Olá, amigos cultos e ocultos! Eis aqui mais um álbum dançante, dos muitos lançados pelas gravadoras nos anos 1950/60. É “Mesa de pista número 2”, editado pela Odeon em 1959, com Zezinho e seu conjunto (o primeiro saiu em 1957, com Zezinho à frente dos Copacabana). José Batista da Silva Júnior (seu nome de batismo), também pianista e acordeonista, era pernambucano do Recife, onde fez seus estudos musicais, e veio para o eixo Rio-São Paulo em 1957. Atuou na Rádio Nacional (hoje Globo) de São Paulo como acordeonista do conjunto de ritmos da emissora. Mais tarde, passou a chefiar o conjunto e a dirigir orquestra. Entretanto, devido à mudança de orientação da emissora, a orquestra foi dispensada e Zezinho passou a se apresentar em bailes e boates, além de fazer arranjos para gravações. O disco, como informa a contracapa, reúne uma seleção das músicas mais executadas pelas casas noturnas da época, a pedido dos próprios frequentadores. Entre as faixas, destaque para “Meu limão, meu limoeiro”, um tema folclórico adaptado por José Carlos Burle, que Wilson Simonal reviveria anos mais tarde, “Calado venci” (única parceria de Ataulfo Alves e Herivelto Martins) e ainda para o clássico “Pra machucar meu coração”, do mestre Ary Barroso. No mais, um disco muito bom, que merece o nosso Toque Musical. A conferir no GTM, sem falta.
Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje eu passei o dia dando uma geral aqui no Toque Musical. Olhando para trás, vejo quanta coisa já fizemos. Mas, o que mais me chamou a atenção foram os meus textos de resenha e por consequência os comentários. Meu Deus, quanto amadorismo! Quanta coisa errada eu escrevi, tanto erros bobos de ortografia quanto erros de abordagem e descrição nas resenhas. É certo que no início eu vivia numa corrida contra o tempo, tudo para manter as postagens diárias e no capricho. E para quem não estava muito acostumado com resenhas, principalmente diárias, falhas e erros foi o que não faltou. E os comentaristas, amigos cultos e ocultos, não perdoavam em suas críticas. E estavam certos. Quer escrever, escreve direito, essa é a verdade. E a gente aprende, podem acreditar… Então, hoje tempos uma boa pedida musical, Paulinho da Viola e o Conjunto A Voz do Morro. Eu tinha, para mim, que este disco já havia sido postado aqui no Toque Musical. Porém, hoje percebi que não e assim sendo, chegou a sua hora. Por certo, não se trata de uma raridade ou novidade no mundo dos blogs. Muitos já o postaram e talvez tenha sido por isso mesmo que eu o deixei de lado. Mas como deixar de lado um disco tão bacana? Este lp foi lançado originalmente em 1965, mas em 73 ele voltou a ser relançado com essa nova capa. Aqui temos o grande Paulinho da Viola juntamente com o conjunto A Voz do Morro foi um grupo organizado por Zé Kéti, conforme nos conta a lenda, a pedido da gravadora Musidisc. Ele reuniu um time de sambistas da pesada com alguns integrantes do musical Rosa de Ouro. O conjunto era formado por Anescarzinho do Salgueiro, Elton Medeiros Jair do Cavaquino, Nelson Sargento, Oscar Bigode, José da Cruz, o próprio Zé Kéti e o jovem Paulinho da Viola. O lp é recheado de uma das melhores safras do samba carioca. O disco saiu, originalmente pelo selo Musidisc, em 65, mas em 73 ele foi relançado, desta vez pelo selo RCA, quando então Paulinho da Viola já tinha se tornado uma grande estrela da MPB. E por conta dessas e de outras, apareceu com uma nova capa e o nome de Paulinho em destaque. Creio que não há muito o que se falar deste trabalho, pois todo mundo já o conhece bem. E assim sendo, só me cabe mesmo a postagem. Um lp da melhor qualidade que você não pode perder. Confira no nosso GTM.
Sem dúvida um trombonista que marcou época em nossa música popular, Raul de Barros (Rio de Janeiro, 25/11/1915-Itaboraí, RJ, 8/6/2009) volta a bater ponto aqui no Toque Musical. Desta vez, trazemos para nossos amigos cultos e ocultos “Sonho e animação em ritmo de dança”, álbum lançado pela Odeon em 1960. Nele, à frente de seu conjunto, Raul sola clássicos nacionais e internacionais com muita propriedade, provando que era mesmo um trombonista nota 10. No repertório temos, entre outras, “Quiereme mucho”, “No rancho fundo”, “Tudo ou nada”, “Hymne a l’amour” e também um tema erudito, a “Valsa do adeus”, de Chopin, em ritmo de bolero. Conforme diz a contracapa, Raul de Barros se supera neste disco, fazendo dele puro divertimento para nós. É mais um ótimo disco dele que o TM oferece, com a satisfação de sempre. Não deixem de conferir no GTM.
