmios importantes e também gravaram uma dezena de discos entre lps, cds, singles e dvds. “Raio-X Brasil foi o terceiro disco do grupo, lançado em uma festa na quadra de uma escola de samba, onde haviam mais de 10 mil pessoas. Foi um dos disco do quarteto que mais fez sucesso, principalmente em bailes de rap e em algumas rádios. O grupo, embora tenha feito umas pausas, continua em atividade. Mano Brown hoje é um artista respeitado e circula ao lado de outros grandes nomes da nossa música popular. Para quem não conhece a treta, cola aqui, no GTM…
 
introdução
fim de semana no parque
parte II
mano na porta do bar
home na estrada
juri nacional
fio da navalha
agradecimentos
 
 
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Domingos Pecci – Mágoas De Um Chorão Vol. 2 (1966)

 

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Ainda atendendo um pedido especial, vamos com um pouco mais de choro e de quebra ainda tem as valsinhas. É mais ou menos na mesma linha do Jair Pimentel que trago mais uma vez para o nosso Toque Musical, o saxofonista Domingos Pecci. Já havíamos postado dele “Um saxofone no choro”, uma reedição de 1977 de um disco gravado em 60. Agora vamos como “Mágoas de um chorão, vol, 2”, disco lançado pela Chantecler em 1966. Neste lp encontramos também um repertório com composições próprias e de outros autores do universo seresteiro. Confiram…
 
saxofone porque choras
amorosa
teu sorriso
nice
chorando
primaveril
beira-mar
flor de abôbora
cecília
pesadelo
jovina
que noite estrelada
 
 
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Jair Pimentel – E Sua Bossa Em Chorinhos E Boleros (1966)

Bom tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Atendendo aos pedidos de nosso público cativo, temos para hoje um pouco de choros e boleros. E nesse quesito, nada melhor que este disco do multi-instrumentista pernambucano Jair Pimentel, um mestre no clarinete, sax e outros instrumentos de sopro. Aqui temos dele este que foi o segundo lp gravado por ele para a fábrica de discos Rosenblit. Antes, porém, se não me engano, ele havia gravado em 1960, também pela Rosenblit/Mocambo um outro disco, inclusive com o mesmo nome e a mesma capa deste, porém era um disco de 10 polegadas e o repertório é outro. Neste, temos uma seleção onde metade da músicas são de sua autoria, entre choros e boleros. Os arranjos e orquestração são do maestro Nelson Ferreira. Não deixem de conferir…
 
saudades de alagoas
adilia neuza
minha vida é um pagode
sonhando com você
o preço de uma vida
minha vida é você
estrellita
recordar é sofrer
vivo na solidão
agustin lara o inesquecível
 
 
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Os Apaches – 11º Mandamento (1968)

Salve, amigos cultos e ocultos! Seguimos em nosso sortido toque musical, desta vez trazendo um raríssimo lp do grupo Os Apaches, lançado pela Bemol em 1968. Para quem não conhece, este grupo nasceu em Varginha, cidade no sul de Minas. Começaram a se destacar em bailes da região, depois também aparecem em programas de televisão do Belo Horizonte, Rio e São Paulo. Tinham como líder da banda um artista que viria a fazer sucesso a partir dos anos 70,  cantor e compositor Silvio Brito. Já tivemos a oportunidade de postarmos aqui um outro disco do grupo Os Apaches, o segundo lp deles, juntamente com Silvio Brito que daí partiria para seu vôo solo 
“11º Mandamento” foi o disco de estreia deste grupo que nos apresenta um repertório com interpretações de sucessos da Jovem Guarda, músicas internacionais e também composições próprias. Um disco realmente gostoso de se ouvir. Chamo atenção para a música que dá nome ao disco, psicodelia pura, mais uma da ótimas criações do Silvio Brito. Não deixem de conferir no GTM…
 
11º mandamento
e por isso estou aqui
ana
tereza
when summer is gone
pot pourri
sonho de amor
benzinho
líder de landromatic
como é grande o meu amor por você
eu daria minha vida
além
 
