Geraldo Flach – Alma (1981)

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos novamente, entre falhas e atrasos, porém sempre vivo. Hoje trago para vocês um disco muito bacana de um dos grandes nomes da música gaúcha. Pianista, maestro, arranjador e compositor, Geraldo Flach é considerado o maior nome da música instrumental no Sul do país. Dono de um estilo muito pessoal, mistura elementos do folclore e da música urbana com uma concepção altamente jazzística, repleta de brasilidade. Geraldo tem músicas gravadas por Elis Regina, Emilio Santiago, Taiguara e Borghettinho, entre outros, somando ao seu currículo trilhas para cinema, ballet e especiais para televisão. Atuou no Brasil e no exterior com o seu quarteto ou em parceria com outros artistas de renome nacional e internacional. Até onde eu sei, gravou uns cinco discos, sendo este, “Alma”, seu primeiro lp, lançado em 1981. Um trabalho realmente envolvente. Confiram no GTM.

choro da alma

reencontro

parceira

fantasma

momento

vilarejo

último adeus

piano baião

solitude

c e b (duas meninas)

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Jessé – O Sorriso Ao Pé Da Escada (1983)

Cantor dos melhores que nossa música popular já teve, Jessé volta a bater ponto aqui no Toque Musical. Desta vez, apresentamos “O sorriso ao pé da escada”, quarto álbum de carreira do cantor e primeiro dele gravado ao vivo, no Teatro Tuca de Guarulhos, Grande São Paulo, editado em 1983 pela RGE, com capa assinada por Elifas Andreato, também responsável pela criação e direção geral do espetáculo. Neste disco, Jessé está em sua melhor forma, apresentando sucessos de seu repertório (“Porto solidão”, “Voa liberdade”, “Solidão de amigos”) e de outros cantores, com direito até a uma homenagem a Elis Regina, ouvindo-se um pequeno trecho de “O bêbado e a equilibrista”, com ela mesma. Um trabalho primoroso, parte do precioso legado do inesquecível Jessé, tão prematuramente desaparecido, e merecedor de mais esta postagem do TM. 

a deusa da minha rua
moonlight serenade
concerto parta uma só voz
bridge over troubled water
let it be
rock around the clock
sabor a mi
dois pra lá dois pra cá
nos bailes da vida
campo minado
a noite do meu bem
meu mundo caiu
bandeira branca
romaria
onde está você
 


*Texto de Samuel Machado Filho

 

Grupo Acaru – Aqualouco (1981)

Um pouco da melhor música instrumental brasileira é oferecido hoje pelo Toque Musical a seus amigos cultos e ocultos. Trata-se do único LP do Grupo Acaru, intitulado “Aqualouco” e lançado em 1981, de forma independente, com distribuição da Fermata. O grupo era formado por Ruriá Duprat (teclados), Turquinho Alves (bateria), Marco Bosco (percussão) e José Pienasola (baixo elétrico). Este trabalho tem oito faixas, quase todas de Ruriá Duprat e uma de Marco Bosco, “Perdido no seringal”, que encerra o disco, com direito a improvisações sobre tema de Moacyr Santos. Entre os músicos convidados está o trombonista Bocato, sempre notável presença.  Maestro, compositor e tecladista, nascido em 1959, o carioca Ruriá Duprat vem de uma família de musicistas. É sobrinho inclusive do maestro Rogério Duprat e fundador da Banda Sonora Produções Artísticas. Estudou no Berklee College of Music ao ser contemplado com uma bolsa de estudos integral pelo renomado maestro e produtor norte-americano Quincy Jones. Já trabalhou com alguns dos maiores artistas nacionais e internacionais, e teve suas composições e arranjos executados por inúmeras orquestras no Brasil e no exterior. Fez ainda a trilha sonora de 18 filmes de longa metragem, 23 curtas e mais de mil fonogramas publicitários, além de vários trabalhos para CDs e DVDs. Enfim, uma credencial de peso para este disco do Grupo Acaru, mais uma raridade que o TM orgulha-se em oferecer.