Boa noite prezados amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais uma artista, a qual caberia aqui no nosso Toque Musical toda a discografia, a magnífica Elizeth (ou Elizete) Cardoso. Assim, sempre que possível, vamos ter um disco dela em nossas postagens. Desta vez temos o lp de 1965, homenagem ao quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro, “Quatrocentos Anos de Samba”, nome também da música que abre o disco, composição de Luiz Antonio, que está presente em mais três faixas desse lp. Tem também o ótimo samba de Zé Keti, “O Meu Pecado”, também gravado por Paulinho da Viola. O disco tem um repertório muito bom, porém, em pleno 1965, parece ter sido gravado dez anos antes, com arranjos e orquestrações um tanto antiquadas, penso eu. Mas Elizeth é sempre Elizete e isso é oque importa. Confira no GTM.
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje tenho a satisfação de trazer aqui mais um disco da Ely Camargo. De vento em popa, logo podemos ter toda a sua discografia aqui. E isso, por certo, só acontece a alguns poucos artistas, os quais acreditamos terem em toda sua trajetória uma discografia impecável. E Ely é, sem dúvida um exemplo. Este disco foi postado originalmente no excelente blog Cantos & Encantos, que hoje, infelizmente, já não existe mais. Pelo jeito, poucos blogs ainda resistem ao tempo, como o nosso Toque Musical. Como estamos vivendo um momento adverso em nossas vidas, por conta do tal vírus, eu estou sendo obrigado a buscar, eventualmente, discos de postagens de outros blog. Muitos desses discos eu até os tenho, mas literalmente é uma mão na roda já encontrar a coisa pronta e não foi atoa que guardei tudo em meus arquivos. Agora estão aí, valendo novamente, para a alegria de todos que não conseguiram buscar o seu. Acho que não preciso entrar em detalhes sobre este lp, lançado em 1968 pelo selo Chantecler. A contra capa já diz tudo. Um passeio pelo rico folclore brasileiro, um leque com diferentes tipos de manifestações musicais. Confiram essa belezura no GTM.
Olá, reclusos amigos culto e ocultos! Espero que estejam todos bem. Fique em casa! Aproveite o tempo para visitar e explorar as postagens do nosso Toque Musical. Música é sempre uma boa distração. E aqui isso não falta, tem para gregos e troianos. 😉 Vamos hoje com o Conjunto Baluartes, grupo produzido por Hélcio Milito, do Tamba Trio no qual trazia em sua formação os grandes ritmistas Eliseu, Luna, Marçal, Dotô, Armando e Toninho. “Nira Gongo”, o nome do disco, é uma referência a um vulcão que existe no Congo africano, no Monte Nyiracongo. Segundo o texto de contracapa o nome simboliza a explosão rítmica de uma raça predestinada para o som. E o disco procura seguir nessa linha, mas é um trabalho essencialmente de samba, um samba de exportação. Este lp é hoje uma raridade, difícil de de achar em sebos e feiras de vinil e quando encontra custa os olhos da cara. Este é mais um disco bem rodado e conhecido do nosso público e agora está marcando presença em nossa praça. Se ainda não conhece, confira o arquivo no GTM. Já está lá esperando por vocês 😉
Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Espero que todos estejam bem, em suas casas, ou em qualquer outro lugar, mas seguros, longe de qualquer forma de contágio com esse vírus que está mudando a rotina de todos nós. Sejamos pacientes, resistentes e confiantes. Tudo isso irá passar. Tenhamos fé! Hoje estamos trazendo um disco para quem gosta de orquestras e também de músicas de festivais. Temos aqui uma produção do selo Copacabana realizada em 1968. Um disco que reúne músicas selecionadas do II Festival Internacional da Canção e do III Festival da Música Popular Brasileira, realizados pela antiga TV Record, de São Paulo. Trata-se de um disco instrumental orquestrado, tendo a frente os arranjos e regência do Maestro Renato de Oliveira. Confiram este lp no GTM…
Iolanda Ribeiro Angarano, aliás Zilá Fonseca (São Paulo, 12/4/1919-Rio de Janeiro, 30/5/1992), bate ponto novamente aqui no Toque Musical. Desta vez, oferecemos a nossos amigos cultos e ocultos um álbum em que ela recorda sambas clássicos de nossa música popular. É “Sambas da saudade – volume 2”, lançado em 1958 pela Columbia, hoje Sony Music, ainda no formato de dez polegadas. O disco tem um repertório excelente, que dispensa comentários. Estão nele verdadeiras joias do samba brasileiro, tais como “Se acaso você chegasse”, “Agora é cinza”, “Diz que tem” e “Implorar”. Sem sombra de dúvida, é mais um trabalho que merece figurar em nosso Toque Musical. A conferir no GTM, sem falta.
Olá amiguinhos cultos e ocultos! Como disse anteriormente, estou sem condições para digitalizar e postar novos/velhos discos por conta da quarentena. Mas irei aqui postando outras coisas que foram aparecendo ao longo do tempo. Trato então, dessa forma, essa curiosidade que cairá muito bem por aqui. Aliás, há tempos eu deveria ter postado isso, mas como até então todos os blogs e sites já o haviam postado, eu acabei deixando de lado. Enfim, como dizem, toda araruta tem seu dia de mingau. Por certo, o que temos aqui não é nenhuma araruta, mas o mingau é bom 😉 Temos aqui um registro de encontro entre Tom Jobim e o americano Frank Sinatra. Reza a lenda que essa gravação, que foi um disco, lançado em 1969. Porém, por alguma razão, Frank não gostou do resultado e o disco foi recolhido do mercado. Por certo, ao recolherem a edição, devem ter esquecido a versão em cartucho, uma espécie de fita cassete que foi muito comum nos EUA. Usavam muito esse tipo de fita para aparelhos tocadores de automóvel. Todo Cadillac que se preze tinha lá um tocador de cartucho. Aqui no Brasil essa onda não pegou. O certo é que poucas dessas fitas ficaram guardadas, até que em 2006 algum maluco pagou 4500 dólares por ela. A primeira vez que tive notícias disso foi no blog do Zecaloro, o Loronix. Certamente, muitos dos que acompanham nossos blogs já conhecem a raridade. Enfim, chegou a nossa vez. Taí, o nosso toque musical e você pode buscá-lo no GTM, ok?