 
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O Cacique De Ramos (1964)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! Temos aqui um disco bem bacana, álbum raro e por acaso até bem conhecido do público antenado em vinil e mais ainda os carnavalescos. Mas ainda assim, um disco difícil de se ver por aí, afinal os tinham dando sopa por aí, os gringos levaram. E este é um disco realmente tipo exportação. Difícil não se surpreender com esse batuque… 
Aqui temos o Cacique de Ramos, um dos mais tradicionais e famosos blocos carnavalesco do Rio de Janeiro. Surgiu no início dos anos 60, no bairro da Olaria, como um pequeno grupo para brincar o carnaval. Em pouco mais de três anos de existência, se tornou um grupo no qual participavam mais de mil foliões. Este disco, lançado em 1964 pela RCA Victor foi gravado num momento de maior destaque desse bloco e que o fez se projetar para além do carnaval carioca. Aqui, como destaque em seu repertório de sambas/batucadas temos “Água na boca”, samba que ultrapassou o momento carnavalesco, se tornando um grande sucesso musical dessa agremiação. Confiram este lp no GTM…
 
água na boca
cara de pau
silêncio
tudo de bom
inspiração
meu ex-amor
atabaque no samba
drama do pierrô
coração contente
noite de esplendor
o poeta
fim de carnaval
sessão de ritmo
 
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Cantata Pra Alagamar (1978)

Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Inicialmente, quero agradecer ao pessoal da loja de discos Acervos, em Belo Horizonte, que gentilmente e vez por outra me emprestam discos, como este que hoje apresento a vocês. O mesmo vale para a Discoteca Pública e também o meu bom amigo Fáres. É graças a essa turminha que temos aqui no Toque Musical um leque tão variado de discos. Não esquecendo também outros tantos amigos que nos enviam seus arquivos digitalizados. O que não nos falta é disco, falta somente o tempo para nos dedicar mais.
Então, aqui temos um disco do selo Marcus Pereira. Entre os tantos que foram publicados, este talvez seja um dos mais raro e isso se deve ao fato de seu conteúdo, que é mais documental do que propriamente um disco musical e creio que a temática a qual o lp se trata traz também um fator político que para muitos não é interessante. Daí, vemos que se trata de um disco o qual foi produzido em pequena escala e portanto de edição ainda mais limitada que outros disco do selo Marcus Pereira.
Nos anos 70, centenas de camponeses se concentraram em frete ao palácio do Governo da Paraíba, para protestar, durante a visita do então presidente da República, o general Ernesto Geisel a João Pessoa. Eram representantes de centenas de famílias de lavradores que estavam sendo ameaçadas de despejo das terras onde trabalhavam há mais de 30 anos, na região conhecida como Grande Alagamar, no interior do Estado. Naquela época o governo federal estava implantando as usinas de cana de açúcar para a produção de álcool combustível. A área das fazendas onde moravam e trabalhavam esses agricultores como arrendatários foram passadas/vendidas a investidores que buscavam transforma as áreas em plantações de cana de açúcar. Isso gerou muito conflito com violência, tendo inclusive a intervenção da Igreja em favor dos camponeses…
Este lp nos conta essa história em forma de uma cantata com música e regência de José Alberto Kaplan e texto de Waldemar José Solha. Taí um disco cuja mensagem cabe bem nos dias de hoje, onde esse (des)governo, por trás de muita cortina de fumaça, vem passando a sua boiada, destruindo reservas em favor dos grandes pecuaristas.
 
cantata pra alagamar
 
 
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Jorge Henrique Alan Gordon E Hugo Lander – Cheek To Cheek Nº 1 (1958)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! E aqui vai mais um disco do trio Jorge Henrique, Alan Gordon e Hugo Lander… Para quem acompanha o Toque Musical, deve saber que já postamos aqui dois outros discos desse trio que embalava as noites em boates dos anos 50. Já apresentamos aqui os lps “Dançando Face a Face” e o “Cheek to Cheek Vol. 2”. Agora, nada mais justo que trazermos também o disco inicial, ou seja, o “Cheek to Cheek Vol. 1”. Neste primeiro lp, lançado em 1958 pelo selo Rádio temos um repertório misto formado por ‘standards’ dançantes da música internacional da época, entre ‘fox-trotes’ e boleros, cabendo também composições próprias e sambas. Tudo daquele jeitinho dançante, face a face, a meia luz… Confiram no GTM.

orgulho
amor
smoke gets in your eyes
blue moon
quero-te outra vez
cocktails for two
chamamine
siga
malafemmena
i can’t give you anything but love
embraceable you
saudade
 

Halley Flamarion E Orquestra – Encontro Com Halley (1968)

