Marinho Guitarra De Ouro – Melô Da Pirâmide (1986)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Novamente, justificando nossa máxima de discos para se ouvir com outros olhos, temos aqui uma curiosidade que vem do Norte, o guitarrista paraense Mário Simões, mais conhecido para as bandas de lá (e de cá) como Marinho Guitarra de Ouro. Foi integrante do grupo do Mestre Solano, o Rei da Guitarrada do Pará. Em 1986 lançou este, que segundo contam, foi seu primeiro e único disco solo, gravado em Belém para o selo  Discos Polydisc. Trata-se de um trabalho instrumental no estilo ‘guitarrada’, um sub-gênero oriundo do Carimbó. Contagiante, gostoso de ouvir e dançar. Mas a curiosidade maior está na quarta faixa do lado A, a música “Invocado”, que nada mais é do que a famosa “Alagados”, sucesso do grupo Paralamas do Sucesso, lançada também naquele mesmo ano de 86. Bom, daí vem a dúvida, de quem é a música? Pois, tanto no disco de um quanto de outro consta como sendo trabalho autoral. Eu tenho para mim que a guitarrada em “Invocado” é a original. Por outro lado, nunca li nenhuma matéria sobre os Paralamas falando sobre a autoria de “Alagados”. Daí fica a dúvida e a pergunta: houve um plágio, uma apropriação…? Seja lá como for, tanto de um lado quanto do outro, a música é ótima, um convite para a alegria de dançar. 🙂 Confiram no GTM!

melô da piramide
chupa-chupa
rebolando
invocado
pipocando
chocante
arrepiando
agitada
arrasta pé
melô do apaixonado



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Pop Five Music Incorporated – A Peça (1969)

Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Em nossa última postagem eu trouxe para vocês uma banda portuguesa de rock. Acho que vou mandar outra, mais um disco dos manos portugueses. Este disco aqui foi também um presente do filhote que esteve ano passado em Portugal. Entre tantos que eu listei ele me veio com esse, uma reedição limitada de uma banda chamada Pop Five Music Incorporated, que eu não conhecia. Quer dizer, não conhecia a banda, pois as músicas verdadeiros clássicos, quase de domínio público, kkk… Na verdade a PFMI foi uma banda praticamente calcada em covers, como muitas que tivemos aqui no Brasil. O grupo teve fama na ‘terrinha’ e ainda hoje é lembrado por muitos fãs. Confiram no GTM…

overture
jesus alegria dos homens
blackbird
to love somebody
proud mary
medicated god
mess around
hush
c’mon down to my boat
fire
sour milk sea
can i get witnes
 


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Banda 4 – Baby You Got Me (1968)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Aproveitando a ‘leva’ dos compactos, vou postando aqui um disquinho de uma banda de rock português. Um compacto duplo que já passou pelas minhas mãos e mais exatamente no meu tocadiscos. Há uns 8 anos atrás, herdei um lote de discos de uma amiga, cujo o irmão morou muitos anos no Porto. Ele, por lá faleceu e ela trouxe suas coisas de volta para o Brasil. Me doou uma coleção a qual guardei apenas alguns selecionados lps. Haviam também compactos, entre eles este do grupo Banda 4. Por falta de atenção, acho que não cheguei a ouvir o disco direito e acabei passando ele para um sujeito, o qual hoje eu me arrependo, tanto pelo disco como também para quem vendi (quase de graça). Só fui me tocar do erro que fiz algum tempo depois, ouvindo uma gravação digital. Não sei porque, me apaixonei pela faixa que dá título ao compacto, “Baby You Got Me”, me lembra muito Beatles (inevitável…). Embora portugueses, o Banda 4 cantava principalmente em inglês. Nunca pensei em postar este disco aqui, até porque eu não o tinha mais. Porém, hoje, na leva dos compactos, como disse… Achei que seria bacana tê-lo em nossa ‘vitrine’. Do pouco que sei sobre o grupo, parece, só gravaram este disquinho. Confiram no GTM.

baby you got me
gotta start lovin’ you
walkin’ on the beach
o ribeiro


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The Fevers – Compacto (1965)

Boa tarde, amiguíssimos cultos e ocultos! Na onda do disco de 7 polegadas, eu hoje tenho para vocês este compacto do The Fevers, lançado pela Philips, em 1965. Ao que tudo indica, este foi o primeiro ou segundo compacto lançado por eles. Aqui temos a formação original com Almir Bezerra (vocal), Lécio do Nascimento (bateria), Pedro da Luz (guitarra), Liebert Ferreira (baixo). Cleudir Borges (teclados) e Miguel Plopschi (sax). Temos neste disquinho a música de estréia, “Vamos Dançar o Let Kiss”, versão de “Let Kiss Jenka” e “Quando O Sol Despertar”, de autoria de Pedrinho e Almir…
Confiram o disquinho completo no GTM 😉