E o carnaval continua no Grand Record Brazil, em sua edição número 155. Nesta e na próxima edição, apresentaremos sambas que fizeram sucesso na folia de Momo. Abrindo este volume, Linda Batista interpreta “Me deixe em paz”, de Monsueto e Ayrton Amorim, aliás o primeiro sucesso de Monsueto como compositor e um dos campeões do carnaval de 1952. Gravação RCA Victor de 6 de agosto de 51, uma segunda feira, lançada ainda em outubro sob número de disco 80-0825-A, matriz S-093017. Em seguida, Francisco Alves canta “Izaura”, de Herivelto Martins e Roberto Roberti, sucesso do carnaval de 1945. Gravação Odeon de 13 de novembro de 44, outra segunda-feira, lançada um mês antes da folia, em janeiro, com o número 12530-A, matriz 7700. O Rei da Voz também interpretou a composição no filme “Pif-paf”, da Cinédia. Na faixa 3, Gilberto Alves canta “Chorar pra quê?”, de Pereira Matos e Oldemar Magalhães, do carnaval de 1948. Gravação RCA Victor de 13 de setembro de 47, um sábado, lançada ainda em novembro com o número 80-0549-B, matriz S-078781. Em seguida, duas faixas com Carlos Galhardo, “o cantor que dispensa adjetivos”. A primeira é “Você não é…”, de Benedito Lacerda e Darcy de Oliveira, do carnaval de 1937. Gravação Odeon de 31 de outubro de 36, outro sábado, lançada ainda em dezembro com o número 11421-B, matriz 5432. A outra é “Comício em Mangueira”, de Wilson Batista e Germano Augusto, do chamado “carnaval da vitória”, o de 1946, assim chamado por ter sido o primeiro após o fim da Segunda Guerra Mundial. Gravação Victor de 18 de outubro de 45, uma quinta-feira, lançada ainda em dezembro sob número 80-0360-B, matriz S-078321. Na faixa 6, volta Francisco Alves, desta vez cantando “Uma apresentação”, da dupla Paquito-Romeu Gentil, sucesso do carnaval de 1949. Gravação Odeon de 29 de novembro de 48, uma segunda-feira, lançada um mês antes da folia, em janeiro, sob número 12908-A, matriz 8458. Na faixa 7, Orlando Silva, “o cantor das multidões”, interpreta “Orgia” (o título é uma gíria então corrente para designar baile ou samba), de Waldemar Costa e Valdomiro Braga, do carnaval de 1936, acompanhado pela orquestra Diabos do Céu, de Pixinguinha. Gravação Victor de 18 de dezembro de 35, uma quarta-feira, lançada um mês antes da folia, em janeiro, sob número 34006-A, matriz 80056. Em seguida, J. B. de Carvalho “o batuqueiro famoso”, canta “Partiu… para onde não sei”, de Henrique Mesquita e Felisberto Martins, do carnaval de 1941. Gravação Odeon de 17 de outubro de 40, uma quinta-feira, lançada um mês antes da folia, em janeiro, sob número 11946-B, matriz 6481. Na faixa 9, Risadinha interpreta “Meu primeiro amor”, de J. Piedade, Sebastião Gomes e Oswaldo Silva, do carnaval de 1951. Gravação Odeon de 5 de outubro de 50, uma quinta-feira, lançada ainda em dezembro sob número 13068-B, matriz 8809. Na faixa 10, Dircinha Batista canta “Entrego a Deus”, do carnaval de 1949, de autoria da dupla Haroldo Lobo-Mílton de Oliveira, por sinal responsável por muitos êxitos na folia de Momo. Gravação Odeon, feita em pleno dia de Finados de 48 (2 de novembro, uma terça-feira), e lançada um mês antes da folia, em janeiro, sob número 12911-B, matriz 8462. Para finalizar, Francisco Alves interpreta outro sucesso do carnaval de 1949: “Maior é Deus”, de Felisberto & Fernando Martins. Gravação Odeon, feita na mesma sessão de “Uma apresentação” e lançada no lado B do mesmo disco, matriz 8459. E, no próximo volume, apresentaremos mais sambas de sucesso nos carnavais.