Boa noite, meus caros e prezados amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa eterna mostra fonomusical e coisa tal… Tenho hoje para vocês uma boa raridade da safra mineira, produção da Bemol. Talvez tenha sido um dos primeiros discos do selo dessa gravadora que também já foi MGL e Paladium. Eis aqui um disco curioso (e bem raro), instrumental, com o pianista e compositor mineiro Halley Flamarion. Halley vem de uma família musical. É primo de Toninho Horta. Sua mãe era violinista. Sua irmã, Júnia Horta, compositora, inclusive já até postamos um disco dela aqui no Toque Musical. Dizem que o interesse por música, de Toninho Horta, começou ouvindo o piano do primo. Halley Flamarion foi uma espécie de garoto prodígio no piano e já nos anos 60 já era um profissional. Em Belo Horizonte tocou em casas noturnas como a memorável boate Monjolo. Fez parte de grandes orquestras de baile como as de Ed Maciel, do maestro Erlon Chaves e do saxofonista Paulo Moura. Acompanhou grandes artistas como Wilson Simonal, Abel Ferreira, Altamiro Carrilho e muitos outros. Participou como pianista em diversas gravações e discos. Foi diretor de musicais como “Hair” e “Pobre Menina Rica”. Ao que consta, continua atuante, vivendo e trabalhando em São Paulo desde os anos 70. Gravou vários discos e ao que parece, este “Encontro com Halley” foi seu primeiro lp. Neste disco ele aparece apenas como intérprete em seu piano, tocando uma série de temas que, por certo, faziam parte de seu repertório na noite. São todas músicas internacionais, exceto “Carolina”, de Chico Buarque. O disco foi lançado em 1968 e como disse traz como curiosidade, na contracapa, uma apresentação do artista em forma de quadrinhos com desenhos feitos pelo então desconhecido Henfil. Interessante, né? Então, vamos conferir…
 
patricia
adieu a la nuit
carolina
freen again
pleasant valley sandy
lonely
noturno
venezia no
achican’t take my eyes off you
o cisne
you only live twince
 
 
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Kengo – Op. I (1993)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Tenho hoje para vocês um raríssimo exemplar do grupo Kengo. Por certo, poucos aqui conhecem este projeto musical que nasceu na cidade de Campinas (SP), no início dos anos 90. O Kengo foi um trio formado por três amigos músicos (Petô no violão, voz e percussão, Thebano Emílio no violão e voz e Helton Barros no contrabaixo acústico). Interessante notar também que eles vieram da área das ciências exatas, dois engenheiros e um físico. Acho que, talvez, por aí se explica o som deles. Era um trio essencialmente acústico e segundo o próprio Thebano um grupo não profissional que atuava para um público ainda restrito. Sentiram a necessidade de registarem em disco suas produções musicais, um trabalho intrigante, com harmonias simples, dissonantes e uma poesia forte e atual. Gravaram então este disco, em 1993, em uma edição independente e limitada. Difícil hoje em dia achar um exemplar. “Op. I” foi lançado na Rádio Nacional, no programa de Luiz Vieira. Teriam conseguido mais divulgação e destaque se logo de início o trio, por contingências outras profissionais, não tivesse sido desfeito. O projeto acabou engavetado e somente agora, a partir de  2020, Thebano Emílio retoma a divulgação de suas criações musicais. Criou um canal no Youtube onde podemos conhecer um pouco mais da história do Kengo e principalmente de sua produção musical autoral. Não deixem de conferir…
 
mãos
normalmente
arautos
pessoas
latrocínio
dias e sonhos
opressão
construtores
tarde de chuva
piratas
 
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Garganta Profunda – Canta Beatles (1993)

Olá amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o grupo vocal  Garganta Profunda, um nome sugestivo para um coral, lembrando que foi também o título dado aqui para aquele clássico do cinema pornô, Deep Throat. Mas, inicialmente, em 1985 o grupo se chamava Orquestra de Vozes A Garganta Profunda e foi idealizado pelos músicos Marcos Leite, Nestor Cavalcanti e Regina Lucatto. O grupo teve desde o início muito destaque, Gravou seu primeiro disco em 86 e foi considerado um dos 10 melhores discos do ano. Gravaram pela Funarte um disco com a obra do compositor Braguinha e também participou do Projeto Pixinguinha, rodando todo o Brasil e garantindo assim uma divulgação nacional. De lá pra cá o Garganta foi se tornando um grupo de grande prestígio. Por ele passaram vozes que depois seguiriam em vôos solos (Paulinho Moska, Ju Cassou, Chamon…) 
Este disco que apresentamos, foi o quarto lp do Garganta Profunda, um trabalho gravado ao vivo e no qual eles apresentam um interessante repertório pautado em músicas de John Lennon e Paul McCartney, ou seja, Beatles. Não tem como não gostar e vocês podem conferir no nosso Grupo do Toque Musical, só para os associados. E quem quiser participar, leia com atenção as informações contidas nos textos fixos da nossa versão filial oficial (www.toque-musicall.com).
 