vamos dançar o let kiss
quando o sol despertar
 
 
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The Angels – Compacto (1963)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Compactando as emoções, tenho hoje para vocês este raro disquinho, um compacto duplo, com quatro faixas do conjunto The Angels, lançado em 1963 pela gravadora Copacabana. Este grupo pode ser considerado um dos pioneiros do rock nacional. Surgiu no final dos anos 50, quando o rock’n’roll começou a se espalhar pelo mundo. Formado no Rio de Janeiro pelos irmãos Carlos e Sérgio Becker (voz/guitarra e sax tenor), tendo ainda Jonas Damasceno no contrabaixo, Romir Andrade na bateria e Carlos Roberto na guitarra solo. Gravaram, inicialmente, três compactos pela Copacabana, sendo este o primeiro, se não me engano. Pouco tempo depois mudariam o nome da banda para The Youngsters, passando a gravar pela CBS e ainda na Polydor, já nos fins dos anos 60. O grande exito do grupo foi ter acompanhado Roberto Carlos em seus primeiros discos. Também gravaram acompanhando outros artistas, principalmente os da Jovem Guarda.
No disquinho que aqui apresento temos quatro músicas, autênticos rock’n’roll, sendo dois deles autorais, da própria banda. Confiram mais essa raridade no GTM, como sempre completo! 😉

gravy (for my mashed potatoes)
hully gully baby
hully guitar
the hully gully



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Renato E Seu Blues Caps – Compacto (1965)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Mexendo em meus compactos, achei mais alguns que cabem bem aqui no nosso Toque Musical. Alguns disquinhos raros que por certo agrada muito aos colecionadores. Tenho aqui este compacto simples do Renato & Seus Blues Caps, lançado em 1965 e trazendo dois sucessos, a versão de “Shame And Scandal On The Family”, aqui chamada de “O Escandalo” e “Preciso Ser Feliz”, de Renato Barros, Paulinho e Lilian Knapp. Confiram o arquivo completo no GTM 😉

o escândalo
preciso ser feliz
 

Scott Walker – Maria Bethania – Compacto (1973)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Procurando sempre fazer jus a nossa máxima de que aqui se escuta música com outros olhos, eu hoje estou trazendo um disquinho diferente, um compacto de um artista internacional. Como todos sabem, o Toque Musical está focado na música brasileira, ou por outra, na música feita por brasileiros. Porém, eventualmente, buscamos ir além. Já criei aqui até as semanas temáticas, onde publico também discos estrangeiros, mas sempre relacionados a alguma coisa de Brasil. Desta vez, temos este compacto, lançado pela Philips, em 1973, do emblemático cantor americano Scott Walker, que infelizmente faleceu em março deste ano. Walker era um cantor, compositor e letrista. Iniciou sua carreira nos anos 60. Fez muito sucesso no trio The Walker Brothers, um grupo vocal onde ele era a voz principal. Embora se chamasse Walker Brothers eles não eram irmãos. Fizeram mais sucesso na Inglaterra. Mas ainda nos anos 60 Scott Walker partia para uma bem sucedida carreira solo. Dono de uma voz aveludada e única, influenciou artistas como David Bowie e Brian Ferry. Seus quatro primeiros discos são considerandos verdadeiras obras de arte. Já nos anos 70 passou por uma fase de ostracismo, gravando apenas para cumprir contrato com gravadoras. Foi nesta fase que lançou, em 1973, o disco “Any Day Now”, no qual está a música “Maria Bethania”, de Caetano Veloso. Acredito que o lp nunca tenha saído no Brasil, mas o compacto sim, trazendo a canção de Caetano e a faixa que dá título ao disco. Sua versão para “Maria Bethania” não difere muito da original, principalmente no arranjo. Na verdade, acho que as coisas não se casaram muito bem. Walker nesta época não estava em sua melhor fase como intérprete e aquele vozerão ficou meio apagado. Mesmo assim,  não deixa de ser uma interpretação bacana, curiosa mesmo, para nós brasileiros. Apenas para completar a trajetória deste artista, em sua última fase musical entrou numa outra ‘vibe’, fazendo trabalhos mais experimentais e conceituais, discos realmente para quem escuta música com outros olhos (e ouvidos). Confiram esse toque no GTM. O prazo, como sabem, é limitado 😉

maria bethânia
any day now

 

Rolando & Luiz Antonio – Les Étoiles (1982)

Olá amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês a dupla ‘Les Étoiles”, Rolando Faria e Luiz Antônio, figuras de grande sucesso na Europa, em especial na Espanha e França onde fizeram carreira como artistas, desde o início dos anos 70. Gravaram diversos discos, participaram de  filmes e espetáculos, dividindo shows com grandes artistas  franceses e brasileiros. Foram responsáveis pela divulgação de muita música e artistas brasileiros na França. Atuaram até 1985, depois fizeram algumas apresentações até 2001, quando então Luiz Antônio veio a falecer, pondo assim um ponto final nessa história. Este foi o único disco da dupla lançado no Brasil, em 1982 pela RCA. São dez faixas, entre essas músicas de Chico Buarque, Caetano Veloso, Joyce, Milton Nascimento,Lecy Brandão, Teca & Ricardo Vilas. Sem dúvida, um trabalho competente e cheio de alegria. Confira mais esse toque no GTM 😉

chica-chica-boom-chic
você
viola violar
côco verde
estão batendo
antes que eu volte a ser nada
sol negro
nacional kid ou brasileiro
jeanne la française
alô alô
 