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje trazemos o primeiro LP, em dez polegadas, de um dos maiores violonistas que o Brasil já teve: Antônio Rago. Ele nasceu em São Paulo, no dia 2 de julho de 1916, filho de imigrantes italianos. Desde criança interessou-se por música. Começou a tocar violão aos 14 anos e, em 1933, iniciou seus estudos de violão clássico com o professor Melo. Em 1936, começou sua carreira artística fazendo parte do regional de Armandinho, com o qual, e mais Zezinho, mais tarde conhecido como Zé Carioca, formou o trio de violões. Atuou com sucesso na Rádio Record e também na Rádio Belgrano de Buenos Aires, acompanhando o cantor Arnaldo Pescuma em excursão que se estendeu até o Uruguai. Em 1937, retornou ao Brasil e foi trabalhar na recém-inaugurada PRG-2, Rádio Tupi de São Paulo, com Zezinho e seu conjunto. Ao longo dos anos, acompanhou artistas como Sílvio Caldas, Francisco Alves e Aracy de Almeida. Gravou seu primeiro disco em 1943, época em que passou a dirigir o regional da Tupi, interpretando ao violão duas composições de sua autoria, o choro “Chorando” e a valsa “Velhos tempos”. Em 1947, passou a ter o próprio regional, que, em 1950, recebeu o Troféu Roquette Pinto como melhor daquele ano. Em 1952, ingressou na Rádio Nacional de São Paulo, hoje Globo. Em meados dos anos 1960, quando seu regional perdeu força, passou a produzir programas de rádio em diversas cidades paulistas, entre as quais Santos e Campinas. Como compositor, teve mais de 400 músicas gravadas, e foi ainda um dos responsáveis pela introdução do violão elétrico no Brasil. Antônio Rago faleceu em 24 de janeiro de 2008, em sua São Paulo natal, aos 91 anos de idade. Neste LP, lançado pela Continental em 1957, estão oito de suas composições mais expressivas, entre elas a faixa-título, “Jamais te esquecerei”, um bolero lançado originalmente em 1947 e que permaneceu por cerca de um ano nas paradas de sucesso, tornando-se fenômeno de popularidade. Tem ainda “O Barão na dança”, “Folinha”, “Mambo na Glória”, “Festa portuguesa”, “Encantamento”, “Mentiroso” e “Em tuas mãos”, em uma seleção que vale a pena ouvir. Portanto, este é mais um trabalho que merece o nosso Toque Musical. Não deixem de conferir no GTM.
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje e mais uma vez eu tenho a satisfação de trazer até vocês o genial Tamba Trio, formado por Luiz Eça, Helcio Milito e Bebeto Castillo, um dos mais importantes grupos instrumental/vocal brasileiro. E aqui temos eles num disco feito exclusivamente para o público argentino. Lançado em 1975 pela RCA, produzido em parceria com a antiga companhia aérea Varig. O lp foi lançado na Argentina, quando o Trio se apresentou por lá. Reúne doze músicas famosas de seu repertório. Os títulos estão todos em espanhol como convém a todo disco estrangeiro que são editados por lá. Confiram mais essa produção no nosso GTM. Vale a pena..
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje vamos de bolero e mais uma vez com o lendário Trio Irakitan, grupo vocal muito querido por aqui, tanto que deles já postamos vários outros discos. E desta vez temos para vocês o lp de 64, “Boleros e Vozes Que Agradam Milhões”. Um álbum onde temos uma seleção de clássicos do gênero em versões para o português. Confiram este disco no GTM.
Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Hoje e mais uma vez temos aqui a figura de Hermílio Belo de Carvalho. Postamos, logo no primeiro dia do ano um outro disco dele, de 1974 e agora trazemos ele de volta no lp duplo, lançado meio que de forma independente pela Tycoon Produções Artísticas. Como já disse, Hermínio é tremendo letrista e inigualável produtor, poeta, compositor, escritor…. Seu nome está presente em boa parte dos melhores trabalhos fonográficos e musicais realizados nos anos 60, 70, 80 e 90 (isso para não falarmos dos anos dois mil). Hermínio tem uma longa ficha, um currículo invejável e na música, na área de criação se destaca pelas inúmeras parcerias. Entre os seus parceiros estão nomes como Chico Buarque, Pixinguinha, Radamés Gnattali, Paulinho da Viola, Francis Hime, Cartola, Baden Powell, Elton Medeiros, Martinho da Vila, Rildo Hora, Sueli Costa e mais um montão de outros compositores da melhor música do mundo, a brasileira. Neste lp duplo temos uma série de músicas nas quais ele foi o letrista.. O álbum se divide em dois momentos, o “Pulsando Hoje” e o “Pulsando Ontem”, ou seja, um disco com velhas parcerias e outro com as novas, sendo que muitas dessas novas são, na verdade, músicas também antigas as quais ele criou as letras. Interpretando essas canções temos uma dezena de cantores e até o próprio Hermílio cantando. Se não estou enganado, creio que este e os primeiros discos dele foram lançados há algum tempo atrás na versão cd em um único box. Confiram essa pérola no GTM.