abertura – hey jude
if i fall
help
when i’m 64
the long and winding road
oh darling
sgt. pepper’s lonely hearts club band
lucy in the sky with diamods
the fool on the hill
imagine
my love
all you need is love
 
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Eduardo Gudin (1973)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguimos nossa trilha fonomusical, desta vez trazendo e mais uma vez o compositor Eduardo Gudin em seu álbum clássico, o primeiro disco solo, gravado em 1973 pelo selo Odeon, onde viria ainda a  gravar mais três discos. Este lp é genial e curiosamente ainda pode ser encontrado por um bom preço, ainda não entrou no grupo dos especulados. Um trabalho totalmente autoral e com a presença de seu habitual parceiro, Paulo Cesar Pinheiro. Os arranjos e orquestração Gudin divide com o maestro José Briamonte e Hermeto Pascoal. Confiram no GTM…
 
olha o que ela fez
a velhice da porta-bandeira
labirintos
sozinho
sem jeito
desperdício
dia de muito é véspera de nada
nem réu nem juiz
choro do amor vivido
deixa teu mal
 
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Frevo Ao Vivo (1975)

Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós… Aqui vai mais um disco o qual teríamos a resenha do companheiro Samuca. Infelizmente ainda não podemos contar com ele, mas estamos daqui com o pensamento positivo, fé em Deus que logo nosso amigo vai sair dessa… :
Seguimos então trazendo um disco do selo Marcus Pereira, sinônimo de excelência no ‘mapeamento’ da cultura musical popular brasileira. É sempre bom divulgar discos dessa produtora/gravadora. E aqui temos um disco de frevo, vibrante, gravado ao vivo… Uma produção do Quinteto Violado, com participação da Orquestra de Frevos do Recife e dos artistas e grupos, Zélia Barbosa, Ray Miranda, Gildo Moreno, Coro de Batutas de São José, Limosine 99 e Cordas Vocais. O evento de resgate do maracatú, do frevo, aconteceu em 1974, no Teatro Santa Isabel, na cidade do Recife. Este disco é um registro deste espetáculo histórico, tão importante para a nossa cultura popular. Quem ainda não conhece, pode conferir no GTM…
 
abertura – orquestra de frevos do recife
último dia – orquestra de frevos do recife
frevança – cordas vocais
história de um diabo… – ray miranda
freio a óleo – orquestra de frevos do recife
reminiscência II – coro dos batutas de são josé
pitombeiras – ray miranda
pinga fogo – zélia barbosa
solavanco – limosine 99
casá, casá – gildo moreno
come dorme – gildo moreno
cobrinha no gramado – gildo moreno
duda no frevo – orquestra de frevos do recife
rei de angola – ray miranda
frevo ao vivo – cordas vocais
relembrando o norte – orquestra de frevos do recife
 