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Vanusa – Vanusa 30 Anos (1977)

Bom dia, amiguíssimos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nossas postagens temos aqui a cantora Vanusa, desta vez em seu álbum de 1977, o “Vanusa 30 Anos”. Quem não sabe, ou não leu ainda a contracapa, há de pensar que os 30 anos são de carreira, mas não, nessa data ela estava fazendo seus 30 de idade. Lançado pela Som Livre, creio que este tenha sido um de seus melhores trabalhos na década de 70. Tem um repertório bacana, com músicas de Caetano Veloso, Belchior, Zé Ramalho, Arnaud Rodrigues, Assis Valente e outros… Os arranjos são de Lincoln Olivetti, com produção de Augusto Cesar Vanucci. Vale a pena relembrar… 😉

estado de fotografia
brincando com a vida
desencontro
a aranha
avôhai
duas manhãs
lá no pé da serra
boas festas
só nós dois
problemas
prece de caritas
maria madalena



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Martinha (1986)

Olá amigos cultos e ocultos! Trago aqui mais um disco de cantoras oriundas do período da Jovem Guarda. Desta vez vamos com a Martinha, que mais uma vez marca presença por aqui. Já postamos dela outros discos e agora estou trazendo este de sua fase nos anos 80. Disco lançado pelo selo 3M, uma produção de Moacyr Machado, com direção artística de Mickael. O lp traz um repertório de 10 canções, entre essas algumas de autoria da própria cantora, como podemos ver já estampada na contracapa. Um disco bem produzido, envolvend até uma pequena orquestra. Vale a pena conhecer ou relembrar. Confiram no GTM.

que homem é esse
muito estranho
pouco a pouco
já sei
confissões
fala mais alto coração
por mais ninguém
sal e pimenta
pouco demais
louca


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Giane – Dominique (1976)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me embalei na onda das cantoras, em especial as da Jovem Guarda, muito por conta de uns amigos que adoram relembrar seus tempos de ‘juventude transviada’. Achando um tempinho aqui, cá estou eu com essa leva de cantoras e hoje trazendo a Georgina Morozini dos Santos, mais conhecida como Giane. Ela já foi apresentada aqui no Toque Musical, através de outros discos, mas em especial, na postagem de um de seus compactos, através do amigo e colaborador Samuel Machado Filho. Conforme escreveu o Samuca, Giane foi uma das primeiras cantoras da Jovem Guarda, tendo antes iniciado sua carreira nos anos 50, ainda na época do 78 rpm. Sem dúvida, uma cantora cheia de sucessos e isso se deu na soma de seu talento com um repertório, geralmente de versões de músicas internacionais consagradas pelo público. Neste lp, lançado pela Chantecler e seu selo Alvorada, em 1976, temos uma coletânea de alguns de seus maiores sucessos, a começar pelo maior, a versão para “Dominique”, do francês Soeur Sourire. Neste lp, apenas uma música não é versão, “O homem do coração de ouro”, música de Alberto Calçada e Antonio Queiroz. Confiram esse toque no GTM, O prazo é limitado, heim!?

dominique
meu deus, como te amo
angelita
eu te darei bem mais
longe do mundo
esta é minha canção
não saberás
preste atenção
o homem do coração de ouro
olhos tristes
johnny guitar
não esqueço jamais
meu bem não vá
o caminho de são josé



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Elizabeth – Olhos Da Noite (1978)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Vamos hoje com mais uma cantora romântica do selo Polydor. Trago para vocês a cantora e compositora Elizabeth, que no Toque Musical só apareceu em umas duas coletâneas. Seu primeiro trabalho em disco foi como cantora de samba, apadrinhada por Braguinha. Mas logo estaria fazendo parte da Jovem Guarda, onde emplacaria seu maior sucesso, “Sou louca por você”. Como compositora, foi gravada por outros grandes artistas, tais como Agnaldo Timóteo, Dóris Monteiro, Erasmo Carlos, José Roberto, Jerry Adriani e muitos outros. Ao longo da carreira gravou uma dezena de lps. Seus discos também fizeram sucesso em Portugal, no México e em outros países de língua latina.
Temos aqui seu lp de 1978, um disco totalmente autoral. Uma fase mais madura, mas com músicas sempre apaixonadas. Alegria para os amantes. Confira mais esse toque musical no GTM.

de vez em quando
quem dera
meu bar
em partes iguais
portões fechados
teia de aranha
a mulher (segundo as três marias)
covarde e violento
olha mãe
altos e baixos
dez a dez
tolices
 
 
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