estrada do sertão – tetê espíndola
fundo de quintal – alaide costa
eu não sou flor que se cheire – nora ney
noites cariocas – ademilde fonseca
rama de nuvens – zé renato
pintou e bordou – nara leão
prelúdio da solidão, prelúdio n. 3 – nana caymmi
valsa da solidão – elizeth cardoso
advertência – hermíno, maurício carrilho e clementina de jesus
samambaias – zezé gonzaga
patuá – clementina de jesus, herminio, elza soares e marlene
ando cismado – herminio e ismael silva
clementina de jesus – clementina de jesus
rosa de ouro – araci cortes, clementina de jesus e os cinco crioulos
folhas no ar – elizeth cardoso
sei lá, mangueira – odete amaral
alvorada – clara nunes
isso é que é viver – elzeth cardoso
desolação – ciro monteiro
senhora rainha – altemar dutra
mudando de conversa – doris monteiro e lúcio alves
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Revendo as coisas aqui, percebo que poucas foram as vezes que postamos aqui discos relacionados ao Candomblé e a Umbanda. Acho que isso se dá muito pelo fato de que poucos foram os meus acessos a esses tipos de discos. Aliás, me parece que boa parte dos discos de Umbanda são produções independentes, ou circulavam só nas mãos e vitrolas de quem é de fé. Há um blog bem legal chamado “Discos de Umbanda”, onde se pode encontrar muita coisa. Este, “Pai João D’Angola” que apresento aqui, por acaso, eu não vi por lá. Então vamos que vamos… Disco do selo Caritas, provavelmente lançado no final dos anos 60. Replico aqui um trecho do texto da contracapa para fechar o toque: “A presente gravação foi realizada com a colaboração da Tenda Virgem Maria, de Belo Horizonte, dirigida pelo zelador de Santo, Dorico, nome por demais conhecido no rádio mineiro desde 1946 e muito mais ainda na Umbanda, onde pontifica há longos anos, filho de Santo que é, de Tancredo da Silva Pinto, Dig Presidente da Confederação Umbandista do Brasil.” Confiram no GTM…
Boa noite, amiguíssimos cultos e ocultos! Já que entramos na bossa, aqui vai mais uma super bacaninha que há tempos estou para postar. Trago desta vez um clássico dos obscuros, quer dizer, um dos muitos discos de bossa, jazz e sambalanço lançados nos anos 60, cujo os artistas são apenas nomes criados para dar vida a uma produção musical. No caso aqui, temos este lp, “Balanço e Bossa Nova”, lançado pelo pequeno selo Musiplay. Nele encontramos um repertório de primeiríssima, com o que havia de mais moderno naquele momento em termos de música popular brasileira, a Bossa Nova. Certamente, para essa produção, foram recrutados músicos de peso, artistas que talvez por conta de contratos com outras gravadoras não podia ter seus nomes creditados no álbum. Daí, surgiam grupos com esses, Ritmistas da Bossa. Naquele tempo a obra era mais importante que o artista e isso é um fato, basta ler o texto de contracapa deste disco. Há alguns anos atrás este e outros discos como Os Azes da Bossa, Orquestra Moderna de Samba, Conjunto Sambossa, Bossa Brass e outros.., foram relançados em cd pela editora Discobertas num box intitulado 50+5. Esse box ainda pode ser encontrado para venda em diversos sites e por um bom preço. Confira no GTM e corra atrás do 50+5. Vale a pena… 😉
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vocês que acompanham as postagens sabem o quanto gostamos do Trio Surdina por aqui. Já postamos vários discos desse trio, que ao longo de sua existência teve em sua formação diferentes instrumentistas. Neste disco de 63, após um hiato, eles marcam um retorno com uma tremenda escalação: Waltel Branco no violão, Patané no violino e Chiquinho do Acordeon, membro da formação original (que antes era Fafá Lemos, Chiquinho e Garoto). Desta vez o Trio Surdina vai de Bossa Nova e para engrossar o caldo contam ainda com Rubens Bassini, na percussão, Plínio, na bateria e Ary Carvalhaes, no contrabaixo. O repertório é fino, com arranjos sofisticados do mestre Waltel Branco. Não bastasse, trata-se de uma produção da Musidisc. Gravação impecável em um dos primeiros discos estéreo fabricados no Brasil. Confiram essa joinha no GTM.