 
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Eugene D’Hellemmes E Sua Orquestra – Requebrando (1957)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Não posso deixar de expressar aqui os meus sentimentos por tanta tragédia que vemos acontecer pelo mundo e em especial aqui no nosso Brasil, por conta dessa maldita pandemia. Digo maldita por ter já me levando embora tantos amigos, parentes e pessoas que admiro. Tudo isso é muito triste e o que mais incomoda é a forma como nosso governo lidou com a coisa. Lamentável, lastimável… revoltante. Só mesmo quem não tem consciência da gravidade do problema é capaz de concordar com as medidas (ou falta delas) catastróficas de um governo genocida que busca salvar a sua economia às custas das vidas de seu próprio povo. É revoltante o que este (des)governo tem feito com seu povo, tratando-o como gado, como rebanho… Gente, isso é muito sério! Como não se revoltar? Como tampar os olhos para um tamanho absurdo desses?? Pior, perceber que muitos brasileiros ainda apoiam essa figura canalha, que não respeita seu povo. Um idiota que deu voz a uma legião de outros idiotas. Não bastasse tanta sujeira por debaixo do tapete, com corrupção, milícias, desmatamento, desmonte da máquina pública, da saúde, da educação… Somos tratados como rebanho, gado, onde os mais fracos vão virando boi de piranha. Mas, pelo jeito não são apenas os fracos que estão sucumbindo nessa pandemia. A coisa já tomou outra proporção, até mesmo quem tem ‘perfil de atleta’ está morrendo. Infelizmente, para uma parcela desse ‘rebanho’ a ficha só vai cair quando sentirem na pele, quando perderem um ente querido, ou mesmo quando já não puderem voltar… 
Amigos, desculpem o desabafo, mas a coisa está feia e a razão pela qual eu inicio este texto para pelos dramas que tenho vivido. Somente nesta semana vim a saber que nosso amigo e colaborador, o Samuca, está internado por conta do Covid e pelo que soube ele também perdeu a irmã. Uma tragédia sem tamanho que se repete a cada dia. Daí a razão pela qual ele sumiu de nossos encontros. Eu, como sempre, envio para ele alguns discos para resenhas, inclusive este que hoje apresento. Seria para ele e por sinal uma dor de cabeça, pois encontrar alguma coisa sobre este maestro, Eugene d’Hellemmes é como procura agulha num palheiro. Realmente, informações sobre o artista e disco não existe e aqui me limito a apenas apresentá-lo a vocês. Eis nessa obscuridade que o tempo criou um disco bem bacaninha, feito para dançar e em ritmos bem brasileiros. Uma seleção muito boa que fica ainda melhor com esta orquestra de alto nível. Só mesmo conferindo…
E fica aqui a nossa força, pensamento positivo para que logo o nosso amigo Samuel Machado Filho se recupere e volte a colaborar com o nosso Toque Musical. 
 
a chuva caiu
a festa da dorinha
nizei
gadú namorando
rio é amor
leva saudade
insensato coração
elegante
 
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João De Aquino – Asfalto (1980)

Como vão, amigos cultos e ocultos? Espero que estejam todos bem, nessa tristeza que chamam Brasil. Está difícil viver nos dias de hoje nesse mundo e mais ainda por aqui. Como diz um amigo, a cada hora piora… Mas não vamos deixar a peteca cair, não iremos nos abater, vamos a luta. Assim que todos estivermos vacinados, vamos para as ruas mostrar o que realmente é um povo unido. Chega desse governo genocida e canalha!
Desculpem, mas a cada dia fico mais indignado… Vamos de música, de discos, de coisas melhores para pensar e ouvir, obviamente. Hoje e mais uma vez por aqui temos o genial João de Aquino. Este já é o terceiro lp dele que postamos no Toque Musical num relativo e pequeno espaço de tempo. Isso se deve ao fato de que o autor do blog aqui gosta bastante do som desse caboclo. João de Aquino, como já disse em outras postagens é um tremendo instrumentista e compositor. Creio que já deu para perceber nos discos já apresentados. “Asfalto”, seu disco de 1980 não soa diferente, muito pelo contrário, a cada obra vão se somando em termos de qualidade e isso sem perder o encanto que sua música nos provoca. Não deixem de conferir…
 
na hora do rush
acústico 1
asfalto
acústico 2
massa real
capela nova
pinote
angola
acústico 3
fundo de quintal
mambola
dá um tempo
acústico
 
 

 

Don Pablito E Sua Orquestra – Rumbas Inolvidables Vol 3 (1964)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não dizer que não falei de Rumba, olha ela aí… Aqui um disquinho bacana com Don Pablito e Sua Orquestra, um pseudônimo, certamente para algum de nossos grandes maestros. Pena eu não ter aqui a mão aquele trabalho do Mauro Loronix sobre os pseudônimos adotados pelos músicos. Enfim, no momento aqui isso é irrelevante, até porque eu estou publicando este post através do celular, daí, já viu, né? Tenho que ser curto e grosso. Temos então um repertório recheado de clássicos para dançar e lembrar… Viva Cuba! Para espantar bolsominions, com certeza! 😉
 
el cumbanchero
danza lucumi
japanese rumba
rumba rumba rumba
el galito kiki riki
los hijos de buda
la mucura
llegô el carnaval
la mulata rumbera
jungle drums (canto karabali)
el baile del sapo
lengua mala
 