aqualouco
morango platônico
sublime caroço
improvisações sobre tema de moacyr santos
havia láctea
alvorada em balda
temarisco
perdido no seringal



*Texto de Samuel Machado Filho 

Perfume Azul Do Sol – Nascimento (1974)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje temos um disco que só viria a ser conhecido graças a internet e em especial aos blogs de compartilhamento musical. Por certo, muita coisa do mundo fonográfico só foi ressuscitado por conta desse resgate e talvez nos dias atuais sejam mais conhecidos do que em sua época. A banda Perfume Azul do Sol é um exemplo clássico do obscurantismo que agora vem a tona. Depois de bem divulgado nos blogs e sites de música nos últimos dez anos, ele finalmente recebeu uma segunda edição, também tímida, que creio eu, não chegou a 500 cópias. Segundo contam, “Nascimento”, embora bem produzido e lançado por uma grande gravadora, não passou de 120 cópias, as quais foram apenas distribuídas entre amigos. A banda também não durou muito, talvez somente o tempo de gravarem esse trabalho. O disco apresenta boas composições, passeando num misto de rock e mpb bem comum às bandas daquele período. Boas pitadas de guitarra para disfarçar um vocal que funcionaria melhor se fosse mpb. A banda ainda conta com a participação de Pedro Baldanza, do Som Nosso de Cada Dia e também Daniel Salinas, dando assistências musical nos metais e flauta. Taí, um disco que embora já bem rodado ainda faltava bater o ponto por aqui. Confira o cheiro no GTM. 😉

20.000 raios de sol
sopro
calça velha
deusa sombria
o abraço do baião
equilíbrio total
nascimento
pé de ingazeira
canto fundo
a ceia
 
 

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Conjunto Bossa Jeca – Samba Jeca (1963)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Somando nossas fileiras, eu hoje trago para vocês o “Samba Jeca”, um disco muito interessante, lançado no início da década de 60, bem no auge da Bossa Nova. A ideia, concebida pela produção da RCA Victor tinha como figura central o grande Chiquinho do Acordeon que recrutou um excelente grupo de instrumentistas, formando assim o Conjunto Bossa Jeca. Conforme informa o texto da contracapa, trata-se de um trabalho que buscava mesclar o samba a música sertaneja, uma espécie de fusão entre o samba e o calango, misturando ritmos, criando assim um disco com resultados surpreendentes. E não é para menos, afinal, quem está por trás de tudo isso é outro fera, o multi-instrumentista Zé Menezes, quem também tocou e cuidou dos arranjos. As músicas são de autoria de José Messias, sim, aquele mesmo que fazia parte do corpo de jurados do programa do Silvio Santos. Não deixem de conferir, no GTM! Só para associados e agora, mais que nunca, em tempo limitado.

samba jeca
já deu meia noite
vergonha de ficar
canção de sofrer
não diga a ninguém
saudade da saudade
madrugada e amor
dorme
vez de voar
maria do mau fim
sereno 
receita


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Feira Livre (1982)

Olá, amigos cultos e ocultos! O dia de hoje está bom para se fazer uma feira… Que tal então uma Feira Livre? Claro, estou falando do grupo vocal Feira Livre, formado ainda lá pelos idos dos anos 70. Um grupo acústico vocal que aqui comparece em seu segundo disco, um trabalho lançado em 1982. Pode parecer estranho eu não esclarecer melhor sobre esse conjunto e disco, mas na verdade, achei melhor deixar falar o texto da contra-capa. Tá tudo explicadinho. De cá, eu só posso garantir que se trata de um trabalho muito bacana e vale muito conhecer 😉

vida marvada
canção da seca
incertezas
deus é testemunha
nada
briga de faca
derramaro o gai
rio solitariio
entre os soluços da noite
retrato morto
o cearense
me sempre