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Fugindo um pouco do habitual, tenho para hoje um disco estrangeiro. Como todos devem saber, vez por outra eu gosto de postar aqui discos e artistas internacionais. Antes eu o fazia atento ao fato de ter o disco alguma ligação com o Brasil. Hoje em dia não me preocupo mais com isso, cheguei até a criar na ‘semana temática’ um espaço para discos internacionais. Assim, eventualmente, teremos sempre alguma surpresa. E para o momento, trago a vocês um cantor português, o fadista Carlos do Carmo, um artista da ‘terrinha’ que iniciou sua carreira no início dos anos 60. Seu pai era proprietário de uma das mais importantes casa de fado de Lisboa, O Faia. Ao tomar a gerência da casa, após a morte do pai, Carlos passa também a cantar para os clientes e amigos. Tomou gosto pela coisa e a partir de 64 assume de vez a carreira artística. Como cantor recebeu inúmeros prêmios, gravou dezenas de discos e ao que consta, continua ativo como cantor. Neste lp que agora apresento, temos o artista indo além do tradicional fado. Aqui encontramos um repertório de música popular, onde ele canta canções românticas, mas também há espaço para o velho e bom fado. Ele vem acompanhado pela orquestra do maestro Jorge Costa Pinto. Ora, pois, pois… Confira agora e não deixem pra depois. Tá no GTM, ok? 😉
No dia 21 de fevereiro deste ano, às vésperas do carnaval, o Brasil perdeu uma de suas melhores cantoras. Claudia Telles de Mello Mattos foi-se aos 62 anos, em seu Rio de Janeiro natal, vitimada por insuficiência cardíaca e disfunção da válvula aórtica, causadas por endocardite. Instrumentista e compositora, além de cantora, Claudia Telles, de ascendência portuguesa e francesa, nasceu em 26 de agosto de 1957, filha do violonista, compositor e advogado Candinho, e de uma das precursoras da bossa nova, a também cantora Sylvia Telles. Ainda menina, foi convidada pela mãe para subir ao palco do Teatro Santa Rosa, no último show da temporada do espetáculo “Reencontro”, que reuniu Sylvia Telles, Edu Lobo, Tamba Trio e Quinteto Villa-Lobos, para cantar “Arrastão”, parceria de Edu com Vinícius de Moraes. Ficou órfã de mãe aos nove anos, tendo sido criada por seus avós maternos, e teve pouco contato com o pai. Aos 16 anos, após ter perdido os avós, foi viver sozinha no apartamento que era de sua mãe, em Copacabana. Nesta época, trabalhava em musicais no teatro. Nossa focalizada iniciou sua carreira fazendo coro para artistas famosos em suas gravações, entre eles Roberto Carlos, os Fevers, Fafá de Belém, José Augusto, Gilberto Gil, Simone, Jorge Ben (depois Ben Jor), Simone, Belchior e Rita Lee. Foi ainda “crooner” do conjunto de Chiquinho do Acordeom, um dos mais conceituados de sua época, durante um ano. Em 1976, saía seu primeiro disco, pela CBS, um compacto simples cuja faixa principal era a balada romântica “Fim de tarde”, de Mauro Motta e Robson Jorge. A música foi o primeiro grande sucesso de Claudia, e o disco vendeu mais de 500 mil cópias. Em 1977, gravou seu primeiro LP, onde, além de “Fim de tarde”, vieram dois outros hits, “Eu preciso te esquecer” e “Aprenda a amar”, além de uma regravação de “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, em homenagem à mãe, Sylvia Telles. Em seus shows, Claudia Telles cantava do samba ao bolero, além da Bossa Nova, sua paixão. Em entrevista, aliás, no início dos anos 1980, expressou o desejo de reviver em disco os sucessos do movimento, considerado o maior da história da música brasileira, o que seria também um tributo a sua mãe, mas a ideia nunca saiu da gaveta. Claudia era separada e teve três filhos homens, que não seguiram a carreira artística. Da discografia de Claudia Telles, o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos o terceiro LP, lançado pela CBS em 1979. Produzido por Fernando Adour, com arranjos de Eduardo Souto Netto, Eduardo Lages e Lincoln Olivetti (este na faixa “Só de você”, da própria Claudia em parceria com Mauro Motta), o disco tem onze faixas, e nele predomina o estilo romântico que celebrizou a intérprete. Há ainda uma regravação de um sucesso da mãe Sylvia, “Demais”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, e participações especiais de Guilherme Arantes (piano na faixa “Esse amor existe”, de autoria dele próprio) e do saxofonista Ricardo Pontes (na faixa “Acaba de acontecer”). Renato Teixeira, autor do clássico “Romaria”, aqui comparece com “Quarto de motel”, parceria com Eduardo Souto Netto. Tudo isso e muito mais, em uma justa homenagem póstuma que o TM presta a Claudia Telles, sem dúvida uma perda irreparável para nossa música popular. É ir ao GTM e conferir.
Olá, amigos cultos e ocultos! Vez por outra tenho eu trombado com este disco, o “Fera Solta” e não é de hoje. A primeira vez que vi, achei que fosse um disco de rock, pois a capa e o título são bem sugestivos. Como disse, eu vi, apenas vi e não o ouvi. Foi só mesmo passado os anos que vim a conhecê-lo. Confesso que na primeira audição eu não gostei muito, achei meio pop, ou talvez tenha criando uma outra expectativa, até porquê eu já conhecia um pouco o trabalho de alguns dos artistas que são mineiros. Fernando Bocca, o grupo Pendulum, Antonio Bahiense, Abner e Luiz Ouro Preto são os artistas que fazem parte dessa cooperativa. Uma produção que ficou a cargo do Fernando Bocca e direção de Osmar Zan (filho do acordeonista e também produtor Mário Zan) para o selo Brasidisc. Na internet há pouquíssimas informações sobre este disco e também sobre seus artistas. Mesmo sendo aqui de Minas, artistas que compunham a cena musical de Belo Horizonte, pouco consegui de informação sobre eles. Bocca, infelizmente faleceu, creio que ainda nos anos 90. O grupo Pendulum está na ativa desde os anos 70 se apresentando em casas noturnas e bailes. Antonio Bahiense era um publicitário que trocou o desenho pela música, sendo ainda hoje um cantor da noite. Abner (Nascimento) era parceiro de João Boamorte, hoje atende pelo nome artístico de Biné Zimmer e Luiz Ouro Preto, infelizmente não achei nada sobre ele… Mas estão aqui, presentes nesse álbum chamado “Fera Solta”, cujo o lançamento, se não me engano, foi em 1983. Melhor que ficar tentando explicar é ouvir o que eles tem para tocar. Confiram o áudio no GTM.