 
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Jorge Mello – Besta Fera (1976)

Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Eis que temos para hoje este discaço do Jorge Mello, “Besta Fera”, álbum de estreia lançado em 1976 pela Crazy Recordes. Antes deste lp ele já havia gravado um compacto duplo pela Sinter, em 72. “Besta Fera”, por ser o primeiro e também  já se tornou um disco raro e alguns poucos ainda podem ser encontrados no Mercado Livre. Um trabalho inteiramente autoral de um artista que chegou no Rio de Janeiro no início dos anos 70, junto o Pessoal do Ceará. Hoje, mais que um artista da música consagrado. Jorge Mello é também um artista plástico, escritor e poeta. Precisamos explorar mais a sua discografia, não é mesmo? Confiram no GTM…
 
cigano
trovão
novena
constelações
kitchenet
besta fera
o que pensa você
são paulo zero grau
velho vadio
chuva
conselho de amigo
 
 
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Herman Torres (1980)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Estamos trazendo hoje o cantor e compositor Herman Torres, um nome talvez pouco lembrando, quando não, associado ao grupo pop Gang 90 e As Absurdettes do qual fez parte. Aqui temos dele o primeiro álbum solo, lançado pela Polydor em 1980. Disco produzido por Jairo Pires, arranjos de Lincoln Olivetti e Gilson Peranzetta. Herman Torres ainda conta com um time bacana de músicos que dão trabalho a garantia de um trabalho realmente interessante. Podem conferir…
 
terra firme
saudade
trapaça
lama das canções
peleja
fruta no pé
cobaia
noites de cetim
revoando
fera ferida
 
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Os Mutreteiros Grilados – Coisas Nossas (1972)

Salve, galera! Amigos cultos e ocultos, como vão? Cada dia algo diferente em nosso toque musical. Desta vez vamos de samba neste disco de 1972, “Coisas Nossa”, um lp que reúne um seleto número de sambas que não tem como errar. Tem Jorge Ben, Tom Jobim, Chico Buarque, Sidney Miller, João da Baiana e outros bambas, na interpretação do grupo Os Mutreteiros Grilados, só pelo nome já dá pra ver que é batismo de gravadora, ou seja, é um grupo de estúdio criado para este disco. Na verdade, uma série, que percorre quase todo os anos 70. Taí uma fabricação de gravadora que não podemos reclamar, repertório e grupo da melhor qualidade. Confiram…
 
alô fevereiro
águas de março
batuque na cozinha
quando o carnaval chegar
encabulada
cosa nostra
cabamba
galileu da galiléia
tm a jb
esperanças perdidas
nó na cana
 
 
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Nelson Gonçalves – O Tango (1956)

Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Fiquei meio na dúvida quanto ao disco de hoje, pensei que já o tivesse postado no Toque Musical. Nelson Gonçalves é o cara e sempre que possível ele aparece por aqui… E o disco que apresentamos é uma belezinha, a começar pela capa. Muito boa, não é mesmo? Pois é, neste disquinho de 10 polegadas Nelson Gonçalves segue também investindo no tango, ritmo argentino e na época tão e voga. Neste lp de oito músicas ele interpreta um tango de autores brasileiros, inclusive ele próprio em parceria com Herivelto Martins que por sinal está em quase todas.
Eis um disco já bem badalado e que por certo não poderia deixar de badalar aqui também, né? Confiram no GTM…
 
carlos gardel
hoje quem paga sou eu
a media luz
sempre é carnaval
vermelho 27
amarga confissão
estrelas na lama
esta noite me embriago
 
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Cirino – Estrela Ferrada (1978)

Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Tenho aqui mais um disco, dos últimos enviados pelo meu bom amigo Fares, Cirino e seu álbum “Estrela Ferrada”, lançado em 1978. Este foi o primeiro lp de Wilson Cirino, cantor, compositor e violonista cearense. Disco este dirigido por Jairo Pires e arranjos de Cirino com o pianista e maestro Gilson Peranzzetta. Taí um disco bem bacana, quase todo autoral, hoje um clássico entre os discos de artistas vindos do nordeste. Para quem não conhece, cola lá no GTM…
 
maré de senões
quarto de pensão
a vela e os tubarões
tu me querias pedra
pé de terra
baião do coração
sobrados de aracati
passarinho
chorinho do coração
prá la de cego aderaldo