Olá, amigos cultos e ocultos! Que tal este lp, do selo Musidisc, trazendo os seus melhores do ano? Do ano de 1963! Que fique claro, hehehe… Pois é isso mesmo… Aqui uma seleção promocional do selo/gravadora comandado por Nilo Sérgio, a Musidisc. Nessa época, uma das melhores etiquetas fonográficas, cujo os lançamentos eram de altíssima qualidade a começar logo pela capa, sempre material e arte de primeira, coisa que nem todas as outras gravadoras se preocupavam. Neste disco, cujo sentido é mais promover seus artistas e lançamentos, temos três grandes nomes: Ed Lincoln, Marília Batista e Pedrinho Rodrigues numa seleção musical extraída de seus discos originais. Confiram essa amostragem no GTM.
Boa noite prezados amigos cultos e ocultos, tudo bem? Por certo, nem tanto, mas ‘vamos levando’, nesse Brasil dominado por milicianos e canalhas… mas não vou falar disso. Vou repetir uma postagem…
Hoje nossa trilha musical vai ser o jazz. Tenho para vocês este maravilhoso disco do guitarista americano, Joe Pass, reconhecidamente um dos maiores nomes do jazz internacional. Um guitarista dos mais interessantes, dono de um som cristalino e redondo nas cordas, que fez escola. Na verdade, pelo título do álbum, fica claro que se trata de um disco não apenas de Joe Pass, mas também do percussionista Paulinho da Costa e dos demais, Claudio Slon, Octavio Bailly, Oscar Castro Neves e Don Grusin, figurinhas emblemáticas do ‘latin jazz’ e outras bossas. Um álbum inspirado, com um repertório essencialmente de compositores brasileiros como Tom Jobim, Marcos Valle, Menescal e Boscoli, Luiz Bonfá e outros… Este lp foi lançado pela Pablo Records em 1978 e segundo o produtor, Norman Granz, a ideia da gravação veio depois que Joe Pass esteve no Brasil, no Carnaval de 77 e ficou encantado como os ritmos, principalmente o samba. Juntou-se à Paulinho da Costa, outro artista da mesma gravadora, considerado até então (e por eles americanos) o maior percussionista brasileiro. Este por sua vez recrutou os demais instrumentista, conhecedores nato (ou quase) da música brasileira. Todos, artistas tarimbados, brasileiros, americano e argentino. Segundo Norman, nas palavras de Joe Pass este foi o disco mais caloroso e melódico que ele gravou. E deve ser mesmo, afinal a música brasileira é a melhor do mundo, porque sintetiza o nosso espírito alegre e sabe absorver o dos outros e sem preconceitos. Como diz a minha secretária doméstica, é tudo de bom! Tudo bem!
Olá, amigos cultos e ocultos! Depois do álbum “Viola, minha viola”, a cargo do violeiro Moreno (Pedro Cioffi, Machado, MG, 27/11/1925-Poços de Caldas, MG, 14/12/1995), o TM apresenta mais um disco dele, agora em dupla com o irmão Moreninho (João Cioffi, Machado, MG, 29/9/1927-Campinas, SP, 23/4/2008). É “Bandeira de Santos Reis”, originalmente lançado pela Copacabana em 1979, e aqui em uma reedição de 1991, com o selo Sabiá. Como vocês já sabem, Moreno e Moreninho foram os primeiros a divulgar pelo rádio a música folclórica brasileira, o que antes só era feito pelos foliões, nas Congadas e Folias de Reis. Eles chegaram a se apresentar no Teatro Municipal de São Paulo, em 1954, com um grupo folclórico autêntico, feito inédito na música caipira. E foi com um repertório voltado para o nosso folclore, além da autêntica moda de viola, que a dupla construiu toda a sua carreira. Esta vem a ser a característica fundamental deste disco, que apresenta faixas como “Bandeira do Divino”, “Natal, Natal” e “Encontro do presépio”. Enfim, mais um ótimo trabalho que o TM oferece a vocês. Não deixem de conferir no GTM.
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje temos um toque mais que musical, e também literário. É um disco em que Maria Lúcia Godoy (Mesquita, MG, 2/9/1924), uma de nossas maiores cantoras líricas, acompanhada ao piano por Murilo Santos, interpreta poemas de Manuel Bandeira (Recife, PE, 19/4/1886-Rio de Janeiro, 13/10/1968), musicados por grandes compositores, tais como Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone e Jayme Ovalle. O álbum foi lançado pelo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro em 1966, em homenagem aos 80 anos de Manuel Bandeira, possui texto de contracapa escrito por Paulo Mendes Campos, e foi gravado nos estúdios da Musidisc de Nilo Sérgio, que cedeu o teipe para o MIS. Sem dúvida, a melhor homenagem que Manuel Bandeira poderia receber pelo seu octagésimo aniversário, pois a excelência dos poemas e das melodias, aliadas à impecável interpretação de Maria Lúcia, recomendam mais esta postagem do TM. Na definição de Paulo Mendes Campos, “um disco que pertence à música do mundo”, e que vale a pena conferir no GTM, sem falta.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Estamos há mais de uma década postando discos dos mais diversos, raros e esquecidos. Trazendo de bandeja coisas que muitas vezes vocês conheceram aqui. Tudo sempre bacana, no capricho e com qualidade. Por certo, temos aqui muitas falhas e erros e ao longo do tempo nosso trabalho foi amadurecendo. Melhoramos os textos, procurando ser mais que um toque musical pessoal. Somos hoje talvez um dos poucos e focados blog de música. Por conta de diversos inconvenientes, assumimos uma postura mais fechadas, limitada a um grupo. Criamos assim o Grupo do Toque Musical, onde os associados podem buscar os links referentes aos títulos postados. Quem frequenta com regularidade nosso espaço já sabe que mesmo no grupo os links tem prazos de validade, geralmente de três a seis meses. E que fique ‘cristalino’, não há renovação de links! Falando do disco do dia, temos aqui, mais uma vez, o genial Antonio Adolfo com seu álbum “Cristalino”, lançado em 1989. Um disco de produção inicial independente, gravado no Estúdio Chorus. Mais um belíssimo trabalho autoral, de música instrumental e contando com um time de instrumentistas de primeira linha. Repertório bacana no qual cabe até uma nova e bela versão para um de seus temas clássicos, a composição “Sá Marina, feita em parceria com Tibério Gaspar. Confiram mais esse ‘brazuca’ no GTM…
Prezados, amigos cultos e ocultos, seguindo em nossa insana proposta fonomusical, tenho para hoje um delicioso apelo instrumental. Um disco para quem gosta de violão. Aqui temos “Violões Ao Luar”, de dois grandes violonistas mineiros, José Vieira e Sebastião Idelfonso, num lp lançado pela Bemol em 1975. Os dois violonistas apresentam neste lp 12 temas autorais. Tocam acompanhado de um terceiro violão, Orlando Pereira, filho de Sebastião Idelfonso. Juntos, eles dão um verdadeiro show. Infelizmente, o disco apresentava alguns riscos que em alguma faixas pode incomodar. Na falta de lago melhor, vamos que vamos…
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago aqui para vocês um disco de tango. E quando se fala em tango, certamente pensamos em argentinos. Mas o tango sempre fez muito sucesso aqui no Brasil, aliás, no mundo inteiro. Mas no Brasil, em especial, pela irmandade, pela proximidade geográfica e cultural, sempre tivemos uma relação muito forte com o tango. Muitos foram os artistas que vieram da Argentina trazendo o tango e encantando nosso público e isso não é de hoje, ou melhor, isso era de ontem, de tempos atrás. Muitos foram os artistas, nacionais e internacionais (argentinos) que se espalharam pelas grandes cidades do Brasil, criando verdadeiros redutos tangueros, principalmente nas rádios e casas noturnas. Aqui em Belo Horizonte também tivemos grandes artistas e orquestras de tango que se apresentavam nas rádios Guarani e Inconfidência. Entre esses haviam nomes como os cantores Ruy Martinez, Alaor Brasil, Maria Helena, Eunice Fialho e Roberto Blasco, este ultimo um argentino nato que veio se apresentar na cidade junto com a orquestra do uruguaio Francisco Canaro e acabou ficando de vez morando em BH, passando a fazer parte do ‘cast’ da Rádio Guarani. Outro grande cantor de tango da mesma época era Juan Moreno, que fazia parte do ‘cast’ da Rádio Inconfidência. Juan Moreno era na verdade um pseudônimo do coronel da Polícia Militar Waldir Pascoal. Conhecido como “El guapo del Tango”, ele cantou muito tempo acompanhado por seu próprio conjunto. Há pouquíssimas referencias sobre este artista na internet, inclusive sobre esse disco, gravado na Bemol. Acredito que tenha sido lançado no final dos anos 60. Em 1977 ele aparece também com outro disco de tango, lançado pelo selo Tapecar. Fora isso, não há mais nada na tela. Referencia passou a ser aqui…
Boa noite, amiguíssimos cultos e ocultos! Hoje o nosso encontro é com o lendário cantor caribenho Dave Gordon. Um artista que chegou ao Brasil em 1958 como integrante de um grupo que excursionava pelo país. Acabou ficando por aqui. Se tornou um grande intérprete de músicas e ao estilo de Nat King Cole, Ray Charles, Frank Sinatra e outros. Foi casado com Denise Duran, irmã de Dolores Duran. Os dois cantavam na noite paulista. Tiveram um casal de filhos, hoje grandes artistas, os cantores Tony Gordon, vencedor do The Voice Brasil 2019 e Izzy Gordon, também outra fera, ao nível do irmão. Dave Gordon foi um artista muito atuante na noite paulista, também conhecido como King Dave. Gravou um disco ao lado do grupo paulista The Rebels. Inclusive, há tempos atrás quando postei discos dos The Rebels comentei sobre o Dave Gordon e até pensava que ele fosse americano. Os amigos cultos da época foi quem me corrigiram. Agora, tenho a oportunidade de acabar com a confusão nesta postagem, com este lp gravado por ele em 1969, para o selo Continental. Um disco onde o artista interpreta grandes clássicos da música latino-americana, boleros, em geral. Mas também há espaço para um versão de “Sentado a beira do caminho”, de Roberto e Erasmo Carlos e “Tudo passará”, de Nelson Ned. Um disco bem bacana, com refinados arranjos e orquestração do Maestro Pocho. Não deixem de conferir no GTM.